Fé Benedita de Oliveira: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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m (Kita Pedroza moveu FÉ BENEDITA DE OLIVEIRA para Fé Benedita de Oliveira: Letras maiúsculas)

Edição das 17h51min de 9 de dezembro de 2024

Acervo: Pablo Brandão
Fé Benedita de Oliveira, a lendária Tia Fé. Único registro fotográfico.

Fé Benedita de Oliveira ("Mar de Abrolhos" (BA), 1 de agosto de 1850 - Rio de Janeiro (RJ), 1937)

Conhecida como Tia Fé, Fé Benedita desempenhou um papel histórico na consolidação do samba e na fundação da Estação Primeira de Mangueira, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro. De acordo com seu neto, Darque Dias Moreira, também conhecido como Sinhozinho, que presidiu a instituição de 1974 a 1976, em uma entrevista concedida em 1980 aos jornalistas Maria T. Barboza da Silva e Artur L. de Oliveira, e com a colaboração de Carlos Moreira de Castro, o Carlos Cachaça, cofundador da Estação Primeira e um dos mais antigos residentes do Morro da Mangueira, Tia Fé teria nascido em 1850, no Mar de Abrolhos, Bahia. Essas informações foram posteriormente publicadas no livro "Fala Mangueira".

Autoria: Pablo Brandão

Biografia

Nascimento

Segundo Sinhozinho, que marcou história na Mangueira, por ser o desenhista das fantasias que as alas vestiam, de um tempo em que não se existia ainda a figura do carnavalesco, sua avó, havia nascido em um navio negreiro, em 1 de agosto de 1850, no sul da Bahia. Analisando historicamente, Tia Fé, para ter nascido em um navio negreiro, deveria ter nascido no máximo naquele ano de 1850, quando seria aprovada a Lei Eusébio de Queiroz que colocaria fim ao tráfico negreiro na costa brasileira.

O Mar de Abrolhos se estende do sul da Bahia até o Espírito Santo e abriga, desde 1983, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, sendo esta a primeira unidade de conservação marítima brasileira. Porém, "mar de abrolhos", em sentido figurado, muito utilizado pelos negros, significa dificuldades e contrariedades. O que Sinhozinho poderia queria dizer, ou reproduziu ouvindo de seus antepassados, é que Fé nasceu envolvida em um mar de contrariedades.

Sobre o ano de nascimento, "1850", pode se tratar de uma efeméride, já que não era uma prática comum o registro dos nascimentos. A Lei Eusébio de Queirós, aprovada em 4 de setembro, proposta pelo então Ministro da Justiça, que empresta o seu nome a lei, que previa o fim do tráfico negreiro no Atlântico, uma resposta paliativa do governo brasileiro, diante das pressões realizadas pela Inglaterra, ocorreu neste ano, conforme mencionado.

Após a aprovação da Lei Euzébio de Queiróz que será fundamental para o surgimento do povoamento do que hoje conhecemos como o Morro de Mangueira, foi construído um sistema de repressão ao tráfico de pessoas negras, oriundas da África, o último navio negreiro a chegar no Brasil, foi o Cisne Negro, em 1855.

Sobre o local de nascimento de Tia Fé, Carlos Moreira de Castro, o Carlos Cachaça, um dos fundadores da Estação Primeira e notório compositor, em entrevista ao jornalista Sérgio Cabral, afirma que Tia Fé “Era uma crioula do tipo baiana. Aliás, não era baiana, era mineira, mas se vestia com roupa de baiana. Andava assim diariamente”, conclui. Neste sentido cabe muito a dizer que o local geográfico de Tia Fé, não tenha sido a Bahia, mas sim o interior de Minas Gerais.

Família e memórias da escravização

Segundo Emernegilda Dias Moreira, a Dona Gilda, presidenta da Velha Guarda da Mangueira, Fé Benedita de Oliveira tinha outras duas irmãs: a Caridade de Oliveira e Esperança de Oliveira. A Caridade teve uma filha, chamada Floripas, que voltou a viver no interior de Minas Gerais, na cidade de Ubá; sobre a segunda, a Esperança, nunca teve informações sobre elas. Ubá fica no interior de Minas Gerais, na região da Zona da Mata mineira, a 110 km de Juiz de Fora, e 220 km da cidade do Rio de Janeiro, possui atualmente cerca de 115 mil habitantes.

Em Ubá, há forte presença negra, inclusive de um quilombo, o "Namastê", onde a Mestra Maria Luzia Marcelino, em seu livro, “Lamento de Um Povo Negro", publicado em 2005, apresenta algumas pistas da história negra da população local: “O sofrimento de minha família começou em 1836 na Fazenda da Liberdade, localizada na zona rural do município de Ubá. Minha Tataravó Luz Divina era escrava dessa fazenda e trabalhava na lavoura de café, tinha 15 filhos com seu companheiro Leôncio que era cortador de cana. Cinco filhos deles foram trocados pelo fazendeiro, pois ele estava precisando de uma junta de boi. Então trocou os filhos de Luz Divina pela mercadoria”.

A fazenda recebe o nome de liberdade por ser uma das primeiras a alforriar seus escravos em Minas Gerais. As paredes da senzala eram sustentadas por estrutura de madeira e ferro que já apresentavam sinais de destruição, quando da última análise realizada pela Fundação Palmares, em 2018. O casarão abandonado, uma velha pia de pedra, uma esfera de madeira de lei e o cemitério de escravos são o que restou da história.

No site da prefeitura apresenta poucas informações sobre a presença e contribuição negra em um dos municípios mais desiguais do estado de Minas, onde uma de suas marcas é a forte concentração de riquezas, herança do sistema escravagista. O site oficial se abstém de ponderar sobre a violência e a barbárie que a escravidão impôs a população negra, inclusive de Ubá.

O trabalho rural forçado perdeu força com a abolição formal da escravidão (1888) oportunizando, de alguma forma, que alguns negros pudessem plantar e desenvolver uma agricultura de subsistências. Sobre isso, Maria Luiza relata em seu livro que as terras de sua avó Deija, herdadas de seu falecido marido, eram um local onde o trabalho na roça garantia o sustento de sua família. Entretanto, as manobras dos fazendeiros à época acabaram por retirar as terras e pertences de muitos negros, situação em que se encontrou Dona Deija.

O relato apresentado por Maria Luiza Marcelino, expressa inevitavelmente, a força da expressão, “quem detém memória, detém poder”, neste sentido a branquitude expressou o seu poder, através do acesso à memória, utilizando-se do controle de documentos, que facilmente pode se apoderar e retirar as terras das famílias negras recém libertas, o que pode nos apresentar pistas sobre os caminhos que Fé Benedita de Oliveira, pode ter seguido. Outro fato extremamente interessante é o nome da tataravó de Maria Luiza, "Luz".

Maria Luiza, informa que sua tataravó se chamava "Luz". Neste sentido, podemos construir um quarteto de virtudes positivas oriundas de Ubá: Fé, Luz, Esperança e Caridade remetendo a virtudes, abstrações positivas ou mesmo nos fundamentos da única religião legitimamente brasileira, a Umbanda. Fato extremamente incomum são negros escravizados recebessem nomes neste estilo. No período da escravidão no Brasil, era mais comum que escravizados recebessem nomes europeus cristãos, frequentemente de santos católicos, como forma de batismo e controle social, reforçando a imposição da fé cristã sobre as culturas africanas.

Migração, chegada à Mangueira, vivências religiosas e nos ranchos carnavalescos

A família de Fé pode e deve ter sido uma dessas que foram desalojadas pelos fazendeiros de Ubá e o caminho, para a então capital federal, pode ter sido o processo natural que Benedita realizou, como tantos outros negros e negras no pós abolição. É importante ressaltar que a maioria da comunidade de Mangueira, no alvorecer do século XX, era formada por negros e negras oriundos do interior do estado do Rio de Janeiro, destacando-se o Vale do Paraíba e a região de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, além de mineiros, principalmente da Zona da Mata, a presença e os relatos de baianos são raridades. O que Caridade pode ter feito é o regresso a Ubá, após não ter se ambientado no Rio de Janeiro, ou foi a permanência na cidade.

As práticas sociais realizadas por Fé Benedita de Oliveira eram realizadas por Dona Deija, avó de Maria Luiza Marcelino, que recebia em sua casa pessoas apartadas da sociedade, como: mulheres de gravidez indesejada, dependentes químicos famintos, entre outras pessoas lançadas à situação de miserabilidade. Formava-se a partir disso uma comunidade, não só de quilombolas, mas de necessitados que eram acolhidos pela família de Luiza, fato que deixa a Mestra orgulhosa.

O Quilombo Namastê encontra nos caminhos do acolhimento aos desamparados a ferramenta de resistência que lhes traz força, o Quilombo como diversos outros enfrenta as tentativas de invisibilidade que aparentemente funcionam como estratégia de apagamento histórico da importância do negro e quilombola para a cidade de Ubá.

Luz, Fé, Caridade e Esperança, parecem ser os pilares das práticas cotidianas desta comunidade, que através de sua espiritualidade e dos trabalhos ali realizados que atende os que em desespero o procuraram, a caridade ali realizada é a esperança que renasce. O Quilombo está localizado atualmente no Bairro da Luz.

As práticas religiosas e sociais de Tia Fé podem ter origem no Quilombo no qual ela vivia, caso tenha vindo de Ubá, em Minas Gerais, bem como nas Irmandades Religiosas de Salvador, ou podem ter sido absorvidas nos tempos em que viveu na Pequena África. Fé teria vivido com seu marido, cujo nome é desconhecido, no famoso Cortiço Cabeça de Porco; com sua demolição, foi viver na Praça Onze, junto ou próximo da mais famosa das Tias/Mães do Samba, a Tia Ciata de Oxum, lá conheceu, Hilário Jovino Ferreira, fundador do Rancho “Rei de Ouros”, o primeiro a sair no Carnaval. Hilário, foi uma das pessoas que trouxe o samba da Bahia para o Rio de Janeiro, fundou ainda diversos Ranchos, entre eles o “Ameno Resedá”, o mais famoso do Rio de Janeiro, e localizado no bairro do Catete.

Tia Fé chegou ao Morro de Mangueira, onde criou o Rancho Pérolas do Egito, o maior e mais famoso do Morro imortalizado nas crônicas do jornalistas João do Rio, que escrevia sobre carnaval. Tia Fé aprendeu com Hilário Jovino como organizar e comandar um Rancho, que segundo Carlos Cachaça, na entrevista a Sergio Cabral, afirmou que o Rancho, não desfilava tocando samba e sim o tradicional Marcha Rancho.

Inicialmente Tia Fé morou onde hoje é o viaduto de Mangueira, posteriormente se deslocando para o Buraco Quente, mais precisamente na Travessa Saião Lobato, nº 30, no Buraco Quente, Morro de Mangueira. A propriedade continua com a família, que hoje não mora lá, a propriedade sofreu diversas transformações estruturais e hoje está dividida entre várias residências que são alugadas a terceiros. A sala de sua casa, conforme relata Dona Gilda, era onde ocorriam as cerimônias religiosas e que havia ainda ali, uma pedreira, onde seu Júlio Dias Moreira, havia feito um pequeno altar para cultuar as entidades religiosas.

Tia Fé teve duas filhas, Palméria de Oliveira e Eudócia de Oliveira; a primeira foi casada com seu Júlio Dias Moreira, que mais tarde herdaria a casa de santo de Tia Fé, uma mulher de Iansã, que tinha grande devoção ao Orixá Oxóssi, o mais popular e devotado do Morro, padroeiro da Estação Primeira, da qual sua bateria até os dias presentes, em sua batida tradicional homenageia o deus africano das coisas belas e associado à cultura.

Palméria e Júlio tiveram três filhos, são eles Dinarque Dias Moreira, Darque Dias Moreira, o Sinhozinho, que foi presidente da Mangueira e Sueida Dias Moreira. Conta Dona Gilda que Sinhozinho se casou com Leda, com quem não teve filhos, Sueida, nasceu muda e surda e nunca foi lhe permitido casar. Os nomes de Dinarque e Darque, os dois netos de Tia Fé, são uma homenagem e referência à família para a qual durante vários anos, Benedita prestou seus serviços, a família Bhering Mattos.

Conta a história que Tia Fé foi empregada doméstica na casa da família de Dark David Bhering Oliveira Mattos, nascido em 1874 e morto em 1932, em um trágico acidente de avião, quando este era requerido pela polícia getulista, para ser utilizado na guerra. Teve no total 4 filhos, são eles: Darke Bhering Oliveira Mattos, Jorge Bhering de Oliveira Mattos, Adelia Oliveira Mattos, posteriormente o casamento Adelia Norfini e Astréa Bhering Oliveira Mattos, que após casamento passou a se chamar Astréa da Rocha Vaz.

Palméria pode ter vivido bastante tempo com a mãe e a irmã na casa da família como era costume da época, e por isso da escolha dos nomes de seus dois filhos. O pai, ou os pais de suas filhas Palméria e Eudócia, são desconhecidos, Hilário Jovino Ferreira que foi marido de Tia Fé a conheceu está já era viúva. Também faltam elementos suficientes para precisar quando Tia Fé foi trabalhar na casa da família de Dark de Mattos.

Vale ressaltar que a família Bhering Oliveira Mattos era dona da Fábrica Bhering, famosa em todo o Rio de Janeiro, fornecedora de chocolate, torrefação e moagem de café. A fábrica, foi trazida da Alemanha, suas modernas, arrojadas máquinas, bem como os pré moldados que constituem o prédio localizado em Santo Cristo, até os dias atuais, que foi desmontado, embarcado e descarregado no Porto do Rio. O prédio de 6 andares hoje abriga diversos serviços culturais gratuitos e abertos a população.

Origens do samba e da Estação Primeira de Mangueira

Foi em seu terreiro que começou o samba, segundo relatos de seu Carlos Cachaça. Sua macumba atraía gente de toda a cidade, entre eles Elói Antero Dias, o Mano Elói, quem levou o samba para a Mangueira, em 1916, Elói era pai de santo, jongueiro, agitador cultural, fundou a escola de samba Deixa Malhar e o Império Serrano, do qual foi seu presidente, sindicalista e estivador. Utilizou o samba como instrumento de organização política dos negros em sua luta antirracista. Ogã, também era famoso no meio religioso. A casa de Tia Fé era de Omolocô, contendendo elementos do candomblé, mas principalmente da Umbanda Urbana que recebia influências de diversas localidades e práticas do Brasil.

Nos dias 20 de janeiro, realizava grandes festas dedicadas ao Orixá Oxóssi, conta Mestre Tinguinha, Homero José dos Santos, em entrevista ao Jornal o Globo, que a Bateria da Mangueira realiza a batida para Oxóssi, porque os primeiros batuqueiros da Bateria da Mangueira, eram ogãs na casa de Tia Fé, e que a devoção era tão forte e enraizada que o Deus Africano foi elevado a categoria de padroeiro da Escola de Samba, da Bateria e da Ala de Compositores da agremiação. O que pode nos levar a crer que além de Iansã, Oxóssi era o outro Orixá de Tia Fé.

Eudócia teve filhos, que não se envolveram com a escola de samba, pode ser que tenham realizado o caminho do retorno de volta para Ubá, para Salvador, ou tenham ficado no Rio de Janeiro e perdido o contato definitivo, com Gilda Moreira, que foi a única filha registrada de seu pai, Dinarque Dias Moreira. Mas que, segundo informa, teve uma outra dezena de filhos e filhas não registrados, inclusive um que vive ainda no Morro de Mangueira, mas que vive com sérios problemas de saúde, sua mãe faleceu meses após o seu falecimento, e se chamava Guanayra, nome que escolheu para sua única filha viva, que atualmente ocupa a presidência da Estação Primeira.

Guanayra Firmino dos Santos herda apenas os sobrenomes do pai, Roberto Firmino dos Santos, que foi casado com Dona Gilda; tiveram ainda outras duas filhas a Guaciara e a Roberta, ambas falecidas. Guanayra teve dois filhos Diego Firmino Salles e Thiago Firmino dos Santos. Roberto Firmino descendente de família mineira, chegou à presidência da Mangueira nos anos 90.

Fé trabalhou na casa da família de Mário Polo, que foi o décimo segundo presidente da História do Fluminense. Seu legado no esporte não apenas fortaleceu o futebol como também a história jornalística aqui no Brasil. O período em que esteve em sua residência, também é desconhecido. Foi na casa e terreiro de Tia Fé que o Bloco Carnavalesco Estação Primeira foi fundado, no sábado de 28 de abril de 1928, após uma sessão de Umbanda, esta dedicada aos exus, Seu Júlio, que não estava no dia, conta a história que era galanteador e conquistador e havia saído atrás de um rabo de saia. Benedita de Oliveira foi quem emprestou seu prestígio e liderança que exercia para conferir ao Bloco recém fundado legitimidade para a unificação que se propunha.

O então Bloco Carnavalesco Estação Primeira tinha como proposição a união e o fim das demandas entre os blocos carnavalescos do Morro. Tia Fé comandava o maior e mais conhecido Rancho do Morro, o Pérolas do Egito; havia ainda outros, como o “Príncipe da Floresta”, que se chamava “Príncipe das Matas”, este comandado Tia Tomásia, tida como a mais rígida do Morro, as cores do Rancho eram verde e rosa, e do alto do Morro tinha o Cordão de Tia Santinha, o Guerreiros da Montanha. O Arengueiros, bloco formado por Cartola, Carlos Cachaça, Saturnino, Maçu entre outros, e que saíam nas ruas para brigar, não era bem-visto pelas famílias do Morro, que não permitiam que as mulheres participassem. Foi através do prestígio que Tia Fé conferiu, que foi possível a unificação e o surgimento da Estação Primeira.

Não há relatos da participação de Tia Fé nas apresentações e desfiles da Estação Primeira, provavelmente participou da inauguração da escola Municipal Humberto de Campos no Buraco Quente, em 20 de janeiro de 1936, que teve a presença do prefeito Pedro Ernesto, seu genro, Júlio Dias Moreira, foi o mestre de obras que ergueu o prédio, que abriga a primeira escola pública construída em uma favela do Brasil.

Morte

Tia Fé morreu no decorrer do ano de 1937, sua herança continua presente na Mangueira, sua tataraneta Guanayra Firmino assume a presidência, filha de Iansã, Ekedy de Oxaguiã e realiza uma justa homenagem no carro 5 da Estação Primeira, no carnaval de 2023, em que conquista o quinto lugar.

Este texto serviu de base para defesa da Estação Primeira de Mangueira na premiação da Fundação Palmares, dentro da programação do mês novembro negro de 2023, em que alcançou a pontuação máxima.

Sobre o autor

Historiador formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atuou na Estação Primeira de Mangueira, como Diretor de Projetos Especiais, posteriormente como Vice-presidente Social e Vice-presidente Financeiro. Integrou a Comissão de Carnaval de 2013 a 2015, sendo convidado a participar do Conselho de Carnaval, entre 2015 e 2023, sendo seu Secretário Geral, entre 2015 e 2020. Responsável pela elaboração do projeto Acervo Virtual de Mangueira, Museu a Céu Aberto de Mangueira, entre outros projetos. Pesquisador da série documental da Globo Play, Enredos da Liberdade. Atualmente é subsecretário de desenvolvimento econômico solidário da cidade do Rio de Janeiro.

Referências bibliográficas

Constant, Flávia Martins Tantinho, memória em verde e rosa.  Estudo do Processo de Construção de uma Memória da Favela da Mangueira. Rio de Janeiro: FGV – CPDOC – Programa de Pós-Graduação em História. Política e Bens Culturais, 2007, 236 folhas.

SILVEIRA, Leandro Magalhaes. Nas Trilhas de Sambistas e “Povo do Santo”, Memórias, Cultura e Territórios Negros no Rio de Janeiro (1905-1950). Orientadora: Laura Antunes Maciel. Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2012.

A VOZ DO MORRO. Revista. Órgão Oficial da Estação Primeira desde 1935. Maio e julho de 2002. Rio de Janeiro.

CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da Folia: Uma História Social do Carnaval Carioca entre 1880 e 1920. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Ver também