Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré: mudanças entre as edições

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A cartilha elaborada pelo projeto foi criada para informar e orientar os moradores da Maré sobre os serviços governamentais disponíveis. Ela contém informações detalhadas sobre os '''CRAS''' (Centros de Referência da Assistência Social), documentos necessários para atendimento, programas sociais, acesso a serviços de saúde mental e alimentação, áreas de lazer, e oportunidades educacionais, como o '''CPV-CEASM'''. Originalmente prevista para ter 2 mil exemplares, a tiragem aumentou para 10 mil, graças à flexibilidade do edital, que também permitiu a inclusão de informações das associações de moradores da Maré.
A cartilha elaborada pelo projeto foi criada para informar e orientar os moradores da Maré sobre os serviços governamentais disponíveis. Ela contém informações detalhadas sobre os '''CRAS''' (Centros de Referência da Assistência Social), documentos necessários para atendimento, programas sociais, acesso a serviços de saúde mental e alimentação, áreas de lazer, e oportunidades educacionais, como o '''CPV-CEASM'''. Originalmente prevista para ter 2 mil exemplares, a tiragem aumentou para 10 mil, graças à flexibilidade do edital, que também permitiu a inclusão de informações das associações de moradores da Maré.
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[[Category:Temática - Instituições]]
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Edição atual tal como às 10h55min de 25 de setembro de 2024

O Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré - CEASM está localizado no Conjunto de Favelas da Maré, que fica às margens da Baía de Guanabara, entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. A Maré tem aproximadamente 140.000 moradores e se constitui no maior conjunto de comunidades do Rio de Janeiro, com 16 favelas. O CEASM é formado por um grupo de moradores e ex-moradores que acessaram formação universitária. Há 24 anos, o CEASM disponibiliza acesso a cultura, educação, pesquisa, comunicação e memória para moradores do conjunto de favelas da Maré.

Autoria: Antônio Carlos Pinto Vieira, Cláudia Rose Ribeiro da Silva, Lourenço Cézar da Silva e Luiz Antonio de Oliveira.
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Sobre[editar | editar código-fonte]

A criação de diversas ONGs na Maré não representou um fato isolado no processo de surgimento e proliferação, no Brasil, de organizações do mesmo tipo, genericamente chamadas de organizações não governamentais.

O que diferencia o CEASM de grande parte de outras ONGs locais é o fato de ter sido criado por moradores da Maré que se reuniram para desenvolver um trabalho sistemático de intervenção na realidade local, a partir de projetos relacionados à educação e à cultura.

O CEASM foi criado em agosto de 1987, com a missão de promover ações qualitativas, integradas e de longo prazo no espaço local, visando melhorar a qualidade de vida dos moradores da Maré e contribuir para a superação das representações estereotipadas da favela que orientam a opinião pública em geral e, em particular, a opinião pública carioca.

O primeiro projeto desenvolvido pela instituição foi o Curso Pré-Vestibular Comunitário, com o objetivo de ampliar as possibilidades de moradores da favela ingressarem em universidades, principalmente públicas. Outros dois projetos realizados desde o início do CEASM foram o jornal "O Cidadão" - que possuía tiragem de 20 mil exemplares – e a Rede Memória da Maré, projeto que deu origem ao Museu da Maré, em 2006.

História[editar | editar código-fonte]

O Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré - CEASM está localizado no Conjunto de Favelas da Maré, que fica às margens da Baía de Guanabara, entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. A Maré tem aproximadamente 140.000 moradores e se constitui no maior conjunto de comunidades do Rio de Janeiro, com 16 favelas. O CEASM é formado por um grupo de moradores e ex-moradores que acessaram formação universitária. Há 24 anos, o CEASM disponibiliza acesso a cultura, educação, pesquisa, comunicação e memória para moradores do conjunto de favelas da Maré.

Nossa motivação é a possibilidade de criar estratégias e ações integradas e de longo prazo que aliem a inserção comunitária à condição da instituição de pesquisa e gestão de projetos de grande porte, de forma que moradores, em particular os adolescentes e jovens, encontrem exemplos locais positivos na construção de suas trajetórias sociais, escolares e acadêmicas.

Desde seu início, em 1997, o CEASM tem três principais pilares: educação, comunicação e memória. Ao longo dos anos, uma grande quantidade de projetos foi realizada, e centenas de participantes passaram pela instituição.

No ano de 2006 foi inaugurado o Museu da Maré, que se tornou um segundo espaço do CEASM. Hoje, nossos principais projetos em atividade são o Curso Pré-Vestibular (CPV), Curso Preparatório para o Ensino Médio, Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais da Maré (NEPS), Museu da Maré e Jornal "O Cidadão".[1]

Projetos[editar | editar código-fonte]

Curso Pré-Vestibular (CPV-CEASM)[editar | editar código-fonte]

Contribui para que o acesso ao ensino superior seja garantido em condições de igualdade, como direito fundamental ampliando suas possibilidades educacionais, culturais e profissionais. Em 22 anos contribuiu para o acesso de mais de 1500 pessoas da Maré em universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro.

Curso Preparatório para o Ensino Médio[editar | editar código-fonte]

Iniciativa que atinge cerca de 40 adolescentes locais anualmente. O projeto visa ampliar as possibilidades de permanência e continuidade da formação escolar pública de jovens moradores da Maré, estudantes do último ano do Ensino Fundamental, em Instituições de Ensino Médio Público com qualidade reconhecida.

NEPS[editar | editar código-fonte]

O NEPS se configura como um dos projetos do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré e tem como finalidade construir um permanente esforço na produção de conhecimento que valorize as periferias urbanas do país. Tem a finalidade de construir processos formativos, produzir conhecimento e intervir pedagogicamente na realidade.

Museu da Maré[editar | editar código-fonte]

Conjunto de ações voltadas para o registro, preservação e divulgação da história das comunidades faveladas da Maré, em seus diversos aspectos, sejam eles culturais, sociais e econômicos. Recebe anualmente mais de 6.000 visitas. Conta com uma Bibliografia sobre a cidade do Rio de Janeiro, dissertações e teses sobre favelas.

Jornal “O Cidadão”[editar | editar código-fonte]

Jornal comunitário produzido pelo CEASM desde 1999, com cerca de 70 edições produzidas. Teve distribuição gratuita pelas 17 favelas da Maré por 17 anos e hoje informa os assuntos importantes para a favela via site e redes sociais.

ECOREDE[editar | editar código-fonte]

Projeto que visa ampliar um debate e conscientização que causem uma intervenção significativa no cotidiano dos moradores da Maré no que diz respeito à educação socioambiental. As ações do projeto se desenvolvem nas escolas públicas da Maré, atendendo entre 2.500 e 3.000 alunos por ano, com o apoio de uma brinquedoteca socioambiental itinerante.

Biblioteca Popular Paulo Freire[editar | editar código-fonte]

Biblioteca instalada no Morro do Timbau, disponível para os estudantes da Maré em especial aos adolescentes e jovens que atuam nos projetos do preparatório para o ensino médio e o curso de pré-vestibular comunitário. A biblioteca possui um acervo de quase 3.000 livros didáticos e literários.

Maré do Bem Viver: direitos, cuidado e cidadania[editar | editar código-fonte]

O projeto iniciado em meados de 2021 se caracteriza pelo acolhimento de 150 famílias da Maré, visando um suporte para apoio social e saúde física e mental. A equipe é composta por profissionais da Psicologia, Serviço Social e Nutrição, além de agente territorial, que somam para a garantia de acesso aos direitos das famílias.

Vídeos sobre o CEASM e seus projetos[editar | editar código-fonte]

Atuação do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré no Plano de Enfrentamento da COVID-19[editar | editar código-fonte]

Slide dados 146x

O Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, através do projeto Maré do Bem Viver: direitos, cuidado e cidadania, desempenhou um papel essencial no Plano de Enfrentamento da COVID-19, atuando diretamente no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Durante a pandemia, o projeto focou em garantir o acesso a cuidados essenciais e suporte à população mais vulnerável da região.

Abaixo estão algumas das principais ações realizadas pelo projeto no período:


150 famílias atendidas:[editar | editar código-fonte]

Oferecendo suporte contínuo para famílias da Maré, fornecendo auxílio direto durante os momentos críticos da pandemia.

Acompanhamento psicossocial:[editar | editar código-fonte]

O projeto garantiu o apoio psicossocial para os moradores da Maré, ajudando a mitigar os impactos emocionais e psicológicos gerados pela pandemia.

Imagem1 Jornal O Cidadão

Distribuição de 40 kits de higiene:[editar | editar código-fonte]

Kits contendo produtos essenciais para a higiene pessoal foram distribuídos, visando prevenir a disseminação do vírus na comunidade.

Distribuição de 10 filtros de barro:[editar | editar código-fonte]

Para garantir o acesso à água potável, filtros de barro foram entregues a famílias que necessitavam de melhores condições de saneamento.

Distribuição de 20 cartões alimentação:[editar | editar código-fonte]

Cartões foram distribuídos para famílias em situação de vulnerabilidade, permitindo que adquirissem alimentos e outros itens essenciais.

Distribuição de 480 quilos de alimentos:[editar | editar código-fonte]

Em resposta à crise alimentar gerada pela pandemia, o projeto distribuiu alimentos para famílias que enfrentavam insegurança alimentar.

Imagem2 Jornal o Cidadão Cartilha

Maré do Bem Viver: Lançamento da Cartilha sobre Direitos[editar | editar código-fonte]

Em 19 de abril de 2022, o projeto Maré do Bem Viver: direitos, cuidado e cidadania, do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM), apresentou e distribuiu sua cartilha de orientação sobre o acesso a direitos. O evento ocorreu no CEASM e contou com a presença de membros da equipe do projeto, diretores da instituição, colaboradores e as mulheres acolhidas pelas rodas de conversa do projeto, além do coordenador executivo do Plano Fiocruz, Richarlls Martins.

Demandas Urgentes da Pandemia[editar | editar código-fonte]

Com o agravamento da pandemia de Covid-19 em 2020, as favelas do Rio de Janeiro precisaram desenvolver estratégias para mitigar os impactos do vírus e a ausência de ações estatais eficazes. No Complexo da Maré, o projeto Maré do Bem Viver surgiu como uma resposta a essas demandas, especialmente após o término da distribuição de cestas básicas, visando atender 150 famílias com suporte psicossocial e de saúde mental. Esse trabalho foi realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas, com o objetivo de apoiar as famílias em suas dificuldades decorrentes da pandemia.

O Lançamento da Cartilha[editar | editar código-fonte]

A cartilha elaborada pelo projeto foi criada para informar e orientar os moradores da Maré sobre os serviços governamentais disponíveis. Ela contém informações detalhadas sobre os CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), documentos necessários para atendimento, programas sociais, acesso a serviços de saúde mental e alimentação, áreas de lazer, e oportunidades educacionais, como o CPV-CEASM. Originalmente prevista para ter 2 mil exemplares, a tiragem aumentou para 10 mil, graças à flexibilidade do edital, que também permitiu a inclusão de informações das associações de moradores da Maré.

Grupos Terapêuticos[editar | editar código-fonte]

O projeto também organizou rodas de conversa e grupos terapêuticos, incluindo grupos infantis, adolescentes, jovens e mulheres, com o objetivo de oferecer um espaço seguro para compartilhar experiências e superar os traumas provocados pela pandemia. Muitos dos participantes enfrentaram a perda de familiares e empregos, e o projeto foi fundamental para ajudar essas pessoas a elaborarem suas experiências e se sentirem acolhidas em suas dificuldades.

Momento de Apresentação dos Resultados[editar | editar código-fonte]

O evento de apresentação da cartilha foi marcado por debates sobre a continuidade dos grupos terapêuticos e a criação de novas iniciativas de saúde mental para a população da Maré, com o reconhecimento da importância do acolhimento comunitário. Embora o projeto tenha encerrado suas atividades em julho de 2022, a cartilha continua disponível, tanto em versão impressa quanto online, para orientar e informar a comunidade.

Contato[editar | editar código-fonte]

Site oficial

Instagram

Facebook

Youtube

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Informações retiradas do site oficial do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré. Disponível em: https://www.ceasm.org.br/. Acessado em março de 2022.


Ver também[editar | editar código-fonte]

Museu da Maré

Museu Sankofa Memória e História da Rocinha

Memória Rocinha (projeto)

Museologia Social

146x Favelas

90x Favelas

Cadu Barcellos (personalidade)

Plano de Enfrentamento da COVID19 e Plano Integrado de Saúde nas Favelas Edital FIOCRUZ