Comissão de Defesa das Favelas da Maré (CODEFAM): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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  <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Autoria''': Rogério Santos (<bdi>[https://wikifavelas.com.br/index.php?title=Usuário:Dartherium&action=edit&redlink=1 Dartherium]).</bdi></span>
  <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Autoria''': Rogério Santos (<bdi>[https://wikifavelas.com.br/index.php?title=Usuário:Dartherium&action=edit&redlink=1 Dartherium]).</bdi></span>
<span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">A Comissão de Defesa das Favelas da [[Complexo da Maré|Maré]] (CODEFAM) foi criada em 10.06.1979. Essa associação teve o mérito de ser o canal de comunicação entre os moradores e as entidades envolvidas no programa PROMORAR (Projeto Rio) nas Favelas da Maré no final da década de 1970 (p. 47)</span></span></span><ref name=":0" /><span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">.</span></span></span>
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== A CODEFAM ==
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<p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">Uma das principais finalidades da CODEFAM era em relação às [[Remoções de favelas no Rio de Janeiro|remoções de moradores]], maior incerteza da população da Maré, principalmente, daqueles que residiam nas palafitas (IBIDIM, 47-48)</span></span></span><ref name=":0">SANTOS, Rogério Pereira dos. Planejamento Urbano em Áreas residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: A Atuação da CODEFAM no Projeto Rio na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação. Faculdades Integradas Simonsen. 98 páginas. 2016. Rio de Janeiro. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare Acesso em 15.04.2019.</ref>.Na tentativa de se criar uma voz de defesa em relação aos moradores da Maré é&nbsp;criada a Comissão de Defesa das Favelas da [[Complexo da Maré|Maré]] (CODEFAM) em 10/06/1979, composta de&nbsp;inco diretores, dois assessores e um presidente, todos ligados a entidades representativas das seis favelas da [[Complexo da Maré|Maré]] (SILVA, 1984).&nbsp;Em relação a essas remoções, o governo tinha uma certa idéia de que, com essa&nbsp;nova política, não haveria espaço para essa intervenção, desta forma, como já foi abordado anteriormente, o PROJETO RIO, iria valorizar a realocação desses moradores das áreas palafitadas, para áreas que seriam formadas com a futura urbanização na Maré. A&nbsp;diretoria da CODEFAM era formada por Manoelino&nbsp;(Parque Maré/Presidente), Aluizio Prates (Parque Rubens Vaz/Secretário Geral), Joaquim Agamenon Santos (1º Secretário/Morro do Timbáu), Marciano do Rosário (Parque União/2º Secretário), Clóvis de Andrade (Relator/Baixa do Sapateiro), Zé Careca (Baixa do Sapateiro), Custódio Balardino (Parque União), Cícero Francisco de Barros (Parque União), Hortência Maria Dunshee de Abranches (Advogada/Lagoa), Atanásio Amorim (Baixa do Sapateiro/Tesoureiro), Mauro Ferreira dos Santos, José Roberto (Médico e jornalista) e Ladanese de Moura Costa (todos esses participaram de uma reunião de formatação da entidade conforme entrevista com o senhor Atanásio Amorim, em 12/12/2005 (p. 49)<ref name=":0" />.</p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">De acordo com a CODEFAM a primeira vitória para os moradores da Maré era o apoio dado pelos técnicos da Engevix, que deram suporte à população no sentido de serem os responsáveis pelos projeto de arruamento e que somente as moradias que, de alguma forma, prejudicassem o traçado das ruas viriam a baixo, e os barracos que localizavam-se na área de aterro poderiam ser substituídos por sobrados com vãos independentes. Já a segunda conquista seria a garantia de que fossem construídas casas mistas (vila de casas e apartamentos), de acordo com as suas reivindicações (p. 32)</span></span></span><ref><span>SANTOS, Rogério Pereira dos.&nbsp;A Apropriação Social do Espaço em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade&nbsp;do Rio de Janeiro: O Projeto Rio e o Programa de Titulação Social na Favela da Maré.&nbsp;Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e&nbsp;Regional. UFRJ. Rio de Janeiro. 2013.</span></ref><span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">. A pesquisa sobre a CODEFAM está disponível em</span></span></span> <ref><span><span>https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare&nbsp;</span></span></ref></p>  
<p style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">Uma das principais finalidades da CODEFAM era em relação às [[Remoções de favelas no Rio de Janeiro|remoções de moradores]], maior incerteza da população da Maré, principalmente, daqueles que residiam nas palafitas (IBIDIM, 47-48)</span></span></span><ref name=":0">SANTOS, Rogério Pereira dos. Planejamento Urbano em Áreas residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: A Atuação da CODEFAM no Projeto Rio na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação. Faculdades Integradas Simonsen. 98 páginas. 2016. Rio de Janeiro. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare Acesso em 15.04.2019.</ref>.Na tentativa de se criar uma voz de defesa em relação aos moradores da [[Complexo da Maré|Maré]] é&nbsp;criada a Comissão de Defesa das Favelas da [[Complexo da Maré|Maré]] (CODEFAM) em 10/06/1979, composta de&nbsp;inco diretores, dois assessores e um presidente, todos ligados a entidades representativas das seis favelas da [[Complexo da Maré|Maré]] (SILVA, 1984).&nbsp;Em relação a essas remoções, o governo tinha uma certa idéia de que, com essa&nbsp;nova política, não haveria espaço para essa intervenção, desta forma, como já foi abordado anteriormente, o PROJETO RIO, iria valorizar a realocação desses moradores das áreas palafitadas, para áreas que seriam formadas com a futura urbanização na Maré. A&nbsp;diretoria da CODEFAM era formada por Manoelino&nbsp;(Parque Maré/Presidente), Aluizio Prates (Parque Rubens Vaz/Secretário Geral), Joaquim Agamenon Santos (1º Secretário/Morro do Timbáu), Marciano do Rosário (Parque União/2º Secretário), Clóvis de Andrade (Relator/Baixa do Sapateiro), Zé Careca (Baixa do Sapateiro), Custódio Balardino (Parque União), Cícero Francisco de Barros (Parque União), Hortência Maria Dunshee de Abranches (Advogada/Lagoa), Atanásio Amorim (Baixa do Sapateiro/Tesoureiro), Mauro Ferreira dos Santos, José Roberto (Médico e jornalista) e Ladanese de Moura Costa (todos esses participaram de uma reunião de formatação da entidade conforme entrevista com o senhor Atanásio Amorim, em 12/12/2005 (p. 49)<ref name=":0" />.</p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">De acordo com a CODEFAM a primeira vitória para os moradores da Maré era o apoio dado pelos técnicos da Engevix, que deram suporte à população no sentido de serem os responsáveis pelos projeto de arruamento e que somente as moradias que, de alguma forma, prejudicassem o traçado das ruas viriam a baixo, e os barracos que localizavam-se na área de aterro poderiam ser substituídos por sobrados com vãos independentes. Já a segunda conquista seria a garantia de que fossem construídas casas mistas (vila de casas e apartamentos), de acordo com as suas reivindicações (p. 32)</span></span></span><ref><span>SANTOS, Rogério Pereira dos.&nbsp;A Apropriação Social do Espaço em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade&nbsp;do Rio de Janeiro: O Projeto Rio e o Programa de Titulação Social na Favela da Maré.&nbsp;Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e&nbsp;Regional. UFRJ. Rio de Janeiro. 2013.</span></ref><span style="font-size:medium;"><span style="line-height:115%"><span style="font-family:">. A pesquisa sobre a CODEFAM está disponível em</span></span></span> <ref><span><span>https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare&nbsp;</span></span></ref></p>  
== Referências bibliográficas ==
== Referências bibliográficas ==
<references /><span style="font-size:medium;">SANTOS, Rogério Pereira dos.&nbsp;A Apropriação Social do Espaço em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade&nbsp;do Rio de Janeiro: O Projeto Rio e o Programa de Titulação Social na Favela da Maré.&nbsp;Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e&nbsp;Regional. UFRJ. Rio de Janeiro. 2013.</span>
<references /><span style="font-size:medium;">SANTOS, Rogério Pereira dos.&nbsp;A Apropriação Social do Espaço em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade&nbsp;do Rio de Janeiro: O Projeto Rio e o Programa de Titulação Social na Favela da Maré.&nbsp;Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e&nbsp;Regional. UFRJ. Rio de Janeiro. 2013.</span>

Edição das 14h39min de 22 de setembro de 2022

Autoria: Rogério Santos (Dartherium).

A Comissão de Defesa das Favelas da Maré (CODEFAM) foi criada em 10.06.1979. Essa associação teve o mérito de ser o canal de comunicação entre os moradores e as entidades envolvidas no programa PROMORAR (Projeto Rio) nas Favelas da Maré no final da década de 1970 (p. 47)[1].

A CODEFAM

Uma das principais finalidades da CODEFAM era em relação às remoções de moradores, maior incerteza da população da Maré, principalmente, daqueles que residiam nas palafitas (IBIDIM, 47-48)[1].Na tentativa de se criar uma voz de defesa em relação aos moradores da Maré é criada a Comissão de Defesa das Favelas da Maré (CODEFAM) em 10/06/1979, composta de inco diretores, dois assessores e um presidente, todos ligados a entidades representativas das seis favelas da Maré (SILVA, 1984). Em relação a essas remoções, o governo tinha uma certa idéia de que, com essa nova política, não haveria espaço para essa intervenção, desta forma, como já foi abordado anteriormente, o PROJETO RIO, iria valorizar a realocação desses moradores das áreas palafitadas, para áreas que seriam formadas com a futura urbanização na Maré. A diretoria da CODEFAM era formada por Manoelino (Parque Maré/Presidente), Aluizio Prates (Parque Rubens Vaz/Secretário Geral), Joaquim Agamenon Santos (1º Secretário/Morro do Timbáu), Marciano do Rosário (Parque União/2º Secretário), Clóvis de Andrade (Relator/Baixa do Sapateiro), Zé Careca (Baixa do Sapateiro), Custódio Balardino (Parque União), Cícero Francisco de Barros (Parque União), Hortência Maria Dunshee de Abranches (Advogada/Lagoa), Atanásio Amorim (Baixa do Sapateiro/Tesoureiro), Mauro Ferreira dos Santos, José Roberto (Médico e jornalista) e Ladanese de Moura Costa (todos esses participaram de uma reunião de formatação da entidade conforme entrevista com o senhor Atanásio Amorim, em 12/12/2005 (p. 49)[1].

De acordo com a CODEFAM a primeira vitória para os moradores da Maré era o apoio dado pelos técnicos da Engevix, que deram suporte à população no sentido de serem os responsáveis pelos projeto de arruamento e que somente as moradias que, de alguma forma, prejudicassem o traçado das ruas viriam a baixo, e os barracos que localizavam-se na área de aterro poderiam ser substituídos por sobrados com vãos independentes. Já a segunda conquista seria a garantia de que fossem construídas casas mistas (vila de casas e apartamentos), de acordo com as suas reivindicações (p. 32)[2]. A pesquisa sobre a CODEFAM está disponível em [3]

Referências bibliográficas

  1. 1,0 1,1 1,2 SANTOS, Rogério Pereira dos. Planejamento Urbano em Áreas residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: A Atuação da CODEFAM no Projeto Rio na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação. Faculdades Integradas Simonsen. 98 páginas. 2016. Rio de Janeiro. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare Acesso em 15.04.2019.
  2. SANTOS, Rogério Pereira dos. A Apropriação Social do Espaço em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: O Projeto Rio e o Programa de Titulação Social na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional. UFRJ. Rio de Janeiro. 2013.
  3. https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare 

SANTOS, Rogério Pereira dos. A Apropriação Social do Espaço em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: O Projeto Rio e o Programa de Titulação Social na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional. UFRJ. Rio de Janeiro. 2013.

_______, Rogério Pereira dos. Planejamento Urbano em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: A Atuação da Codefam no Projeto Rio na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Faculdades Integradas Simonsem. Rio de Janeiro. 2016.

 

 

 

 

Veja também