Atinúké – Sobre o Pensamento de Mulheres Negras: mudanças entre as edições
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'Atinuké’ - Grupo de estudos sobre o pensamento de [[A violência política contra as mulheres negras (pesquisa)|mulheres negras]]. O nome do grupo é da língua Iorubá, e significa ‘Aquela que merece carinho desde a gestação’ | |||
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir das redes oficiais da coletiva. | |||
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Origem do termo: Nígero - Congolesa. Foi designado para Tatiana Machado ao ser iniciada no Batuque. Assim como a história e a cultura da matriz africana de valorização dos legados, a semente das Atinúkés germinou; sua luta criou raízes africanas em Porto Alegre, e a sua influência fez florescer o Grupo de Estudos sobre o Pensamento de Mulheres Negras Atinúké e, posteriormente, o Coletivo Atinúké. | |||
Este grupo foi cuidadosamente idealizado por Fernanda Oliveira, Giane Vargas Escobar e Nina Fola, tendo como fio condutor a energia de movimento e compartilhamento legada a nós pela nossa 'Atinuké’ primeira, Tatiana Renata Machado. Muito mais que uma [[:Categoria:Temática - Religião|religião]], uma forma de viver assentada na matriz africana, a partir do espaço do terreiro e permeando toda a forma de ser e estar no mundo. Desta forma, valorizamos nossas e nossos antepassados e os valores ancestrais legados/compartilhados e mesmo os negados que nos chegam através de nossas irmãs. | |||
Este grupo foi cuidadosamente idealizado por Fernanda Oliveira, Giane Vargas Escobar e Nina Fola, tendo como fio condutor a energia de movimento e compartilhamento legada a nós pela nossa 'Atinuké’ primeira, Tatiana Renata Machado. Muito mais que uma religião, uma forma de viver assentada na matriz africana, a partir do espaço do terreiro e permeando toda a forma de ser e estar no mundo. Desta forma, valorizamos nossas e nossos antepassados e os valores ancestrais legados/compartilhados e mesmo os negados que nos chegam através de nossas irmãs. | |||
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===== Valores ===== | ===== Valores ===== | ||
Inclusão, Justiça Social, Educação, Afetividade. | Inclusão, Justiça Social, Educação, Afetividade, Esperança, Amor, Espiritualidade. | ||
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Percussionista e cantora, é integrante do grupo AfroEntes e doutoranda em Sociologia pela UFRGS. É vinculada à tradição afro-gaúcha e traz uma prática musical integrada a suas vertentes de pesquisa, espiritualidade e militância. Nos vídeos que preparou para o Festival Forrobodó do Unimúsica 2020, acompanhada por seus tambores, Nina canta duas canções de sua autoria, “Bananeira” e “Herói Africano”, além de uma composição coletiva do AfroEntes, chamada | Percussionista e cantora, é integrante do grupo AfroEntes e doutoranda em Sociologia pela UFRGS. É vinculada à tradição afro-gaúcha e traz uma prática musical integrada a suas vertentes de pesquisa, espiritualidade e militância. Nos vídeos que preparou para o Festival Forrobodó do Unimúsica 2020, acompanhada por seus tambores, Nina canta duas canções de sua autoria, “Bananeira” e “Herói Africano”, além de uma composição coletiva do AfroEntes, chamada “[https://wikifavelas.com.br/index.php/Afox%C3%A9_Ra%C3%ADzes_Africanas Fortaleça o seu axé]”. | ||
Produções: | Produções: | ||
*Mostra Gema - Nina Fola | *Mostra Gema - Nina Fola | ||
Mulher, negra e de terreiro, cantora e percussionista da banda AfroEntes. Coordena o Coletivo e o Grupo de Estudos do Pensamento de Mulheres Negras Atinúké e a Biblioteca Temática Pedro Cunha. Dedicou parte de sua vida (mais de 25 anos) à militância social contra o racismo, através de vários campos: cultural, artístico, político e partidário. Academicamente desenvolve pesquisa com o Povo de Terreiro e Sociologia Política. Socióloga e Mestranda cotista, bolsista da CAPES no Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. | Mulher, negra e de terreiro, cantora e percussionista da banda AfroEntes. Coordena o Coletivo e o Grupo de Estudos do Pensamento de Mulheres Negras Atinúké e a Biblioteca Temática Pedro Cunha. Dedicou parte de sua vida (mais de 25 anos) à militância social contra o [[Racismo, motor da violência (relatório)|racismo]], através de vários campos: cultural, artístico, político e partidário. Academicamente desenvolve pesquisa com o Povo de Terreiro e Sociologia Política. Socióloga e Mestranda cotista, bolsista da CAPES no Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. | ||
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* | *AfroEntes - Festa de Batuque (Na Pedra Redonda) | ||
AfroEntes por Nina Fola: é um grupo que desde 2015, retoma um trabalho que teve início na década de 1990, em Porto Alegre. É um lugar de pensar a música produzida por pessoas negras, suas temáticas existenciais em um contexto invisibilizado, que é o gaúcho. Isso implica em poesias de protesto, denúncia, mas também de esperança, amor e espiritualidade. Aliás, ritmos espirituais são a base musical das composições autorais ou dos arranjos, em que a diversidade de experiências dos músicos e suas influências musicais são ressaltadas. | |||
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Acesse: www.clubessociaisnegros.com | Acesse: www.clubessociaisnegros.com | ||
== Contatos e Redes Sociais == | == Contatos e Redes Sociais == | ||
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Contato: eventos.atinukes@gmail.com | |||
==Ver também== | |||
*[[Grupo Afrolaje]] | |||
*[[Afoxé Raízes Africanas]] | |||
*[[Rede Afroambiental]] | |||
[[Categoria:Rio Grande do Sul]] | |||
[[Categoria:Afrofeminismo]] | |||
[[Categoria:Educação]] | |||
[[Categoria:Mulheres Negras]] | |||
[[Categoria:Temática - Associativismo e Movimentos Sociais]] | |||
[[Categoria:Temática - Cultura]] | |||
[[Categoria:Porto Alegre]] | |||
[[Categoria:Temática - Relações Étnico-Raciais]] |
Edição atual tal como às 16h54min de 26 de outubro de 2023
'Atinuké’ - Grupo de estudos sobre o pensamento de mulheres negras. O nome do grupo é da língua Iorubá, e significa ‘Aquela que merece carinho desde a gestação’
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir das redes oficiais da coletiva.
Sobre[editar | editar código-fonte]
Origem do termo: Nígero - Congolesa. Foi designado para Tatiana Machado ao ser iniciada no Batuque. Assim como a história e a cultura da matriz africana de valorização dos legados, a semente das Atinúkés germinou; sua luta criou raízes africanas em Porto Alegre, e a sua influência fez florescer o Grupo de Estudos sobre o Pensamento de Mulheres Negras Atinúké e, posteriormente, o Coletivo Atinúké.
Este grupo foi cuidadosamente idealizado por Fernanda Oliveira, Giane Vargas Escobar e Nina Fola, tendo como fio condutor a energia de movimento e compartilhamento legada a nós pela nossa 'Atinuké’ primeira, Tatiana Renata Machado. Muito mais que uma religião, uma forma de viver assentada na matriz africana, a partir do espaço do terreiro e permeando toda a forma de ser e estar no mundo. Desta forma, valorizamos nossas e nossos antepassados e os valores ancestrais legados/compartilhados e mesmo os negados que nos chegam através de nossas irmãs.
Propósitos[editar | editar código-fonte]
Missão[editar | editar código-fonte]
Romper com as amarras aprisionam para construir um mundo capaz de equilibrar pluralidade e justiça social sem negar a negritude em suas múltiplas formas.
Visão[editar | editar código-fonte]
Extrair intelectualidade de mulheres negras, inserindo-as nas discussões, acadêmicas ou não, através do entendimento de pluralidade do pensamento.
Valores[editar | editar código-fonte]
Inclusão, Justiça Social, Educação, Afetividade, Esperança, Amor, Espiritualidade.
História e Atividades[editar | editar código-fonte]
A seleção da primeira composição do grupo se deu via inscrição, de 30 mulheres negras para participar do grupo, em agosto de 2016. A idealização foi abraçada por aquelas que querem romper com as amarras que nos aprisionam e querem construir um mundo capaz de equilibrar pluralidade e justiça social sem negar a negritude em suas múltiplas formas. Para tal, compartilhamos escritas de mulheres negras sobre assuntos que refletem/compõem as nossas existências – são também nossas e significam o nós por nós enquanto filosofia que nos ilumina- buscamos contemplar pensamentos – e ações - para além da cultura estritamente escrita e/ou acadêmica, abarcando poesias, músicas, dança, expressões visuais e formas de conhecimentos outras conduzidas sempre em diálogo com os pressupostos civilizatórios da Matriz Africana.
O grupo de mulheres negras se reúne a cada 21 dias, em Porto Alegre, no Espaço Escola Africanamente – Ponto de Cultura. Desenvolvemos ainda atividades abertas no referido espaço, compondo as do Ponto de Cultura e em parceria com outros espaços, como o Centro de Referência do Negro – Nilo Feijó.
Distanciando-se da sistemática clássica das universidades, a metodologia utilizada nas aulas, experimenta música, dança, teatro, textos acadêmicos e todas as relações possíveis de produção artística e científica.
Percussionista e cantora, é integrante do grupo AfroEntes e doutoranda em Sociologia pela UFRGS. É vinculada à tradição afro-gaúcha e traz uma prática musical integrada a suas vertentes de pesquisa, espiritualidade e militância. Nos vídeos que preparou para o Festival Forrobodó do Unimúsica 2020, acompanhada por seus tambores, Nina canta duas canções de sua autoria, “Bananeira” e “Herói Africano”, além de uma composição coletiva do AfroEntes, chamada “Fortaleça o seu axé”.
Produções:
- Mostra Gema - Nina Fola
Mulher, negra e de terreiro, cantora e percussionista da banda AfroEntes. Coordena o Coletivo e o Grupo de Estudos do Pensamento de Mulheres Negras Atinúké e a Biblioteca Temática Pedro Cunha. Dedicou parte de sua vida (mais de 25 anos) à militância social contra o racismo, através de vários campos: cultural, artístico, político e partidário. Academicamente desenvolve pesquisa com o Povo de Terreiro e Sociologia Política. Socióloga e Mestranda cotista, bolsista da CAPES no Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
- AfroEntes - Festa de Batuque (Na Pedra Redonda)
AfroEntes por Nina Fola: é um grupo que desde 2015, retoma um trabalho que teve início na década de 1990, em Porto Alegre. É um lugar de pensar a música produzida por pessoas negras, suas temáticas existenciais em um contexto invisibilizado, que é o gaúcho. Isso implica em poesias de protesto, denúncia, mas também de esperança, amor e espiritualidade. Aliás, ritmos espirituais são a base musical das composições autorais ou dos arranjos, em que a diversidade de experiências dos músicos e suas influências musicais são ressaltadas.
- Nina Fola: Fortaleça seu Axé
Encerramento Curso Atinúké e apresentação de Trabalhos[editar | editar código-fonte]
No último dia 07 de setembro de 2019 (sábado) aconteceu o encerramento do CURSO ATINÚKÉ – sobre o pensamento de mulheres negras.
Foi um dia espetacular de apresentações de trabalhos onde cada uma das mulheres negras que participaram dos 6 encontros ao longo do semestre puderam expressar o seu pensamento crítico sobre nossas negritudes, deixando como produto final as suas “escrevivências”, conforme nos ensina Conceição Evaristo.
Atinúké é também Projeto de Extensão da Unipampa e da UFRGS e se constituiu, a partir do ano de 2018, como um Projeto Binacional de Extensão, com a intensa participação de mulheres Afrouruguaias.
Participações[editar | editar código-fonte]
Na data de comemoração do 103° Aniversário do Clube, 24 de Agosto, foi lançado o site dos Clubes Sociais Negros do Brasil, gestado coletivamente pela equipe do Projeto Clubes Sociais Negros: Articulação Sul-Sul, em continuidade ao trabalho de resguardo, organização e difusão da memória material e imaterial que são os acervos dos Clubes Sociais Negros, acolhidos no 24 de Agosto.
Nossa querida irmã Atinùké, Giane Vargas, esteve juntamente a uma equipe potente e amorosa, desenvolvendo com cuidado este espaço necessário de resguardo da história dos Clubes Sociais Negros do Brasil e Uruguai.
Acesse: www.clubessociaisnegros.com
Contatos e Redes Sociais[editar | editar código-fonte]
Contato: eventos.atinukes@gmail.com