Transmasculinidades Negras na Arte: mudanças entre as edições
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Edição atual tal como às 21h54min de 29 de setembro de 2024
Transmasculinidades Negras na Arte é uma proposta de pesquisa voltada para a produção de vida e de arte de pessoas transmasculinas negras a partir da memória e do resgate ancestral e artístico.
Autoria: Tomás Araújo
TRANS-ATLÂNTICO: Corpos dissidentes também produzem arte e memória na periferia
Sobre[editar | editar código-fonte]
A proposta da pesquisa que aqui apresento como texto tem a propósito de ferir o silêncio imposto aos corpos trans pretos pela colonialidade. Este trabalho se debruçou sobre a produção de vida e de arte de pessoas transmasculinas negras a partir da memória e do resgate ancestral e artístico. A escolha central deste trabalho é potencializar a vida e as vivências de pessoas transmasculinas negras. Por isso parto da escolha epistemológica da interseccionalidade e escrevivência aqui utilizada, como ferramenta potencializadora do resgate das vozes, vidas e produções artísticas transmasculinas negras.
O trabalho está em encruzilhada: as relações entre raça, classe, gênero e os movimentos dessas categorias se encontram nesse entrecruzamento das dinâmicas sociais e suas experiências. Nesse sentido as transmasculinidades negras estão na contramão dos parâmetros desta ótica eurocêntrica patriarcal da dominação masculina de gênero.
O debate aqui feito sobre as transmasculinidades negras está cruzado com o combate ao racismo e a transfobia, que diariamente executa a possibilidade da produção de existência de pessoas trans pretas. Para tanto, analiso e intensifico a produção de vivência e de artes que rompem com a morte e com o modelo imposto pela branquitude e a cisnormatividade. Desta maneira, busquei difundir narrativas transmasculinas negras e produzir memória de ancestralidade e vida, potencializando narrativas invisibilizadas.