Cocôzap

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Cocôzap é um projeto do data_labe de geração cidadã de dados a partir de denúncias sobre os problemas de saneamento básico no conjunto de favelas da Maré, Rio de Janeiro.

Autoria: Arthur William Cardoso Santos e R Ramires

Origem do projeto

O "Cocôzap" é uma iniciativa promovida pelo data_labe, voltada para mapeamento, incidência e promoção da participação cidadã no âmbito do saneamento básico nas favelas. O projeto tem sua atuação centralizada no Complexo de favelas da Maré, uma localidade da Zona Norte do Rio de Janeiro que abriga aproximadamente 140 mil habitantes.

Desde 2018, o grupo executor do projeto, em colaboração com instituições como a Casa Fluminense e a Redes de Desenvolvimento da Maré, tem trabalhado para estabelecer, por meio de um número específico no aplicativo WhatsApp, uma plataforma dedicada para recepção de denúncias, além de promover debates e proposições relativas ao saneamento básico, abastecimento de água e gestão de resíduos sólidos na região.

Funcionamento do Cocôzap

O mecanismo de funcionamento da iniciativa é estruturado de maneira simplificada: os moradores enviam fotos, vídeos e descrições narrativas sobre problemas relacionados ao lixo e ao esgoto para o número do Cocôzap. Esta estratégia permite uma identificação precisa e ilustrativa dos desafios enfrentados diariamente em razão das desigualdades no acesso a serviços públicos essenciais. Com isso, o projeto visa construir uma base de dados robusta, servindo como ferramenta complementar para diagnósticos que auxiliem no desenvolvimento de políticas públicas fundamentadas e eficazes.

Objetivos do Cocôzap

Homem de camisa vermelha e mascara facial segurando o caderno roxo da carta de saneamento da Maré
Morador com a carta de saneamento da Maré. Foto Patrick Marinho/Data Labe

A perspectiva do Cocôzap é fomentar debates que possam intensificar a pressão por políticas mais assertivas e legitimadas, com base em evidências fornecidas diretamente pelos residentes da área afetada. Além do enriquecimento do banco de dados, são realizadas reuniões mensais envolvendo moradores, representantes de escolas, postos de saúde e associações locais, com o objetivo de promover a divulgação do canal de denúncias e incentivar uma discussão contínua sobre as questões sanitárias pertinentes ao bairro.

Como resultados concretos do engajamento e das atividades desenvolvidas, destacam-se a elaboração de uma carta-manifesto e a criação de um plano de monitoramento[1][2]. Ademais, a equipe engajada no eixo de justiça ambiental do data_labe, composta por jovens residentes na favela da Maré, tem produzido reportagens e relatos que delineiam as questões socioambientais do território, contribuindo assim para uma maior visibilidade e compreensão dos desafios enfrentados pela comunidade.

Linha do Tempo

2016-01-01T00:00:00Z
Edital Civicus
2018-01-01T00:00:00Z
1º Residência Cocôzap
2018-01-01T00:00:00Z
Jogo Sujo
2019-01-01T00:00:00Z
1º Encontro de Saneamento da Maré
2019-01-01T00:00:00Z
2º Residência Cocôzap
2020-01-01T00:00:00Z
3º Residência Cocôzap
2020-01-01T00:00:00Z
Lançamento da Agenda 2030 de Saneamento da Maré
2020-01-01T00:00:00Z
Plano de Monitoramento do Saneamento Básico na Maré
2021-01-01T00:00:00Z
Relatório Cocôzap 5.0
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O Cocôzap (Poopoozap) iniciou seus trabalhos com o recebimento de um prêmio no edital da organização não-governamental CIVICUS em 2016. Sua atuação voltada para a compreensão e melhoria das condições sanitárias na região do conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro. está detalhada nos principais marcos e desenvolvimentos deste projeto até o ano de 2020.

2016 - Edital Civicus

O Cocôzap foi lançado como resultado da colaboração inicial com a Casa Fluminense, tendo recebido um prêmio para o planejamento do projeto.

2018 - 1º Residência Cocôzap

Nesta fase, três jovens da Maré, com engajamento em causas ambientais, foram selecionados para estruturar o formato do projeto e iniciar os testes práticos nas ruas da comunidade.

2018 - Jogo Sujo

Dentro das atividades da 1º Residência Cocôzap, emergiu uma reportagem investigativa focada na gestão pública do saneamento básico na Maré e as consequências desta para a comunidade.

2019 - 1º Encontro de Saneamento da Maré

O projeto articulou um encontro pioneiro reunindo ativistas, especialistas e moradores da comunidade para uma análise coletiva dos problemas e potenciais soluções para as questões de saneamento básico na favela.

2019 - 2º Residência Cocôzap

Para ampliar o alcance do Cocôzap, duas jovens ativistas ambientais da Maré foram incorporadas para promover o projeto junto a várias instituições situadas no Complexo da Maré.

2020 - 3º Residência Cocôzap

Esta fase teve como objetivo principal a difusão intensiva do projeto pela Maré, no entanto, foi interrompida devido à pandemia de COVID-19. Mesmo assim, houve a oportunidade de conduzir uma pesquisa com 15 famílias da região para entender as relações entre as condições sanitárias e os impactos da pandemia na comunidade.

2020 - Lançamento da Agenda 2030 de Saneamento da Maré

Após a elaboração da Carta do Saneamento da Maré, o projeto em parceria com a Casa Fluminense estruturou uma agenda para endereçar reivindicações políticas relacionadas ao saneamento no território.

2020 - Plano de Monitoramento do Saneamento Básico na Maré

Em uma colaboração com a Embaixada Britânica e o Parque Tecnológico da UFRJ, o Cocôzap lançou um plano compreensivo que consolidou pesquisas, análises e dados sobre o saneamento na Maré, levando em consideração o contexto da pandemia de COVID-19.

2021 - Relatório Cocôzap 5.0

Entre maio e agosto de 2021, o Cocôzap recebeu 229 queixas de saneamento básico nas 16 favelas que compõem o Complexo da Maré, sendo 122 de Esgoto, 78 de Lixo, 23 de Drenagem e 4 de Abastecimento de água.

Políticas Públicas

A partir de estudos, o Cocôzap propõe uma série de políticas para melhoria dos indicadores sobre o saneamento básico no conjunto de favelas da Maré:

- Programa voltados para reciclagem de resíduos sólidos;

- Comunicação de risco;

- Monitorar e fortalecer os programas de saúde;

- Mobilizar e democratizar o conhecimento

- Jardim de chuva.

Parceiros

O Cocôzap tem como parceiras as seguintes organizações:

- Casa Fluminense

- Durham University

- Great for Partnership

- Fundo Socioambiental Casa Investindo em Cuidar

- Fundação Heinrich Boll

- Parque Tecnológico da UFRJ

- PUC-PR

- Redes da Maré

- Soltec UFRJ

Contatos e Redes Sociais

Twitter

Instagram

Site Oficial

E-mail contatococozap@datalabe.org

Ver também

Data Labe

Centro de Estudos e Ações Culturais e de Cidadania (CEACC)

Museu da Maré

Casa Fluminense

https://medium.com/cocozap/gera%C3%A7%C3%A3o-cidad%C3%A3-de-dados-um-fazer-pol%C3%ADtico-6bb6b6e1f675

https://mareonline.com.br/direito-ao-saneamento-basico-na-mare/

https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2022/09/03/cocozap-iniciativa-engaja-moradores-da-mare-em-luta-por-saneamento-digno.htm

https://medium.com/cocozap/gera%C3%A7%C3%A3o-cidad%C3%A3-de-dados-um-fazer-pol%C3%ADtico-6bb6b6e1f675

https://radarsaudefavela.com.br/cocozap-uma-tecnologia-social-de-geracao-cidada-de-dados-de-saneamento-basico-no-complexo-da-mare/

https://www.parque.ufrj.br/saneamento-basico-e-covid-19-conheca-o-projeto-cocozap/

https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/cocozap-mapeamento-mobilizacao-e-incidencia-em-saneamento-em-favelas

https://queixasaneamento.herokuapp.com/mapas

https://mareonline.com.br/por-dentro-do-saneamento-basico-na-mare/

https://diariodorio.com/aproximadamente-35-dos-fluminenses-nao-tem-acesso-a-rede-de-esgoto/#:~:text=Dentre%20as%2027%20capitais%20brasileiras,que%20acumulou%208%2C76%20pontos.