Diário da Pandemia na periferia

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Revisão de 15h55min de 31 de janeiro de 2024 por Patrícia Ferreira (discussão | contribs) (Categoria)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)

Diário da Pandemia na periferia foi um projeto desenvolvido pelo Núcleo Piratininga em março de 2020, início da pandemia de coronavírus no Brasil, cujo objetivo foi apresentar a crise sanitária a partir da perspectiva dos moradores de favelas.

Autoria: Fabiana Batista, NPC.
Divulgação

Sobre[editar | editar código-fonte]

O diário da Pandemia na Periferia, como o próprio nome indica, foi criado a partir deste período de crise sanitária. Já no início de Março/2020, o NPC viu a necessidade de produzir matérias que pudessem trazer demandas, olhares e perspectivas de comunicadores de favelas do Rio de Janeiro que, dificilmente, plataformas hegemônicas fossem publicar.


Estes comunicadores comunitários são oriundos de cursos, oficinas e aulas diversas promovidos pelo Núcleo Piratininga de Comunicação que, funcionando desde 1994, já acumulou experiências, análises e uma rede nacional de pessoas que respiram a comunicação, seja ela comunitária ou sindical. O Diário também conta com a parceria da Teia de Comunicação Popular do Brasil, o Jornal Abaixo-assinado de Jacarepaguá, o Desenrola e não me enrola!, o Terra sem males, a Fundação Rosa Luxemburgo e o Artigo 19.

Divulgação

Dentre as matérias sobre números de mortos e infectados pela Covid-19, fome, falta de moradia, saúde mental, a característica que mais se destaca é o olhar e a vida das mulheres de favelas diante as dificuldades cotidianas. Em uma série sensível e detalhada, Nice Lira, por exemplo, descreve seu cotidiano como mãe de um jovem negro e quais são as dificuldades de criá-lo no Morro do Fallet, em Santa Teresa (RJ) diante tanta violência policial. Ela traz ao texto detalhes que apenas uma jornalista que vive o território consegue. Em seu texto “Manual para criar um filho preto na favela”, não apenas como mãe, mas também como jornalista, lista caminhos para sobreviver e educar um filho negro e favelado.


Apesar do grande número de publicações sobre a vida e cotidiano das favelas do Rio de Janeiro, o Diário da Pandemia na Periferia ultrapassa fronteiras e temas e vai até Porto Alegre para contar sobre a realidade de um grupo de mães que se juntam na luta por seus direitos. Chega na região serrana fluminense com pautas sobre educação. Traz as dificuldades e sobrevivência dos indígenas diante essa doença, mas não apenas, com a matéria “A devastadora e irreparável morte de Aruká Juma”, mas também problematiza a invasão urbana em territórios indígenas; Relembra lutas dos comunicadores populares do Complexo do Alemão há dez anos atrás no texto “Memória da luta favelada: Um dia na Favela do Alemão, o que a mídia não mostrou”. Não poderia deixar de faltar o tema do sindicalismo, tão caro para o NPC, com uma de suas publicações que abordou a luta dos trabalhadores durante a pandemia como “Metalúrgicos reprovam contraproposta e greve é mantida”, de outubro/2020. No texto coletivo “A Pandemia da Fome nas Favelas: A Difícil Sobrevivência entre a Luta, o Luto e o Estômago Vazio” escrito por Gabriela Buffon Vargas, Pilar Boyero, Tatiana Lima e antes publicado em “Covid- 19 Nas Favelas”, as jornalistas fazem uma análise profunda sobre a fome neste período.


Não é possível listar tudo aqui, então recomendamos a leitura no blog que não apenas feito para informar, é também um documento fundamental para as gerações futuras que quiserem saber um pouco mais sobre o que foi este momento tão difícil que vivemos no início do século XXI.

Vídeo sobre o projeto[editar | editar código-fonte]

Contato[editar | editar código-fonte]

Instagram

Facebook

Youtube

Site