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O '''Comando Vermelho Rogério Lemgruber''', mais conhecido como '''Comando Vermelho''' e pelas siglas '''CV''' e '''CVRL''', é uma das maiores organizações criminosas do Brasil. Foi criada em 1979 no Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
O Comando Vermelho Rogério Lemgruber, mais conhecido como [[Comando Vermelho]] e pelas siglas CV e CVRL, é uma das maiores organizações criminosas do Brasil. Foi criada em 1979<ref name=":0">AMORIM, Carlos. Comando vermelho. Rio de Janeiro: Editora Record, 1993.</ref> no Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
Autoria: <bdi>Mairon Azevedo;</bdi> Dicionário de Favelas Marielle Franco.


Atualmente o Comando Vermelho se alia com a milícia do Zinho, irmão de Ecko, embora ambos os lados neguem, investigações da polícia levaram a essa conclusão.
== Sobre ==
A seguir, reproduzimos trechos a partir de referências bibliográficas encontradas sobre o assunto.


O Comando Vermelho possui ramificações em outros estados brasileiros como Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins.
<blockquote>“A reportagem de Carlos Amorim revela o que realmente é o Comando Vermelho: um filhote da ditadura militar”. Jorge  Pontual<ref name=":0" /></blockquote><blockquote>“O Comando Vermelho teve como marco de sua inserção no cenário mundial o momento em que a máfia italiana chegou à América do Sul com o intuito de organizar o negócio mais lucrativo do mundo, o [[Consumo e tráfico de drogas (debate)|tráfico de drogas]], quando o CV se mostra um importante ponto na rede do crime organizado transnacional, com a função de distribuidor para Estados Unidos e Europa.
 
O CV se fixa como um importante ator do tráfico de drogas no contexto brasileiro, principalmente, com o intuito de financiar a fuga de presos políticos do Instituto Prisional de Cândido Mendes em Ilha Grande. Para que o tráfico de drogas continuasse prosperando, foi necessário o apoio, cada vez mais forte, da comunidade e dos políticos.
 
O crime organizado relaciona-se diretamente com política. No Brasil, “quando o Comando Vermelho assumiu o controle de quase 70% dos pontos-de-venda de drogas, se constituiu numa espécie de governo paralelo das comunidades pobres”.<ref name=":0" /> No entanto, para se relacionar diretamente com a política e afirmar sua hegemonia, o CV matou “pelo menos treze líderes comunitários nos bairros pobres do Rio”.<ref name=":0" /> Essa estratégia foi realizada para que os criminosos pudessem nomear novos líderes comunitários, já que “as [[Associações de moradores precisam repensar seu papel nas favelas (entrevista)|associações de moradores]] são interlocutoras naturais com o poder público, são canais de negociação dos interesses locais”.<ref name=":0" /> Formou-se um sistema hegemônico dentro das favelas.”<ref>CECCATTO, Dirceu Ricardo Lemos. O Comando Vermelho e a Nova Ordem Mundial-10.5102/uri. v4i2. 166. Universitas: Relações Internacionais, v. 4, n. 2, 2006.</ref></blockquote><blockquote>"O Comando Vermelho nasceu no Rio de Janeiro e tem em William da Silva Lima um de seus artífices. Mas ele ressalva que não se trata propriamente do nome de uma organização e sim de um comportamento, 'uma forma de sobreviver na adversidade'." Percival de Souza<ref name=":1">DA SILVA LIMA, William. Quatrocentos contra um: uma história do Comando Vermelho. Labortexto Editorial, 2001.</ref>
 
“Segundo William, o Comando Vermelho recebeu esse nome da imprensa e não de um grupo que resolveu estruturá-lo. Tudo indica que tenha acontecido exatamente isso. Frustra quem imaginava uma reunião secreta, com depoimentos e apartes, ata e assinaturas. O autor sugere que tenha sido uma ficção alimentada para ser vista como realidade.” Percival de Souza<ref name=":1" /></blockquote>
 
Contexto, no início do ano de 2024: o Comando Vermelho se alia com a [[milícia]] do Zinho, irmão de Ecko, embora ambos os lados neguem, investigações da polícia levaram a essa conclusão. O Comando Vermelho possui ramificações em outros estados brasileiros como Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins.<ref>Incluir fonte de informação.</ref>
 
== Filme ==
[[Uma história do crime organizado – 400 contra 1 (filme)|400 contra 1 - Uma História do Crime Organizado]] é um filme brasileiro dirigido por Caco Souza. Com estreia em 6 de agosto de 2010, aborda a história do Comando Vermelho, uma das maiores organizações criminosas do Brasil. É estrelado pelo ator Daniel de Oliveira (de Cazuza - O Tempo não Para) e por Daniela Escobar.
 
== Referências Bibliográficas ==
AMORIM, Carlos. Comando vermelho. Rio de Janeiro: Editora Record, 1993.
 
CECCATTO, Dirceu Ricardo Lemos. O Comando Vermelho e a Nova Ordem Mundial-10.5102/uri. v4i2. 166. Universitas: Relações Internacionais, v. 4, n. 2, 2006.
 
LUDEMIR, Julio. No coração do comando. Editora Record, 2002.
 
PENGLASE, Ben. The Bastard Child of the Dictatorship:: The Comando Vermelho and the Birth of “Narco-culture” in Rio de Janeiro. Luso-Brazilian Review, v. 45, n. 1, p. 118-145, 2008.
 
DA SILVA LIMA, William. Quatrocentos contra um: uma história do Comando Vermelho. Labortexto Editorial, 2001.
 
== Ligações externas ==
[https://pt.wikipedia.org/wiki/400_contra_1_-_Uma_Hist%C3%B3ria_do_Crime_Organizado Wikipédia - 400 contra 1]
 
== Ver também ==
 
*[[Primeiro Comando da Capital (PCC)]]
*[[Milícia]]
[[Categoria:Temática - Violência]]
[[Categoria:Violência]]
[[Categoria:Tráfico de Drogas]]
[[Categoria:Crime organizado]]
<references />
[[Categoria:Crime]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]

Edição atual tal como às 22h23min de 8 de outubro de 2024

O Comando Vermelho Rogério Lemgruber, mais conhecido como Comando Vermelho e pelas siglas CV e CVRL, é uma das maiores organizações criminosas do Brasil. Foi criada em 1979[1] no Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro.

Autoria: Mairon Azevedo; Dicionário de Favelas Marielle Franco.

Sobre[editar | editar código-fonte]

A seguir, reproduzimos trechos a partir de referências bibliográficas encontradas sobre o assunto.

“A reportagem de Carlos Amorim revela o que realmente é o Comando Vermelho: um filhote da ditadura militar”. Jorge Pontual[1]

“O Comando Vermelho teve como marco de sua inserção no cenário mundial o momento em que a máfia italiana chegou à América do Sul com o intuito de organizar o negócio mais lucrativo do mundo, o tráfico de drogas, quando o CV se mostra um importante ponto na rede do crime organizado transnacional, com a função de distribuidor para Estados Unidos e Europa.

O CV se fixa como um importante ator do tráfico de drogas no contexto brasileiro, principalmente, com o intuito de financiar a fuga de presos políticos do Instituto Prisional de Cândido Mendes em Ilha Grande. Para que o tráfico de drogas continuasse prosperando, foi necessário o apoio, cada vez mais forte, da comunidade e dos políticos.

O crime organizado relaciona-se diretamente com política. No Brasil, “quando o Comando Vermelho assumiu o controle de quase 70% dos pontos-de-venda de drogas, se constituiu numa espécie de governo paralelo das comunidades pobres”.[1] No entanto, para se relacionar diretamente com a política e afirmar sua hegemonia, o CV matou “pelo menos treze líderes comunitários nos bairros pobres do Rio”.[1] Essa estratégia foi realizada para que os criminosos pudessem nomear novos líderes comunitários, já que “as associações de moradores são interlocutoras naturais com o poder público, são canais de negociação dos interesses locais”.[1] Formou-se um sistema hegemônico dentro das favelas.”[2]

"O Comando Vermelho nasceu no Rio de Janeiro e tem em William da Silva Lima um de seus artífices. Mas ele ressalva que não se trata propriamente do nome de uma organização e sim de um comportamento, 'uma forma de sobreviver na adversidade'." Percival de Souza[3] “Segundo William, o Comando Vermelho recebeu esse nome da imprensa e não de um grupo que resolveu estruturá-lo. Tudo indica que tenha acontecido exatamente isso. Frustra quem imaginava uma reunião secreta, com depoimentos e apartes, ata e assinaturas. O autor sugere que tenha sido uma ficção alimentada para ser vista como realidade.” Percival de Souza[3]

Contexto, no início do ano de 2024: o Comando Vermelho se alia com a milícia do Zinho, irmão de Ecko, embora ambos os lados neguem, investigações da polícia levaram a essa conclusão. O Comando Vermelho possui ramificações em outros estados brasileiros como Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins.[4]

Filme[editar | editar código-fonte]

400 contra 1 - Uma História do Crime Organizado é um filme brasileiro dirigido por Caco Souza. Com estreia em 6 de agosto de 2010, aborda a história do Comando Vermelho, uma das maiores organizações criminosas do Brasil. É estrelado pelo ator Daniel de Oliveira (de Cazuza - O Tempo não Para) e por Daniela Escobar.

Referências Bibliográficas[editar | editar código-fonte]

AMORIM, Carlos. Comando vermelho. Rio de Janeiro: Editora Record, 1993.

CECCATTO, Dirceu Ricardo Lemos. O Comando Vermelho e a Nova Ordem Mundial-10.5102/uri. v4i2. 166. Universitas: Relações Internacionais, v. 4, n. 2, 2006.

LUDEMIR, Julio. No coração do comando. Editora Record, 2002.

PENGLASE, Ben. The Bastard Child of the Dictatorship:: The Comando Vermelho and the Birth of “Narco-culture” in Rio de Janeiro. Luso-Brazilian Review, v. 45, n. 1, p. 118-145, 2008.

DA SILVA LIMA, William. Quatrocentos contra um: uma história do Comando Vermelho. Labortexto Editorial, 2001.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikipédia - 400 contra 1

Ver também[editar | editar código-fonte]

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 AMORIM, Carlos. Comando vermelho. Rio de Janeiro: Editora Record, 1993.
  2. CECCATTO, Dirceu Ricardo Lemos. O Comando Vermelho e a Nova Ordem Mundial-10.5102/uri. v4i2. 166. Universitas: Relações Internacionais, v. 4, n. 2, 2006.
  3. 3,0 3,1 DA SILVA LIMA, William. Quatrocentos contra um: uma história do Comando Vermelho. Labortexto Editorial, 2001.
  4. Incluir fonte de informação.