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Uso de ferramentas digitais, sites, redes sociais, podcasts, entre outros, para difundir espectros e práticas contra hegemônicas, em várias esferas da natureza humana. Ações afro centradas, de matriz de África ou afro diaspórico, de natureza cultural, política, ancestral e filosófica. | Uso de ferramentas digitais, sites, redes sociais, podcasts, entre outros, para difundir espectros e práticas contra hegemônicas, em várias esferas da natureza humana. Ações afro centradas, de matriz de África ou afro diaspórico, de natureza cultural, política, ancestral e filosófica. | ||
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* [[Feminismos negros e decolonialidade no Museu da Maré]] | |||
* [[Movimento Negro Unificado (MNU)]] | |||
* [[Julho Negro: Contra o Racismo, a Militarização e o Apartheid (documentário)]] | |||
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Edição atual tal como às 17h29min de 25 de setembro de 2024
Uso de ferramentas digitais, sites, redes sociais, podcasts, entre outros, para difundir espectros e práticas contra hegemônicas, em várias esferas da natureza humana. Ações afro centradas, de matriz de África ou afro diaspórico, de natureza cultural, política, ancestral e filosófica.
Autoria: Estevão e Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Sobre[editar | editar código-fonte]
O ciberativismo negro é uma forma de ativismo que utiliza as ferramentas e plataformas digitais para promover a justiça racial, a igualdade e o empoderamento da comunidade negra. Na era digital, onde as redes sociais e outras plataformas online desempenham um papel crucial na disseminação de informações e na mobilização social, o ciberativismo negro emergiu como uma força poderosa para a transformação social.
Historicamente, o ativismo negro enfrentou muitos desafios, desde a censura até a repressão violenta. No entanto, a internet e as redes sociais proporcionaram novas oportunidades para que vozes negras fossem ouvidas e para que questões de injustiça racial ganhassem visibilidade global. O ciberativismo negro usa essas plataformas para destacar questões como a brutalidade policial, a discriminação racial e as disparidades socioeconômicas, além de promover iniciativas para o avanço dos direitos civis e humanos.
Um exemplo é o movimento #BlackLivesMatter[1], que surgiu em 2013 após o caso de Trayvon Martin e rapidamente se espalhou por meio das redes sociais. Esse movimento utiliza hashtags, posts e campanhas online para mobilizar apoio e pressionar por mudanças políticas e sociais. Ele também serve como um espaço para que indivíduos compartilhem suas experiências e se conectem com outros que compartilham preocupações semelhantes.
Além disso, o ciberativismo negro também inclui a criação e promoção de conteúdos culturais que celebram a identidade negra, como arte, música e literatura. Esses conteúdos ajudam a construir uma narrativa positiva e afirmativa, ao mesmo tempo em que educam e informam sobre a rica herança e as contribuições da comunidade negra.
Além disso, o ciberativismo negro também enfrenta desafios. A presença online de vozes negras pode ser ameaçada por ataques cibernéticos, assédio e a disseminação de desinformação. Portanto, é crucial que haja um apoio contínuo para garantir a segurança e a eficácia das iniciativas de ativismo digital.
Em suma, o ciberativismo negro é uma ferramenta vital na luta por justiça e igualdade. Ele demonstra como a tecnologia pode ser utilizada para promover mudanças sociais e como as comunidades podem se unir virtualmente para enfrentar desafios reais. À medida que continuamos a explorar e expandir as possibilidades da era digital, o papel do ciberativismo negro se torna cada vez mais central na construção de um futuro mais justo e inclusivo.
Ciberativismo negro no Brasil[editar | editar código-fonte]
O ciberativismo negro no Brasil é uma expressão contemporânea de uma longa tradição de luta pela justiça racial e pela igualdade. Com o avanço das tecnologias digitais e das redes sociais, ativistas negros brasileiros encontraram novas ferramentas para amplificar suas vozes, promover a conscientização e mobilizar mudanças sociais.
Desde o início dos anos 2000, o Brasil começou a experimentar a crescente influência da internet e das redes sociais. No entanto, foi na década de 2010 que o ciberativismo negro começou a ganhar maior visibilidade e impacto. Influenciado por movimentos globais e por uma crescente conscientização sobre questões de desigualdade racial, o ativismo digital no Brasil começou a se articular de forma mais organizada e eficaz.
Um dos marcos importantes do ciberativismo negro no Brasil foi o surgimento de movimentos e iniciativas que utilizaram as redes sociais para promover a justiça social. O movimento #VidasNegrasImportam (inspirado pelo Black Lives Matter dos Estados Unidos) começou a se destacar nas redes sociais brasileiras, trazendo questões de violência policial e desigualdade racial para o centro do debate público.
Plataformas como Facebook, Twitter e Instagram foram utilizadas para compartilhar informações sobre casos de violência racial, organizar protestos e criar campanhas de conscientização. A hashtag #VidasNegrasImportam se tornou um símbolo poderoso da luta contra a brutalidade policial e a discriminação racial no Brasil.
Alguns destaque do ciberativismo negro no país são o "Coletivo de Mulheres Negras" e "Ocupação 9 de Julho", que usam as redes sociais para promover a igualdade de gênero e racial, bem como para destacar as questões enfrentadas pela população negra nas favelas e periferias.
Além disso, o ativismo digital também tem sido fundamental na denúncia de casos de racismo e violência policial, como os assassinatos de jovens negros em situações de abuso policial. As redes sociais permitem uma rápida mobilização e disseminação de informações, contribuindo para a pressão pública e a demanda por justiça.
A luta das mulheres negras na internet[editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Feminismos negros e decolonialidade no Museu da Maré
- Movimento Negro Unificado (MNU)
- Julho Negro: Contra o Racismo, a Militarização e o Apartheid (documentário)
- ↑ ARRUDA, Jéssica. Black Lives Matter: entenda movimento por trás da hashtag que mobiliza atos. UOL, 2020.