Tropa de Elite (filme)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Autor: José Padilha.  

Ficha Técnica[editar | editar código-fonte]

Ano de lançamento: 2007

Diretor: José Padilha

Gênero: Policial, Drama

Duração: 118min

Idioma: Português

Introdução[editar | editar código-fonte]

Tropa de Elite é um filme policial brasileiro de 2007, com o gênero drama/filme policial, dirigido por José Padilha, que também escreveu seu roteiro, com Braulio Mantovani e Rodrigo Pimentel, e produziu com Marcos Prado.

Tem como tema a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro junto com a ajuda do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O filme é baseado elementos presentes no livro Elite da Tropa, de André Batista e Rodrigo Pimentel, em parceria com Luiz Eduardo Soares. É estrelado por Wagner Moura, André Ramiro, Caio Junqueira, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Paulo Vilela, Fernanda de Freitas, Maria Ribeiro e Fábio Lago. É o primeiro longa de ficção do diretor José Padilha, que anteriormente dirigiu o documentário Ônibus 174 (2002).

Foi objeto de grande repercussão antes mesmo de seu lançamento, por ter sido o primeiro filme brasileiro, a meses antes de chegar aos cinemas, vazar para o mercado pirata e a internet. Um dos protagonistas do filme, o ator Caio Junqueira, chegou a declarar que, por mais que achasse a pirataria algo negativo, sabia que havia sido "por causa dela que o trabalho atingiu o público da televisão". Uma pesquisa feita pelo Ibope chegou a estimar que mais de 11 milhões de brasileiros teriam visto o filme de forma ilegal – isso, entretanto, não impediu o filme de ter sido bem-sucedido nas bilheterias, tendo estreado em primeiro lugar.

O filme recebeu o prêmio Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim 2008. Uma continuação, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro, foi lançada no dia 8 de outubro de 2010.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Os acontecimentos do filme são narrados em primeira pessoa pelo Capitão Roberto Nascimento, dando uma perspectiva ao espectador de todos os fatos interligados. O filme começa mais ou menos no ano de 1997, em um baile funk no Morro da Babilônia, uma das principais bases do narcotráfico da cidade Rio de Janeiro. Na festa se encontram vários traficantes fortemente armados comemorando no meio de uma multidão de pessoas, enquanto ao fundo toca a música Rap das Armas. Uma viatura policial sobe o morro e para em frente ao baile, dentro está uma guarnição da Polícia Militar liderada por Capitão Oliveira, que desce, não por uma denúncia, mas para pegar o "arrego" da semana, o suborno que os traficantes pagam aos policiais para aliviar na fiscalização. O que ninguém sabe é que logo atrás vinham Matias e Neto, dois aspirantes numa moto da polícia, que tomam um desvio e param num local mais alto no morro. Enquanto a equipe de Oliveira é recebida pelos traficantes, Neto se posiciona com um rifle de precisão auxiliado por Matias. Neto observa a negociação à distância e, de repente, dispara a arma, pensando que um dos traficantes iria sacar uma pistola que tinha nas costas. Logo, a confusão irrompe no meio do baile e começa um tiroteio, Neto e Matias tentam fugir mas são cercados e encurralados num beco, enquanto os traficantes atacam com um arsenal pesado, a dupla tenta resistir com a pouca munição que tem. Enquanto isso, uma equipe do BOPE coordenada por Capitão Nascimento chega na entrada do morro e começa uma incursão de resgate.

A história retorna seis meses antes; Roberto Nascimento é líder da equipe alfa do Batalhão de Operações Policiais Especiais da PMERJ, onde atua há mais de dez anos com total dedicação. Embora tenha equilibrado a vida policial e familiar nos últimos anos, seu esforço tem cobrado um preço cada vez maior ultimamente, sobretudo pelo fato de sua esposa estar grávida do primeiro filho, prestes a nascer. A pressão do trabalho aumenta quando é anunciado que o Papa João Paulo II chegará ao Rio de Janeiro em dois meses e passará a maior parte de sua estadia no Morro do Turano, em contato com a população carente. Entretanto, a região se encontra bastante dominada pelo tráfico, o que significa mais operações de risco na rotina de Nascimento, que precisará apaziguar o morro nesse meio período. Após refletir sobre sua carreira em meio a tantas cobranças, Nascimento decide que chegou hora de arrumar um substituto, mas precisa garantir que seu sucessor será tão bom quanto ele.

Enquanto isso, Matias e Neto acabam de entrar para um batalhão da PMERJ, após se formarem como aspirantes. Embora sejam novatos, suas qualidades eram algo que Nascimento almejava encontrar em seu possível sucessor. Mesmo não se conhecendo ainda, um deles tornaria a substituir-lo no BOPE. Neto é encarregado de supervisionar a oficina mecânica do batalhão, operada pelo Soldado Paulo e Cabo Tião, enquanto Matias é direcionado ao trabalho burocrático, organizando os registros criminais e cuidando do funcionamento dos rádios comunicadores. Apesar de serem amigos de infância, Matias e Neto tem origens e objetivos de vida diferentes. Neto é de classe média e sempre gostou de ação, por isso entrou para polícia; Matias, apesar de ser negro e de origem humilde, lutou contra as dificuldades e conseguiu entrar na melhor faculdade de Direito do Rio de Janeiro, com o objetivo de tornar-se advogado. A visão que ambos tinham sobre a polícia, de ser uma instituição nobre e respeitada, logo se desmancha ao se depararem com a realidade obscura de uma corporação dominada por um sistema de corrupção em massa.

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

O filme foi lançado oficialmente no dia 12 de outubro de 2007 no Brasil, com estreia antecipada para o dia 5 de outubro em 171 sala das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo e obteve a melhor abertura de um filme oficial no ano de 2007, mesmo em circuito limitado, atraindo cerca de 180 mil espectadores na primeira semana sem nenhum tipo de propaganda além dos cartaz. Mesmo estreando em circuito limitado, ficou em segundo lugar na bilheteria do país naquela semana, perdendo apenas para Resident Evil 3. Na semana seguinte, o filme estreou no restante do país, atraindo um público 120% maior, totalizando cerca de 410 mil pessoas e obtendo o primeiro lugar no total da bilheteria, superando filmes como Stardust e Resident Evil: Extinction. Terminou o ano como sétima maior bilheteria de 2007 no Brasil, com um faturamento total de R$20.422.567 e 2.421.295 espectadores.

Em Portugal o filme estreou dia 10 de Julho de 2008, sendo o 5º filme mais visto na sua semana de estreia com mais de 12 mil espectadores. Terminou o ano com 55 mil espectadores e faturamento de 247 mil euros.

 

Trailer do filme[editar | editar código-fonte]


Mais filmes[editar | editar código-fonte]