Revista Ruas e Encruzilhadas, Resistem!
A Revista surge para afirmar que existem uma diversidade de epistemologias, inclusive a oriunda dos becos, das vielas, das ruas e encruzilhadas.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir da rede: Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR)[1]
Apresentação[editar | editar código-fonte]
As Universidades ainda são lugares de manutenção de privilégios e de supremacia de uma única epistemologia branca, heteronormativa, cristã, patriarcal e racista , por isto nossa revista será construída a partir de uma diversidade de formas, estéticas e linguagens no momento de apresentação dos conteúdos propostos.
Nesta primeira edição o tema escolhido foi o da Abolição Prisional e Policial, dada a urgência da defesa intransigente pela garantia da vida da população negra no Brasil.
Historicamente já experimentamos uma série de dispositivos para tentar controlar a letalidade das polícias, como por exemplo, protocolos de segurança, polícias de proximidade, formação em direitos humanos para agentes de segurança pública, armamento menos letal, entre outros.
Nenhuma dessas alternativas resultaram na diminuição ou no fim do genocídio do povo negro. Ressaltamos que não é possível controlar a letalidade policial ou reformar a atuação institucional. Afinal, a função social da polícia é ser o braço armado e repressivo do Estado, atuando para a manutenção da ordem burguesa e a proteção do caráter inviolável da propriedade privada.
A construção da revista[editar | editar código-fonte]
A Revista Ruas e Encruzilhadas foi construída de forma colaborativa e popular, a partir de uma convocação feita para movimentos sociais e militantes para enviarem suas produções a partir de textos livres, artigos, poesias, crônicas e imagens sobre os desafios e reflexões da abolição prisional e policial.
Acreditamos na produção popular de conhecimento e por isso todas as contribuições estão no formato e conteúdo original submetidos pelos autores e autoras. Haja vista, que o ato de editar, colocando ou inserindo conteúdos também funciona como uma forma de controlar o conhecimento produzido por movimentos e organizações sociais o obrigando a um formato específico daquilo que a universidade julga ser conhecimento e construção de ciência.
O racismo e suas metodologias de produção de morte que ainda imperam como um sistema perpetuador de práticas e lógicas escravagistas. Portanto, para garantir a vida da população negra é urgente abolir os dispositivos e instrumentos escravocratas que ainda existem e se reproduzem na sociedade brasileira, seja em forma de desigualdade racial ou na letalidade policial.
Não há luta mais urgente e necessária que promover o direito à vida do nosso povo. Acreditamos que o caminho para emancipação social é através da construção de lógicas abolicionistas que possam acabar com todas as institucionalidades que continuam a perpetuar o genocídio e o encarceramento em massa da população negra.
Ficha Técnica[editar | editar código-fonte]
REALIZAÇÃO: Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial - IDMJR, Instituto de Defesa da População Negra - IDPN e Movimento Independente Mães de Maio
COORDENAÇÃO Fransérgio Goulart, Giselle Florentino, Débora Maria da Silva, Joel Luiz da Costa, Juliana Muniz e Enedina do Amparo Alves DIAGRAMAÇÃO Giselle Florentino Avenida Erasmo Braga, 277, Centro/RJ CEP: 20020-000
Idioma Original: Português
Publicado originalmente em 2022 pela Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial
Clique aqui, para acessar o trabalho na íntegra![editar | editar código-fonte]
file:///C:/Users/nsmir/Downloads/Revista-Ruas-e-Encruzilhadas-Resistem-1.pdf
Fonte: https://dmjracial.com/