Bloco Unidos da Paixão do Andaraí: mudanças entre as edições
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Por volta da década de 1950, mudaram-se para o Morro do Andaraí os irmãos Alvim e José da Paixão. Construíram então um barraco | [[Arquivo:Seu Miguel Paixão em abril de 2014..jpg|alt=Seu Miguel Paixão em abril de 2014.|esquerda|miniaturadaimagem|290x290px|Seu Miguel Paixão em abril de 2014.]] | ||
Por volta da década de 1950, mudaram-se para o Morro do Andaraí os irmãos Alvim e José da Paixão. Construíram então um barraco à época, dividiram os cômodos e ali constituíram suas famílias. José da Paixão trouxe de Leopoldina, cidade de Minas Gerais, Esther Victório, casando-se com ela. Tiveram seis filhos: Olímpio José, Regina Helena, Miguel, Vera Lucia, Dirce e Luiz Antônio, todos “da Paixão”. | |||
José, além do ofício de sapateiro, fora também compositor de sambas e, tornando-se conhecido no bairro Andaraí, teve seu nome estampado em uma placa, na esquina das ruas Leopoldo e Dona Amélia, homenagem realizada pelo vereador à época, Paulo Cerri. O primeiro filho de José, Olímpio, por um tempo foi intérprete de sambas, até mesmo no antigo bloco carnavalesco Foliões de Botafogo, cantava junto ao grupo que seu pai integrava. Apresentavam-se também no Tijuca Tênis Clube. | José, além do ofício de sapateiro, fora também compositor de sambas e, tornando-se conhecido no bairro Andaraí, teve seu nome estampado em uma placa, na esquina das ruas Leopoldo e Dona Amélia, homenagem realizada pelo vereador à época, Paulo Cerri. O primeiro filho de José, Olímpio, por um tempo foi intérprete de sambas, até mesmo no antigo bloco carnavalesco Foliões de Botafogo, cantava junto ao grupo que seu pai integrava. Apresentavam-se também no Tijuca Tênis Clube. | ||
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Miguel junta moradores, vizinhos e integrantes da Escola de Samba do Morro, a [[Flor da Mina do Andaraí]], para então começarem a desfilar no Carnaval. Organiza temas e sinopses, compra camisas, instrumentos e chega a conseguir junto à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro o registro do Bloco Unidos da Paixão do Andaraí. Por alguns anos o Bloco desfilou no Centro da Cidade, na famosa Avenida Rio Branco. | Miguel junta moradores, vizinhos e integrantes da Escola de Samba do Morro, a [[Flor da Mina do Andaraí]], para então começarem a desfilar no Carnaval. Organiza temas e sinopses, compra camisas, instrumentos e chega a conseguir junto à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro o registro do Bloco Unidos da Paixão do Andaraí. Por alguns anos o Bloco desfilou no Centro da Cidade, na famosa Avenida Rio Branco. | ||
Após o falecimento de Miguel, o Bloco não desfila mais e acaba. Contudo, foi recuperado, inclusive por ser um dos remanescentes originais do Morro do Andaraí, por outro morador nascido e criado no Morro, então Presidente da Associação de Moradores e Amigos do Morro do Andaraí, Fernando Pinto. O Bloco retorna no ano 2022, com desfile pela própria comunidade. Familiares do criador, Miguel Paixão, estiveram presentes a esse momento de retorno, duas irmãs, Regina Helena e Dirce e a sobrinha, filha do irmão mais velho Olímpio, Paloma Paixão. | Após o falecimento de Miguel, o Bloco não desfila mais e acaba. Contudo, foi recuperado, inclusive por ser um dos remanescentes originais do Morro do Andaraí, por outro morador nascido e criado no Morro, então Presidente da Associação de Moradores e Amigos do Morro do Andaraí, Fernando Pinto. | ||
O Bloco retorna no ano 2022, com desfile pela própria comunidade. Familiares do criador, Miguel Paixão, estiveram presentes a esse momento de retorno, duas irmãs, Regina Helena e Dirce e a sobrinha, filha do irmão mais velho Olímpio, Paloma Paixão. | |||
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O Bloco Unidos da Paixão do Andaraí é um bloco de rua fundado no início dos anos 2000 por Miguel Paixão, morador do Morro do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Autoria: Paloma Paixão.
O samba e a família Paixão[editar | editar código-fonte]
Por volta da década de 1950, mudaram-se para o Morro do Andaraí os irmãos Alvim e José da Paixão. Construíram então um barraco à época, dividiram os cômodos e ali constituíram suas famílias. José da Paixão trouxe de Leopoldina, cidade de Minas Gerais, Esther Victório, casando-se com ela. Tiveram seis filhos: Olímpio José, Regina Helena, Miguel, Vera Lucia, Dirce e Luiz Antônio, todos “da Paixão”.
José, além do ofício de sapateiro, fora também compositor de sambas e, tornando-se conhecido no bairro Andaraí, teve seu nome estampado em uma placa, na esquina das ruas Leopoldo e Dona Amélia, homenagem realizada pelo vereador à época, Paulo Cerri. O primeiro filho de José, Olímpio, por um tempo foi intérprete de sambas, até mesmo no antigo bloco carnavalesco Foliões de Botafogo, cantava junto ao grupo que seu pai integrava. Apresentavam-se também no Tijuca Tênis Clube.
Os filhos, em maioria, herdaram a paixão pelo samba e pelo Carnaval. Olímpio e Miguel eram fãs e sócios da Estação Primeira de Mangueira, tendo Olímpio sido passista por 26 anos na referida escola. Miguel tinha tatuado no braço o famoso ‘surdo um’ da Mangueira. Miguel foi o filho a permanecer no Morro do Andaraí. Também conseguindo alcançar o nível superior em escolaridade, era graduado em Contabilidade e Direito, e gostava muito de escrever.
Desta forma, ele mesmo passou a colocar em prática um sonho, que uniria duas paixões: o carnaval e seu território, o Morro do Andaraí. Inspirado em tempos antigos, em que existiam os cordões carnavalescos e com a volta da efervescência dos blocos de rua, pelos anos 2000, Miguel registra e funda um Bloco do Morro, o Bloco Unidos da Paixão do Andaraí. Ele escrevia a sinopse, enviava para alguns membros da família, incluindo novas gerações, como os sobrinhos.
O bloco[editar | editar código-fonte]
Miguel junta moradores, vizinhos e integrantes da Escola de Samba do Morro, a Flor da Mina do Andaraí, para então começarem a desfilar no Carnaval. Organiza temas e sinopses, compra camisas, instrumentos e chega a conseguir junto à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro o registro do Bloco Unidos da Paixão do Andaraí. Por alguns anos o Bloco desfilou no Centro da Cidade, na famosa Avenida Rio Branco.
Após o falecimento de Miguel, o Bloco não desfila mais e acaba. Contudo, foi recuperado, inclusive por ser um dos remanescentes originais do Morro do Andaraí, por outro morador nascido e criado no Morro, então Presidente da Associação de Moradores e Amigos do Morro do Andaraí, Fernando Pinto.
O Bloco retorna no ano 2022, com desfile pela própria comunidade. Familiares do criador, Miguel Paixão, estiveram presentes a esse momento de retorno, duas irmãs, Regina Helena e Dirce e a sobrinha, filha do irmão mais velho Olímpio, Paloma Paixão.