Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

A Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias - RNBC é um movimento pela democratização do acesso ao livro, à leitura, à literatura e às bibliotecas sob a perspectiva da leitura como direito humano, com atuação em diversas cidades do território brasileiro.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de informações retiradas das redes oficiais da RNBC. 
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Sobre[editar | editar código-fonte]


Teve origem na articulação das redes de Bibliotecas Comunitárias incentivadas pelo Programa Prazer em Ler, ação de apoio e incentivo à leitura criada pelo Instituto C&A em 2006, que mobilizou espaços de leitura mantidos por organizações sociais e culturais da sociedade civil, em comunidades com vulnerabilidade social, atuando na garantia de direitos básicos.

A perspectiva da leitura como um direito humano e a importância da biblioteca comunitária como espaço privilegiado de garantia desse direito são a base do trabalho de formação de leitores e de incidência política das redes de bibliotecas comunitárias. A RNBC surgiu, em março de 2015, para dar amplitude nacional a organização das bibliotecas comunitárias em redes locais.

Desde então, tem avançado nesse objetivo, contando com o apoio e a colaboração de importantes parcerias, como a formada com o Itaú Social, parceiro institucional que assumiu a gestão do Programa Prazer em Ler a partir de 2018.

Missão[editar | editar código-fonte]

Contribuir para que as bibliotecas comunitárias sejam locais de referência na garantia do direito à leitura, na disseminação do conhecimento e da cultura, tomando-as reconhecidas pela sociedade civil e poder público como espaços de desenvolvimento humano.

Visão[editar | editar código-fonte]

Ser referência na representação das bibliotecas comunitárias e na disseminação de conhecimentos que fundamentam a atuação desses coletivos.

Redes Integrantes[editar | editar código-fonte]

A RNBC conta atualmente com 11 Redes Locais e 115 Bibliotecas Comunitárias nos estados do Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 

Tecendo Uma Rede de Leitura - RJ[editar | editar código-fonte]

</header> A Rede de Bibliotecas Comunitárias Tecendo Uma Rede de Leitura é um coletivo formado por bibliotecas comunitárias e espaços de leitura mantidas por organizações sociais que atuam no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Organizadas em rede desde 2013, compartilham experiências e atividades, trabalhando em conjunto para ampliar o direito à leitura, formar leitores e contribuir para a formação e implantação de políticas públicas de acesso ao livro e à leitura na região.

Nosso objetivo principal é contribuir com a democratização do acesso ao livro, à leitura e à literatura como direito e fator gerador da transformação social em Duque de Caxias. Temos como ações principais: leitura livre, leitura compartilhada, roda de leitura, seminários, saraus, contação de histórias, mediação de leitura, empréstimos de livros, cine literário, gincana literária, sussurro poético e outras. <header>

Sou de Minas, Uai! - MG[editar | editar código-fonte]

</header> A Rede Sou de Minas, Uai! é um coletivo de bibliotecas comunitárias formado pela união de duas redes de leitura, localizadas em Belo Horizonte e Betim, estado de Minas Gerais. Com a expansão, dois novos municípios se integraram: Sabará e Santa Luzia. Hoje, são 9 bibliotecas atuando em prol da democratização do acesso ao livro e à leitura nas quatro cidades mineiras.
As bibliotecas estão localizadas em áreas de vulnerabilidade econômica e social e tem como público crianças, jovens e adultos. Suas ações são pautadas na garantia do direito humano à literatura, através de ações culturais e literárias. Estão estruturadas com espaços e acervos de qualidade, mediadores de leitura e bibliotecária aptos a atender as necessidades dos usuários e dos espaços de leitura, que são funcionais e receptivos.
Atuamos em prol da formação de novos leitores, embasados na apresentação e valorização de experiências com a leitura literária e na leitura como um direito que deve ser assegurado a todos sendo instrumento básico para a informação e o saber. As ações promovem a formação de leitores autônomos vislumbrando o desenvolvimento pessoal, social e consequentemente o desenvolvimento das comunidades e das cidades.
A participação dos leitores se dá de forma espontânea, por meio de visitas à biblioteca, empréstimos de livros, participação nas mediações de leitura, contação de histórias, atividades culturais, caixa de sugestões e redes sociais, onde avaliam o atendimento, a estrutura, a qualidade do acervo e opinam no planejamento das atividades e na compra de novos títulos.
Desde o ano de 2010 a Sou de Minas, Uai! tem desenvolvido atividades de fortalecimento e visibilidade sobre a função social do livro, da leitura e das bibliotecas. Dentre as mais importantes destacamos os cursos de formação nas áreas de mediação de leitura e as discussões sobre a importância da leitura na infância e sobre o acervo literário de qualidade, além da promoção de eventos como saraus, seminários, festas literárias e audiências públicas.
O coletivo “Sou de Minas, Uai!” participa ativamente das discussões das políticas públicas de leitura no estado de Minas Gerais, tais como a formulação do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Belo Horizonte, promovendo debates sobre incidência em políticas públicas, ocupando espaços de participação e se consolidando como representante da sociedade civil no Grupo Executivo do PMLLLB, que realiza o controle social junto a uma rede de parceiros.
A Rede recebe o apoio técnico e financeiro do Itaú Social, através do Programa Prazer em Ler que agrega bibliotecas e instituições que realizam projetos de formação de leitores no Brasil. <header>

Releitura - PE[editar | editar código-fonte]

</header> Em abril de 2007, um grupo de bibliotecas comunitárias, criadas e mantidas por organizações e grupos sociais e culturais em comunidades periféricas da Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, começou a se articular coletivamente, para enfrentar a realidade de ausência do Estado na garantia de direitos básicos. Atuando em rede há mais de 10 anos, a Releitura promove ações de incentivo à leitura por meio de atividades literárias e de incidência política em políticas públicas da área, buscando fomentar o direito humano à literatura.
A Releitura desenvolve diálogos e parcerias com a sociedade, oferecendo formação em mediação de leitura, organização e disseminação de acervos e literatura como direito humano para um amplo público interessado na formação de leitores e na disseminação da leitura para todos. <header>

Rede Baixada Literária - RJ[editar | editar código-fonte]

</header> A Baixada Literária é uma rede de bibliotecas comunitárias formada a partir da preocupação de instituições sociais com a manutenção de espaços públicos de leitura em suas comunidades, fora dos limites do centro das cidades. O projeto teve início em 2010, juntando bibliotecas comunitárias situadas na Baixada Fluminense, que já contavam com apoio individual do Programa “Prazer em Ler” do Instituto C&A. O convite para a formação de um polo de bibliotecas com atuação conjunta foi um salto de qualidade que refletiu no avanço da luta por políticas públicas do livro e leitura na região.
Em sua trajetória, a Baixada Literária vem desempenhando papel significativo na descentralização da cultura literária e na formação de leitores nas comunidades em que atua. São bibliotecas vivas, dinâmicas e aconchegantes, com acervo de qualidade disponível a todos. É ainda referência e liderança na construção do PMLLLB – Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Nova Iguaçu. Em 2014, Nova Iguaçu se tornou o primeiro município do Estado do Rio de Janeiro a ter o plano aprovado e o único do país com orçamento garantido em lei.
A união de forças, antes dispersas em locais isolados, vem contribuindo para democratizar a leitura na Baixada Fluminense, enfrentando o desafio da falta de acesso à cultura literária e ampliando o número de leitores na região. A rede é formada, atualmente, por 16 bibliotecas comunitárias, mantidas por diferentes instituições sociais, atendendo diversos bairros de Nova Iguaçu. <header>

RBCS - Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador - BA[editar | editar código-fonte]

</header> Criada em 26 de fevereiro de 2015, na cidade de Salvador, por iniciativa das redes EMredando Leituras e TOKliterário com a parceria do Instituto C&A. A Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador (RBCS) reúne instituições, de forma democrática e participativa, com a missão de incentivar a leitura literária.
Desde 2013 quando o TOKliterário foi também contemplado pelo Edital do IC&A, as duas redes trabalham em conjunto. O primeiro teste foi o Seminário EMredando Leituras, já realizado desde 2009, que com a parceria do TOK passou a ser chamado Seminário EMredando Leituras e TOKliterário.
Nestes quase três anos de trabalho em conjunto, foram realizadas diversas atividades, tais como: mini-conferências, formações e atividades de mediação. A EMredando pautou junto a prefeitura a importância da criação do Plano Municipal do Livro, Leitura e Biblioteca (PMLLB) e as duas redes ajudaram na sua construção até o decreto de criação em dezembro de 2013.
A ideia da junção vinha sendo amadurecida, mas desta vez, foi combinado, acertado e sacramentado a união dos dois polos de leitura.
Salvador ganhou uma nova rede de bibliotecas comunitárias com profissionais qualificados e determinados a continuar a luta para construir uma cidade mais leitora.
A RBCS compreende a leitura literária como instrumento decisivo para as pessoas desenvolverem de maneira plena seu potencial humano e fortalecerem sua capacidade de expressão; como elemento ampliador das possibilidades de inserção social e formação para cidadania; e, por tanto, como uma das condições necessárias para o desenvolvimento social e econômico, conforme defende o Plano Nacional de Livro e da Leitura (PNLL).
Sua atuação abrange 5 dimensões: formação de novos leitores, formação de mediadores de leitura, favorecimento do acesso ao livro, qualificação de espaços de leitura e acompanhamento de políticas públicas do livro e da leitura que favoreçam o acesso ao livro e à formação de leitores e de mediadores de leitura.
Para isso, a RBCS conta com o know-how das 14 instituições que a compõem, com acervo de cerca de 60 mil volumes, média de 32 mediadores de leitura, 14 espaços de leitura com rotinas de atividades de fomento à leitura e mais de 13 mil leitores fidelizados, atendidos pelas instituições integrantes desta Rede.
Algumas das ações desenvolvidas são: Seminário Ler Direito de Todos; mini conferências sobre Políticas Publicas do Livro, Leitura e Biblioteca; atividades de mediação de leitura permanentes em cada biblioteca integrante; encontros de formação; eventos literários e acompanhamento de Políticas Públicas para o Livro, Leitura e Biblioteca.
Além disso, também conta com apoiadores e parceiros técnicos e financeiros de diferentes setores, se articula com a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias, composta por redes de leitura presente em diversos estados do Brasil, e participa de fóruns e outros espaços de discussão. <header>

Mar de Leitores - RJ[editar | editar código-fonte]

</header> A Rede Mar de Leitores conta atualmente com 7 bibliotecas comunitárias distribuídas no território do extenso município de Paraty e localizadas em áreas de vulnerabilidade social, pouco assistidas pelo poder público, onde por muitas vezes são o único equipamento cultural para as comunidades. Abrangem um público heterogêneo de crianças, jovens e adultos, moradores das comunidades indígenas, quilombolas, caiçaras e residentes dos bairros periféricos.
Grande parte do município apresenta dificuldades sérias de acesso e algumas regiões não contavam, até pouco tempo, com energia elétrica e tampouco qualquer espécie de equipamento público, especialmente com oferta cultural. A presença das bibliotecas comunitárias é a única garantia de acesso aos livros, às atividades lúdicas, artísticas e literárias.
As bibliotecas originaram-se de alguma atividade desenvolvida por instituições do terceiro setor, que gradativamente, adquiriram acervo de livros, organizaram atividades na área de cultura e educação, e finalmente, constituíram bibliotecas comunitárias. Ao longo do percurso, algumas fecharam suas portas por falta de recursos, outras perseveraram e conseguiram se manter em atividade.

As diferentes bibliotecas comunitárias buscaram suporte umas nas outras e foram se fortalecendo e sendo estimuladas pela Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) a se articularem em rede, se apoiarem, trocarem informações e a atuarem colaborativamente. Constituiu-se assim a Mar de Leitores – Rede de Bibliotecas Comunitárias de Paraty .
As bibliotecas que integram a rede se reúnem regularmente e os encontros acontecem em sistema de rodízio em cada uma delas ou em espaços parceiros ligados ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Paraty – CMDCAP e ao Programa Meu Rumo. As interações virtuais são frequentes e acontecem das mais diferentes formas. A Mar de Leitores conta com um grupo no WhatsApp para articulação interna e página no Facebook, Instagram e Youtube para difusão do seu trabalho e temas afins.
O trabalho em rede tem contribuído de forma decisiva para a consolidação das bibliotecas comunitárias de Paraty. <header>

LiteraSampa - SP[editar | editar código-fonte]

</header> A rede LiteraSampa surgiu em 2010, quando 7 organizações sociais dos municípios de São Paulo, Mauá e Guarulhos se juntaram com o objetivo de promover a leitura literária. Ao longo desse período a rede cresceu, agregou bibliotecas escolares, uma biblioteca pública e outras bibliotecas comunitárias, tecendo uma rede de leitura e levando seus fios para outros pontos desta grande cidade que é São Paulo.
A LiteraSampa atende diversos públicos nas comunidades onde estão inseridas suas bibliotecas: crianças, jovens, adultos, idosos, sem distinção de idade, com a convicção de que a leitura literária é ferramenta fundamental para o desenvolvimento da criticidade e do prazer pela leitura. A rede atua ainda na formação dos mediadores de leitura, jovens e adultos, que podem desempenhar também o papel de gestores das bibliotecas.
As organizações que compõe a rede desenvolvem atividades socioeducativas e culturais, incluindo em seu planejamento político-pedagógico as ações de incentivo à leitura literária. A partir da gestão compartilhada entre as diversas organizações, as ações de promoção da leitura fortalecem, qualificam e disseminam as práticas desenvolvidas pela rede, contribuindo para a construção de políticas públicas de difusão do livro e da leitura, bem como para a incidência sobre essas políticas.
O esforço coletivo na busca por novas parcerias leva ao desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade política, financeira e técnica das ações da rede, bem como das ações implementadas por cada instituição que a compõe.
As organizações têm muito em comum: mantêm projetos de formação de leitores (oficinas de mediação de leitura, bate-papo com autores, concursos literários, saraus, seminários, etc.), articulam os parceiros locais e, principalmente, acreditam que a leitura literária pode transformar vidas – que a leitura é um direito e um valor cultural inestimável rumo à cidadania plena. <header>

Jangada Literária - CE[editar | editar código-fonte]

</header> A Rede de Leitura Jangada Literária é um coletivo composto por bibliotecas comunitárias e representantes da cadeia do livro atuantes na luta por políticas públicas de leitura, na promoção do acesso ao livro e na leitura como direito humano. Atualmente, a rede conta com onze bibliotecas comunitárias, destas, dez estão situadas em Fortaleza e uma em São Gonçalo do Amarante no estado do Ceará.

Os integrantes da rede incidem principalmente nos espaços de discussão em políticas voltadas para a criação e manutenção de bibliotecas comunitárias e no reconhecimento desses espaços como equipamentos culturais das comunidades nas quais estão inseridas.

A Rede de Leitura Jangada Literária desenvolve diferentes eventos a fim de dialogar com a sociedade acerca do atual cenário envolvendo o livro, a leitura, a literatura e as bibliotecas comunitárias no município de Fortaleza e região metropolitana. Fazem parte dessas práticas: formações, eventos literários, seminários e atividades de enraizamento comunitário. Além disso, as ações desenvolvidas pelas bibliotecas comunitárias promovem a circulação, por meio de empréstimos, de um acervo de mais de 10 mil livros por ano.

As bibliotecas comunitárias integrantes da Rede de Leitura Jangada Literária compartilham o desejo de transformar suas comunidades em espaços de referência na formação de leitores, buscando garantir o direito humano à leitura através de políticas públicas para a biblioteca, o livro, a leitura e a literatura.

A Rede de Leitura Jangada Literária está integrada à Rede Nacional de BIbliotecas Comunitárias — RNBC, que conta atualmente com 11 Redes Locais, e 115 Bibliotecas Comunitárias nos estados do Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro com o compromisso de ampliar, articulando mais bibliotecas comunitárias que desejem se integrar para fortalecer esse movimento de luta pela garantia do direito à leitura, ao livro, à literatura e à biblioteca.

A Rede de Leitura Jangada Literária surgiu com a articulação de projetos comunitários em 2013 que possuíam espaços de leitura, sendo quatro localizados em Fortaleza e um em São Gonçalo do Amarante (região metropolitana) que, juntos, formaram o Polo de Leitura Jangada Literária com aprovação do projeto submetido ao Programa Prazer em Ler do Instituto C&A. Com o recurso, os espaços de leitura foram ampliados e qualificados, tornando-se bibliotecas comunitárias. Ao longo dos anos, o Polo expandiu-se, agregando novas bibliotecas e em 2016, tornou-se a Rede de Leitura Jangada Literária, totalizando onze bibliotecas comunitárias. As bibliotecas situam-se em comunidades em situação de vulnerabilidade social e, com a atuação em rede, desenvolvem ações de incentivo à leitura e de incidência em políticas públicas sob o entendimento da leitura como direito humano, buscando a democratização do acesso ao livro e a sustentabilidade das bibliotecas comunitárias. <header>

Ilha Literária - MA[editar | editar código-fonte]

</header> A história da rede Ilha Literária começa com o trabalho de incentivo à leitura de uma instituição apoiada pelo programa Prazer em Ler do Instituto C&A. O trabalho ganhou repercussão e agregou outras instituições com o mesmo objetivo de promover a leitura na região do Coroadinho. Logo depois, foram convidadas a trabalhar juntas para ampliar o atendimento em relação ao fomento à leitura na comunidade e nascia o polo de leitura Ler pra Valer. O marco desta rede foi a criação do Fórum Estadual do Livro e Leitura do estado do Maranhão em 2011.
Em outra região da cidade, no eixo Cidade Operária, pessoas e instituições que já desenvolviam trabalhos com leitura, cada uma no seu espaço, se juntaram em 2013 e formaram um outro polo de leitura, chamado Terra das Palmeiras. Esse coletivo também contou com o apoio do Instituto C&A.
Os dois grupos de bibliotecas trabalharam juntas no resgate das articulações do Fórum Estadual do livro e Leitura e na luta de incidência em políticas públicas por dois anos. Muita coisa aconteceu nesse período: audiências públicas, abraço literário, assinatura de carta compromisso por vereadores, secretários e prefeito, eleição dos representantes da sociedade civil para composição da comissão de elaboração do PMLLLB, juntamente com o Fórum e demais parceiros.
Foi mais do que natural que os dois coletivos se unissem num só, numa dinâmica de debates e conversas que aconteceu a partir de 2016. Desafiados a formar uma única rede, em 2017 surge a Ilha Literária – a Rede de Bibliotecas Comunitária Ilha literária! <header>

Beabah! - RS[editar | editar código-fonte]

</header> A Beabah! Bibliotecas Comunitárias do Rio Grande do Sul é o novo nome do coletivo Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre, criado em 2008 com a intenção de promover a leitura como um direito social, através do fortalecimento coletivo de bibliotecas comunitárias, situadas em associações comunitárias e instituições sociais nas comunidades de periferia de Porto Alegre.
De 2010 a 2015, integrou a rede de polos de leitura do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A. Em conjunto, diversas organizações articularam redes de apoio e incentivo, oferecendo melhores condições de atendimento nas bibliotecas comunitárias, estimulando o prazer da leitura, compartilhando saberes e implementando novas práticas de leitura.
Durante este período, a rede de bibliotecas foi uma das organizações que ajudou a construir um novo conceito de biblioteca comunitária com atendimento aos parceiros locais, malas de leitura, presença de escritores, diálogo com diferentes linguagens artísticas e formação de mediadores: bibliotecas vivas, coloridas e com acervo de qualidade.
Entre 2010 e 2012 foi uma das organizações que esteve à frente da luta pela implementação do Plano Municipal do Livro e Leitura de Porto Alegre, organizando debates e participando ativamente da sua construção. <header>

Amazônia Literária - PA[editar | editar código-fonte]

</header> A Rede Amazônia Literária reúne bibliotecas comunitárias de Belém e sua Região Metropolitana, a chamada “Grande Belém”, contemplando espaços diversos, em áreas de periferia, onde há ausência de ações governamentais de acesso a diversos direitos, dentre eles o da leitura.
Nasceu da união espontânea de bibliotecas comunitárias que resistem à ausência de políticas públicas de incentivo à leitura e tem como principal objetivo promover nas comunidades a leitura enquanto Direito Humano, assim como incidir em políticas públicas de leitura e escrita. Para tanto, busca articular a participação da comunidade nos espaços, a fim de agregar pessoas que tenham interesse em contribuir na formação de leitores, através de fóruns populares de discussão sobre leitura e escrita. Também investe na articulação de agentes culturais ligados à cadeia produtiva do livro e leitura (escritores, ilustradores, mediadores, etc.) em torno do Fórum de Leitura da Região Metropolitana.
As bibliotecas que compõe a rede desenvolvem atividades regulares de mediação de leitura, contação de história, saraus, teatro e dança, além das “Ruas de Leitura”, evento integrado da rede que leva atividades literárias e culturais para ruas e praças.
No campo de luta por políticas públicas propõe um novo paradigma para a leitura, não restrita apenas à decodificação de textos escolares. Compreende que o poder público deve assumir seu papel na responsabilidade de incentivar à formação de pessoas críticas e capazes de entender suas realidades e de construir novas narrativas de trabalho conjunto entre sociedade e estado.

Redes Sociais[editar | editar código-fonte]

Veja também[editar | editar código-fonte]