Maria Aparecida (entrevista): mudanças entre as edições
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Edição atual tal como às 15h16min de 22 de fevereiro de 2024
A entrevista faz parte da pesquisa: “Memória, propriedade e moradia: os usos políticos do passado como luta pelo direito á cidade em uma favela de Duque de Caxias”, desenvolvida pela UERJ-FEBEF (Faculdade de Educação da Baixada Fluminense).
Autoria: Mauro Amoroso / Paulo Cândido (entrevistado)[1][2].
Os depoimentos[editar | editar código-fonte]
Os depoimentos dos moradores da Vila Aliança na pesquisa “Memória, propriedade e moradia: os usos políticos do passado como luta pelo direito á cidade em uma favela de Duque de Caxias” contam com detalhes como foi a trajetória de migração, quais foram as suas motivações, as experiências e dificuldades vividas ao chegar no Rio de janeiro. Contam como a Vila Operária surgiu, quais lideranças políticas estavam envolvidas e como era a favela na época e como foi a experiência de construir uma residência de alvenaria e habitar aquele espaço lidando com a precariedade, falta de saneamento básico, luz e transporte. Contam como funcionava a associação de moradores, como eram as escolas, igrejas e os eventos coletivos, como: festas, e ações beneficentes, também relatam as mudanças que o local sofreu ao longo dos anos. As entrevistas contém informações importantes sobre a construção histórica daquele espaço antes inabitado, e qual o significado afetivo que os moradores atribuíram a ele.
Resumo da entrevista[editar | editar código-fonte]
Maria Aparecida mora na Vila Operária e contou sobre sua vida. Ela nasceu em Minas Gerais e mudou para a Vila quando tinha um ano. No começo, as casas eram de barro, as ruas de terra, e a água vinha de poços distantes. Ela lembra das dificuldades, como a falta de luz elétrica e ter que pegar água de longe.
Quando era criança, brigava para pegar água, e a casa de sua mãe foi sendo construída aos poucos, primeiro simples e depois maior. Maria destaca a colaboração dos vizinhos e familiares na construção, mostrando como a Vila Operária é como uma grande família.
Sobre os documentos da casa, ela só tem um inventário, e a prefeitura não cobra IPTU na Vila Operária. Maria se casou aos 16 anos e a casa foi crescendo com a ajuda da mãe, amigos e pedreiros contratados pelo marido.
A vida dela também envolveu questões religiosas, mudança de religião, e a dinâmica da Vila Operária com a chegada do evangelicalismo. Maria compartilhou momentos difíceis, como a perda de uma filha, e falou sobre sua adolescência, trabalhos e o desejo de empreender, mais pelo marido do que por ela.
Ela vive na Vila há 59 anos, destacando a importância da água encanada e do calçamento. Apesar de não ter escritura da casa, Maria vê a comunidade como uma grande conquista, expressando carinho por seus vizinhos e até sonhando em morar na Bahia um dia.