4º Encontro Providência ODS3: mudanças entre as edições
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A metodologia foi estruturada com base em princípios participativos e reflexivos, visando promover um diálogo comunitário profundo e inclusivo sobre as intersecções entre racismo, violência armada e saúde. O evento foi organizado de forma a garantir a | A metodologia foi estruturada com base em princípios participativos e reflexivos, visando promover um diálogo comunitário profundo e inclusivo sobre as intersecções entre racismo, violência armada e saúde. O evento foi organizado de forma a garantir a inteiraçaõ ativa dos moradores, a mediação qualificada de lideranças locais e a integração de campanhas de conscientização, como a Campanha Janeiro Branco. | ||
As mediações foram conduzidas pelo pesquisador Hugo Oliveira e o articulador local Fernando Zulu. A abordagem adotada priorizou o diálogo participativo, método que valoriza a troca de saberes e a construção coletiva de soluções. Essa estratégia permitiu que os moradores compartilhassem suas experiências e perspectivas, criando um espaço de escuta ativa e respeito mútuo. A mediação foi essencial para garantir que todos os participantes se sentissem incluídos e representados, especialmente ao abordar temas sensíveis, como a violência armada e o racismo estrutural. | As mediações foram conduzidas pelo pesquisador Hugo Oliveira e o articulador local Fernando Zulu. A abordagem adotada priorizou o diálogo participativo, método que valoriza a troca de saberes e a construção coletiva de soluções. Essa estratégia permitiu que os moradores compartilhassem suas experiências e perspectivas, criando um espaço de escuta ativa e respeito mútuo. A mediação foi essencial para garantir que todos os participantes se sentissem incluídos e representados, especialmente ao abordar temas sensíveis, como a violência armada e o racismo estrutural. |
Edição das 17h33min de 28 de fevereiro de 2025
O Providência ODS 3: Fórum de Saúde Integal na Favela é uma iniciativa que busca promover a saúde integral e o bem-estar no Morro da Providência, com enfoque antirracista e participação comunitária. É um dos projetos do 146x Favelas que compõem o Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro pela FIOCRUZ.
Autoria do verbete: Galo da Providência
Sobre
Racismo e Violência Armada: Saúde sem violência é direito de todos e dever do estado.
Abordagens dos temas
A Utilização de Protocolos de Segurança: A Experiência da Cidade do Rio de Janeiro
- Discussão sobre os protocolos de segurança adotados no Rio de Janeiro e sua eficácia (ou ineficiência) em reduzir a violência armada nas favelas.
- Crítica à militarização das favelas e à abordagem policial violenta, que frequentemente viola os direitos humanos dos moradores.
- Propostas para a criação de protocolos de segurança comunitários, baseados no diálogo e no respeito aos direitos humanos.
Necessidade de Reorganização da Agenda
- Debate sobre a necessidade de reestruturar as agendas públicas para priorizar políticas de saúde, educação e moradia digna nas favelas.
- Reflexão sobre a ausência histórica do Estado em fornecer serviços básicos e sua relação com o aumento da violência armada.
- Propostas para a criação de uma agenda local alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial ao ODS 3 (Saúde e Bem-Estar).
Classificação dos Eventos de Acordo com o Grau de Dificuldade para a Prática
- Análise dos desafios enfrentados na implementação de políticas de saúde e segurança nas favelas.
- Classificação dos eventos de violência armada de acordo com sua complexidade e impacto na comunidade.
- Discussão sobre estratégias para superar esses desafios, como a criação de redes de apoio comunitário e a formação de lideranças locais.
Ações Apontadas pela População para Redução da Violência Armada
- Propostas da comunidade para reduzir a violência armada, incluindo:
- Investimento em educação e geração de emprego.
- Criação de programas de mediação de conflitos.
- Fortalecimento de políticas de segurança pública baseadas nos direitos humanos.
- Ênfase na importância da participação comunitária na elaboração e implementação dessas ações.
Metodologia
A metodologia foi estruturada com base em princípios participativos e reflexivos, visando promover um diálogo comunitário profundo e inclusivo sobre as intersecções entre racismo, violência armada e saúde. O evento foi organizado de forma a garantir a inteiraçaõ ativa dos moradores, a mediação qualificada de lideranças locais e a integração de campanhas de conscientização, como a Campanha Janeiro Branco.
As mediações foram conduzidas pelo pesquisador Hugo Oliveira e o articulador local Fernando Zulu. A abordagem adotada priorizou o diálogo participativo, método que valoriza a troca de saberes e a construção coletiva de soluções. Essa estratégia permitiu que os moradores compartilhassem suas experiências e perspectivas, criando um espaço de escuta ativa e respeito mútuo. A mediação foi essencial para garantir que todos os participantes se sentissem incluídos e representados, especialmente ao abordar temas sensíveis, como a violência armada e o racismo estrutural.
O Fórum também adotou uma abordagem pedagógica, buscando tornar temas complexos acessíveis a todos os participantes. A psicóloga Valéria Bernardo, por exemplo, conduziu uma fala sobre saúde mental sobre Campanha Janeiro Branco, utilizando exemplos práticos e linguagem clara para abordar conceitos como autoconhecimento, atenção plena e cuidado com a autoestima. Essa integração de campanhas de conscientização ampliou o alcance do debate, conectando-o a questões globais, como a promoção da saúde mental e o combate ao estigma associado a transtornos psicológicos.
O encerramento do evento foi marcado por um momento de interação social descontraído, com a distribuição de um lanche coletivo. Esse momento foi pensado para fortalecer os laços comunitários e promover a troca de conhecimentos adquiridos durante o Fórum. A distribuição de alimentos, como sanduíches de pasta de sardinha, refresco e água, também reforçou a importância do cuidado coletivo e da segurança alimentar, temas relevantes para a comunidade.
Por fim, a metodologia do Fórum buscou alinhar as discussões locais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial ao ODS 3 (Saúde e Bem-Estar). Essa conexão com a Agenda 2030 reforçou a importância de políticas públicas que garantam saúde, dignidade e direitos humanos para os moradores das favelas, além de destacar o papel da participação comunitária na construção de um futuro mais justo e sustentável.