Raízes Cuidadas - Jovens Fortalecidos: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Raízes Cuidadas: Jovens fortalecidos é uma ideia de projeto, no campo da psicologia social, voltada para dar suporte psicológico a jovens que vivem em regiões periféricas ou faveladas, reconhecendo dores e sofrimentos, assim como oferecendo possibilidades de escuta e tratamento.

Autoria: Jacimara Marques

Introdução[editar | editar código-fonte]

Eu me chamo Jacimara Marques e tenho muitas ambições na minha trajetória. Uma delas é criar estratégias voltadas primeiramente para a juventude do Rio de Janeiro, pois, nessa época da vida, tive muitos atravessamentos importantes e pouco auxílio para lidar com tais problemáticas. A partir do final da minha graduação em Psicologia, fui sentindo a necessidade de olhar para o meu lugar, para as minhas raízes e o que faltou para que eu pudesse crescer com um olhar mais sensitivo. Foi partindo desse sentimento que idealizei o projeto, que fui sonhando em silêncio em como isso poderia ser transformador e fortalecedor para as raízes de muitos jovens, que, assim como eu, não tem tanto amparo para lidar com tantos questionamentos que surgem nessa idade.

Projeto[editar | editar código-fonte]

O meu projeto 'Raízes Cuidadas: Jovens fortalecidos' tem a principal intenção de cuidar da saúde mental por completo, desde a raiz, trazendo assuntos nunca falados, a exemplo dos que só quem foi jovem sem muita orientação sabe, assuntos que causam ansiedade, que encaminham para uma possível depressão. Esses assuntos que, em famílias de comunidade, favela, periferia nunca se pode ser falado, pois é visto como frescura ou como algo sem importância alguma, pela falta de conhecimento que aquele espaço carrega.

Eu me vi muito capaz de fazer esse projeto acontecer, pois trago em mim o conhecimento para lidar com esses episódios e tenho a legitimidade de ser uma mulher, negra, criada em comunidade a vida toda, cheia de traumas sendo curados, cheio de feridas que hoje estão cicatrizadas para entender as dores dos meus sucessores, do futuro dessa sociedade.

Minha missão, como psicóloga social, é prevenir todo esse processo doloroso que eu já pude testemunhar e que, estando por perto dessa população, vejo que ainda é recorrente. Falo das fases de ansiedade e de "não poder" sentir tal dor, por ser algo visto como "bobeira" ou que não havia tempo para estar em determinada situação. Estar trabalhando em prol da melhoria de viver dos meus sucessores me faz brilhar os olhos, ter alegria em cuidar do que não foi cuidado em mim e que se transformou em traumas tratados e feridas profundas cicatrizadas.

Metodologia[editar | editar código-fonte]

Serão feitos encontros semanalmente, com formato de roda de conversa, para abordar assuntos diários e de rotina que jovens vivenciam para que eles não se sintam sós em seus processos de vida. Pretendo usar a metodologia dos processos grupais, que tem a intenção de aproximar histórias e tornar o ambiente mais seguro para a abordagem de sentimentos que trazem desconfortos e ansiedades, tornando o método de reconhecimento de histórias um abrigo para diminuir a sensação de se sentir sozinho.

Ver também[editar | editar código-fonte]