Fala Akari (coletivo)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

O Fala Akari é um coletivo de militantes defensores de direitos da Favela de Acari, no Rio de Janeiro.

Autoria: Coletivo Fala Akari.
Logo Fala Akari.jpg

Sobre[editar | editar código-fonte]

O coletivo é formado por um grupo de moradores e militantes da Favela de Acari, que se organizam com o objetivo de realizar, disseminar e divulgar ações culturais e educacionais na favela e denunciar todas as formas de opressões cometidas pelo estado no território, inclusive através de seu braço armado.

Ações contra o Coronavírus[editar | editar código-fonte]

Em meio a pandemia de Coronavírus e sem apoio do Estado, o coletivo está se mobilizando arrecadando doações de alimentos e produzindo faxias alertando a população sobre a COVID19.

Faixas sobre a COVID19[editar | editar código-fonte]

Em parceria com a Justiça Global, encomendou e pendurou várias faixas por algumas das principais ruas do Complexo de Acari e também enviaram faixas para as favelas de Para Pedro, Lucas e Pedreira.

Faixa em passarela de Acari.jpg

Doações para os moradores[editar | editar código-fonte]

O Coletivo está fazendo doações de cestas básicas, água e kit de limpeza  e outros itens essenciais para os moradores de Acari:

Cestas básicas para a Favela de Acari
Cestas básicas para a Favela de Acari
Doação de cestas básicas e kits de alimentos
Doação de cestas básicas e kits de alimentos

Prestação de contas[editar | editar código-fonte]

O grupo também está fazendo uma prestação de contas do que está sendo arrecadado e como estão destinando esses recursos:

Prestação de contas do Coletivo Fala Akari
Prestação de contas do Coletivo Fala Akari

Doe![editar | editar código-fonte]

Doe e contribua para que a mobilização do Coletivo Fala Akari contra o Coronavírus continue!

Conta para doações para o coletivo.jpg

Fala Akari no The Guardian[editar | editar código-fonte]

Durante alguns dias, Pedro Prado acompanhou o trabalho do Coletivo para conscientização em relação ao Coronavírus e de apoio ao moradores com a distribuição de cestas básicas:

Homenagem às mães e vítimas da Chacina de Acari (2021)[1][editar | editar código-fonte]

Há 31 anos, em 26 de Julho de 1990, um grupo de mulheres se juntou para cobrar respostas do Estado sobre o desaparecimento de onze jovens, sendo 7 menores de idade, após eles terem sido abordados por supostos policiais em um sítio em Magé, na Baixada Fluminense. Os corpos deles jamais apareceram. O episódio ficou conhecido como a Chacina de Acari.

As Mães de Acari, como ficaram conhecidas, se mobilizaram para investigar o caso e pedir a punição dos responsáveis. A partir daí, elas criaram uma articulação por justiça, até então inédita, que influencia até hoje outras mães – que também perderam seus filhos para a violência cometida por agentes do Estado -. Pouco mais de 3 décadas depois, as perguntas seguem sem respostas.

Mediante a esta data, o Coletivo Fala Akari decidiu promover um dia de memória e reafirmar que favela é história, luta e resistência. Além disso, vai homenagear as Mães de Acari que são as pioneiras no movimento de mães de vítimas de violência policial.

31 anos de impunidade[editar | editar código-fonte]

Luis Melo é um dos membros do Fala Akari e comentou sobre a relevância do ato na próxima segunda-feira. “Então, vai ser o dia todo de ato para relembrar as mães de acari. Uma forma de manter viva a memória dessas mulheres que denunciaram uma chacina depois do Brasil sair de uma ditadura militar. Faz 31 anos da chacina de Acari e até hoje não tem corpo, não tem resposta sobre quem matou e por que, por qual motivo. São 31 anos da pergunta: Cadê os 11 jovens de Acari?”.

Algumas destas mães morreram nessa busca por justiça. Duas delas assassinadas. Edméia Euzébio, mãe de Luiz Henrique e líder do movimento, e Sheila Conceição, sua cunhada, sofreram uma emboscada e foram assassinadas no estacionamento do metrô Praça XI, em 1993, após visitarem um detento no presídio Hélio Gomes. Segundo as investigações, elas estavam muito próximas de descobrir o que aconteceu com seus filhos.

Luis falou também como outros casos de filhos e filhas sendo assassinados em territórios de favela continuou. “A chacina de Acari foi o primeiro grande caso depois vieram vários. E a partir das mães de Acari, as mães de vítimas de violência policial não ficaram caladas. Falta de investigação. O que acontece no Rio de Janeiro é a falta de investigação. Não chegam a lugar nenhum, principalmente quando envolvem agentes do estado”.

O evento vai acontecer no Espaço Cultural Mães de Acari e deve começar por volta das 8h e vai até o final da tarde, com diversas ações voltadas para a data.

Vítimas da violência[editar | editar código-fonte]

Os onze jovens sequestrados (e suas idades, em 1990):

  • Viviane Rocha, 13 anos;
  • Cristiane Souza Leite, 16 anos;
  • Wudson de Souza, 16 anos;
  • Wallace do Nascimento, 17 anos;
  • Antônio Carlos da Silva, 17 anos;
  • Luiz Henrique Euzébio da Silva, (vulgo Gunga) 17 anos;
  • Edson de Souza, 17 anos;
  • Rosana Lima de Souza, 18 anos;
  • Moisés dos Santos Cruz (vulgo Moi), 31 anos;
  • Luiz Carlos Vasconcelos de Deus (vulgo Lula), 37 anos;
  • Edio do Nascimento, 41 anos.

The Guardian (Buba Aguiar), assista aqui a reportagem![editar | editar código-fonte]

Situação da Covid-19 nas favelas do Brasil

O coletivo Fala Akari, liderado pela ativista Buba Aguiar. Ela – quem já sofreu com o exílio depois do assassinato de Marielle Franco, sua colega de ativismo, conforme matéria que concebeu seu perfil na revista Piauí – foi personagem de uma reportagem audiovisual do jornal The Guardian sobre a situação das favelas do Brasil e as ações de lideranças comunitárias.

Coronavírus no Brasil: sem ajuda de Bolsonaro, favelas procuram formas de sobreviver.[editar | editar código-fonte]

Redes sociais[editar | editar código-fonte]

Entre e siga as redes sociais do coletivo!

Facebook Fala Akari

Instagram Fala Akari

Ver também[editar | editar código-fonte]