Memória Viva: mudanças entre as edições
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{{#bootstrap_carousel:[[File:Destaque-1-Galeria-página-Memória-Viva.jpg|alt=Memória Viva|class=img-fluid|link=Memória_Viva]] | |||
| [[File:Destaque-2-Galeria-página-Memória-Viva.jpg|alt=Memória Viva entrevistas|class=img-fluid|link=Memória_Viva#As entrevistas]] | |||
| [[File:Destaque-3-Galeria-página-Memória-Viva-.jpg|alt=Memória Viva entrevistas|class=img-fluid|link=Memória_Viva#As entrevistas]] | |||
| style=margin:auto;background-color:#670292; | |||
}} | |||
'''[[Memória Viva]]''' é um projeto que reúne entrevistas com lideranças comunitárias de vários territórios da cidade do Rio de Janeiro, produzida pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco. | |||
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco. | Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco. | ||
[[Arquivo: | {{Clear}} | ||
==Apresentação== | |||
[[Arquivo:Monica | [[Arquivo:Marca-memoria-viva-300x300px.jpg|semquadro|right|Marca Memória Viva]][[Arquivo:Monica-francisco-300x300.jpg|semquadro|left|Foto da Mônica Francisco, mulher negra com turbante e lenço no pescoço, segurando um microfone e vestindo camiseta com as palavras Meu ... é favela, minha história também]] | ||
'''[[Memória Viva]]''' é apresentado por Mônica Francisco, liderança histórica do [[Morro do Borel (memórias)|Morro do Borel]], cientista social, ex-assessora de Marielle Franco e ex-deputada estadual do Rio do Janeiro. | |||
A cada episódio, há um bate papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas. | |||
{{Clear}} | |||
== Formato e referências == | |||
O Memória Viva apresenta um formato onde a apresentadora conversa com a pessoa entrevistada na sua favela de atuação e outros espaços. A pessoa entrevistada leva itens que ajudam a debater o passado, o presente e o futuro das favelas. | |||
A | Foram referência para a elaboração do Memória Viva, projetos como "A favela fala" (CPDOC/FGV), "Espelho" (Canal Brasil), "Conexões Urbanas" (Multishow), Série "Memórias" (Bom dia Rio) e "Papo na Laje" (TVC Rio). | ||
== As entrevistas== | |||
<!-- Itamar Silva --> | |||
<div class="row"> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Itamar-entrevistada-300x300px.jpg | |||
| Alt = Foto de Itamar | |||
| Nome = Itamar Silva | |||
| Link = Itamar_Silva_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Itamar Silva é nascido e criado na [[Favela Santa Marta]] (localizado na Zona Sul do município do Rio de Janeiro), onde, desde a década de 1980, atua como líder comunitário. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa do Itamar Silva | |||
| BotaoLink = Itamar_Silva_(Memória_Viva) | |||
| Video = x8hTMQs2e_I | |||
}} | |||
<!-- Alan Brum --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Alan-entrevistada-300x300px.jpg | |||
| Alt = Alan é branco, está de óculos e cabelo grisalho raspado, sorrindo amplamente, vestindo uma camisa vermelha com os dizeres "Meu nome é favela". Ele está ao ar livre, com a comunidade ao fundo.|Alan Brum, liderança comunitária do Complexo do Alemão e coordenador do Projeto Memória Viva. | |||
| Nome = Alan Brum | |||
| Link = Alan_Brum_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Alan Brum é Sociólogo e morador do [[Complexo do Alemão|Complexo de Favelas do Alemão.]] Atualmente é Doutorando em Planejamento Urbano e Regional IPPUR/UFRJ. e coordenador do [[Centro de Estudos, Pesquisa, Documentação e Memória do Complexo do Alemão (CEPEDOCA)|CEPEDOCA]] (Centro de Pesquisa, Documentação e Memórias do CPX) e Projeto Memória Viva. É cofundador e Diretor Presidente do Instituto [[Instituto Raízes em Movimento|Raízes em Movimento.]] | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa do Alan Brum | |||
| BotaoLink = Alan_Brum_(Memória_Viva) | |||
| Video = hME5W8pvct8 | |||
}} | |||
<!-- Sr. Beserra de Araújo --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Seu-beserra-entrevistada-300x300px.jpg | |||
|Alt=Sr Beserra é um homem idoso de cabelos brancos, vestindo uma camisa azul clara, sentado na sala Cleonice, na Fiocruz Campus Maré. Ele está com papéis nas mãos. Ao fundo, um banner com a data "13 março 2023" e informações da Biblioteca de Manguinhos. | |||
| Nome = Sr Beserra de Araújo | |||
| Link = Sr Beserra de Araújo | |||
| Descricao = Natural de Venturosa, nasceu na Fazenda Pau Ferro no sertão de Pernambuco, onde trabalhou até 17 anos como lavrador de terra. Filho de lavrador de terras dos outros, morador de Manguinhos. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa do Sr. Beserra | |||
| BotaoLink = Sr_Beserra_(Memória_Viva) | |||
| Video = Cm9ojj2lpHI | |||
}} | |||
<!-- Cleonice Dias --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Cleonice-dias-entrevistada-300x300px.jpg | |||
|Alt=Cleonice Dias, mulher branca de cabelos curtos e grisalhos, sorrindo, vestindo uma blusa clara e sentada em frente a um painel colorido com o logotipo do Dicionário de Favelas Marielle Franco. | |||
| Nome = Cleonice Dias | |||
| Link = Cleonice_Dias_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Uma cidadã do mundo. Mãe, avó, Pedagoga, Professora e militante dos movimentos sociais. Seu curso de aperfeiçoamento, aprendizado e especialização foi feito na [[Cidade de Deus (favela)|Cidade de Deus]] (Rio de Janeiro). | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Cleonice Dias | |||
| BotaoLink = Cleonice_Dias_(Memória_Viva) | |||
| Video = 0Qf8uO4YaGY | |||
}} | |||
<!-- Claudia Rose --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Claudia-rosa--entrevistada-300x300px.jpg | |||
|Alt = Cláudia Rose, mulher negra de cabelos crespos e curtos, usando óculos, brincos longos e colar marrom, vestindo uma blusa branca e saia floral. Ela gesticula com as mãos em um espaço cultural decorado com painéis e tecidos coloridos. | |||
| Nome = Claudia Rose | |||
| Link = Cláudia_Rose_Ribeiro_da_Silva_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Nasceu em 06 de novembro de 1966, na Baixa do Sapateiro, uma das 17 comunidades que formam o [[Complexo da Maré|Conjunto de Favelas da Maré.]] Fez Licenciatura em História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Mestrado em Bens Culturais e Projetos Sociais no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas. É co-fundadora da ong [[Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré]] e participei da idealização do projeto do [[Museu da Maré]]. Em decorrência do trabalho desenvolvido no Museu, fui convidada para ser diretora do Núcleo de Museologia Social do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), no qual atuei durante dois anos. Atualmente, coordeno o Museu da Maré e sou professora de História do município do Rio de Janeiro, lecionando na escola Tenente General Napion, localizada na Maré. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Claudia Rose | |||
| BotaoLink = Cláudia_Rose_Ribeiro_da_Silva_(Memória_Viva) | |||
| Video = IHwbyH2LoiM | |||
}} | |||
<!-- Iara Oliveira e Carlos Oliveira --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Iara-carlos-entrevistada-300x300px.jpg | |||
|Alt = Iara e Carlos durante entrevista, sentados lado a lado. Carlos veste uma camisa branca com o logo "Eco Redes" e gesticula enquanto fala; Iara usa uma saia azul e uma blusa branca, segurando um caderno. Ao fundo, estante com livros e mesa com tecido laranja. | |||
| Nome = Iara Oliveira e Carlos Oliveira | |||
| Link = Iara_Oliveira_e_Carlos_Alberto_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Carlos e Iara são um casal, moradores da Cidade de Deus e cofundadores do Grupo Alfazendo. Referências comunitárias do território, Carlos e Iara trabalham com educação ambiental e desenvolvimento local. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Iara e Carlos | |||
| BotaoLink = Iara_Oliveira_e_Carlos_Alberto_(Memória_Viva) | |||
| Video = 2DKzhHplM1I | |||
}} | |||
<!-- Marcelo Dias --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Marcelo-dias-entrevistada-300x300px.jpg | |||
|Alt = Marcelo Dias, homem negro de barba grisalha, sorrindo, usando óculos e camisa amarela, com um painel colorido do Dicionário de Favelas Marielle Franco ao fundo. | |||
| Nome = Marcelo Dias | |||
| Link = Marcelo_Dias_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Marcelo Dias é advogado com pós-graduação em Direitos Humanos pela Cândido Mendes, membro da Frente Democrática da Advocacia e da Frente de Juristas Negras e Negros. É filiado ao IPCN (Instituto de Pesquisas das Culturas Negras) desde 1987, sendo membro do Conselho Diretor, e militante do [[Movimento Negro Unificado (MNU)|MNU (Movimento Negro Unificado)]]. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa do Marcelo Dias | |||
| BotaoLink = Marcelo_Dias_(Memória_Viva) | |||
| Video = 1kBDuXGNzuc | |||
}} | |||
<!-- Sonia Fleury --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Sonia-fleury--entrevistada-300x300px.jpg | |||
| Alt = Sonia Fleury, mulher branca de cabelos grisalhos e óculos, gesticulando enquanto fala, vestindo uma blusa verde, com um painel colorido do Dicionário de Favelas Marielle Franco ao fundo. | |||
| Nome = Sonia Fleury | |||
| Link = Sonia_Fleury_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Criadora e coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, wikifavelas.com.br. Iniciou sua carreira acadêmica no Setor de Psicologia Social da UFMG, sob a coordenação do Professor Célio Garcia, onde desenvolveu atividades de docência, pesquisa e análise institucional durante a década de 1970. Neste período participou de análises institucionais com Michel Foucault e Georges Lapassade (ver G. Lapassade. Les chevaux du diable. Une derive transversaliste. Universitaires, Paris. 1974). | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Sonia Fleury | |||
| BotaoLink = Sonia_Fleury_(Memória_Viva) | |||
| Video = 2sK0KMqR594 | |||
}} | |||
<!-- Juliana França --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Juliana-franca-entrevistada-300x300px.jpg | |||
| Alt = Juliana França, mulher negra com tranças e usando uma camiseta verde com a inscrição "MULHER NEGRA", em perfil, durante uma entrevista no espaço do Dicionário de Favelas Marielle Franco. Ao fundo, painéis coloridos com o logotipo do projeto. | |||
| Nome = Juliana França | |||
| Link = Juliana_França_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Cria de Japeri, na Baixada Fluminense. É mestre em filosofia pela UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), atriz e diretora, sendo Vice-Presidenta e Coordenadora Artística do Grupo Código, em Japeri. Participou da montagem “Inimigo do Povo (2009)”, com mais de 30 prêmios em festivais e elaborou a peça “Até onde vão suas raízes? (2021)”, sua primeira dramaturgia infanto-juvenil. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Juliana França | |||
| BotaoLink = Juliana_França_(Memória_Viva) | |||
| Video = pbuvjLHdgwo | |||
}} | |||
<!-- Jurema Batista --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Jurema-batista-entrevistada-300x300px.jpg | |||
| Alt=Jurema Batista, mulher negra com cabelo curto e colar de pérolas, em perfil, falando durante uma entrevista ao ar livre, com luz natural.|Jurema Batista, a primeira deputada estadual negra do Rio de Janeiro, fala sobre sua trajetória de luta pelos direitos da população negra e das comunidades periféricas em entrevista especial. | |||
| Nome = Jurema Batista | |||
| Link = Jurema_Batista_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Graduada em Letras pela Universidade Santa Úrsula e eleita a primeira deputada estadual negra do Rio de Janeiro em 2002. Nascida no Morro do Andaraí, no Rio, ajudou a fundar a Associação de Moradores do Morro do Andaraí, onde foi presidente e em 1992 foi eleita vereadora pela cidade do Rio de Janeiro. Teve uma vida de militância no movimento negro e foi indicada ao Premio Nobel da Paz em 2005. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Jurema Batista | |||
| BotaoLink = Jurema_Batista_(Memória_Viva) | |||
| Video = iT8W31dsWhA | |||
}} | |||
<!-- Mônica Francisco --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Monica-entrevistada-300x300px.jpg | |||
| Alt=Mônica Francisco, mulher negra com cabelo preso em coque alto e brincos vermelhos e azuis, sorrindo em um ambiente interno com portas de madeira ao fundo. | |||
| Nome = Mônica Francisco | |||
| Link = Mônica_Francisco_(Memória_Viva) | |||
| Descricao = Cientista social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e cria do [[Morro do Borel (memórias)|Morro do Borel,]] no Rio de Janeiro, possui mais de 30 anos de atuação nos movimentos populares de favela e foi eleita deputada estadual em 2018. Com a vida forjada na luta e na fé, tem a trajetória construída no sobe e desce dos becos da favela, entre o trabalho como doméstica ou operária, os estudos, a família, a militância e a igreja, onde vive uma fé que se manifesta em defesa dos mais pobres e vulneráveis. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Mônica Francisco | |||
| BotaoLink = Mônica_Francisco_(Memória_Viva) | |||
| Video = sJDfHIQZzpY | |||
}} | |||
<!-- Benedita da Silva --> | |||
{{CardEntrevistados | |||
| Imagem = Benedita-300x300px.jpg | |||
| Alt=Benedita da Silva, mulher negra de cabelo cacheado curto, vestindo blazer vinho e colar de pérolas, com uma expressão séria, posando em um ambiente interno com fundo desfocado. Crédito da foto: Gustavo Bezerra | |||
| Nome = Benedita da Silva | |||
| Link = Benedita_da_Silva | |||
| Descricao = Primeira senadora negra do Brasil, também sendo ativista política do Movimento Negro e assumidamente feminista, Benedita Sousa da Silva nasceu no dia 26 de abril de 1942, no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro. | |||
| BotaoTexto = Entrevista completa da Benedita da Silva | |||
| BotaoLink = Benedita_da_Silva | |||
| Video = VmvQnscEgJc | |||
}} | |||
</div> | |||
=== | ==Locações== | ||
Os encontros para as filmagens deram-se em locais diversos. Complexo do Alemão, Maré, Santa Marta e no espaço Cleonice Dias (Prédio Sede do Campus Maré, antigo Prédio da Expansão) FIOCRUZ | Manguinhos, sala do Dicionário de Favelas Marielle Franco. | |||
As gravações foram realizadas em diferentes locações, com apoio da equipe da VideoSaúde Distribuidora da Fundação Oswaldo Cruz<ref>[https://www.icict.fiocruz.br/content/videosaude-distribuidora-da-fiocruz-1/ Vídeo Saúde]</ref>, e o projeto se inspira em alguns projetos que já trabalharam o registro de memórias, como o "A favela fala" CPDOC/FGV (O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)<ref>[https://cpdoc.fgv.br/sobre Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)]</ref> , o "Espelho" (Canal Brasil), o "Conexões Urbanas" (Multishow), a série "Memórias" (Bom Dia Rio) e o programa [[Papo na Laje (programa)|Papo na Laje]] (TVC Rio). | |||
{{Clear}} | |||
== | == Entrevista para o Canal Saúde == | ||
[[ | O Canal Saúde, celebrando o aniversário de cinco anos do Dicionário de Favelas Marielle Franco, convida: Palloma Menezes, Itamar Silva, Cleonice Dias e Sonia Fleury para uma entrevista sobre o projeto [[Memória Viva]] em sua [[Sala de convidados - Memória Viva|sala de convidados]].{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=z1Qs1N4KLAI}} | ||
==Equipe de produção== | |||
<div class="container"> | |||
<div class="row"> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Monica-francisco-300x300.jpg | |||
| Alt = Foto em preto e branco de Mônica Francisco segurando um microfone, usando uma camiseta com os dizeres "Minha favela, minha história também". Ao fundo, uma ilustração de uma folha em roxo sobre um fundo laranja. | |||
| Nome = Mônica Francisco | |||
| Função = Apresentadora | |||
}} | |||
<!-- Palloma Menezes --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Palloma-300x300.jpg | |||
| Alt = Foto de Palloma Menezes em preto e branco, sorrindo, com um fundo laranja e elementos decorativos que incluem uma carta manuscrita e uma foto antiga de três mulheres e uma criança. | |||
| Nome = Palloma Menezes | |||
| Função = Coordenadora | |||
}} | |||
<!-- Arthur William --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Arthur-300x300.jpg | |||
| Alt = Foto em preto e branco de Arthur William, com óculos, olhando atentamente para o lado. Ao fundo, um microfone e a ilustração de uma pipa estão sobre um fundo laranja. | |||
| Nome = Arthur William | |||
| Função = Direção e Gravação (Podcast) | |||
}} | |||
<!-- Paulo Lara --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Paulo-300x300.jpg | |||
| Alt = Foto em preto e branco de Paulo Lara, sorrindo, com uma câmera de vídeo ao fundo e uma película de filme na parte inferior. O fundo é laranja. | |||
| Nome = Paulo Lara | |||
| Função = Direção e Gravação (Vídeo) | |||
}} | |||
<!-- Gabriel Nunes Nobre --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Gabriel-300x300.jpg | |||
| Alt=Foto em preto e branco de Gabriel Nunes gesticulando enquanto fala. Ao fundo, recortes de jornais e textos sobrepostos, com um fundo laranja. | |||
| Nome = Gabriel Nunes | |||
| Função = Pesquisa e Roteiro | |||
}} | |||
<!-- Norma Miranda --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Norma-300x300.jpg | |||
| Alt = Foto em preto e branco de Norma Lacerda, de cabelos cacheados, olhando para a câmera. Ao fundo, um recorte de texto sobre um fundo laranja. | |||
| Nome = Norma Miranda | |||
| Função = Pesquisa e Roteiro | |||
}} | |||
<!-- Larissa Moura --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Larissa-300x300.jpg | |||
|Alt=Foto em preto e branco de Larissa, com cabelos volumosos e expressão confiante. Ao fundo, recortes de texto manuscrito e uma foto em estilo vintage de uma família sobre um fundo laranja.|<nowiki>Larissa, pesquisadora e comunicadora, conectando histórias pessoais e coletivas com foco na memória afetiva e na valorização das narrativas periféricas.]]</nowiki> | |||
| Nome = Larissa Moura | |||
| Função = Assistência de Comunicação | |||
}} | |||
<!--Thays Coutinho --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Thays-300x300.jpg | |||
| Alt = =Foto em preto e branco de Thays Rodrigues, com o cabelo preso e expressão séria. Ao fundo, uma pipa ilustrada em roxo e recortes de jornais sobre um fundo laranja. | |||
| Nome = Thays Coutinho | |||
| Função = Identidade Visual | |||
}} | |||
<!-- Gislaine Lima --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Gislaine-300x300.jpg | |||
| Alt = Foto em preto e branco de Gislaine, com cabelos ondulados e expressão serena. Ao fundo, uma ilustração de uma televisão antiga e um recorte de imagem texturizada sobre um fundo laranja.|<nowiki>Gislaine, produtora e comunicadora, destacando-se no registro audiovisual e na construção de histórias periféricas, conectando memória e mídia.]]</nowiki> | |||
| Nome = Gislaine Lima | |||
| Função = Edição de Vídeo | |||
}} | |||
<!-- Vídeo Saúde --> | |||
{{CardPerfil | |||
| Imagem = Marca-video-saúde-300x300px.jpg | |||
| Alt = Logo da VídeoSaúde, distribuidora da Fiocruz, com ícones coloridos representando telas de vídeo sobre fundo laranja. Texto abaixo: "VídeoSaúde, Distribuidora da Fiocruz". | |||
| Nome = Vídeo Saúde | |||
| Função = Produção e distribuição | |||
}} | |||
</div> | |||
</div> | |||
== Bastidores == | |||
Os bastidores refletem o sentimento e a perspectiva de cada integrante que colaborou com o processo de elaboração do projeto. Gostaríamos de dar destaque à algumas falas relacionadas à experiência vivida no decorrer do Memória Viva: | |||
'''Monica Francisco''' | |||
''' | |||
Memória Viva é um instrumento importante de garantia da manutenção e visibilidade do legado de lideranças que são referência nas lutas que encabeçam no seus territórios e também uma forma de possibilitar ainda mais que a academia utilize como ferramenta as entrevistas realizadas e as transforme em produção de conhecimento, possibilitando que as futuras gerações de pesquisadores e pesquisadoras compreendam a importância de respeitar os saberes locais e sua capacidade de elucidar uma série de questões importantes para toda sociedade. <blockquote>Participar do Memória Viva foi uma das mais emocionantes experiências nesse último período tendo em vista toda a minha história de trabalho com memória de favelas. Fiquei muito feliz de ter sido convidada pela coordenação do projeto para compor a equipe como e entrevistadora, ter essa honra e essa experiência tão importante pra minha vida profissional e militante.</blockquote>O projeto me fez perceber o quanto as lideranças estão tão envolvidas com a luta coletiva que vão anulando a sua individualidade, e isso me fez refletir sobre minha própria jornada , o quanto os sonhos pessoas vão quase desaparecendo e se mesclando aos sonhos para a coletividade e o território. Me fez ver a grandiosidade e a generosidade dessas lideranças e o quanto elas precisam e merecem ser visibilizaras e reverenciadas. E mais ainda, o quanto esse projeto me fez ver a importância da luta coletiva. Todos os momentos foram marcantes, mas ouvir de um entrevistado toda narrativa e perceber que ser criança para ele não existiu. | |||
De diferente , entrevistas em lugares de memória especiais para os entrevistados (as) de surpresa( na medida do possível é claro) por exemplo, um lugar onde ele ou ela esteve quando criança ou morou, enfim, e nunca mais foi, ou trazer alguém que essa pessoa teve de muita importância e não vê há muito tempo e que tenha construído algo junto na sua trajetória. | |||
'''Gislaine Lima''' | |||
O Memória Viva é um espaço de compartilhamento de histórias de vida e como os entrevistados se constituíram em suas lutas. O mais interessante foi ouvir como a educação e a cultura são citadas em todos os relatos como um dos melhores caminhos para a transformação e construção do vínculo com o território. <blockquote>O projeto trouxe outras perspectivas para fatos que eu só conhecia através do relato da grande mídia, como por exemplo a resiliência de Jurema Batista e sua risada contagiante. </blockquote>Se fosse possível, na próxima temporada do Memória Viva, faria todas as entrevistas em ambiente controlado para manter um padrão entre elas. | |||
'''Norma Miranda''' | |||
Memória Viva foi uma experiência que funcionou muito mais que documentar história. O projeto teve a honra de acessar lutas, emoções, afetos e diversos sentimentos profundos, por meio da fala dos entrevistados. Sentimentos que quando foram partilhados, foram revelando o tamanho da resiliência favelada na sua capacidade de se reinventar ao fazer uso da solidariedade e do amor ao seu próximo. <blockquote>A narrativa do cotidiano de como era a favela antes e agora, foi tecendo uma teia que conecta comportamentos que são percebidos facilmente na vida de moradores favelados de qualquer região do Estado. </blockquote>O projeto tem a força de inserir a vida de quem assiste naquela realidade. Uma espécie de imersão e passeio por realidades diversas, que se fizeram presentes enquanto memória na fala dos entrevistados. A incrível capacidade de amar, se organizar, lutar e não desistir foi algo encontrado na fala de todos os entrevistados. Sem dúvida inspirador. | |||
'''Gabriel Nunes''' | |||
O Memória Viva é uma viagem no tempo: passado, presente e futuro. É bate papo amistoso, de chegado pra chegado, de cria pra cria! É revisitar as memórias do que foi, analisar o que está acontecendo e sonhar o futuro vindouro. Trajetórias, lutas, encontros...o individual no coletivo e o coletivo no individual, tudo junto e misturado! <blockquote>Foi gostoso adentrar a territórios alheios, sejam eles geográficos ou o território-vida do outro. Acompanhar essa viagem de rememoração, como um tripulante privilegiado por escutar a narrativa do outro sobre si mesmo e os seus. Afinal de contas, quem não gosta de ouvir uma boa história?</blockquote>Fui afetado por cada história que eu ouvi, pela emoção do choro, pelo riso ao lembrar do passado...ou seja, a afetação do outro me afetava também. É sempre precioso ter permissão de entrar na intimidade alheia, dividindo um pouquinho o que cada um traz consigo no peito, no corpo e na memória! | |||
O momento mais marcante foi poder ouvir um pouco da história da comunidade que eu nasci, o Morro do Andaraí, pela boca de uma de suas lideranças histórias, a Jurema Batista. Ouvi-la cantando os sambas da Flor da Mina, nossa escola de samba, foi uma grata surpresa! | |||
Para a próxima temporada do Memória Viva traria dois entrevistados para trocar diálogos e reflexões, seria interessante! Incluindo pessoas de gerações diferentes, botando os mais velhos para dialogarem com os mais jovens. | |||
'''Paulo Lara''' | |||
O Memória Viva é um projeto fundamental que entrelaça politicamente a fala e a história das pessoas aos movimentos sociais e às diferentes formas de luta em cada tempo e lugar. Foi muito emocionante poder registrar depoimentos de pessoas tão importantes para a vida da cidade e do país. <blockquote>Foi escutando as diferentes experiências e perspectivas de vida, que aprendi muito sobre a nossa história coletiva e sobre a minha própria trajetória pessoal. </blockquote>Todas as entrevistas que eu pude participar foram muito especiais! Na próxima temporada, teremos mais tempo, mais recursos, mais gente boa trabalhando junto e, ao final, haverá a reunião de todos os entrevistados, para uma boa conversa e uma ótima comemoração! | |||
'''Momentos da gravação''' | |||
<gallery mode="packed" heights="250" perrow="2" caption="Fotos dos bastidores do projeto Memória Viva. Imagens do acervo do Dicionário de Favelas Marielle Franco"> | |||
Arquivo:Bastidores do memória viva - Claudia Rose.png|Bastidores do Memória Viva - Claudia Rose e Monica Francisco. | |||
Arquivo:Bastidores do memória viva - Juliana França e Monica.png|Bastidores do Memória Viva - Juliana França e Monica Francisco. | |||
Arquivo:Bastidores do memória viva - Jurema Batista.png|Bastidores do Memória Viva - Jurema Batista. | |||
Arquivo:Bastidores - Palloma Menezes.png|Palloma Menezes (Coordenadora do projeto). | |||
Arquivo:Bastidores - Paulo Lara.png|Paulo Lara. | |||
Arquivo:Bastidores - Sonia Fleury e Cleonice Dias.png|Sonia Fleury e Cleonice Dias. | |||
Arquivo:Monica Francisco - Bastidores.png|Monica Francisco. | |||
</gallery> | |||
== | ==Parcerias== | ||
<gallery mode="packed" heights="250" perrow="2" caption=""> | |||
Arquivo:Marca-canal-saúde.jpg|Canal Saúde|link=https://portal.fiocruz.br/canal-saude | |||
Arquivo:Marca-video-saúde-300x300px.jpg|VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz|link=https://videosaude.icict.fiocruz.br | |||
Arquivo:Marca 146x Favela.jpg|[[146x Favelas]] - Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro | |||
</gallery> | |||
* [[Favela tem memória]] | ==Ver também== | ||
* [[Coletivo Fotografia Periferia e Memória]] | *[[Favela tem memória]] | ||
* [[Direito à memória nas favelas em tempos pandêmicos (live)]] | *[[Coletivo Fotografia Periferia e Memória]] | ||
* [[Memória e identidade dos moradores de Nova Holanda (livro)]] | *[[Direito à memória nas favelas em tempos pandêmicos (live)]] | ||
[[Categoria:Temática - | *[[Memória e identidade dos moradores de Nova Holanda (livro)]] | ||
[[Categoria: | <references /> | ||
[[Categoria: | [[Categoria:Temática - Associativismo e Movimentos Sociais]] | ||
[[Categoria:Temática - Cultura]] | |||
[[Categoria:Memória Viva]] | |||
[[Categoria:Depoimentos]] | |||
[[Categoria:Entrevistas]] | [[Categoria:Entrevistas]] | ||
[[Categoria:Lideranças]] | [[Categoria:Lideranças]] | ||
[[Categoria:Rio de Janeiro]] | [[Categoria:Rio de Janeiro]] |
Edição atual tal como às 13h41min de 17 de dezembro de 2024
Memória Viva é um projeto que reúne entrevistas com lideranças comunitárias de vários territórios da cidade do Rio de Janeiro, produzida pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Apresentação[editar | editar código-fonte]
Memória Viva é apresentado por Mônica Francisco, liderança histórica do Morro do Borel, cientista social, ex-assessora de Marielle Franco e ex-deputada estadual do Rio do Janeiro.
A cada episódio, há um bate papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas.
Formato e referências[editar | editar código-fonte]
O Memória Viva apresenta um formato onde a apresentadora conversa com a pessoa entrevistada na sua favela de atuação e outros espaços. A pessoa entrevistada leva itens que ajudam a debater o passado, o presente e o futuro das favelas.
Foram referência para a elaboração do Memória Viva, projetos como "A favela fala" (CPDOC/FGV), "Espelho" (Canal Brasil), "Conexões Urbanas" (Multishow), Série "Memórias" (Bom dia Rio) e "Papo na Laje" (TVC Rio).
As entrevistas[editar | editar código-fonte]
Itamar Silva
Itamar Silva é nascido e criado na Favela Santa Marta (localizado na Zona Sul do município do Rio de Janeiro), onde, desde a década de 1980, atua como líder comunitário.
Alan Brum
Alan Brum é Sociólogo e morador do Complexo de Favelas do Alemão. Atualmente é Doutorando em Planejamento Urbano e Regional IPPUR/UFRJ. e coordenador do CEPEDOCA (Centro de Pesquisa, Documentação e Memórias do CPX) e Projeto Memória Viva. É cofundador e Diretor Presidente do Instituto Raízes em Movimento.
Sr Beserra de Araújo
Natural de Venturosa, nasceu na Fazenda Pau Ferro no sertão de Pernambuco, onde trabalhou até 17 anos como lavrador de terra. Filho de lavrador de terras dos outros, morador de Manguinhos.
Cleonice Dias
Uma cidadã do mundo. Mãe, avó, Pedagoga, Professora e militante dos movimentos sociais. Seu curso de aperfeiçoamento, aprendizado e especialização foi feito na Cidade de Deus (Rio de Janeiro).
Claudia Rose
Nasceu em 06 de novembro de 1966, na Baixa do Sapateiro, uma das 17 comunidades que formam o Conjunto de Favelas da Maré. Fez Licenciatura em História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Mestrado em Bens Culturais e Projetos Sociais no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas. É co-fundadora da ong Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré e participei da idealização do projeto do Museu da Maré. Em decorrência do trabalho desenvolvido no Museu, fui convidada para ser diretora do Núcleo de Museologia Social do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), no qual atuei durante dois anos. Atualmente, coordeno o Museu da Maré e sou professora de História do município do Rio de Janeiro, lecionando na escola Tenente General Napion, localizada na Maré.
Iara Oliveira e Carlos Oliveira
Carlos e Iara são um casal, moradores da Cidade de Deus e cofundadores do Grupo Alfazendo. Referências comunitárias do território, Carlos e Iara trabalham com educação ambiental e desenvolvimento local.
Marcelo Dias
Marcelo Dias é advogado com pós-graduação em Direitos Humanos pela Cândido Mendes, membro da Frente Democrática da Advocacia e da Frente de Juristas Negras e Negros. É filiado ao IPCN (Instituto de Pesquisas das Culturas Negras) desde 1987, sendo membro do Conselho Diretor, e militante do MNU (Movimento Negro Unificado).
Sonia Fleury
Criadora e coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, wikifavelas.com.br. Iniciou sua carreira acadêmica no Setor de Psicologia Social da UFMG, sob a coordenação do Professor Célio Garcia, onde desenvolveu atividades de docência, pesquisa e análise institucional durante a década de 1970. Neste período participou de análises institucionais com Michel Foucault e Georges Lapassade (ver G. Lapassade. Les chevaux du diable. Une derive transversaliste. Universitaires, Paris. 1974).
Juliana França
Cria de Japeri, na Baixada Fluminense. É mestre em filosofia pela UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), atriz e diretora, sendo Vice-Presidenta e Coordenadora Artística do Grupo Código, em Japeri. Participou da montagem “Inimigo do Povo (2009)”, com mais de 30 prêmios em festivais e elaborou a peça “Até onde vão suas raízes? (2021)”, sua primeira dramaturgia infanto-juvenil.
Jurema Batista
Graduada em Letras pela Universidade Santa Úrsula e eleita a primeira deputada estadual negra do Rio de Janeiro em 2002. Nascida no Morro do Andaraí, no Rio, ajudou a fundar a Associação de Moradores do Morro do Andaraí, onde foi presidente e em 1992 foi eleita vereadora pela cidade do Rio de Janeiro. Teve uma vida de militância no movimento negro e foi indicada ao Premio Nobel da Paz em 2005.
Mônica Francisco
Cientista social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e cria do Morro do Borel, no Rio de Janeiro, possui mais de 30 anos de atuação nos movimentos populares de favela e foi eleita deputada estadual em 2018. Com a vida forjada na luta e na fé, tem a trajetória construída no sobe e desce dos becos da favela, entre o trabalho como doméstica ou operária, os estudos, a família, a militância e a igreja, onde vive uma fé que se manifesta em defesa dos mais pobres e vulneráveis.
Benedita da Silva
Primeira senadora negra do Brasil, também sendo ativista política do Movimento Negro e assumidamente feminista, Benedita Sousa da Silva nasceu no dia 26 de abril de 1942, no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro.
Locações[editar | editar código-fonte]
Os encontros para as filmagens deram-se em locais diversos. Complexo do Alemão, Maré, Santa Marta e no espaço Cleonice Dias (Prédio Sede do Campus Maré, antigo Prédio da Expansão) FIOCRUZ | Manguinhos, sala do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
As gravações foram realizadas em diferentes locações, com apoio da equipe da VideoSaúde Distribuidora da Fundação Oswaldo Cruz[1], e o projeto se inspira em alguns projetos que já trabalharam o registro de memórias, como o "A favela fala" CPDOC/FGV (O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)[2] , o "Espelho" (Canal Brasil), o "Conexões Urbanas" (Multishow), a série "Memórias" (Bom Dia Rio) e o programa Papo na Laje (TVC Rio).
Entrevista para o Canal Saúde[editar | editar código-fonte]
O Canal Saúde, celebrando o aniversário de cinco anos do Dicionário de Favelas Marielle Franco, convida: Palloma Menezes, Itamar Silva, Cleonice Dias e Sonia Fleury para uma entrevista sobre o projeto Memória Viva em sua sala de convidados.
Equipe de produção[editar | editar código-fonte]
Bastidores[editar | editar código-fonte]
Os bastidores refletem o sentimento e a perspectiva de cada integrante que colaborou com o processo de elaboração do projeto. Gostaríamos de dar destaque à algumas falas relacionadas à experiência vivida no decorrer do Memória Viva:
Monica Francisco
Memória Viva é um instrumento importante de garantia da manutenção e visibilidade do legado de lideranças que são referência nas lutas que encabeçam no seus territórios e também uma forma de possibilitar ainda mais que a academia utilize como ferramenta as entrevistas realizadas e as transforme em produção de conhecimento, possibilitando que as futuras gerações de pesquisadores e pesquisadoras compreendam a importância de respeitar os saberes locais e sua capacidade de elucidar uma série de questões importantes para toda sociedade.
Participar do Memória Viva foi uma das mais emocionantes experiências nesse último período tendo em vista toda a minha história de trabalho com memória de favelas. Fiquei muito feliz de ter sido convidada pela coordenação do projeto para compor a equipe como e entrevistadora, ter essa honra e essa experiência tão importante pra minha vida profissional e militante.
O projeto me fez perceber o quanto as lideranças estão tão envolvidas com a luta coletiva que vão anulando a sua individualidade, e isso me fez refletir sobre minha própria jornada , o quanto os sonhos pessoas vão quase desaparecendo e se mesclando aos sonhos para a coletividade e o território. Me fez ver a grandiosidade e a generosidade dessas lideranças e o quanto elas precisam e merecem ser visibilizaras e reverenciadas. E mais ainda, o quanto esse projeto me fez ver a importância da luta coletiva. Todos os momentos foram marcantes, mas ouvir de um entrevistado toda narrativa e perceber que ser criança para ele não existiu.
De diferente , entrevistas em lugares de memória especiais para os entrevistados (as) de surpresa( na medida do possível é claro) por exemplo, um lugar onde ele ou ela esteve quando criança ou morou, enfim, e nunca mais foi, ou trazer alguém que essa pessoa teve de muita importância e não vê há muito tempo e que tenha construído algo junto na sua trajetória.
Gislaine Lima
O Memória Viva é um espaço de compartilhamento de histórias de vida e como os entrevistados se constituíram em suas lutas. O mais interessante foi ouvir como a educação e a cultura são citadas em todos os relatos como um dos melhores caminhos para a transformação e construção do vínculo com o território.
O projeto trouxe outras perspectivas para fatos que eu só conhecia através do relato da grande mídia, como por exemplo a resiliência de Jurema Batista e sua risada contagiante.
Se fosse possível, na próxima temporada do Memória Viva, faria todas as entrevistas em ambiente controlado para manter um padrão entre elas.
Norma Miranda
Memória Viva foi uma experiência que funcionou muito mais que documentar história. O projeto teve a honra de acessar lutas, emoções, afetos e diversos sentimentos profundos, por meio da fala dos entrevistados. Sentimentos que quando foram partilhados, foram revelando o tamanho da resiliência favelada na sua capacidade de se reinventar ao fazer uso da solidariedade e do amor ao seu próximo.
A narrativa do cotidiano de como era a favela antes e agora, foi tecendo uma teia que conecta comportamentos que são percebidos facilmente na vida de moradores favelados de qualquer região do Estado.
O projeto tem a força de inserir a vida de quem assiste naquela realidade. Uma espécie de imersão e passeio por realidades diversas, que se fizeram presentes enquanto memória na fala dos entrevistados. A incrível capacidade de amar, se organizar, lutar e não desistir foi algo encontrado na fala de todos os entrevistados. Sem dúvida inspirador.
Gabriel Nunes
O Memória Viva é uma viagem no tempo: passado, presente e futuro. É bate papo amistoso, de chegado pra chegado, de cria pra cria! É revisitar as memórias do que foi, analisar o que está acontecendo e sonhar o futuro vindouro. Trajetórias, lutas, encontros...o individual no coletivo e o coletivo no individual, tudo junto e misturado!
Foi gostoso adentrar a territórios alheios, sejam eles geográficos ou o território-vida do outro. Acompanhar essa viagem de rememoração, como um tripulante privilegiado por escutar a narrativa do outro sobre si mesmo e os seus. Afinal de contas, quem não gosta de ouvir uma boa história?
Fui afetado por cada história que eu ouvi, pela emoção do choro, pelo riso ao lembrar do passado...ou seja, a afetação do outro me afetava também. É sempre precioso ter permissão de entrar na intimidade alheia, dividindo um pouquinho o que cada um traz consigo no peito, no corpo e na memória!
O momento mais marcante foi poder ouvir um pouco da história da comunidade que eu nasci, o Morro do Andaraí, pela boca de uma de suas lideranças histórias, a Jurema Batista. Ouvi-la cantando os sambas da Flor da Mina, nossa escola de samba, foi uma grata surpresa!
Para a próxima temporada do Memória Viva traria dois entrevistados para trocar diálogos e reflexões, seria interessante! Incluindo pessoas de gerações diferentes, botando os mais velhos para dialogarem com os mais jovens.
Paulo Lara
O Memória Viva é um projeto fundamental que entrelaça politicamente a fala e a história das pessoas aos movimentos sociais e às diferentes formas de luta em cada tempo e lugar. Foi muito emocionante poder registrar depoimentos de pessoas tão importantes para a vida da cidade e do país.
Foi escutando as diferentes experiências e perspectivas de vida, que aprendi muito sobre a nossa história coletiva e sobre a minha própria trajetória pessoal.
Todas as entrevistas que eu pude participar foram muito especiais! Na próxima temporada, teremos mais tempo, mais recursos, mais gente boa trabalhando junto e, ao final, haverá a reunião de todos os entrevistados, para uma boa conversa e uma ótima comemoração!
Momentos da gravação
Parcerias[editar | editar código-fonte]
146x Favelas - Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro