Negócios das Milícias na Baixada Fluminense e na Zona Oeste/RJ
Neste relatório, buscamos compreender as novas formas de atuação das frações de milícias na Baixada Fluminense e Zona Oeste do Rio de Janeiro, que não se limitam apenas ao varejo de drogas e ao comércio de armas. Pelo contrário, já atuam em diversas cadeias produtivas, seja no âmbito formal ou informal, chegando até a operar em uma série de políticas públicas nos territórios predominantemente negro, favelados e periféricos.
Autoria: Informações reproduzidas pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco. Fonte: Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial.
Lançamento[editar | editar código-fonte]
A Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial lançou no dia 05/11/24 a publicação: Negócios das Milícias na Baixada Fluminense e na Zona Oeste/RJ.
O encontro aconteceu no Auditório do IESP-UERJ e contou com a apresentação os Diretores Executivos da IDMJRacial, Giselle Florentino e Fransérgio Goulart; Palloma Menezes, Professora de Sociologia do IESP/UERJ e Coordenadora de Pesquisa do Dicionário Marielle Franco/Fiocruz; e Regine Schönenberg, Diretora do Escritório da Fundação Heinrich Böll Stiftung – Brasil.
Na apresentação Giselle Florentino destacou que a publicação Negócios das Milícias na Baixada Fluminense e na Zona Oeste/RJ procurou compreender as milícias enquanto organizações que, em toda a sua estrutura e metodologia, atuam a partir dos princípios de controle, exploração, expropriação e ganhos de lucratividades, em especial no Rio de Janeiro. Fransérgio Goulart chamou atenção para a importância de entender que os negócios das milícias produzem uma cadeia produtiva amplamente articulada em níveis locais, regionais e internacionais.
Palloma Menezes destacou que esse estudo/pesquisa é algo inédito no Rio de Janeiro e no Brasil ao trazer para o centro do debate a circulação, produção e estimativas de lucros de das milícias para além do debate sobre drogas e armas. Já Regine Schönenberg reiterou a importância da Fundação Heinrich Böll Stiftung em apoiar estudos relevantes e ligados aos territórios e as novas dinâmicas de violência.
Sobre o relatório[editar | editar código-fonte]
Neste relatório, buscamos compreender as novas formas de atuação das frações de milícias na Baixada Fluminense e Zona Oeste do Rio de Janeiro, que não se limitam apenas ao varejo de drogas e ao comércio de armas. Pelo contrário, já atuam em diversas cadeias produtivas, seja no âmbito formal ou informal, chegando até a operar em uma série de políticas públicas nos territórios predominantemente negro, favelados e periféricos.
Produzimos também uma avaliação sobre os impactos da produção legislativa no fortalecimento das milícias, principalmente no setor imobiliário fluminense. Além de entrevistas com Procuradores da República expondo os principais desafios de controle e fiscalização da atuação das milícias no Rio de Janeiro.
As milícias da Baixada Fluminense e Zona Oeste/RJ lucraram R$ 3,6 Bilhões que equivale a mais do que o Estado do Rio de Janeiro pretende investir em 2025 no orçamento público das políticas de Assistência Social, Direito Humanos, Cultura e Habitação somados juntos.
Confira a publicação na íntegra.