Projeto Manas: Jovens Lideranças por Justiça Climática

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco


O Instituto Decodifica (antigo LabJaca) ganhou vida e lançou seu primeiro projeto: Manas – Jovens Lideranças por Justiça Climática. O projeto será uma formação em Geração Cidadã de Dados, Justiça climática e Advocacy com o objetivo de desenvolver um produto final que será um manifesto climático global, a partir de diagnósticos sociais e construção de soluções que identifiquem prioridades locais entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Autoria: Informações do verbete reproduzidas pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes.
Projeto Manas

Apresentação: Instituto Decodifica[editar | editar código-fonte]

Somos um laboratório de geração cidadã de dados sobre favelas e periferias. Através de pesquisas colaborativas com organizações locais e moradores, desenvolvemos evidências e banco de dados territorializados para traçar ações que representem as reais demandas da periferia, acompanhando o desenvolvimento local e propondo meios para a inversão do cenário atual. Surgimos durante a pandemia de COVID-19, a partir da campanha “Jaca contra o Corona” que atendeu 3.500 famílias em vulnerabilidade social no Jacarezinho, sabendo que os dados oficiais não condizem com a realidade do território.

Nossa missão: promover transformação social a partir do protagonismo dos saberes periféricos.

Nossa visão: ser referência mundial na produção, articulação e coletivização de saberes a partir das periferias. Nossos valores: raça como pauta central; horizontalização de saberes; compromisso com o coletivo; reparação pelo colonialismo e escravismo; equidade de gênero e sexual; inovação e criatividade.

Nosso objetivo é projetar um futuro onde a raça não seja um limitador de oportunidades.

Manas: Jovens Lideranças por Justiça Climática[editar | editar código-fonte]

No Brasil, liderança, comunicação e resolução de problemas são capacidades pouco estimuladas entre meninas e jovens mulheres. Quando analisamos os reflexos dessa cultura junto a outros recortes, como o territorial e racial, as barreiras da sub-representação feminina e disparidade de oportunidades ficam ainda mais nítidas.

O que faremos:[editar | editar código-fonte]

Uma formação em Geração Cidadã de Dados, Justiça Climática e Articulação Política para 100 moradoras da Região Metropolitana do Rio de Janeiro com idades entre 18 e 24 anos, majoritariamente oriundas de favelas e periferias. Divididas em duas turmas, o produto final a ser realizado pelo programa será um manifesto climático global, a partir de diagnósticos sociais e construção de soluções que identifiquem prioridades locais entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

A formação incluirá:[editar | editar código-fonte]

  • Políticas climáticas
  • Governança e financiamento climático
  • Adaptação climática
  • Racismo ambiental
  • Técnicas de advocacy e engajamento legislativo
  • Ferramentas de pesquisa e coleta de dados cidadã

Motivação[editar | editar código-fonte]

O porquê:

A participação ativa de meninas e jovens mulheres é essencial para o desenvolvimento comunitário e ao debate sobre a proteção do clima e as mudanças climáticas, mas dadas as desigualdades que vão desde a violência de gênero até a falta de recursos para articular reivindicações por justiça social, espaços formativos e que instrumentalizam como esse grupo pode ser aliado do processo de ativismo climático precisam ser fomentados.

Impacto:

Fortalecer uma rede de meninas e jovens mulheres líderes que atuem na construção de proposições de políticas públicas sob o eixo da justiça climática a níveis locais, regionais e globais. Além disso, construir e sistematizar metodologias cidadãs de pesquisa e desenvolvimento social com participação coletiva e protagonizadas por comunidades vulnerabilizadas.

Estrutura do projeto[editar | editar código-fonte]

Fases do projeto
Fase Conteúdo Período Formação
1 Formação em Justiça Climática e Geração Cidadã de Dados Setembro a Dezembro de 2024 80 alunas formadas
2 Formação e Prática em Incidência Política e Justiça Climática Fevereiro a Novembro de 2025 80 alunas formadas e 4 alunas selecionadas

internamente, a partir de critérios que envolvem participação e engajamento, para construir uma Coalizão Global de Garotas pelo Clima com jovens do Brasil, Nepal, Indonésia e Uganda

3 Hackathon: Fomento a Soluções Climáticas Inovadoras Primeiro Semestre de 2026 Desenvolvimento de 15 soluções

climáticas das jovens alunas

Aulas do ciclo formativo:[editar | editar código-fonte]

Projeto contará com formações e atividades majoritariamente presenciais, salvo exceções que serão comunicadas previamente. Serão abertas duas turmas nas inscrições para o ciclo formativo, permitindo que as candidatas escolham de acordo com suas disponibilidades e preferências. Algumas atividades poderão ser realizadas aos sábados com todas as turmas juntas. Durante a Aula Inaugural, no dia 14 de setembro, apresentaremos o cronograma completo para que todas possam se programar antecipadamente.

Opção 1: Quartas-feiras - 14h às 18h

Opção 2: Sábados - 09h às 13h

Início das aulas: 14/09 às 9h

Público-alvo e critérios de seleção[editar | editar código-fonte]

Mulheres cis e trans que residam na região metropolitana do Rio de Janeiro, que tenham entre 18 e 24 anos e possuam algum tipo de engajamento social na agenda climática e/ou ambiental em seus territórios ou que desejam desenvolver habilidades de liderança.

Ver também[editar | editar código-fonte]