Afroturismo - Diagnóstico das Políticas Públicas no Brasil

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

O Diagnóstico das Políticas Públicas de Afroturismo no Brasil é um estudo técnico encomendado pelo Ministério do Turismo em parceria com a UNESCO, elaborado pela consultora Thais Rosa Pinheiro. O documento tem como objetivo avaliar as políticas públicas relacionadas ao turismo voltado à cultura afro-brasileira, identificando boas práticas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento do Afroturismo no país.

Capa do Diagnóstico Foto: Reprodução do material

Sobre[editar | editar código-fonte]

O afroturismo no Brasil consolida-se em 2024 como um segmento turístico que valoriza a cultura e a história afro-brasileira, impulsionado por roteiros temáticos, festivais e iniciativas de empreendedores negros. Apesar dos avanços, como o aumento da demanda e o mapeamento de experiências, ainda há desafios, como a necessidade de mais investimentos, políticas públicas robustas e capacitação profissional. O afroturismo promove inclusão, gera renda para comunidades tradicionais e resgata narrativas afrocentradas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e a diversidade cultural.

Principais pontos do diagnóstico:[editar | editar código-fonte]

O diagnóstico destaca o Afroturismo como uma ferramenta poderosa para promover a igualdade racial e o desenvolvimento econômico sustentável, sugerindo ações concretas para fortalecer o setor no Brasil.

Contextualização do Afroturismo[editar | editar código-fonte]

   - O Afroturismo é definido como uma forma de turismo que valoriza a história, a cultura e as comunidades afro-brasileiras, promovendo o protagonismo de profissionais negros e a preservação do patrimônio material e imaterial afro-brasileiro.

   - O segmento está interligado ao Turismo de Base Comunitária, contribuindo para o desenvolvimento econômico local e a inclusão social.

Importância do Afroturismo[editar | editar código-fonte]

   - O Afroturismo desempenha um papel crucial na promoção da cultura afro-brasileira e do turismo sustentável, além de combater estereótipos e preconceitos raciais.

   - Ele também contribui para a educação e conscientização sobre a diversidade cultural, valorizando a identidade afro-brasileira e promovendo a autoestima e o pertencimento.

Racismo Estrutural e seu Impacto no Turismo:[editar | editar código-fonte]

   - O racismo estrutural afeta tanto os turistas negros quanto os profissionais do setor, com relatos de discriminação em hotéis, restaurantes e atrações turísticas.

   - A falta de representatividade negra em cargos de liderança e a precarização do trabalho no setor turístico são desafios significativos.

Panorama das Políticas Públicas[editar | editar código-fonte]

   - O documento destaca a evolução das políticas públicas de turismo no Brasil, com foco na inclusão do Afroturismo como tendência no Plano Nacional de Turismo 2024-2027.

   - Programas como o Rotas Negras e o Viva a Pequena África são exemplos de iniciativas que buscam promover a valorização da cultura afro-brasileira e o desenvolvimento de roteiros turísticos.

Desafios e Oportunidades[editar | editar código-fonte]

   - Entre os desafios estão a falta de infraestrutura turística adequada, a invisibilidade cultural das comunidades afro-brasileiras, a falta de conhecimento sobre o mercado de Afroturismo e a necessidade de maior representatividade negra no setor.

   - As oportunidades incluem o crescimento do turismo em comunidades tradicionais e quilombolas, o aumento do interesse de turistas internacionais e o potencial para o desenvolvimento de novos negócios afroempreendedores.

Boas Práticas[editar | editar código-fonte]

   - O documento apresenta exemplos de boas práticas em âmbito nacional e internacional, como o Programa Rotas Negras, o Edital Viva a Pequena África e iniciativas em países como Senegal, Gana e Estados Unidos.

   - Em nível municipal, destaca-se o trabalho realizado em cidades como Salvador, Rio de Janeiro e São Luís, que têm investido em roteiros e políticas de valorização da cultura afro-brasileira.

Recomendações[editar | editar código-fonte]

   - O diagnóstico sugere a implementação de políticas públicas que promovam a educação antirracista, a capacitação profissional, a criação de roteiros turísticos afrocentrados e o apoio ao afroempreendedorismo.

   - Também recomenda a promoção de campanhas de marketing que valorizem a cultura afro-brasileira e a realização de pesquisas para embasar políticas públicas mais efetivas.

O Afroturismo é visto como um agente de transformação estrutural, capaz de contribuir para a diminuição das desigualdades econômicas e raciais no Brasil. O documento ressalta a importância de investimentos em infraestrutura, capacitação profissional e fomento de produtos turísticos afro-brasileiros para o desenvolvimento sustentável do setor.

Indicação de Leitura[editar | editar código-fonte]

O material produzido pela consultora Thais Rosa Pinheiro é uma leitura essencial para gestores públicos, profissionais do turismo, pesquisadores e todos aqueles interessados em compreender o potencial do Afroturismo no Brasil. O diagnóstico oferece uma análise detalhada das políticas públicas existentes, além de propor recomendações concretas para o fortalecimento do segmento, contribuindo para a promoção da igualdade racial e o desenvolvimento econômico sustentável.

Para mais informações, recomenda-se a leitura completa do documento, que está disponível no link abaixo.

https://guianegro.com.br/ministerio-do-turismo-finalmente-apresenta-diagnostico-sobre-afroturismo-no-brasil/#:~:text=O%20diagn%C3%B3stico%20est%C3%A1%20dispon%C3%ADvel%20neste%C2%A0link.

Referência[editar | editar código-fonte]

- Diagnóstico das Políticas Públicas de Afroturismo no Brasil (https://guianegro.com.br/ministerio-do-turismo-finalmente-apresenta-diagnostico-sobre-afroturismo-no-brasil/)

- Reportagem do Ministério do Turismo do Brasil: [Ministério do Turismo coleta informações para mapear o afroturismo no Brasil](https://www.gov.br/turismo/pt-br/assuntos/noticias/ministerio-do-turismo-coleta-informacoes-para-mapear-o-afroturismo-no-brasil-1).  

- Matéria do Guia Negro: [2024: Afroturismo se consolida e colhe frutos, mas quer mais](https://guianegro.com.br/2024-afroturismo-se-consolida-e-colhe-frutos-mas-quer-mais/).

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Afroturismo

Turismo em favela

Laje e Turismo