Itamar Silva: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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O projeto “Memória Viva” está baseado no registro de memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro. Neste episódio, temos a participação do Alam Brum.
[[Arquivo:Gravação Itamar 1.jpg|miniaturadaimagem|Gravação do episódio com Itamar.]][[Itamar Silva]] é nascido e criado na [[Favela Santa Marta]] (localizado na Zona Sul do município do Rio de Janeiro), onde, desde a década de 1980, atua como líder comunitário. Ele é um dos entrevistados do projeto “Memória Viva”, que tem objetivo de registrar memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro.  
  Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Itamar Silva.
  Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Itamar Silva.
[[Arquivo:Logo do Memória Viva..png|alt=Logo do Memória Viva.|centro|miniaturadaimagem|366x366px|Logo do Memória Viva.]]
==Apresentação do projeto==
 
== Apresentação do projeto ==
[[Arquivo:Monica Francisco - Memoria Viva.png|alt=Monica Francisco - Memoria Viva.|esquerda|miniaturadaimagem|326x326px|Monica Francisco - Memoria Viva.]]
[[Arquivo:Monica Francisco - Memoria Viva.png|alt=Monica Francisco - Memoria Viva.|esquerda|miniaturadaimagem|326x326px|Monica Francisco - Memoria Viva.]]
Os registros de entrevistas usaram o protagonismo de importantes figuras, que em seus respectivos territórios, são referências de lutas que ocorrem há décadas na busca por políticas públicas que visam buscar mais dignidade e respeito para os que ali vivem ou sobrevivem.
O [[Memória Viva (série de entrevistas)|Memória Viva]] é apresentado por [[Mônica Francisco (PSOL/RJ) - Borel - RJ|Mônica Francisco]], liderança histórica do [[Favela do Borel|Morro do Borel]], cientista social e ex-deputada estadual, que a cada episódio bate um papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas.


O projeto consegue - em sua extensão - conectar as histórias de vida dos entrevistados, com outros vários corpos favelados que possuem histórias de sofrimento em comum. No ápice de toda a sensibilidade, também provoca a possibilidade de voltar no tempo quando atinge memórias coletivas.
As gravações foram realizadas em diferentes locações com apoio da equipe da VideoSaúde e a série se inspira em alguns projetos que já trabalharam o registro de memórias, como o "A favela fala" (CPDOC/FGV), o "Espelho" (Canal Brasil), o "Conexões Urbanas" (Multishow),a série "Memórias" (Bom Dia Rio) e o programa [[Papo na Laje (programa)|Papo na Laje]] (TVC Rio).


O resultado de todo o trabalho permite que uma nova ótica se revele projetando novos sentidos para um tempo que parecia estar esquecido onde a memória se revela, como instrumento de poder, conseguindo ressignificar sentidos. O Memória Viva é um projeto de preservação de memórias faveladas.
A previsão de lançamento do projeto é novembro de 2024, sendo lançado primeiramente os vídeos que ficarão disponíveis para acesso virtual e gratuito na plataforma da wikiFavelas e, além disso, os episódios serão transformados em podcasts.


== Minibiografia ==
==Minibiografia - Itamar Silva ==
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[[Arquivo:Itamar Silva foto..jpg|alt=Itamar Silva foto.|centro|miniaturadaimagem|Itamar Silva foto.]]
Itamar Silva é nascido e criado no [[Favela Santa Marta|Morro Santa Marta]] (localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro), onde desde a década de 1980 atua como líder comunitário.Cresceu em uma casa com muita conexão, de muitos movimentos culturais, afinal seu pai era uma figura popular ligado à Folia de Reis e ao samba e sua avó era rezadeira.  
Itamar Silva é nascido e criado no [[Favela Santa Marta|Morro Santa Marta]] (localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro), onde, desde a década de 1980, atua como líder comunitário. Cresceu em uma casa com muita conexão, de muitos movimentos culturais, afinal seu pai era uma figura popular ligado à Folia de Reis e ao samba e sua avó era rezadeira.  


Em 1976, ele entra na faculdade Hélio Alonso, onde cursa jornalismo. Um período muito importante, pois os movimentos sociais começam retomar as manifestações e a ocupar mais a cena pública, após um período da distensão. É nessa mesma época que ele se conscientiza da importância de estar no movimento de favela e se apresentar como alguém deste movimento<ref>Fonte: [https://www.anf.org.br/entrevista-itamar-silva-coordenador-do-ibase/ ANF].</ref>.
Em 1976, ele entra na faculdade Hélio Alonso, onde cursa jornalismo. Um período muito importante, pois os movimentos sociais começam retomar as manifestações e a ocupar mais a cena pública, após um período da distensão. É nessa mesma época que ele se conscientiza da importância de estar no movimento de favela e se apresentar como alguém deste movimento<ref>Fonte: [https://www.anf.org.br/entrevista-itamar-silva-coordenador-do-ibase/ ANF].</ref>.
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Diretor da [[Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAFERJ)|Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj)]], na década de 80, atualmente é coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e idealizador da Colônia de Férias ECO, no Santa Marta.
Diretor da [[Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAFERJ)|Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj)]], na década de 80, atualmente é coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e idealizador da Colônia de Férias ECO, no Santa Marta.


== Sobre a favela Santa Marta ==
==Sobre a favela Santa Marta==
O Santa Marta é uma favela localizada no Morro Dona Marta, que fica no Bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A origem do nome da favela remonta ao início do século XX, quando um devota de Santa Marta levou uma imagem da santa para o alto do morro. Na década de 1930, foi construída uma capela para abrigar a imagem. No topo da favela há uma vista panorâmica da cidade, onde se vê pontos turísticos como o Cristo Redentor, o Pão de Açucar, a Praia de Botafogo, a Lagoa Rodrigues de Freitas e todo o bairro de Botafogo. O local é conhecido como Mirante Dona Marta. A comunidade é, também, muitas vezes, chamada de "Dona Marta", que é, na verdade, o nome do acidente geográfico onde se situa. Muitos se questionam se o certo é Dona Marta ou Santa Marta, mas os moradores chamam das duas formas.
O Santa Marta é uma favela localizada no Morro Dona Marta, que fica no Bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A origem do nome da favela remonta ao início do século XX, quando um devota de Santa Marta levou uma imagem da santa para o alto do morro. Na década de 1930, foi construída uma capela para abrigar a imagem. No topo da favela há uma vista panorâmica da cidade, onde se vê pontos turísticos como o Cristo Redentor, o Pão de Açucar, a Praia de Botafogo, a Lagoa Rodrigues de Freitas e todo o bairro de Botafogo. O local é conhecido como Mirante Dona Marta. A comunidade é, também, muitas vezes, chamada de "Dona Marta", que é, na verdade, o nome do acidente geográfico onde se situa. Muitos se questionam se o certo é Dona Marta ou Santa Marta, mas os moradores chamam das duas formas.


== Fotos ==
==Fotos==
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== Ver também ==


* [[Memória das favelas (livro)]]
.
* [[Memória e identidade dos moradores de Nova Holanda (livro)]]
 
* [[Histórias, Memórias, Oralidades e Cartografia da Luta Social por Terra e Moradia na Região de Jacarepaguá]]
==Ver também==
 
*[[Memória das favelas (livro)]]
*[[Memória e identidade dos moradores de Nova Holanda (livro)]]
*[[Histórias, Memórias, Oralidades e Cartografia da Luta Social por Terra e Moradia na Região de Jacarepaguá]]
<references />
<references />
[[Categoria:Temática - Depoimentos]]
[[Categoria:Temática - Depoimentos]]
[[Categoria:Santa Marta]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Lideranças]]
[[Categoria:Lideranças]]
[[Categoria:Entrevistas]]
[[Categoria:Entrevistas]]
[[Categoria:Memórias]]
[[Categoria:Memórias]]
[[Categoria:Santa Marta]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]

Edição atual tal como às 16h06min de 31 de outubro de 2024

Gravação do episódio com Itamar.

Itamar Silva é nascido e criado na Favela Santa Marta (localizado na Zona Sul do município do Rio de Janeiro), onde, desde a década de 1980, atua como líder comunitário. Ele é um dos entrevistados do projeto “Memória Viva”, que tem objetivo de registrar memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro.

Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Itamar Silva.

Apresentação do projeto[editar | editar código-fonte]

Monica Francisco - Memoria Viva.
Monica Francisco - Memoria Viva.

O Memória Viva é apresentado por Mônica Francisco, liderança histórica do Morro do Borel, cientista social e ex-deputada estadual, que a cada episódio bate um papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas.

As gravações foram realizadas em diferentes locações com apoio da equipe da VideoSaúde e a série se inspira em alguns projetos que já trabalharam o registro de memórias, como o "A favela fala" (CPDOC/FGV), o "Espelho" (Canal Brasil), o "Conexões Urbanas" (Multishow),a série "Memórias" (Bom Dia Rio) e o programa Papo na Laje (TVC Rio).

A previsão de lançamento do projeto é novembro de 2024, sendo lançado primeiramente os vídeos que ficarão disponíveis para acesso virtual e gratuito na plataforma da wikiFavelas e, além disso, os episódios serão transformados em podcasts.

Minibiografia - Itamar Silva[editar | editar código-fonte]

Itamar Silva foto.
Itamar Silva foto.

Itamar Silva é nascido e criado no Morro Santa Marta (localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro), onde, desde a década de 1980, atua como líder comunitário. Cresceu em uma casa com muita conexão, de muitos movimentos culturais, afinal seu pai era uma figura popular ligado à Folia de Reis e ao samba e sua avó era rezadeira.

Em 1976, ele entra na faculdade Hélio Alonso, onde cursa jornalismo. Um período muito importante, pois os movimentos sociais começam retomar as manifestações e a ocupar mais a cena pública, após um período da distensão. É nessa mesma época que ele se conscientiza da importância de estar no movimento de favela e se apresentar como alguém deste movimento[1].

Sua primeira tentativa foi se aliar ao movimento negro do Rio de Janeiro. Participou, sem ser um militante, do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras (IPCN), do Movimento Negro Unificado (MNU) até chegar à Pastoral de Favelas, onde o tema favelas “casava” com ele.

É um dos fundadores do Grupo Eco que nasce no final de 1976 como um grupo comunitário e em 1981 se tornam a chapa vencedora que vai atuar na liderança da associação de moradores na comunidade. É lá que vai ser criado o histórico jornal ECO com o objetivo de ecoar as notícias do morro pra fora e de fora pra dentro. O jornal, também, foi motivo de muitas disputas, brigas e ameaças, uma vez que buscava levar esclarecimento aos moradores do Santa Marta sobre o papel das Associações de Moradores, contrariando interesses pessoais dos presidentes dessas associações na época.

Diretor da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj), na década de 80, atualmente é coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e idealizador da Colônia de Férias ECO, no Santa Marta.

Sobre a favela Santa Marta[editar | editar código-fonte]

O Santa Marta é uma favela localizada no Morro Dona Marta, que fica no Bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A origem do nome da favela remonta ao início do século XX, quando um devota de Santa Marta levou uma imagem da santa para o alto do morro. Na década de 1930, foi construída uma capela para abrigar a imagem. No topo da favela há uma vista panorâmica da cidade, onde se vê pontos turísticos como o Cristo Redentor, o Pão de Açucar, a Praia de Botafogo, a Lagoa Rodrigues de Freitas e todo o bairro de Botafogo. O local é conhecido como Mirante Dona Marta. A comunidade é, também, muitas vezes, chamada de "Dona Marta", que é, na verdade, o nome do acidente geográfico onde se situa. Muitos se questionam se o certo é Dona Marta ou Santa Marta, mas os moradores chamam das duas formas.

Fotos[editar | editar código-fonte]

Gravação Itamar 1
Gravação Itamar 3
Gravação Itamar 2
Gravação Itamar 6
Gravação Itamar 6
Gravação Itamar 4
Gravação Itamar 5.
Gravação Itamar 5.


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Ver também[editar | editar código-fonte]

  1. Fonte: ANF.