Saúde na Favela numa Perspectiva Antirracista (cartilha)
A cartilha Saúde na Favela numa Perspectiva Antirracista é um material para uso de moradoras, moradores e profissionais dos territórios. Foi elaborada como um produto do projeto de mesmo nome, uma parceria entre o Movimento Negro Unificado e a Cooperação Social da Fiocruz, com o apoio da Biblioteca Parque de Manguinhos, do Centro de Referência Para a Saúde da Mulher (Cresam), da Associação Brasileira Terra dos Homens, do Projeto Cultural Arte Transformadora, da Igreja Batista Central do Centenário e do Centro Comunitário Irmãos Kennedy.
Autoria: Cooperação Social e Movimento Negro Unificado
Introdução[editar | editar código-fonte]
No ano de 2020, em que o pais passou por uma grande crise sanitária, causada pela COVID 19, que tanto vitimou a população preta e pobre brasileira, o MNU estabeleceu uma parceria com a FIOCRUZ, visando beneficiar essa população do nosso Estado. Houve neste ano a distribuição de Cestas Básicas e Kits de Higiene em vários territórios do Estado. Um ano depois, a parceria institucional entre Movimento Negro Unificado(MNU) e Fiocruz se consolidou e o Projeto de Saúde na Favela virou realidade beneficiando os seguintes territórios: Jacarezinho, Vila Kennedy, Vila Cruzeiro e Mangueirinha.
O financiamento da cartilha[editar | editar código-fonte]
O financiamento da cartilha foi através de Emenda dos mandatos dos deputados federais: Benedita da Silva, Talíria Petrone e Chico D’angelo. O objetivo geral foi o de formar Promotores da saúde na favela pela perspectiva antirracista, com acolhimento e escuta ativa de moradores que passaram por violações de direitos humanos nessas favelas beneficiadas pelo projeto. Foram mais de 200 pessoas beneficiadas pelo Projeto durante os ciclos temáticos de formação. Em 2024, nosso desejo é seguir em luta pelos direitos dos nossos irmãos, pois saúde é direito de todos.
João Batista (Professor e Coordenador do MNU.RJ)
Marcelo Dias (IPCN/Instituto de Pesquisa das Culturas Negras, advogado e ex deputado Estadual)
O documento está organizado em sete partes:
1) A periferia quer garantia de direitos e tem proposta
2) Favelas, conjuntos habitacionais e loteamentos clandestinos: diferenças, semelhanças e contribuições à cidade
3) Promotores populares de saúde antirracista: a atuação dos promotores e da população em busca de direitos da saúde
4) Racismo e violência armada: saúde sem violência é direito de todos e dever do Estado
5) Crimes raciais: o primeiro passo é entender o que é, a fim de que esse mal seja combatido e reduzido em todas as suas formas
6) ÁFRICA: História, racismo e intolerância
7) Saúde e violência obstétrica: o conceito do que é violência obstétrica com a perspectiva de aproximar as mulheres da compreensão do termo e entender como o mesmo acontece no dia-a-dia dessas pessoas gestantes