Associação de Educação, Arte, Cultura e Agroecologia Sítio Agatha (Jaboatão dos Guararapes – PE)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco


Em 1997, o núcleo familiar do Sítio Ágatha envolveu-se em um conflito fundiário junto a 300 famílias organizadas a partir da Comissão Pastoral da Terra (CPT). O latifúndio localizado em Tracunhaém (PE), atendia por Engenho Prado, e já não cumpria sua função social há 40 anos. Foi desapropriado em 2005, transformando-se no Complexo de Assentamentos do Prado. Em 2006, funda-se o Sítio Ágatha em uma das parcelas do Assentamento Chico Mendes.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de informações retiradas das redes de comunicação oficiais da coletiva.
Logo.

Sobre[editar | editar código-fonte]

Imagem aérea do sítio.

Em toda a sua trajetória, em que as lonas pretas se transformaram em casas de taipa que se transformaram em parcelas da agricultura familiar, o Ágatha assumiu a missão de contribuir ativamente na construção da autonomia, sustentabilidade e do resgate e valorização da ancestralidade no campo. Ainda no período das lonas, buscou articular plantios em mutirões que primeiramente eram para a subsistência das famílias mas que depois chegaram a abastecer as feiras da região, atribuindo desde já uma função social à terra ocupada. Em 2003, denunciou as violentas represálias aos acampados como as agressões físicas, a contaminação das águas, do solo, assim como a destruição da escola, da igreja e do posto de saúde cometidas pelos latifundiários sob a parcimônia do Estado brasileiro. Ao mesmo tempo, acolhia militantes e artistas tocados pela resistência e coragem daquele povo. A trajetória de luta e re-existência do Sítio Ágatha culminou em torná-lo um centro de referência em agroecologia , na luta feminista e ético-racial no Complexo Prado.

Sítio.

Desde então o Sítio Ágatha se coloca na defesa intransigente dos Direitos Humanos e do Bem Viver, realizando formações políticas e técnicas, assim como atividades lúdicas, culturais e de fomento à prática de mutirões como instrumento importante de mobilização e articulação com outras organizações sociais e movimentos para expandir a prática agroecológica na Região Metropolitana do Recife. Ademais, consiste em uma ação política e pedagógica de divulgação da agroecologia e seus resultados, educando os participantes em outras formas de produção e de relação com a terra e entre si. O sítio Ágatha se tornou um centro de aglutinação política a partir de duas pautas centrais: o combate ao latifúndio e a promoção da agricultura familiar camponesa agroecológica, feminista e étnico-racial como modelo básico para as relações no campo. Para além, o sítio Ágatha se propõe também a ser um elemento ativo no contexto de uma luta social mais ampla de enfrentamento ao racismo estrutural em todas as suas formas, para além das relações específicas do campo, dialogando com a realidade urbana na perspectiva de atuação em conjunto com as resistências urbanas da cidade.[1]

PROP.png

Propósitos[editar | editar código-fonte]

Missão[editar | editar código-fonte]

Combater o latifúndio com o intuito de promover a agricultura familiar camponesa agroecológica, feminista e étnico-racial como modelo básico para as relações no campo.

Visão[editar | editar código-fonte]

Enfrentamento ao racismo estrutural em todas as suas formas, para além das relações específicas do campo, dialogando com a realidade urbana na perspectiva de atuação em conjunto com as resistências urbanas da cidade.

Valores[editar | editar código-fonte]

Autonomia, sustentabilidade, resgate e valorização da ancestralidade no campo.

Apresentação[editar | editar código-fonte]

Projetos e parcerias[editar | editar código-fonte]

Oficinas[editar | editar código-fonte]

Oficina de Fogão Agroecológico - Associação Sítio Ágatha

Como fazer uma horta vertical - Associação Sítio Ágatha

Oficina de Horta em Belo Oriente - Tracunhaém/PE

Relatos[editar | editar código-fonte]

Economia Feminista: Luiza Cavalcante (GESTORA DO SÍTIO ÁGATHA)


Mulheres negras na agroecologia

A agricultora agroecológica de Pernambuco Luíza Cavalcante Santos Dias fala da importância das mulheres e homens negros na construção do movimento agroecológico e da luta por visibilidade.

Referências[editar | editar código-fonte]