Terminal Rodoviário da Pavuna: mudanças entre as edições

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O Terminal Rodoviário da [[Pavuna]], construído nos anos 1970, funcionou até 2012 e foi desapropriado devido à falta de manutenção e problemas de segurança. A prefeitura do Rio de Janeiro implodiu os prédios em 2012, alegando modernização, e o espaço deu lugar a um shopping center chamado Nova Pavuna, deixando o bairro sem um centro integrado para concentração de linhas de ônibus. Cerca de 2,4 mil moradores das proximidades tiveram que deixar suas casas durante a implosão.
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  Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
 
== Introdução ==
== Introdução ==
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">O Terminal Rodoviário da Pavuna foi uma construção dos anos 1970 que funcionou até 2012. Construído para integrar os ônibus da Baixada Fluminense com o Metrô, foi inaugurado em 1979, junto a um Centro Comercial e Supermercado com Edifício Garagem. Juntos, os três prédios ocupavam uma área de 8 mil metros quadrados.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">O supermercado mal chegou a funcionar. Já o Terminal Rodoviário e o Centro Comercial anexo eram muito movimentados, com mais de 10 linhas de ônibus fazendo ponto final dentro do prédio e muitas outras nas ruas laterais. Acontece que, em função da falta de manutenção do espaço, a estrutura ficou abandonada, com muitos problemas de segurança e estrutura. O imóvel era privado, de um único dono, que acumulou anos de dívidas de IPTU e, em função disso, o então prefeito da Cidade (Eduardo Paes) abriu processo e conseguiu desapropriar o espaço, em 2009. Com aspecto abandonado, cheio de rachaduras, buracos, lixo e ratos, o local ainda era abrigo para tantas pessoas em situação de rua, que, mesmo com os riscos de desabamento, moravam ali.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">Em 2012, a prefeitura implodiu os prédios, sob a justificativa de modernização do espaço e abertura de novos espaços para a população pavunense. &nbsp;Foram usados 250 quilos de explosivos na implosão do terminal. Os cerca de 15 mil metros cúbicos de entulhos gerados com a demolição foram enviados para a reciclagem, para utilização em aterros pela Secretaria Municipal de Obras. Por medida de segurança, cerca de 2,4 mil moradores de 900 residências nas proximidades do terminal – 100 no município do Rio e 800 em São João de Meriti, tiveram que deixar suas casas durante a implosão.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">Á época do desabamento, 12 linhas ainda faziam ponto final no local e milhares de pessoas transitavam ali todos os dias.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">Houveram especulações de que o espaço daria lugar a um Centro Universitário, mas, na verdade, deu lugar a um Shopping Center chamado Nova Pavuna. O bairro, agora, carece de um centro integrado para concentração de linhas de ônibus, que se tornaram circulares.&nbsp;</p>  
<p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">O Terminal Rodoviário da Pavuna foi uma construção dos anos 1970 que funcionou até 2012. Construído para integrar os ônibus da Baixada Fluminense com o Metrô, foi inaugurado em 1979, junto a um Centro Comercial e Supermercado com Edifício Garagem. Juntos, os três prédios ocupavam uma área de 8 mil metros quadrados.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">O supermercado mal chegou a funcionar. Já o Terminal Rodoviário e o Centro Comercial anexo eram muito movimentados, com mais de 10 linhas de ônibus fazendo ponto final dentro do prédio e muitas outras nas ruas laterais. Acontece que, em função da falta de manutenção do espaço, a estrutura ficou abandonada, com muitos problemas de segurança e estrutura. O imóvel era privado, de um único dono, que acumulou anos de dívidas de IPTU e, em função disso, o então prefeito da Cidade (Eduardo Paes) abriu processo e conseguiu desapropriar o espaço, em 2009. Com aspecto abandonado, cheio de rachaduras, buracos, lixo e ratos, o local ainda era abrigo para tantas pessoas em situação de rua, que, mesmo com os riscos de desabamento, moravam ali.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">Em 2012, a prefeitura implodiu os prédios, sob a justificativa de modernização do espaço e abertura de novos espaços para a população pavunense. &nbsp;Foram usados 250 quilos de explosivos na implosão do terminal. Os cerca de 15 mil metros cúbicos de entulhos gerados com a demolição foram enviados para a reciclagem, para utilização em aterros pela Secretaria Municipal de Obras. Por medida de segurança, cerca de 2,4 mil moradores de 900 residências nas proximidades do terminal – 100 no município do Rio e 800 em São João de Meriti, tiveram que deixar suas casas durante a implosão.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">Á época do desabamento, 12 linhas ainda faziam ponto final no local e milhares de pessoas transitavam ali todos os dias.</p> <p style="margin-bottom:.0001pt; text-align:justify">Houveram especulações de que o espaço daria lugar a um Centro Universitário, mas, na verdade, deu lugar a um Shopping Center chamado Nova Pavuna. O bairro, agora, carece de um centro integrado para concentração de linhas de ônibus, que se tornaram circulares.&nbsp;</p>  
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[[Categoria:Nova Pavuna]]

Edição atual tal como às 23h59min de 19 de setembro de 2023

O Terminal Rodoviário da Pavuna, construído nos anos 1970, funcionou até 2012 e foi desapropriado devido à falta de manutenção e problemas de segurança. A prefeitura do Rio de Janeiro implodiu os prédios em 2012, alegando modernização, e o espaço deu lugar a um shopping center chamado Nova Pavuna, deixando o bairro sem um centro integrado para concentração de linhas de ônibus. Cerca de 2,4 mil moradores das proximidades tiveram que deixar suas casas durante a implosão.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Introdução[editar | editar código-fonte]

O Terminal Rodoviário da Pavuna foi uma construção dos anos 1970 que funcionou até 2012. Construído para integrar os ônibus da Baixada Fluminense com o Metrô, foi inaugurado em 1979, junto a um Centro Comercial e Supermercado com Edifício Garagem. Juntos, os três prédios ocupavam uma área de 8 mil metros quadrados.

O supermercado mal chegou a funcionar. Já o Terminal Rodoviário e o Centro Comercial anexo eram muito movimentados, com mais de 10 linhas de ônibus fazendo ponto final dentro do prédio e muitas outras nas ruas laterais. Acontece que, em função da falta de manutenção do espaço, a estrutura ficou abandonada, com muitos problemas de segurança e estrutura. O imóvel era privado, de um único dono, que acumulou anos de dívidas de IPTU e, em função disso, o então prefeito da Cidade (Eduardo Paes) abriu processo e conseguiu desapropriar o espaço, em 2009. Com aspecto abandonado, cheio de rachaduras, buracos, lixo e ratos, o local ainda era abrigo para tantas pessoas em situação de rua, que, mesmo com os riscos de desabamento, moravam ali.

Em 2012, a prefeitura implodiu os prédios, sob a justificativa de modernização do espaço e abertura de novos espaços para a população pavunense.  Foram usados 250 quilos de explosivos na implosão do terminal. Os cerca de 15 mil metros cúbicos de entulhos gerados com a demolição foram enviados para a reciclagem, para utilização em aterros pela Secretaria Municipal de Obras. Por medida de segurança, cerca de 2,4 mil moradores de 900 residências nas proximidades do terminal – 100 no município do Rio e 800 em São João de Meriti, tiveram que deixar suas casas durante a implosão.

Á época do desabamento, 12 linhas ainda faziam ponto final no local e milhares de pessoas transitavam ali todos os dias.

Houveram especulações de que o espaço daria lugar a um Centro Universitário, mas, na verdade, deu lugar a um Shopping Center chamado Nova Pavuna. O bairro, agora, carece de um centro integrado para concentração de linhas de ônibus, que se tornaram circulares. 

Conheça o antigo terminal Rodoviário da Pavuna[editar | editar código-fonte]

Reportagem da TVBrasil[editar | editar código-fonte]

Reportagem exibida na TV Brasil sobre a demolição do temrinal mostra as condições precárias que o terminal estava antes de ser demolido e conta sobre a dinâmica da demolição, realizada sem diálogo com os moradores e trabalhadores da região. A reportagem é do dia 03 de fevereiro de 2012. 

 

Fotografias da Região[editar | editar código-fonte]

Imagens recolhidas do Google Street View

 

Visão do Centro Comercial Anexo
Visão dos fundos da Rodoviária + Centro Comercial

 

Visão do Supermercado/Estacionamento

 

Implosão dos prédios[editar | editar código-fonte]

 

Fontes[editar | editar código-fonte]

  1. Jornal Correio Brasiliense: Prefeitura do Rio implode prédios com risco de desabamento
  2. TV Brasil: Vídeo sobre rodoviária da Pavuna
  3. Jornal do SBT - Rodoviária em péssimas condições
  4. Blog do Rafael Oliveira - Terminal da pavuna será demolido
  5. Jornal O Dia - Terreno na Pavuna é desapropriado para construção de Centro Universitário 

Veja também[editar | editar código-fonte]