Mães da Favela On (projeto): mudanças entre as edições

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A [[Central Única das Favelas (CUFA)]] lançou, em setembro de 2020 em todo o Brasil, o programa “Mães da Favela ON”, iniciativa que distribuiu chips de telefonia para mães já cadastradas e atendidas pela organização, visando conectar 4,5 milhões de pessoas à internet. A proposta, que tem o intuito de promover a democratização digital nas comunidades, soma-se a uma série de medidas adotadas pela instituição, a fim de amenizar os impactos do avanço da pandemia da [[:Categoria:Coronavírus|Covid-19]]. A ideia original foi conectar 4,5 milhões de moradores de comunidades de todo o país, através de parcerias com a TIM Brasil, Alô Social e Comunidade Door, entre outros. Para tanto, foram disponibilizados 20 pontos de Wi-Fi livre em 150 favelas de todo o Brasil, além da distribuição de 500 mil chips para mães da comunidade, alcançando cerca de cinco mil territórios brasileiros.
[[File:Mãe tá on.jpg|thumb|center|500px|Mãe tá on.jpg]]
  Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais da Central Única de Favelas e sites de notícias (ver referências e Fontes).[[File:Mãe tá on.jpg|thumb|center|500px|Mãe tá on]]


== Sobre ==
== Sobre ==
A Central Única das Favelas (CUFA) em setembro de 2020 em todo o Brasil, o programa “Mães da Favela ON”, iniciativa que distribuirá 500 mil chips de telefonia para mães já cadastradas e atendidas pela organização, visando conectar 4,5 milhões de pessoas à internet. A proposta, que tem o intuito de promover a democratização digital nas comunidades, soma-se a uma série de medidas adotadas pela instituição, a fim de amenizar os impactos do avanço da pandemia. A ideia é conectar 4,5 milhões de moradores de comunidades de todo o país, através de uma parceria inédita com a TIM Brasil, Alô Social e Comunidade Door. Serão disponibilizados 20 pontos de Wi-Fi livre em 150 favelas de todo o Brasil, além da distribuição de 500 mil chips para mães da comunidade, alcançando cerca de cinco mil territórios brasileiros. 
Inicialmente, o projeto foi lançado nos estados de São Paulo (favela de [[Heliópolis]]) e Rio de Janeiro ([[Rocinha|favela da Rocinha]]), em seguida, foi expandido para favelas nos 26 estados e no Distrito Federal. Na primeira fase, cada mãe contemplada, recebeu 1 chip da Tim e, durante 6 meses, teve direito ao uso do aplicativo WhatsApp, ligações para todo o Brasil e para qualquer operadora, 1 GB de Internet livre por mês, 24h de Internet controlada, ou seja, com acesso a conteúdos de educação, negócios e cultura, tendo a curadoria da UNESCO, facilitando, inclusive, o acesso ao ensino remoto, método utilizado pelas instituições de ensino.


Cada mãe contemplada, receberá 1 chip da Tim e, durante 6 meses, terá direito a 24h por dia de WhatsApp ilimitado, 24h por dia de ligações para todo o Brasil e para qualquer operadora, 1 GB de Internet livre por mês, 24h de Internet controlada, ou seja, com acesso a conteúdos de educação, negócios e cultura, tendo a curadoria da UNESCO, facilitando, inclusive, o acesso ao ensino remoto, método utilizado pelas instituições de ensino.
De acordo com matéria da Agência Brasil EBC, o programa Mães da Favela ON "Trata-se de uma continuidade da iniciativa Mães da Favela, lançada em abril de 2020, após o início da pandemia de covid-19 no país. No Mães de Favela, é feita a distribuição de cestas básicas, físicas e digitais, nas mais de cinco mil favelas brasileiras onde a Cufa tem atuação. A seleção das mães é feita pelas lideranças regionais da instituição, de acordo com a priorização por necessidade".  


Um dos fundadores da Cufa, Celso Athayde, comenta sobre o protagonismo da mulher na favela e a importância de existir projetos como o Mães da Favela ON. “Muita vezes a gente levava o feijão e ela não tinha dinheiro para poder comprar o gás, para poder cozinhar esse feijão, então a gente entendeu que era muito importante também a gente levar para essas mães uma coisa chamada autonomia e isso realmente tem feito muita diferença”.


O projeto tem apelo especial em tempos de pandemia, já que a maioria dos serviços foi direcionada para o ambiente digital para promover o isolamento social. No entanto, o cenário também ressalta as desigualdades sociais, promovendo exclusão entre os que não têm condições de acesso à Internet.


Pesquisa do Instituto Data Favela mostra que 46% das crianças das comunidades que serão beneficiadas, e estão em idade escolar, não tem assistido as aulas durante a pandemia. Segundo o Instituto, 84% dos internautas de comunidades terminam o pacote de dados muito antes do programado.
Um dos fundadores da Cufa, Celso Athayde, comenta sobre o protagonismo da mulher na favela e a importância de existir projetos como o Mães da Favela ON. <blockquote>“Muita vezes a gente levava o feijão e ela não tinha dinheiro para poder comprar o gás, para poder cozinhar esse feijão, então a gente entendeu que era muito importante também a gente levar para essas mães uma coisa chamada autonomia e isso realmente tem feito muita diferença”.</blockquote>O projeto teve apelo especial em tempos de pandemia, já que a maioria dos serviços foi direcionada para o ambiente digital para promover o isolamento social. No entanto, o cenário também ressalta as desigualdades sociais, promovendo exclusão entre os que não têm condições de acesso à Internet.


== Referências Bibliográficas ==
Pesquisa do Instituto [[Data Favela]] mostra que 46% das crianças das comunidades que serão beneficiadas, e estão em idade escolar, não tem assistido as aulas durante a pandemia. Segundo o Instituto, 84% dos internautas de comunidades terminam o pacote de dados muito antes do programado.


*[https://www.folhadonoroeste.com.br/noticias/programa-maes-da-favela-on-e-lancado-pela-cufa/ Jornal Folha do Noroeste]&nbsp;  
== Referências e fontes ==
*[https://oestadoonline.com.br/2020/09/18/cufa-lanca-na-proxima-semana-o-projeto-maes-da-favela-on/ O Estado Online]  
*[https://cufa.org.br/maes-da-favela/ CUFA&nbsp;]
*[https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/maesdafavela#sobre SEBRAE]
*[https://oestadoonline.com.br/2020/09/18/cufa-lanca-na-proxima-semana-o-projeto-maes-da-favela-on/ O Estado Online]
*[https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-09/projeto-maes-da-favela-quer-conectar-internet-2-milhoes-de-pessoas Agência Brasil EBC]


== Veja também ==
== Ver também ==
*[[Movimento Independente Mães de Maio]]
*[[Movimento Independente Mães de Maio]]
*[[Rede Mães de Luta]]  
*[[Rede Mães de Luta]]  
*[[Luto como mãe (documentário)]]
*[[Luto como mãe (documentário)]]
*[[Maria Dalva da Silva, uma mãe do Borel em busca por justiça]]
*[[Maria Dalva da Silva, uma mãe do Borel em busca por justiça]]
*[[Mães vítimas de violência estatal]]
*[[Mães vítimas de violência estatal]]  


[[Category:CUFA]]&nbsp;[[Category:Temática - Economia e Mercado]]&nbsp;
[[Category:CUFA]]
[[Categoria:Temática - Economia e Mercado]]
[[Categoria:Temática - Coronavírus]]
[[Categoria:Coletivos em ação]]
[[Categoria:Mulheres]]
[[Categoria:Tecnologia]]
[[Categoria:Internet]]

Edição atual tal como às 13h14min de 14 de agosto de 2023

A Central Única das Favelas (CUFA) lançou, em setembro de 2020 em todo o Brasil, o programa “Mães da Favela ON”, iniciativa que distribuiu chips de telefonia para mães já cadastradas e atendidas pela organização, visando conectar 4,5 milhões de pessoas à internet. A proposta, que tem o intuito de promover a democratização digital nas comunidades, soma-se a uma série de medidas adotadas pela instituição, a fim de amenizar os impactos do avanço da pandemia da Covid-19. A ideia original foi conectar 4,5 milhões de moradores de comunidades de todo o país, através de parcerias com a TIM Brasil, Alô Social e Comunidade Door, entre outros. Para tanto, foram disponibilizados 20 pontos de Wi-Fi livre em 150 favelas de todo o Brasil, além da distribuição de 500 mil chips para mães da comunidade, alcançando cerca de cinco mil territórios brasileiros.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco 

Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais da Central Única de Favelas e sites de notícias (ver referências e Fontes).

Mãe tá on


Sobre[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, o projeto foi lançado nos estados de São Paulo (favela de Heliópolis) e Rio de Janeiro (favela da Rocinha), em seguida, foi expandido para favelas nos 26 estados e no Distrito Federal. Na primeira fase, cada mãe contemplada, recebeu 1 chip da Tim e, durante 6 meses, teve direito ao uso do aplicativo WhatsApp, ligações para todo o Brasil e para qualquer operadora, 1 GB de Internet livre por mês, 24h de Internet controlada, ou seja, com acesso a conteúdos de educação, negócios e cultura, tendo a curadoria da UNESCO, facilitando, inclusive, o acesso ao ensino remoto, método utilizado pelas instituições de ensino.

De acordo com matéria da Agência Brasil EBC, o programa Mães da Favela ON "Trata-se de uma continuidade da iniciativa Mães da Favela, lançada em abril de 2020, após o início da pandemia de covid-19 no país. No Mães de Favela, é feita a distribuição de cestas básicas, físicas e digitais, nas mais de cinco mil favelas brasileiras onde a Cufa tem atuação. A seleção das mães é feita pelas lideranças regionais da instituição, de acordo com a priorização por necessidade".


Um dos fundadores da Cufa, Celso Athayde, comenta sobre o protagonismo da mulher na favela e a importância de existir projetos como o Mães da Favela ON.

“Muita vezes a gente levava o feijão e ela não tinha dinheiro para poder comprar o gás, para poder cozinhar esse feijão, então a gente entendeu que era muito importante também a gente levar para essas mães uma coisa chamada autonomia e isso realmente tem feito muita diferença”.

O projeto teve apelo especial em tempos de pandemia, já que a maioria dos serviços foi direcionada para o ambiente digital para promover o isolamento social. No entanto, o cenário também ressalta as desigualdades sociais, promovendo exclusão entre os que não têm condições de acesso à Internet.

Pesquisa do Instituto Data Favela mostra que 46% das crianças das comunidades que serão beneficiadas, e estão em idade escolar, não tem assistido as aulas durante a pandemia. Segundo o Instituto, 84% dos internautas de comunidades terminam o pacote de dados muito antes do programado.

Referências e fontes[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]