Pré-vestibulares populares no Rio de Janeiro

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Revisão de 12h23min de 5 de abril de 2022 por Pedro.braga (discussão | contribs)
Autoria: Angela Cristina da Silva Santos (informações retiradas de sua dissertação de mestrado, "Pensando estratégias para o enfrentamento da evasão em pré-vestibulares populares: um estudo de caso na Maré – Rio de Janeiro/RJ", defendida em 2020).

Historicamente as políticas públicas para a Educação Superior no Brasil têm demonstrado a ineficiência do Estado na gerência, financiamento e concretização do direito social e inalienável que é a educação. Se, por um lado, o Estado não tem disponibilizado recursos e investimentos suficientes para a educação pública de nível superior; por outro, ampliou as possibilidades para que o setor privado se estabelecesse no campo educacional, contribuindo para que a educação superior seja concebida como um serviço, regido pelas leis de mercado, e não como um bem social garantido a todos pela Constituição Brasileira.

Essas escolhas políticas feitas ao longo da história do Brasil refletem em fatores como: o crescimento descontrolado e sem a fiscalização adequada do setor privado, atingindo 75% das matrículas na educação superior; o contexto de lutas constantes das Instituições de Ensino Superior públicas pelos recursos humanos, estruturais e financeiros necessários para atender adequadamente suas diversas demandas na tríade ensino, pesquisa e extensão; a exclusão de diversos jovens das classes populares, que não conseguem dar prosseguimento aos seus estudos na graduação e pós-graduação.

Nesse sentido, concordamos com Paulo Freire de que não há esperança no esperar e, sabendo que não é possível esperar que a democratização do acesso à educação se concretize, as classes populares têm de esperançar-se e organizar-se para encontrar as brechas possíveis na defesa da educação como um direito de todos. Surgem, portanto, os pré-vestibulares populares, espaços alternativos de luta pela inclusão e permanência de pessoas das camadas populares na educação superior. Assim, apesar de sabermos que a escola, a universidade e mesmo a educação não darão conta de resolver os problemas socioeconômicos que vêm se acumulando há anos no Brasil, entendemos que o acesso à educação pode impulsionar, gradativamente, a sociedade para questionar esse sistema que nos uniformiza, subjuga, aliena, explora e mata.

Além disso, consideramos que a população precisa se apropriar dos códigos linguísticos e dos conhecimentos existentes nesses espaços de educação formal para que se ampliem as possibilidades de melhorar as condições de vida, atuar politicamente na sociedade e construir uma formação crítica. Como a universidade pública constitui os saberes acumulados historicamente pelos diversos grupos sociais que constituíram e constituem nossa sociedade, é dever dessa universidade democratizar o acesso a esses conhecimentos e, ao mesmo tempo, construir processos de valorização e divulgação dos saberes não-hegemônicos (história, cultura, produções da população africana e afrodescendentes e indígenas, por exemplo), que têm sido negados à população.

Sabemos que a universidade não foi pensada e construída para a ocupação das classes populares. No entanto, o espaço universitário também é um espaço de contradições, ambiguidades e disputas de narrativas. Por isso, a atuação dos pré-vestibulares populares tem sido extremamente importante, tanto na formação política desses sujeitos, quanto na contribuição para que eles acessem à educação superior e se desenvolvam na educação, pesquisa e extensão, resgatando ou construindo novas epistemologias. Portanto, devemos continuar construindo estratégias para acessar, permanecer e transformar o espaço universitário.

Mapeamento de pré-vestibulares populares

As informações referentes a quantidade de pré-vestibulares populares existentes no estado do Rio de Janeiro são imprecisas, já que não existe uma organização, coletivo ou grupo de pesquisa responsável por esse levantamento e  acompanhamento  sistemático  e  contínuo.  Além  disso,  sabemos  que  muitos  pré-vestibulares  populares - por serem iniciativas coletivas, não institucionalizadas, sem financiamento e que dependem do trabalho voluntário - enfrentam diversas dificuldades para dar continuidade aos trabalhos ao longo dos anos, oscilando entre períodos com maior e menor engajamento dos voluntários, procura dos estudantes e apoio local. Por isso, o número de pré-vestibulares  populares  ativos  pode  variar  bastante  de  um  ano  para  outro,  assim  como  o  local  onde  esses projetos são desenvolvidos.

Este mapeamento foi construído a partir da pesquisa de mestrado intitulada “Pensando estratégias para o enfrentamento da evasão em pré-vestibulares populares: um estudo de caso na Maré – Rio de Janeiro/RJ”, de autoria de Angela Cristina da Silva Santos, desenvolvida sob a orientação de Priscila Saemi Matsunaga, no Programa de Pós-graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social - NIDES/UFRJ, no período de 2018 a 2020.

Para que o pré-vestibular popular fosse contabilizado no levantamento, foram elencadas duas situações: 1) Pré-vestibular ativo nos anos de2018 ou 2019 e 2) Pré-vestibular iniciando suas  atividades  no  ano  de  2020.  Para  delimitar  esses  critérios  de  seleção,  levamos  em consideração a instabilidade das ações dos pré-vestibulares populares, que podem ficar inativos por  1  ou  2  anos  e  depois  retornar  suas  atividades,  dada  a  rede  de  apoio  que  já  possuem. Consideramos  como  unidade  de  contagem  cada  núcleo,  unidade  ou  sede  de  pré-vestibular popular  em  endereço  diferente.  Como  há  algumas  redes  que  possuem  algumas  unidades espalhadas pelo território do Rio de Janeiro, cada núcleo foi contabilizado como uma unidade de pré-vestibular popular.

Os  pré-vestibulares  populares  encontrados  nesse  levantamento  foram  separados  de acordo  com  as  oito  divisões  regionais  de  governo  e  municípios  do  estado  do  Rio  de  Janeiro: I. Região Metropolitana do Rio de Janeiro; II. Região Centro-Sul Fluminense; III. Região Noroeste Fluminense; IV. Região Norte Fluminense; V. Região Serrana; VI. Região da Costa Verde; VII. Região das Baixadas Litorâneas; e VIII. Região do Médio Paraíba.

Conseguimos mapear 352 unidades de pré-vestibulares populares no estado do Rio de Janeiro. A Região Metropolitana, que inclui a Baixada Fluminense e o Leste Fluminense, concentra 84% dos pré-vestibulares populares mapeados nessa pesquisa (tabela 1), com destaque para a cidade do Rio de Janeiro, como verificaremos em seguida.

Quantidade de pré-vestibulares populares no Rio de Janeiro

Na Região Metropolitana, encontramos 295 unidades de pré-vestibulares populares, das quais 60% estavam localizadas na cidade do Rio de Janeiro, conforme podemos ver na tabela 2.

TABELA 2

Nos municípios de Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo e São João de Meriti,  a  quantidade  de  pré-vestibulares  populares  encontrados  variou  de  13  a  21  unidades, conforme  apresentado  na  tabela  3.  Depois  do  Rio  de  Janeiro,  esses  são os  municípios  mais populosos  da  região  metropolitana.  Houve  municípios  nos  quais  não  conseguimos  localizar nenhum pré-vestibular popular: Cachoeira de Macacu e Japeri.

TABELA 3

Na cidade do Rio de Janeiro, localizamos 177 pré-vestibulares populares, com destaque para  a  Zona  Norte  (47%)  e  Zona  Oeste  (31%),  que  são  as  regiões  mais  afetadas  pelas desigualdades sociais da cidade (tabela 4).

TABELA 4

A maior concentração desses projetos estava no bairro de Campo Grande com 11 unidades de pré-vestibulares, seguido do Centro (8), Jacarepaguá (6), Tijuca (6), Cidade Universitária (5), Santa Cruz (5), Botafogo (4), Gávea (4), Maré (4) e Realengo (4). Cabe ressaltar que Campo Grande é o maior bairro da cidade do Rio de Janeiro com uma população de aproximadamente 336 mil habitantes.

Cabe  ressaltar  a  necessidade  de  complementação  e  atualização  desse  trabalho  de mapeamento, visto que há pré-vestibulares populares que atuam numa escala estritamente local (em associações, colégios, igrejas clubes etc) e não possuem redes sociais ou outras formas de divulgação virtual de seus trabalhos. Portanto, caberia uma interlocução com os equipamentos educacionais,  culturais  e  de  assistência  social  dos municípios  e  bairros  para  averiguação  de outras iniciativas populares de preparação para os vestibulares.[1]

Principais características: atividades e perfil de alunos/as

Um  questionário  foi  enviado  para  cerca  de  375  contatos  de  e-mails,  onde  foi  possível explicar  o  objetivo  da  pesquisa  e  solicitar  colaboração  e  divulgação.  Além  disso,  realizamos um  segundo  contato  com  cada  um  dos  participantes, para  lembrar  da  importância  da  participação.  O WhatsApp também foi uma ferramenta importante para engajar a participação das pessoas, por meio  de  contato  com  coordenadores  dos  projetos.  Por  fim,  realizamos  uma  publicação  no Facebook,  divulgando  a  pesquisa  e  pedindo  a  participação  do  público.  Puderam  responder  o questionário  alunos,  ex-alunos,  professores,  ex-professores,  colaboradores,  ex-colaboradores, coordenadores, ex-coordenadores e diretores. Dessa forma, tivemos a participação de 128 pessoas, oriundas de 83 unidades de pré-vestibulares  populares  diferentes,  das  quais  64%  eram  coordenadores  ou  diretores  dos  pré-vestibulares populares.

Dos  128  respondentes  do  questionário,  82  eram  coordenadores  ou  diretores  de  pré-vestibular popular e puderam dar maiores informações sobre a estrutura dos projetos. Quando esses coordenadores e diretores foram questionados sobre as pessoas e grupos que compunham o projeto, 61 deles afirmaram que a composição era de ex-alunos do próprio pré-vestibular ou moradores da localidade que atuavam no projeto junto com outros grupos. Isso mostra que há uma tendência de criação de vínculos com a comunidade local e que os projetos apostam nessa construção de consciência coletiva e laços afetivos com seus estudantes, para que eles possam retornar ao projeto após aprovação nas universidades. Os outros 21 respondentes pontuaram a participação isolada ou em conjunto de alguns grupos, tais como: universitários integrantes de projeto de extensão, universitários sem vínculo com  projeto  de  extensão,  professores  de  escola,  integrantes  do  movimento  estudantil, voluntários que conheceram e gostaram do projeto, membro de grupos religiosos e/ou igreja, integrantes  de  um  determinado  coletivo  e  funcionários/servidores  da  instituição  a  qual  está associado o pré-vestibular.

Dentre os pré-vestibulares populares participantes, o mais antigo foi fundado em 1992, o  Pré-vestibular  Comunitário  Solano  Trindade.  Os  10  pré-vestibulares  mais  novos  foram criados  em  2019  e  serão  listados  a  seguir:  Preparatório  São  Miguel,  Pré-vestibular  Brota  na Laje,  Pré-vestibular  Comunitário  Çape-Typa,  Pré-vestibular  Comunitário  da  Paróquia  Nossa senhora   da   Conceição,   Pré-vestibular   Comunitário   Esperança   Garcia,   Pré-vestibular Comunitário  Marielle  Franco,  Pré-vestibular  do  Núcleo  Independente  e  Comunitário  de Aprendizagem  (NICA),  Pré-vestibular  Popular  Nós,  Pré-vestibular  Social  Professor  José Azevedo Tiúba e Só Cria Pré-vestibular Popular da Rocinha. Como  apontado  anteriormente,  a  conformação  dos  pré-vestibulares  populares  que participaram  da  pesquisa  é  diversa.  Há  pré-vestibulares  populares  independentes,  que  são organizados e geridos pelos colaboradores do projeto, sem que pertençam a nenhuma instituição ou  coletivo  específicos.  Assim  como  há  aqueles  que  são  construídos  a  partir  de  coletivos, associações  e  movimentos  sociais,  ou  em  parcerias  com  esses,  tais  como:  Associação  de Moradores  e  Amigos  do Bosque  dos  Caboclos,  Associação  de  Moradores  e  Amigos  da  Vila Residencial da UFRJ, Movimento de Organização de Base, Coletivo Rexistir Campo Grande, Coletivo Tudo Numa Coisa Só, Coletivo Direito popular, Coletivo Fala Akari, SINTUPERJ, Biblioteca Comunitária do Engenho do Mato (BEM), Brigadas Populares, Movimenta Rocinha, Levante Popular da Juventude, TV Tagarela da Rocinha.

Tivemos  a  participação  de  pré-vestibulares  populares  ofertados  ou  organizados  em parceria  com  Organizações  Não  Governamentais,  tais  como:  Centro  de  Estudos  e  Ações Solidárias da Maré (CEASM), Redes da Maré, Instituto Vida Real, Projeto de Ensino Cultural e Educação Popular (PECEP), Agência de Notícias das Favelas (ANF), Instituto Caminhantes, Instituto Edwirges, Novo Rumo Obras Sociais, Sociedade Brasileira para Solidariedade (SBS), Fórum  Grita  Baixada,  Educafro  e  União  de  Núcleos  de  Educação  Popular  para  Negras/os  e Classe  Trabalhadora  (Uneafro).  Houve  também  a  contribuição  de  pré-vestibulares  populares vinculados a instituições de ensino públicas  e privadas - UFRJ, UERJ, UFF,  UniRio, Cefet, Fiocruz, CEDERJ, PUC-Rio, Centro Educacional Anísio Teixeira (CEAT) - e outros que eram promovidos  por  igrejas  católicas,  igrejas  evangélicas  e  outras  instituições  religiosas  como  a Casa  Ilé  Asé  Ògún  Àlákòró.  Por  fim,  encontramos  também  pré-vestibulares  vinculados  a movimentos oriundos do Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

A maioria dos pré-vestibulares populares participantes da pesquisa (55%) não estipula nenhum   valor   de   contribuição   mensal   para   os   estudantes,   enquanto   que   45%   sugere contribuições  mensais  que  variam  de  10  reais  até  10%  do  salário  mínimo  (que  atualmente corresponderia a cerca de 100 reais). A média dos valores de contribuição sugeridos estaria em torno de 43 reais. No entanto, muitos respondentes pontuaram que a contribuição acaba por ser optativa,  na  medida  que  uma  parte  dos  educandos  fica  isenta  da  contribuição,  por  não  ter condições de pagar, e outra parte deixa de contribuir ao longo do ano. A  capacidade  de  atendimento  dos  pré-vestibulares  participantes  da  pesquisa  também variou  bastante.  Tivemos  a  participação  do  Pré-vestibular  Brota  na  Laje,  que  admitiu  15 estudantes no ano de 2019. Ao mesmo tempo, o Pré-vestibular Social Doutor Luiz Gama (UFF) atendeu 500 estudantes no mesmo período. O número de vagas disponibilizado para matrícula dos  estudantes  depende  bastante  da  estrutura  física  e  dos  recursos  pessoais  e  financeiros  do projeto.  De  acordo  com  as  informações  fornecidas  pelos  respondentes,  a  média  de  vagas ofertadas por pré-vestibular no ano de 2019 estaria em torno de 85 vagas.

A  maioria  dos  projetos  atua  em  apenas  uma  localidade  ou  sede,  ofertando  de  uma  a quatro turmas. No entanto, há pré-vestibulares populares que atuam em mais de uma sede como, por exemplo, as unidades da Rede Emancipa, +Nós, Redes da Maré, Educafro, Pré-vestibular Paulo Freire, Preparatório para o Enem da UFRRJ e Pré-vestibular Popular Educação para  o Desenvolvimento  (NIDES/UFRJ).  O  Pré-vestibular  Social  CEDERJ  é  a  maior  rede  de  pré-vestibulares  populares,  com  53  unidades  espalhadas  pelo  Estado  do  Rio  de  Janeiro,  sendo  o projeto que mais consegue alcançar os municípios do interior do estado.

A  evasão  dos  estudantes  é  um  dos  principais  problemas  enfrentados  pelos  pré-vestibulares populares. Além disso, os participantes da pesquisa pontuaram outros problemas que  dificultam  o  desenvolvimento  das  ações  dos  projetos.  A  maioria  dos  problemas  estão relacionados a falta de recursos financeiros para viabilizar demandas.

Segundo  as  informações  compartilhadas  pelos  participantes  da  pesquisa,  o  perfil discente dos pré-vestibulares populares seria composto majoritariamente por mulheres, jovens, negras, oriundas de famílias das classes populares, moradoras das comunidades e arredores de onde os pré-vestibulares funcionam e estudantes do último ano ou que acabaram de terminar o Ensino Médio na rede pública. No entanto, também há a participação, em menor proporção, de educandos que são maiores de 29, trabalhadores, responsáveis por famílias e que finalizaram o ensino básico há algum tempo.

Estratégias para enfrentamento da evasão escolar

Compreendemos a relevância de avançar um pouco mais e possibilitar a construção de um panorama mais amplo sobre o fenômeno da evasão em pré-vestibulares populares, no que diz respeito às suas características e as possibilidades de enfrentamento desse problema. Para isso, realizamos um estudo de caso no Pré-vestibular Comunitário do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e um levantamento das percepções sobre evasão de integrantes de pré-vestibulares populares do estado do Rio de Janeiro. A partir desse entrelaçamento de experiências e reflexões, pudemos construir a presente cartilha.

Compreendemos a evasão de pré-vestibulares populares como um fenômeno complexo, dinâmico e cumulativo, que é influenciado por múltiplas variáveis de caráter objetivo e subjetivo. Assim, a proposta da cartilha é oferecer um arcabouço amplo de ações que possam ser desenvolvidas, avaliadas e aprimoradas pelos pré-vestibulares populares, no intuito de favorecer uma maior permanência do(a)s educando(a)s nos projetos e possibilitar a reconquista do(a)s educando(a)s evadido(a)s, propiciando um maior alcance desses projetos entre a juventude dos espaços favelados e periféricos.

  1. Sensibilização inicial dos educandos
  2. Apoiando e acompanhando os educandos
  3. Construindo conexões afetivas
  4. Pensando as questões de ensino e aprendizado
  5. Construindo uma comunicação engajada
  6. Trazendo o vestibular para o jogo
  7. Enfrentando as dificuldades financeiras
  8. Construindo redes de apoio e parceria

A escolha das estratégias que serão desenvolvidas por cada pré-vestibular popular dependerá de localização do curso, do projeto político-pedagógico, da estrutura física disponível, do tamanho e composição da equipe de colaboradores, da dinâmica de organização e gestão do projeto, dos recursos financeiros possíveis de serem arrecadados, do engajamento coletivo. Por isso, cada proposta deve ser discutida, planejada e validada coletivamente a cada ano.

Ressaltamos a importância da realização conjunta de ações nas oito áreas apresentadas na cartilha, já que a evasão é causada por diferentes fatores que se conjugam em diferentes escalas. Por fim, destacamos a necessidade de persistência e (re)avaliação periódica das estratégias adotadas, visto que há melhorias no desenvolvimento das ações de um ano para outro, e de acompanhamento sistemático a médio (3 – 5 anos) e longo prazo (6 – 10 anos) das estratégias assumidas pelo coletivo, podendo o próprio coletivo desenvolver pesquisas sobre a temática.

Outras referências

Ações Afirmativas no acesso ao Ensino Superior

Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré

  1. Angela Cristina da Silva Santos. PRÉ-VESTIBULARES POPULARES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: QUANTOS SÃO E QUAL PERFIL POSSUEM ESSES PROJETOS? ENCONTROS COM A FILOSOFIA. ANO 9, N.14, 2021 (DEZ).