Vila Amaury (Brasília): mudanças entre as edições
(Resumo, autoria, interlinks, formatação, categorias, palavras-chave, ver também) |
m (Substituição de texto - "Categoria:Brasilia" por "Categoria:Brasília") |
||
Linha 26: | Linha 26: | ||
[[Categoria:Candangos]] | [[Categoria:Candangos]] | ||
[[Categoria:Capital]] | [[Categoria:Capital]] | ||
[[Categoria: | [[Categoria:Brasília]] | ||
[[Categoria:Distrito Federal]] | [[Categoria:Distrito Federal]] |
Edição atual tal como às 16h31min de 8 de abril de 2025
Vila Amaury foi uma comunidade que surgiu, durante a construção de Brasília, para servir como acampamento provisório para operários que ergueram a capital federal do Brasil. Foi extinta e seus moradores removidos, antes da inauguração da cidade, para dar lugar ao Lago Paranoá, cujas águas inundaram o local que chegou a abrigar 16 mil habitantes.
Autoria: Gustavo Hvenegaard
Sobre[editar | editar código-fonte]
A construção de Brasília, a nova capital brasileira do século 20, ocorreu entre 1957 e 1960, sob o comando do então presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976). Projetada pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa (1902-1998), a obra foi realizada rapidamente, em cerca de três anos, contando com a mão de obra de trabalhadores de todo o país, principalmente do Nordeste.
A falta de estrutura na região e o curto prazo de construção criaram um ambiente precário para os trabalhadores, conhecidos como "Candangos". Muitos viviam com suas famílias em acampamentos improvisados e pequenas comunidades próximas aos famosos edifícios do Plano Piloto de Brasília, como o Palácio do Alvorada e a Praça dos Três Poderes. A Vila Amaury foi uma dessas comunidades, localizada onde atualmente está o Lago Paranoá, um lago artificial criado próximo à inauguração da cidade, em 21 de abril de 1960.
Formada no final de 1957, a vila abrigava cerca de 16 mil pessoas, incluindo operários do Congresso Nacional, da área comercial da W3 e das áreas habitacionais das Asas Norte e Sul da cidade, além de seus familiares. Relatos indicam que as casas eram construídas com restos de madeira e cimento dos edifícios em construção. Estima-se que cerca de 60 mil pessoas chegaram ao Distrito Federal durante a construção, das quais 40 mil eram trabalhadores diretamente envolvidos nas obras.
Com a inauguração da cidade, a NOVACAP (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) desmantelou inúmeras comunidades no Plano Piloto, removendo a população para "regiões administrativas" como Sobradinho, Taguatinga e Gama, distantes e de difícil acesso à nova capital.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Atualmente, é possível encontrar vestígios da Vila Amaury por meio de imagens captadas por mergulhadores, que revelam uma história submersa dos construtores de Brasília.