Marielle Vive! Favelas na reconstrução do país

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco


"Marielle Vive! Favelas na reconstrução do país" foi um evento organizado pelo Dicionário de Favelas Marielle Franco e realizado na Biblioteca de Manguinhos, na Fiocruz, no dia 13 de março de 2023. O objetivo do evento foi repercutir e rememorar os 5 anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, não elucidados até hoje e pensar a reconstrução do país sob a ótica das lutas das favelas e das populações e grupos discriminados.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Programação[editar | editar código-fonte]

O evento contou com uma mesa redonda com parlamentares intitulada "Da favela ao parlamento" trazendo representantes e lideranças discutindo o legado político de Marielle Franco e as estratégias para a construção de novos caminhos na luta por direitos de cidadania.

Além disso, no pátio de entrada, foi apresentada a exposição fotográfica "Outras Marés", com a participação de integrantes do Coletivo Fotografia Periferia e Memória. A curadoria é de Dante Gastaldoni que diz que, através do olhar das favelas e periferias "surge a esperança de estarmos ao sabor de uma nova maré, que há de varrer desigualdades e semear utopias".

Ao final houve poesia, canto e dança através da performance cultural “Eu sou porque nós somos”, que contou com Rachel Barros, Carolina Rocha, Deley e convidados (as).

Evento na íntegra[editar | editar código-fonte]

Depoimentos do Conselho Editorial do Dicionário sobre Marielle[editar | editar código-fonte]

Sonia Fleury (Dicionário de Favelas Marielle Franco)[editar | editar código-fonte]

Marielle é a cara da cidadania Insurgente

Marielle, a menina-moça da favela da Maré se tornou um ícone nacional e internacional, mesmo antes de seu bárbaro assassinato. Ela representa os inúmeros  coletivos de favelas e periferias, nos quais os jovens se reúnem em círculos culturais onde rolam batalhas de rimas e de danças, e assim,  uma nova se resgata a consciência da ancestralidade e da memória da população que criou no território uma comunidade, uma cidade erguida com suas luta solidárias. Mas, Marielle também representa a insatisfação dos jovens de classe média, que novamente se encantaram com a possiblidade de uma representação política com sua cara e suas bandeiras, contra o racismo, o sexismo, o preconceito de gênero.

Para além do ícone, é preciso ver também a pessoa, a Mari batalhadora e solidária, a Mari destemida e guerreira, mãe e intelectual. Fica aqui meu reconhecimento à Dona Marinete e ao Sr. Antônio que criaram mulheres como Marielle e Anielle, incapazes de assumir uma posição de subalternidade diante do poder. A altivez do olhar dessas duas,  a liberdade do movimento de seus corpos no espaço denotam que na favela também se criam princesas.

Quando criamos o Dicionário de Favelas a Marielle foi entusiasta do projeto e nos brindou com um verbete sobre sua produção. Homenageamos a Marielle colocando seu nome no Dicionário porque aquela voz que tentaram calar, nós e muitos e muitas outras, nos comprometemos a não deixar que isso ocorra. Na plataforma do Dicionário de Favelas Marielle Franco as lutas, as glórias e as memórias da população das favelas podem ser encontradas, memorizadas, circular e conscientizar, produzir coletivamente uma estória que a história não conta. Por isso, com toda a dor e luto pela perda brutal da Marielle podemos homenageá-la hoje dizendo que MARIELLE VIVE E JÁ ESTÁ AJUDANDO A RECONSTRUIR ESTE PAÍS.

Marcia Leite (PPCIS-UERJ)[editar | editar código-fonte]

E continuamos a contar dias e meses desde o assassinato de Marielle, cobrando investigação e pressionando pelos devidos desdobramentos punitivos do Estado...

Talvez a foto símbolo de Marielle, ou pelo menos uma delas, seja a de Marielle saindo da Câmara dos Vereadores -  mulher negra e favelada, altiva e poderosa, passando por um corredor de policiais e, possivelmente, alguns repórteres.

"Não serei interrompida", disse com ênfase em um embate com um vereador machista de plantão, no plenário da Câmara, poderia ser sua legenda. Outras também.

Afinal, Marielle, que já havia tido uma atuação expressiva quando no gabinete de Freixo, uma vez vereadora mergulhou nas lutas dos territórios de favelas e periferias, por baixo e por dentro: conversando, construindo conexões entre as questões dos territórios, d@s negr@s, das mulheres, da violência estatal sob o manto da necropolítica.

"Quem era essa mulher..." - cantou Chico Buarque pranteando Zuzu Angel, assassinada pela ditadura de 64.

De forma um tanto similar, o assassinato de Marielle produziu uma comoção - em termos de tristeza, revolta, cobrança e de valorização e luta por seu legado, no Rio, no Brasil e no mundo, que talvez nem mesmo Marielle houvesse imaginado.

À notícia, tarde da noite de seu assassinato, milhares de mulheres e homens acorreram, na manhã seguinte à Cinelândia, em uma espécie de velório público para chorar sua morte, cobrar do Estado que seu assassinato fosse investigado, e reafirmar seu legado: Marielle é semente! Eu sou porque nós somos. E: ninguém solta a mão de ninguém!

Não soltamos. E, de mãos dadas, esperamos, exigimos, a elucidação e a punição dos assassinos de Marielle e Anderson.

Alan Brum (Raízes em Movimento)[editar | editar código-fonte]

Queria falar um pouco sobre Marielle nesses cinco anos de saudade. Acho que a Marielle… eu convivi com ela desde 2005, né. Então foram 13 anos de convivência com Marielle, nas lutas, nos debates, nas discussões, nas formulações de políticas públicas. Marielle eu conheci desde 2005 na campanha “Diga não ao caveirão!”, e antes disso ela já era uma defensora dos direitos humanos. Antes de ser assessora do Marcelo Freixo. Antes de ser presidenta de direitos humanos da ALERJ. Antes de ser vereadora. Marielle foi uma pessoa de luta por essência: na sua história, na sua formação, nas suas vivências. Marielle nos trouxe expectativa e possibilidade de uma mudança da sociedade em todos os espaços que ela ocupou. A Marielle é uma pessoa que eu convivi construindo conjuntamente a audiência pública fora da ALERJ, a audiência pública dentro das favelas. Em que a gente tinha muitos debates, muitas discussões, discordâncias, né… mas isso que a constituía. É isso que trazia ela como a pessoa que construía junto, a partir dos embates e dos debates. Por isso, quero dizer que agora, depois de sua passagem, a Marielle tomou uma outra dimensão por tudo que ela representa. Mas eu tenho muita saudade é da Marielle com quem eu convivi. Com quem eu lutei. Com quem eu construí. Com quem fizemos coisas no chão da favela. Essa é a Marielle que sinto saudade. Mas também a Marielle que representa tudo que ela hoje representa, que está viva em cada um de nós, é a Marielle que traz todo esse gás, essa pertinência. Então, quero dizer que eu sinto muita falta… muita falta de Marielle nas nossas lutas, no nosso cotidiano e nas vidas que também foram salvas de diversas formas. Porque Marielle estava disponível o tempo todo. A gente não tem noção, nós, defensores dos direitos humanos, de quantas vidas a gente conseguiu salvar ou amenizar as opressões sofridas cotidianamente. Mas, com certeza, tem uma representação enorme do trabalho de Marielle na vida.

Claudia Santiago (Núcleo Piratininga de Comunicação)[editar | editar código-fonte]

Quando Marielle morreu nós estávamos em Salvador, na Bahia, participando do Fórum Social Mundial e para fazer o lançamento da Teia de Comunicação Popular do Brasil, um site na internet que reúne diversos movimentos sociais, diversos movimentos populares. Marielle morreu na véspera do lançamento da Teia, então a Teia ela foi lançada sob o impacto dessa notícia, nós não conseguíamos falar, nós chorávamos. Me lembro muito do professor Reginaldo Moraes, da Unicamp, que viveu o período da ditadura militar no Brasil e ele foi o primeiro orador do lançamento da Teia depois de mim, e o Régis chorava muito e comparava o assassinato de Marielle com os assassinatos de militantes políticos, militantes sociais cometidos durante a ditadura no Brasil.

Marielle era querida, Marielle era amiga, Marielle era alegria, Marielle era força. Marielle a gente pode cantar pra ela a música do Milton Nascimento daquelas Marias que insistem em ter fé na vida. Marielle teve um papel importantíssimo no CEASM na maré, no pré-vestibular. Marielle foi uma figura determinante no gabinete do então deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, uma atuação determinante na política do Rio de Janeiro, com seu brilho, com sua inteligência e com a sua afetuosidade, Marielle era um risco para aqueles que querem manter o Rio de Janeiro dominado por uma política de jagunços, por uma política de matadores, por uma política criminosa e não pela democracia. Marielle era uma grande democrata, uma grande democrata.

O seu assassinato deixou a todos nós que a conhecemos mais jovem e que acompanhamos a trajetória dela um pouco órfãos, órfãos e órfãs, porque nós sabíamos que aquela Marielle ia brilhar muito mais no Rio de Janeiro, ela ia fazer tudo que pudesse por um Rio de Janeiro justo, um Rio de Janeiro inclusivo, um Rio de Janeiro preocupado com as populações de periferias, com os moradores de rua, com os dependentes químicos que vivem nas ruas, Marielle se preocupava com todo mundo, era uma preocupação genuína, sabe aquela militante política que a gente sabe que age pelos interesses da classe, Marielle não tinha nenhum outro interesse que não fosse o interesse de construir uma cidade justa, um estado justo bom pra toda a sua população, Marielle não tinha outro interesse que não fossem os interesses da classe trabalhadora. Marielle, amo você pra sempre!

Cunca Bocayuva (NEPP-DH/UFRJ)[editar | editar código-fonte]

Subjetividade, corpo e território exigem voz, escrita e presença. Marielle Franco ousou atravessar todas as fronteiras e muros da cidade. Teceu fios, vidas, lutas e memórias. Virou a direção da história, rompeu com os malditos estereótipos impostos, acompanhou a revolução feminista, afirmou a presença negra, ousou desafiar os poderes na tribuna, no asfalto, na rua, nos bairros, na cidade. Favela rima com cidadania, liberdade rima com igualdade, conhecimento rima com cultura e arte. A cidade já não é mais a mesma. A política não é mais a mesma. Multiplicadora de coletivos, Marielle se tornou vítima do genofeminicídio político, mas seu mandato se multiplicou. Seu nome se mundializou. Seu exemplo toca cada vez mais fundo, ao lado de cada brado de esperança e luta por justiça.

Nesta escrita realizada por Marielle, nasce a força de uma nova linguagem, noções, conceitos e palavras. Discursos, programas, plataformas e imagens da centralidade social e espacial das favelas e periferias se desdobram com a sua presença, com o poder simbólico, real, dado por palavras vivas no cotidiano. A catarse deixa agir político se manifestou no registro do mundo cibernético, no hipertexto, no novo patamar de registros de referências. Como a cartografia de saberes em redes, que se apresentam no Dicionário com seu nome. Num compromisso com a palavra, a imagem, o gesto… a performance poética, ética e estética da favela.

Marielle significa luta por justiça social, ambiental, racial, da diversidade e de igualdade. Onde o corpo se inscreve como potência que define os contornos do espaço poético de uma reforma intelectual e moral que se expande em rede, que aponta para um novo modo de habitar e afirmar o direito humano ao bem viver. Marielle desdobrou o devir negro brasileiro na força da inteligência pessoal e coletiva: afirmação aberta do direito a ter direitos. Se destacou na resistência no meio da banalização da crueldade e da militarização dos territórios. O crime contra ela é um crime contra a humanidade, contra a população. Pois é parte da lógica que tentou sufocar a revolução molecular em curso. Aquela que se inscreveu na favela: a favela como centro da luta por cidadania e democracia.

Orlando Santos (Observatório das Metrópoles)[editar | editar código-fonte]

Com uma trajetória forjada na luta em defesa pelos direitos humanos, Marielle Franco deixou sua marca na história. Marielle se transformou num símbolo da liberdade, da democracia e da justiça social. Como ativista e como parlamentar, Marielle nunca teve medo de ousar, de criar, de inventar. Sempre acreditando que nada é impossível. Por tudo isso, a gente pode dizer que a vida da Marielle foi, e segue sendo, fermento na luta pelo direito à cidade. Na luta pela criação de nova cidade, mais justa e mais democrática. Marielle Presente!

Cleonice Dias (Dicionário de Favelas Marielle Franco)[editar | editar código-fonte]

Marielle e Anderson Presente! Marielle Vive!

Eu sou Cleonice Dias, participo do Conselho Editor de Favelas Marielle Franco, que está participando das comemorações e celebração dos 5 anos da morte de Marielle.

Quem mandou matar, quem executou e quem evitou elucidar esse crime das mortes de Marielle e Anderson, jamais poderia imaginar que a repercussão e a força que essas mortes dariam à luta de quem esses executores escolheram como inimigos e tentaram, de todas as formas, combater, enfrentar, matar, silenciar através do desgoverno, do genocídio, dos desmando e de potencializar a violência.

Para as favelas e periferias, o sentido da morte de Marielle é duplo. Primeiro é síntese da história da luta das favelas, da resistência, resiliência, da insurgência, da potência da luta de todes nós. Segundo é amplitude, luz, foco, responsabilidade e comprometimento na transformação desse país pelos trabalhadores, pelos pobres, pelos favelados, periferias, pelas mandatas das mulheres negras faveladas e de periferias, com os mandatos dos homens comprometidos com essa luta, pela garra, a força e a nova determinação dos jovens com uma nova leitura e um novo jeito de se comunicar, pela força das mulheres e das avós cuidadoras das famílias, e de todos aqueles que estão na luta, lgbtqia+, os índios, ribeirinhos, quilombolas, de todes.

Você já imaginou onde estaria Marielle daqui uns anos? Ela estaria governando esse país, seria uma presidenta, que levaria para a centralidade do poder o que ela fez aqui no Rio de Janeiro, na Câmara dos Vereadores, levando a potencia da favela, a voz da favela, para um espaço marcado pelo patriarcado e machismo. Ela seria essa força, essa potência.

Nós somos MARIELLE! Nós temos que transformar nosso País. Temos que estar organizados para irmos para as ruas todas as vezes que nossos desejos, nossos direitos forem ameaçados, mesmo num governo democrático, no governo Lula. Porque o governo não é a totalidade do poder. Na defesa da Democracia sempre!

Itamar Silva (Grupo ECO)[editar | editar código-fonte]

Marielle vive!

O traço da resistência na Favela é feminino: mães, esposas, amantes, irmãs…historicamente, são elas que tem colocado seus corpos na tentativa de proteger seus entes queridos, denunciar o genocídio e lutar por justiça. A cena se repete e se perpetua. Marielle foi forjada nesta luta. Como poucas, driblou o sistema e superou as expectativas. Ocupou a tribuna oficial, falou alto, fez o chamado e foi ouvida: ninguém larga a mão de ninguém.

Uma Militante que emerge do seio da Favela. Coordenou, por anos,  Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ: foi atuante, acolhedora e aguerrida na denúncia e defesa dos direitos humanos dos favelados. Entre as  várias ocasiões que compartilhamos na luta, sublinho o momento que estivemos juntos, em 2015, na audiência pública no Complexo do Alemão. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJ ouvia as denúncias e demandas dos moradores. A onda de mortes no Alemão, sobretudo a do menino Eduardo, de dez anos, atingido na porta de sua casa, por um tiro disparado pela polícia, mobilizava a todos. A quadra do Colégio Theófilo de Souza Pinto estava lotada. Senti orgulho de ver aquela jovem mulher negra, decidida, atenta, circulando entre homens de poder, e ocupando lugar de destaque na articulação política. Na sua singularidade, representava muitas e muitos de nós: competente e imponente, não passava desapercebida. E, ali, se consolidava sua importância na cena política o Rio.

A militância lhe reservou um lugar de destaque e a conduziu à Câmara dos Vereadores e, mais do que nunca, das vereadoras. A quinta candidata mais votada naquele pleito, chegou chegando. No entanto, com toda sua bagagem e história de luta, não se limitou a um papel de representação, levou, também, para dentro daquele espaço um conjunto de mulheres guerreiras, envolvidas e comprometidas com a mesma luta. O mandato era coletivo. E, elas, não só ajudaram a construir o seu mandato como se apropriaram da dinâmica legislativa para ir além nas suas lutas.

A semente espalhada criou raízes e frutificou. Hoje, são muitas as Marielles e o mesmo compromisso e disposição na luta por direitos e na defesa dos direitos humanos nas favelas.

Cinco anos se passaram e as nossas vozes não se calam. A pergunta fundamental clama por justiça: quem mandou matar Marielle Franco? Seguimos na luta. Obrigado, Marielle!

Outros depoimentos[editar | editar código-fonte]

Gizele Martins (comunicadora comunitária)[editar | editar código-fonte]

Lia Rocha (professora)[editar | editar código-fonte]

Pâmella Passos (professora)[editar | editar código-fonte]

Maria Celeste Marques (professora)[editar | editar código-fonte]

Priscila Silva (comunicadora popular)[editar | editar código-fonte]

Juliana Farias (professora)[editar | editar código-fonte]

Hugo Oliveira (militante de direitos humanos)[editar | editar código-fonte]

Guilherme Pimentel (defensor público)[editar | editar código-fonte]

Vantuil Pereira (professor)[editar | editar código-fonte]

Paulo Victor Lopes (professor)[editar | editar código-fonte]

Deley de Acari (militante de direitos humanos)[editar | editar código-fonte]

É possível que a gente consiga lembrar o dia que Marielle entrou na vida de cada um de nós. É possível que cada uma de nós consiga lembrar do dia mais marcante de Marielle nas nossas vidas. Nunca esqueceremos Marielle em nossa vida passada. Marielle é uma vida tão marcante na vida da gente que, desde que se foi, a gente não para de gritar “Marielle Presente!”. Nosso amor não é só para mostrar que sua alma vive com a gente. Mas também para que se faça justiça. Mas e quando a justiça for feita e nosso amor por Marielle (inaudível), por satisfeito. A Marielle Presente será a Marielle Futura. Que depois que a justiça seja feita, há que cuidar que Marielle nunca se desvaneça e suma na fumaça, na névoa do esquecimento de cada um de nós e toda a gente. Há que cuidar que Marielle Futura terá sempre a Marielle Passada, Presente, perenemente. Há que cuidar que a Marielle Futura esteja sempre presente e que a Marielle nunca seja passada na vida da gente. Que Marielle sempre seja presente, para sempre. Deley de Acari, poeta e animador cultural, militante de direitos humanos e afrocomunista.

Repercussão[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]