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'''Clube Carnavalesco Escola de Samba Unidos da Flor da Mina do Andaraí''' ou simplesmente '''Flor da Mina do Andaraí''' é uma escola de samba sediada no [[Morro do Andaraí]], na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Foi fundada em 12 de dezembro de 1962, oriunda do bloco Flor da Mina do Andaraí, tetracampeão do Grupo A dos Blocos.  
'''Clube Carnavalesco Escola de Samba Unidos da Flor da Mina do Andaraí''' ou simplesmente '''Flor da Mina do Andaraí''' é uma escola de samba sediada no [[Morro do Andaraí]], na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Foi fundada em 12 de dezembro de 1962, oriunda do bloco Flor da Mina do Andaraí, tetracampeão do Grupo A dos Blocos. Seu padroeiro é São Sebastião.
 
Autoria: Fábio Carvalho<ref>Historiador, escritor e integrante da Flor da Mina do Andaraí.</ref>.
Seu padroeiro é São Sebastião.
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Clube Carnavalesco Escola de Samba Unidos da Flor da Mina do Andaraí ou simplesmente Flor da Mina do Andaraí é uma escola de samba sediada no Morro do Andaraí, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Foi fundada em 12 de dezembro de 1962, oriunda do bloco Flor da Mina do Andaraí, tetracampeão do Grupo A dos Blocos. Seu padroeiro é São Sebastião.

Autoria: Fábio Carvalho[1].
Bandeira oficial do Clube Carnavalesco Escola de Samba Flor da Mina do Andaraí.

História[editar | editar código-fonte]

O Clube Carnavalesco Escola de Samba Flor da Mina do Andaraí foi fundado em 12 de dezembro de 1962, na região conhecida como Mina, onde havia uma nascente muito utilizada pela população do morro do Andaraí.

Sua história é bastante rica e se divide em duas partes: a primeira como um bloco de enredo bastante vitorioso e a segunda como uma escola de samba com muitos altos e baixos.

Há notícias de que no Andaraí, as manifestações de carnaval, nas primeiras décadas do século passado, ficavam por conta de uma infinidade de blocos locais.

Na região do Arrelia surgiu uma escola de samba que se destacou nos carnavais do princípio da década de 1950: a Floresta do Andaraí. Suas cores eram o branco e o verde. Não conseguimos precisar a data em que ela foi fundada, mas começam a surgir relatos nos jornais sobre sua existência já no final dos anos de 1940.

A Floresta fez bons carnavais chegando ao quarto lugar em 1949 e 1950. Depois de 1954, os registros sobre a associação somem dos jornais e não sabemos exatamente quando e por que o grêmio enrolou sua bandeira. Cabe destacar que a quarta colocação é o melhor resultado de uma escola do bairro do Andaraí. Recentemente, o escritor Alberto Mussa retomou, de maneira ficcional, um pouco da história da Floresta do Andaraí como fio condutor de seu romance A extraordinária zona norte. Aliás, Alberto Mussa se diz torcedor da Flor da Mina tendo em vista que passou parte da sua juventude frequentando as rodas de samba e capoeiras do morro, embora morador do asfalto.

Muitos dos antigos fundadores da Flor eram das fileiras da Floresta do Andaraí. Na nascente do alto do morro onde se pegava água para que os moradores cuidassem de suas necessidades básicas, nasciam flores. Daí vem o poético nome da agremiação.

Nascimento e auge do bloco[editar | editar código-fonte]

Ensaio Janeiro de 1973. Imagem Arquivo Nacional.
Ensaio Janeiro de 1973. Imagem Arquivo Nacional.

Período de 1962 a 1992

Entre os anos de 1960 e 1980, os blocos de enredo tiveram amplo destaque no carnaval carioca. Podemos destacar o Unidos do Cabral, o Canário das Laranjeiras e, claro, o Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Flor da Mina do Andaraí. Suas cores eram o verde e o rosa[2].

Em pouco tempo, o bloco verde e rosa do Andaraí ganhou destaque pela qualidade de seus compositores, de sua bateria e da grandiosidade e capricho em seus desfiles. Disputava de igual para igual como os Canários das Laranjeiras que foram os grande bichos-papões do período.

Grandes nomes do samba tiveram no bloco seus primeiros momentos de destaque como Pedrinho da Flor, Mestre Aranha e Gelcy do Cavaco.

O auge do GRBC Flor da Mina ocorreu entre 1980 e início de 1990. Os jornais destacavam as noites de samba lotado na quadra da rua Leopoldo, nº 938 e a grandiosidade de seus desfiles. Em 1972, conseguiu seu primeiro sucesso: campeã do grupo 2 dos blocos com o seu samba mais conhecido: Os bandeirantes e as pedras verdes.

Sagrou-se tetracampeão do primeiro grupo dessa categoria:

1983 Rubiácia Robusta Campeão grupo 1
1985 Pancetti, pintor de marinas Campeão grupo 1
1989 Trabalho só segunda-feira Campeão grupo 1
1990 A benção mãe África Campeão grupo 1

De bloco a Escola de Samba[editar | editar código-fonte]

Bandeira da Flor da Mina. Foto- Fabricio Britto Goyannes.

Período de 1992 a 2007:

A partir de 29 de julho de 1992, o forte bloco, assim como outros na época passa a ser uma escola de samba. O princípio dessa trajetória como escola foi muito bom. Conseguiu de cara o título do grupo de avaliação estreando na avenida. O enredo foi Alô alô seu Garcia, de conversa em conversa, desce outra, garçom, no ano de 1993. Repetiu a dose no ano de 1995, com Verde e rosa, por que não? Ambos os títulos obtidos com o carnavalesco Clóvis Costha, cria da comunidade e muito respeitado por sua história na Flor. Por essa época vale destacar a presença do patrono Miro Garcia que ajudou muito a escola. Os mais antigos contam que chegou a ter na quadra um busto de bronze do “seu” Miro, mas não conseguimos qualquer fonte que confirmasse tal informação, embora nos pareça bem plausível.

Entre 1997 e 2002, a escola viveu seus piores momentos. Ficou licenciada, com a quadra abandonada e foi perdendo seu espaço no cenário do carnaval carioca. Perdeu muito de seu prestígio e alguns acreditaram durante muito tempo que ela não conseguiria voltar a desfilar, mas conseguiu. No princípio dos anos 2000, a escola voltou e conseguiu títulos e bons resultados na primeira década do século XXI.  Em 2003 e 2004, a escola consegue o título da sexta e da quinta divisão, respectivamente. Em 2005, conseguiu o vice da quarta divisão e alcançou a Terceirona do carnaval com o enredo que cantava a história do bairro Andara-Y, uma celebridade adocicada com 400 anos de história.

Fotos[editar | editar código-fonte]

Registro da bateria da Flor da Mina
Registro da bateria da Flor da Mina
Mestre Sala e Porta Bandeira da Flor da Mina. Por- Fabricio Britto Goyannes.
Integrantes da Flor da Mina. Por- Fabricio Britto Goyannes
Integrantes da Flor da Mina. Por- Fabricio Britto Goyannes

Ver também[editar | editar código-fonte]

  1. Historiador, escritor e integrante da Flor da Mina do Andaraí.
  2. Flor da Mina do Andaraí