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  Verbete produzido pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Anielle Francisco da Silva (nascida em 03/05/1984), conhecida como Anielle Franco, é cria do conjunto de favelas da [[Complexo da Maré|Maré]], localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, mãe de duas meninas e filha de uma família de mulheres negras nordestinas. Irmã de [[Marielle Franco]], Anielle foi jogadora de vôlei, é jornalista, educadora, mestre em relações étnico-raciais (CEFET/RJ), doutoranda em linguística aplicada (UFRJ) e diretora do Instituto Marielle Franco. Em 2023, foi nomeada ministra da Igualdade Racial do Brasil do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
  Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais de Anielle Franco e outras fontes<ref>[https://pt.wikipedia.org/wiki/Anielle_Franco Wikipedia]
[https://www.institutomariellefranco.org/ Instituto Marielle Franco]</ref>.
[[Arquivo:Anielle Franco.png|alt=Anielle Franco|centro|miniaturadaimagem|500x500px|Anielle Franco]]
[[Arquivo:Anielle Franco.png|alt=Anielle Franco|centro|miniaturadaimagem|500x500px|Anielle Franco]]
Cria da favela da Maré no Rio de Janeiro, mãe de duas meninas, filha de uma família de mulheres negras nordestinas, Anielle é jornalista, educadora, jogadora de vôlei desde criança, mestre em relações étnico-raciais (CEFET/RJ), doutoranda em linguística aplicada (UFRJ) e diretora do Instituto Marielle Franco.
== Biografia ==
== Biografia ==
[[Arquivo:Anielle Franco - Por Instituto Marielle.png|centro|miniaturadaimagem|750x750px|Anielle Franco - Por Instituto Marielle]]
[[Arquivo:Anielle Franco - Por Instituto Marielle.png|centro|miniaturadaimagem|750x750px|Anielle Franco - Por Instituto Marielle]]
Ainda jovem, Anielle foi jogadora de vôlei profissional e começou a jogar aos 8 anos. Aos 16, ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos. Ela viveu doze anos lá onde pode dar continuidade aos seus estudos graças a bolsas esportivas e passou por diversas escolas como a Navarro College, em Corsicana, no Texas, na Louisiana Tech University, na North Carolina Central University, e a Florida A&M University. Sendo essas duas últimas instituições historicamente negras, Anielle foi influenciada desde o início a pensar de maneira antirracista e a se entender mais enquanto mulher negra. Lá conheceu o trabalho de pensadores como Angela Davis, Martin Luther King e Malcolm X.
Ainda jovem, Anielle foi jogadora de vôlei profissional e começou a jogar aos 8 anos. Aos 16, ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos. Ela viveu doze anos lá onde pode dar continuidade aos seus estudos graças a bolsas esportivas e passou por diversas escolas como a Navarro College, em Corsicana, no Texas, na Louisiana Tech University, na North Carolina Central University, e a Florida A&M University. Sendo essas duas últimas instituições historicamente negras, Anielle foi influenciada desde o início a pensar de maneira [[Pequeno manual antirracista (livro)|antirracista]] e a se entender mais enquanto mulher negra. Lá conheceu o trabalho de pensadores como Angela Davis, Martin Luther King e Malcolm X.


Formou-se, em 2003, em Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Jornalismo, em 2008, pela Universidade Estadual da Carolina do Norte. Em 2010, ela obteve seu mestrado em Relações Étnico-Raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).
Formou-se, em 2003, em Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Jornalismo, em 2008, pela Universidade Estadual da Carolina do Norte. Em 2010, ela obteve seu mestrado em [[:Categoria:Temática - Relações Étnico-Raciais|Relações Étnico-Raciais]] pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).


Trabalhava como professora e participava da vida política da sua irmã, a vereadora e ativista pelos direitos humanos Marielle Franco, até o assassinato desta em 2018. No mesmo mês da morte da irmã, Anielle alugou uma casa temporária para começar o que viria a ser o Instituto Marielle Franco, que promove uma série de atividades culturais e educacionais para crianças como cineclubes, rodas de conversa, oficinas com contação de histórias e lançamentos de livros. Desde então, dá continuidade ao legado e às pautas políticas do mandato de sua irmã como o direito das mulheres, das pessoas negras, LGBTQIA+ e periféricas. A entidade também tem diversas iniciativas para apoiar mulheres negras que queiram entrar ou que já estão na política.
Trabalhava como professora e participava da vida política da sua irmã, a vereadora e ativista pelos direitos humanos [[Marielle Franco]], até o assassinato desta em 2018. No mesmo mês da morte da irmã, Anielle alugou uma casa temporária para começar o que viria a ser o [[Instituto Marielle Franco]], que promove uma série de atividades culturais e educacionais para crianças como cineclubes, rodas de conversa, oficinas com contação de histórias e lançamentos de livros. Desde então, dá continuidade ao legado e às pautas políticas do mandato de sua irmã como o direito das mulheres, das pessoas negras, LGBTQIA+ e periféricas. A entidade também tem diversas iniciativas para apoiar [[100 mulheres negras brasileiras importantes|mulheres negras]] que queiram entrar ou que já estão na política.


Uma das ações promovidas por Anielle no Instituto foi o lançamento da Plataforma Antirracista nas Eleições (PANE), lançada em julho de 2020, que visa apoiar candidaturas negras em eleições municipais. A plataforma organiza uma série de ações que ajuda a pressionar os partidos para que viabilizem candidaturas de mulheres negras; além de ajudar a fomentar a entrada dessas mulheres nos espaços de decisão e a cobrar o compromisso do maior número possível de candidaturas com a defesa de políticas antirracistas, feministas e em defesa da população LGBTQIA+.
Uma das ações promovidas por Anielle no Instituto foi o lançamento da Plataforma Antirracista nas Eleições (PANE), lançada em julho de 2020, que visa apoiar candidaturas negras em eleições municipais. A plataforma organiza uma série de ações que ajuda a pressionar os partidos para que viabilizem candidaturas de mulheres negras; além de ajudar a fomentar a entrada dessas mulheres nos espaços de decisão e a cobrar o compromisso do maior número possível de candidaturas com a defesa de políticas antirracistas, feministas e em defesa da população LGBTQIA+.


Ela também elaborou o projeto Escola Marielles, em 2021, com o objetivo de dar formação política para meninas e mulheres negras, periféricas e LGBTQIA+, com sede no Complexo da Maré, onde Anielle e sua irmã cresceram. Ainda dentro de ações direcionadas dentro do seu ativismo político, Anielle coordenou uma pesquisa para mapear a violência política de raça e gênero no Brasil com o objetivo de fazer um retrato sobre a situação dos direitos políticos das mulheres negras no país.
Ela também elaborou o projeto Escola Marielles, em 2021, com o objetivo de dar formação política para meninas e mulheres negras, periféricas e LGBTQIA+, com sede no [[Complexo da Maré]], onde Anielle e sua irmã cresceram. Ainda dentro de ações direcionadas dentro do seu ativismo político, Anielle coordenou uma pesquisa para mapear a violência política de raça e gênero no Brasil com o objetivo de fazer um retrato sobre a situação dos direitos políticos das mulheres negras no país.


Convidada pela Editora Boitempo, escreveu em 2020 a orelha do livro ''Angela Davis - Uma Autobiografia'', da autora e ativista estadunidense. Meses depois, lançou seu próprio livro, ''Cartas Para Marielle'', na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). A obra é uma coletânea de desabafos, entrevistas para reportagens e lembranças.
Convidada pela Editora Boitempo, escreveu em 2020 a orelha do livro ''Angela Davis - Uma Autobiografia'', da autora e ativista estadunidense. Meses depois, lançou seu próprio livro, ''Cartas Para Marielle'', na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). A obra é uma coletânea de desabafos, entrevistas para reportagens e lembranças.


Em 2021 organizou, ao lado de Ana Carolina Lourenço, o livro ''A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras'', uma coletânea de escritos políticos de mulheres negras como Lélia Gonzalez, Leci Brandão e Erica Malunguinho''.'' No mesmo ano foi convidada do programa Roda Viva.
Em 2021 organizou, ao lado de Ana Carolina Lourenço, o livro ''[[A radical imaginação política das mulheres negras brasileiras (livro)|A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras]]'', uma coletânea de escritos políticos de mulheres negras como [[Lélia Gonzalez, intérprete do capitalismo brasileiro (artigo)|Lélia Gonzalez]], [[Leci Brandão (PCdoB/SP) - Mangueira - RJ|Leci Brandão]] e Erica Malunguinho''.'' No mesmo ano foi convidada do programa Roda Viva.


Resgatando sua formação como jornalista, Anielle começou um programa de entrevistas no Youtube, o ''Papo Franco''. O programa apresenta pautas diversas, conversas descontraídas e convidados especiais todas as semanas.
Resgatando sua formação como jornalista, Anielle começou um programa de entrevistas no Youtube, o ''Papo Franco''. O programa apresenta pautas diversas, conversas descontraídas e convidados especiais todas as semanas.
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== Discurso na posse como ministra da Igualdade Racial (íntegra) ==
== Discurso na posse como ministra da Igualdade Racial (íntegra) ==
O discurso da ministra foi de resistência, diversidade e conciliação. Ela reforçou a importância de políticas públicas direcionadas às minorias no Brasil.  
O discurso da ministra foi de resistência, diversidade e conciliação. Ela reforçou a importância de políticas públicas direcionadas às minorias no Brasil e a necessidade de se trabalhar a transversalidade com outras áreas do governo.  


Na cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, ela recitou o poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo.
Na cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, ela recitou o poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo.
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''se fará ouvir a ressonância,''
''se fará ouvir a ressonância,''


''o eco da vida-liberdade."''</blockquote>O discurso da ministra foi de resistência, diversidade e conciliação. Ela reforçou a importância de políticas públicas direcionadas às minorias no Brasil, e a necessidade de se trabalhar a transversalidade com outras áreas do governo.  <blockquote>"As mulheres negras e indígenas do Brasil vão tomar posse com a gente, porque esse governo é nosso, porque o país também é!", </blockquote>Escreveu Anielle, que é irmã de Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018. A parlamentar se notabilizou pela defesa dos direitos de pessoas negras, LGBTQIA, indígenas e moradores de favelas.
''o eco da vida-liberdade."''</blockquote><blockquote>"As mulheres negras e indígenas do Brasil vão tomar posse com a gente, porque esse governo é nosso, porque o país também é!", </blockquote>disse Anielle, irmã de Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018. A parlamentar se notabilizou pela defesa dos direitos de pessoas negras, LGBTQIA, indígenas e moradores de favelas.


Repleta de simbolismos, o evento foi marcado pela sonoridade da cultura de matriz africana, do samba e da música indígena. O Hino Nacional foi executado na língua indígena Tikuna e o ato foi apontado como uma demonstração da força e coesão do governo após os atos terroristas do último domingo em 08 de janeiro de 2023.
Repleto de simbolismos, o evento foi marcado pela sonoridade da cultura de matriz africana, do samba e da música indígena. O Hino Nacional foi executado na língua indígena Tikuna e o ato foi apontado como uma demonstração da força e coesão do governo após os atos terroristas do último domingo em 08 de janeiro de 2023.


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{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=JVnoPMC8oT0&t=7s}}


== Fontes e Redes Sociais ==
== Redes Sociais ==
[https://pt.wikipedia.org/wiki/Anielle_Franco Wikipedia]
 
[https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2023/01/11/interna_politica,1443906/ministra-anielle-franco-recita-poema-de-conceicao-evaristo-em-posse.shtml Estado de Minas]
 
[https://www.institutomariellefranco.org/futuro Instituto Marielle Franco]
 
[https://www.instagram.com/aniellefranco/ Instagram]
[https://www.instagram.com/aniellefranco/ Instagram]


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[https://twitter.com/aniellefranco?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor Twitter]
[https://twitter.com/aniellefranco?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor Twitter]
[[Categoria:Temática - Ativismo]]
[[Categoria:Temática - Ativismo]]
[[Categoria:Temática - Favelas e Periferias]]
[[Categoria:Temática - Favelas e Periferias]]
[[Categoria:Associativismo]]
[[Categoria:Associativismo]]
[[Categoria:Política]]
[[Categoria:Política]]
[[Categoria:Relações étnico-raciais]]

Edição atual tal como às 15h05min de 24 de novembro de 2023

Anielle Francisco da Silva (nascida em 03/05/1984), conhecida como Anielle Franco, é cria do conjunto de favelas da Maré, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, mãe de duas meninas e filha de uma família de mulheres negras nordestinas. Irmã de Marielle Franco, Anielle foi jogadora de vôlei, é jornalista, educadora, mestre em relações étnico-raciais (CEFET/RJ), doutoranda em linguística aplicada (UFRJ) e diretora do Instituto Marielle Franco. Em 2023, foi nomeada ministra da Igualdade Racial do Brasil do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais de Anielle Franco e outras fontes[1].
Anielle Franco
Anielle Franco

Biografia[editar | editar código-fonte]

Anielle Franco - Por Instituto Marielle

Ainda jovem, Anielle foi jogadora de vôlei profissional e começou a jogar aos 8 anos. Aos 16, ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos. Ela viveu doze anos lá onde pode dar continuidade aos seus estudos graças a bolsas esportivas e passou por diversas escolas como a Navarro College, em Corsicana, no Texas, na Louisiana Tech University, na North Carolina Central University, e a Florida A&M University. Sendo essas duas últimas instituições historicamente negras, Anielle foi influenciada desde o início a pensar de maneira antirracista e a se entender mais enquanto mulher negra. Lá conheceu o trabalho de pensadores como Angela Davis, Martin Luther King e Malcolm X.

Formou-se, em 2003, em Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Jornalismo, em 2008, pela Universidade Estadual da Carolina do Norte. Em 2010, ela obteve seu mestrado em Relações Étnico-Raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).

Trabalhava como professora e participava da vida política da sua irmã, a vereadora e ativista pelos direitos humanos Marielle Franco, até o assassinato desta em 2018. No mesmo mês da morte da irmã, Anielle alugou uma casa temporária para começar o que viria a ser o Instituto Marielle Franco, que promove uma série de atividades culturais e educacionais para crianças como cineclubes, rodas de conversa, oficinas com contação de histórias e lançamentos de livros. Desde então, dá continuidade ao legado e às pautas políticas do mandato de sua irmã como o direito das mulheres, das pessoas negras, LGBTQIA+ e periféricas. A entidade também tem diversas iniciativas para apoiar mulheres negras que queiram entrar ou que já estão na política.

Uma das ações promovidas por Anielle no Instituto foi o lançamento da Plataforma Antirracista nas Eleições (PANE), lançada em julho de 2020, que visa apoiar candidaturas negras em eleições municipais. A plataforma organiza uma série de ações que ajuda a pressionar os partidos para que viabilizem candidaturas de mulheres negras; além de ajudar a fomentar a entrada dessas mulheres nos espaços de decisão e a cobrar o compromisso do maior número possível de candidaturas com a defesa de políticas antirracistas, feministas e em defesa da população LGBTQIA+.

Ela também elaborou o projeto Escola Marielles, em 2021, com o objetivo de dar formação política para meninas e mulheres negras, periféricas e LGBTQIA+, com sede no Complexo da Maré, onde Anielle e sua irmã cresceram. Ainda dentro de ações direcionadas dentro do seu ativismo político, Anielle coordenou uma pesquisa para mapear a violência política de raça e gênero no Brasil com o objetivo de fazer um retrato sobre a situação dos direitos políticos das mulheres negras no país.

Convidada pela Editora Boitempo, escreveu em 2020 a orelha do livro Angela Davis - Uma Autobiografia, da autora e ativista estadunidense. Meses depois, lançou seu próprio livro, Cartas Para Marielle, na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). A obra é uma coletânea de desabafos, entrevistas para reportagens e lembranças.

Em 2021 organizou, ao lado de Ana Carolina Lourenço, o livro A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras, uma coletânea de escritos políticos de mulheres negras como Lélia Gonzalez, Leci Brandão e Erica Malunguinho. No mesmo ano foi convidada do programa Roda Viva.

Resgatando sua formação como jornalista, Anielle começou um programa de entrevistas no Youtube, o Papo Franco. O programa apresenta pautas diversas, conversas descontraídas e convidados especiais todas as semanas.

Anielle foi um dos quatro brasileiros selecionados para nova edição do programa de fortalecimento de lideranças globais, o Ford Global Fellow, da Fundação Ford, para uma bolsa que visa conectar e apoiar a próxima geração de líderes mundiais.

Em 22 de dezembro de 2022, foi anunciada ministra da Igualdade Racial do governo Lula.

Futuro - Planejamento Estratégico do Instituto Marielle Franco 2023-2026[editar | editar código-fonte]

Vídeo Manifesto

Discurso na posse como ministra da Igualdade Racial (íntegra)[editar | editar código-fonte]

O discurso da ministra foi de resistência, diversidade e conciliação. Ela reforçou a importância de políticas públicas direcionadas às minorias no Brasil e a necessidade de se trabalhar a transversalidade com outras áreas do governo.  

Na cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, ela recitou o poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo.

Confira o poema:

"A voz de minha bisavó ecoou

criança

nos porões do navio.

Ecoou lamentos

de uma infância perdida.

A voz de minha avó

ecoou obediência

aos brancos-donos de tudo.

A voz de minha mãe

ecoou baixinho revolta

no fundo das cozinhas alheias

debaixo das trouxas

roupagens sujas dos brancos

pelo caminho empoeirado

rumo à favela

A minha voz ainda

ecoa versos perplexos

com rimas de sangue

e fome.

A voz de minha filha

recolhe todas as nossas vozes

recolhe em si

as vozes mudas caladas

engasgadas nas gargantas.

A voz de minha filha

recolhe em si

a fala e o ato.

O ontem – o hoje – o agora.

Na voz de minha filha

se fará ouvir a ressonância,

o eco da vida-liberdade."

"As mulheres negras e indígenas do Brasil vão tomar posse com a gente, porque esse governo é nosso, porque o país também é!",

disse Anielle, irmã de Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018. A parlamentar se notabilizou pela defesa dos direitos de pessoas negras, LGBTQIA, indígenas e moradores de favelas.

Repleto de simbolismos, o evento foi marcado pela sonoridade da cultura de matriz africana, do samba e da música indígena. O Hino Nacional foi executado na língua indígena Tikuna e o ato foi apontado como uma demonstração da força e coesão do governo após os atos terroristas do último domingo em 08 de janeiro de 2023.

Redes Sociais[editar | editar código-fonte]

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