Itamar Silva: mudanças entre as edições
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O projeto “[[Memória Viva (série de entrevistas)|Memória Viva]]” está baseado no registro de memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro. Neste episódio, temos a participação de Itamar Silva. | O projeto “[[Memória Viva (série de entrevistas)|Memória Viva]]” está baseado no registro de memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro. Neste episódio, temos a participação de Itamar Silva. | ||
Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Itamar Silva. | Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Itamar Silva. | ||
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== Apresentação do projeto == | == Apresentação do projeto == |
Edição das 21h16min de 6 de junho de 2024
O projeto “Memória Viva” está baseado no registro de memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro. Neste episódio, temos a participação de Itamar Silva.
Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Itamar Silva.
Apresentação do projeto
O Memória Viva é apresentado por Mônica Francisco, liderança histórica do Morro do Borel, cientista social e ex-deputada estadual, que a cada episódio bate um papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas.
As gravações foram realizadas em diferentes locações com apoio da equipe da VideoSaúde e a série se inspira em alguns projetos que já trabalharam o registro de memórias, como o "A favela fala" (CPDOC/FGV), o "Espelho" (Canal Brasil), o "Conexões Urbanas" (Multishow),a série "Memórias" (Bom Dia Rio) e o programa Papo na Laje (TVC Rio).
A previsão de lançamento do projeto é novembro de 2024, sendo lançado primeiramente os vídeos que ficarão disponíveis para acesso virtual e gratuito na plataforma da wikiFavelas e, além disso, os episódios serão transformados em podcasts.
Minibiografia
Itamar Silva é nascido e criado no Morro Santa Marta (localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro), onde desde a década de 1980 atua como líder comunitário.Cresceu em uma casa com muita conexão, de muitos movimentos culturais, afinal seu pai era uma figura popular ligado à Folia de Reis e ao samba e sua avó era rezadeira.
Em 1976, ele entra na faculdade Hélio Alonso, onde cursa jornalismo. Um período muito importante, pois os movimentos sociais começam retomar as manifestações e a ocupar mais a cena pública, após um período da distensão. É nessa mesma época que ele se conscientiza da importância de estar no movimento de favela e se apresentar como alguém deste movimento[1].
Sua primeira tentativa foi se aliar ao movimento negro do Rio de Janeiro. Participou, sem ser um militante, do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras (IPCN), do Movimento Negro Unificado (MNU) até chegar à Pastoral de Favelas, onde o tema favelas “casava” com ele.
É um dos fundadores do Grupo Eco que nasce no final de 1976 como um grupo comunitário e em 1981 se tornam a chapa vencedora que vai atuar na liderança da associação de moradores na comunidade. É lá que vai ser criado o histórico jornal ECO com o objetivo de ecoar as notícias do morro pra fora e de fora pra dentro. O jornal, também, foi motivo de muitas disputas, brigas e ameaças, uma vez que buscava levar esclarecimento aos moradores do Santa Marta sobre o papel das Associações de Moradores, contrariando interesses pessoais dos presidentes dessas associações na época.
Diretor da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj), na década de 80, atualmente é coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e idealizador da Colônia de Férias ECO, no Santa Marta.
Sobre a favela Santa Marta
O Santa Marta é uma favela localizada no Morro Dona Marta, que fica no Bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A origem do nome da favela remonta ao início do século XX, quando um devota de Santa Marta levou uma imagem da santa para o alto do morro. Na década de 1930, foi construída uma capela para abrigar a imagem. No topo da favela há uma vista panorâmica da cidade, onde se vê pontos turísticos como o Cristo Redentor, o Pão de Açucar, a Praia de Botafogo, a Lagoa Rodrigues de Freitas e todo o bairro de Botafogo. O local é conhecido como Mirante Dona Marta. A comunidade é, também, muitas vezes, chamada de "Dona Marta", que é, na verdade, o nome do acidente geográfico onde se situa. Muitos se questionam se o certo é Dona Marta ou Santa Marta, mas os moradores chamam das duas formas.
Fotos
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