Cria da favela (livro): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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O livro “[https://www.amazon.com.br/Cria-favela-Resist%C3%AAncia-militariza%C3%A7%C3%A3o-vida/dp/6557170317/ref=tmm_pap_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=1689440570&sr=8-1 Cria da Favela]", escrito pela jornalista e moradora da Maré, Renata Souza é fruto da sua tese de doutorado, defendida em 2017 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e aborda as estratégias de sobrevivência da população diante da militarização da vida no [[Complexo da Maré|conjunto de favelas da Maré.]]
  Autoria: Renata Souza.
  Autoria: Renata Souza.
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O livro “[https://www.amazon.com.br/Cria-favela-Resist%C3%AAncia-militariza%C3%A7%C3%A3o-vida/dp/6557170317/ref=tmm_pap_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=1689440570&sr=8-1 Cria da Favela]", escrito pela jornalista e moradora da Maré, Renata Souza é fruto da sua tese de doutorado, defendida em 2017 pela UFRJ, e fala das estratégias de sobrevivência da população à militarização da vida na favela da Maré.


== Sinopse ==
== Sinopse ==
Partindo do contexto da instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nas favelas do Rio de Janeiro para “salvaguardar” a segurança da cidade durante megaeventos esportivos (como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016), Renata Souza acompanha a experiência cotidiana na favela da Maré e demonstra como a política de “pacificação” desconhece a dinâmica comunitária da favela.
Partindo do contexto da instalação de [[UPP: a falência de um programa para mudar a polícia|UPP]]<nowiki/>s (Unidades de Polícia Pacificadora) nas favelas do Rio de Janeiro para “salvaguardar” a segurança da cidade durante [[Entre Luzes e Sombras: o Rio de Janeiro dos Megaeventos e a militarização da vida na cidade (resenha)|megaeventos]] esportivos (como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016), Renata Souza acompanha a experiência cotidiana na favela da Maré e demonstra como a [[Favela é Cidade (vídeo do seminário)|política de “pacificação”]] desconhece a dinâmica comunitária da favela.


A partir da hipótese de um espírito comunitário na Maré, a autora investiga iniciativas independentes de comunicação e cultura dos jovens mareenses (de que são exemplos o jornal O Cidadão, a página virtual Maré Vive, o aplicativo Nós Por Nós, o bloco Se Benze Que Dá, o Sarau da Roça e a feira de trocas Maré 0800), além de suas vivências pessoais como cria da favela, para mostrar uma juventude que resiste culturalmente para existir socialmente.
A partir da hipótese de um espírito comunitário na Maré, a autora investiga [[Experiências em Comunicação Popular no Rio de Janeiro ontem e hoje (livro)|iniciativas independentes de comunicação]] e cultura dos jovens mareenses (de que são exemplos o jornal O Cidadão, a página virtual [[Maré Vive]], o aplicativo [[Nós Por Nós - Por Mais Direitos e Menos Desigualdade Social|Nós Por Nós]], o [[Carnaval de rua na Maré|bloco Se Benze Que Dá]], o Sarau da Roça e a feira de trocas Maré 0800), além de suas vivências pessoais como cria da favela, para mostrar uma juventude que resiste culturalmente para existir socialmente.


A obra, publicada pela primeira vez em 2018, é uma adaptação da tese de doutorado da autora sobre a resistência da juventude negra à militarização da vida. O livro traz ainda um conjunto de textos escritos em homenagem a Marielle Franco, com quem a autora trabalhou e conviveu por cerca de vinte anos, sendo inclusive chefe de seu gabinete na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, até sua execução sumária, em março de 2018.
A obra, publicada pela primeira vez em 2018, é uma adaptação da tese de doutorado da autora sobre a resistência da juventude negra à militarização da vida. O livro traz ainda um conjunto de textos escritos em homenagem a Marielle Franco, com quem a autora trabalhou e conviveu por cerca de vinte anos, sendo inclusive chefe de seu gabinete na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, até sua execução sumária, em março de 2018.
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[[Categoria:Maré]]
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Edição atual tal como às 20h53min de 15 de setembro de 2023

O livro “Cria da Favela", escrito pela jornalista e moradora da Maré, Renata Souza é fruto da sua tese de doutorado, defendida em 2017 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e aborda as estratégias de sobrevivência da população diante da militarização da vida no conjunto de favelas da Maré.

Autoria: Renata Souza.
Autora no lançamento do livro.
Autora no lançamento do livro.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Partindo do contexto da instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nas favelas do Rio de Janeiro para “salvaguardar” a segurança da cidade durante megaeventos esportivos (como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016), Renata Souza acompanha a experiência cotidiana na favela da Maré e demonstra como a política de “pacificação” desconhece a dinâmica comunitária da favela.

A partir da hipótese de um espírito comunitário na Maré, a autora investiga iniciativas independentes de comunicação e cultura dos jovens mareenses (de que são exemplos o jornal O Cidadão, a página virtual Maré Vive, o aplicativo Nós Por Nós, o bloco Se Benze Que Dá, o Sarau da Roça e a feira de trocas Maré 0800), além de suas vivências pessoais como cria da favela, para mostrar uma juventude que resiste culturalmente para existir socialmente.

A obra, publicada pela primeira vez em 2018, é uma adaptação da tese de doutorado da autora sobre a resistência da juventude negra à militarização da vida. O livro traz ainda um conjunto de textos escritos em homenagem a Marielle Franco, com quem a autora trabalhou e conviveu por cerca de vinte anos, sendo inclusive chefe de seu gabinete na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, até sua execução sumária, em março de 2018.

Trecho do livro[editar | editar código-fonte]

A eliminação do Estado democrático de direito ocorreu concretamente na Maré em abril de 2014. Na ocasião, cerca de 3 mil oficiais das forças militares de pacificação ocuparam as dezesseis comunidades da Maré, como estratégia da Secretaria da Segurança Pública para a realização da Copa do Mundo. [...] É inegável que há um imaginário social, articulado principalmente pelos meios de comunicação tradicionais, que a identifica como um lugar de extrema violência, miséria e banditismo. Tais estereótipos são enfatizados pelo Estado, que, em vez de estar ausente na Maré, como advoga o senso comum, mantém se presente pelo forte aparato militar de repressão ao varejo de drogas e pela precariedade dos serviços públicos.

Reportagens[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Mais livros[editar código-fonte]