Complexo de favelas do Boaçu
Este verbete compõe o quadro do Projeto Identidade que consiste em um trabalho de campo, desenvolvido pela Pesquisadora Norma Miranda, que escolheu a comunidade do Boaçú, localizada na cidade de São Gonçalo situada no estado do Rio de Janeiro.
A comunidade do Boaçú é um conjunto de favelas que está localizada na cidade de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro.
Autoria: Norma Miranda e Dj Caniball.
Sobre o Boaçu[1][editar | editar código-fonte]
Boaçu significa na língua tupi “cobra grande” uma vez que a região era abundante em cobras grandes, tipo Jibóias e até Sucuris. Deve-se também ao nome do rio que corta quase toda a cidade, o rio Imboaçu.
O Bairro pertence ao 1º distrito da cidade. Boaçu fica bem próximo dos bairros Porto do Rosa, Itaúna, Mutuapira, Mutuaguaçu e Mutuá.
Ele pode ser dividido em duas partes: uma que vai do rio Imboaçu (também conhecido como Ponte) até a Escola Estadual Monsenhor Barenco Coelho (divisa com o bairro Porto do Rosa), e a outra que vai da Ponte ao Rodo de São Gonçalo.
A primeira parte é um vale. A rua principal é cercada de morros, e banhada pela Bahia de Guanabara, Também faz divisa com o bairro Mutuaguaçu. A outra parte é uma planície, onde fica a parte mais elitizada do bairro, fazendo divisa com os bairros California, Boa Vista, entre outros.
Passado histórico da comunidade[editar | editar código-fonte]
O passado colonial de São Gonçalo aponta o bairro Boaçu como parte de um dos principais portos da corte. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, ela era habitada por um dos povos tupis: os tupinambás, que fariam parte futuramente da Confederação dos Tamoios.
Já em 1860, trinta engenhos de cana-de-açúcar já estavam exportando açúcar através dos portos de Guaxindiba, Boaçu, Porto Velho e Pontal de São Gonçalo. São Gonçalo contava, até o século XX, com cerca de doze portos que exportavam produtos do estado do Rio de Janeiro para a corte.
O Rio Imboaçu e sua importância histórica[editar | editar código-fonte]
O Rio Imboaçu, que deu nome ao bairro, nasce no Distrito de Sete Pontes, entre os morros do Mineiro e Vista Alegre, no Engenho Pequeno, bairro em que está boa parte da APA do Engenho Pequeno.
O referido rio cruza a estrada do Engenho Pequeno, passando por diversos bairros, drenando uma parte dos Distritos de Neves e de São Gonçalo. A bacia do Imboaçu possui uma extensão de 8 km. Nos bairros de Boaçu e Porto do Rosa, o rio recebe dois afluentes. Após isto, o Imboaçu se converge com o rio Salgueiro, e por derradeiro deságua na Baía de Guanabara[2], em área próxima ao bairro Boa Vista.
Censo populacional[editar | editar código-fonte]
Atualmente, a cidade de São Gonçalo se distribui em cinco distritos e dentro destes distritos, estão noventa e um bairros. Sua população, de acordo com o Censo IBGE de 2022, tem 896.744 habitantes, sendo assim o segundo município mais populoso do estado, atrás apenas da capital do estado, o município mais populoso do Leste Fluminense, e o 18° mais populoso do país. Mais dados do Censo (2022) apontam que São Gonçalo é a cidade que mais perdeu habitantes no Brasil[3], onde a violência foi fator decisivo para deixar a cidade, dizem moradores.
A população caiu de 999.728 para 896.744, o que representa uma queda de 10,3%. É o maior índice de variação da população negativa do Brasil.
O bairro Boaçu está localizado no 1º Distrito da divisão territorial de São Gonçalo, sendo apontado pelo último Censo populacional (2010)[4], como um dos cinco maiores em termos de população Gonçalense, abarcando cerca de 25.753 pessoas à época.
Áreas do complexo[editar | editar código-fonte]
- Lodial
- Calçadão
- Rua 1, 2 ,3, 4, 5, 6
- Rua 39 e a 40
- Portão do Rosa
- Zeca
- Madureira
- Buraco da Cobra
Ver também[editar | editar código-fonte]
● Movimento de Mulheres em São Gonçalo
● Nós Por Nós - Por Mais Direitos e Menos Desigualdade Social