Justiça hídrica e energética nas favelas (relatório)
O relatório Justiça hídrica e energética nas favelas traz os desafios de acesso, qualidade e eficiência da água e energia elétrica para 15 comunidades situadas no estado do Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada por 30 jovens e 15 lideranças que participaram do curso ‘Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas’, organizado pelo Painel Unificador das Favelas e da Rede Favela Sustentável.
Autoria: Painel Unificador das Favelas e Rede Favela Sustentável.
Fontes de informação: Informações reproduzidas pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes - ver notas e referências[1]
Introdução
O curso ‘Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas’ foi idealizado no âmbito das discussões do Painel Unificador das Favelas e da Rede Favela Sustentável, ambas iniciativas realizadas por uma rede de coletivos comunitários, ambas redes articuladas pela Comunidades Catalisadoras (ComCat).
Havendo percebido a importância existencial que teve às próprias favelas coletarem dados para incidência durante a pandemia, o curso foi construído com o objetivo de desmistificar o processo de coleta e compreensão de dados e garantir o controle na geração de dados pelos próprios territórios, mirando a incidência política. O tema definido para o curso inaugural foi justiça hídrica e energética, pela natureza fundamental de ambos para o pleno desenvolvimento e inclusão das favelas.
Este relatório resume o resultado da pesquisa realizada pelos 30 jovens e 15 lideranças que participaram do curso, para que os dados coletados possam chamar atenção das autoridades e concessionárias sobre a profunda relação de injustiça climática que o atual modelo implica, propondo um projeto-piloto para transformar essa realidade.
O curso, realizado entre março e setembro de 2022, passou pelos seguintes módulos: (1) a importância de pesquisa por e nas favelas, (2) o que é justiça energética e hídrica em relação aos temas de acesso, qualidade e eficiência, (3) a definição dos indicadores de acordo com prioridades dos territórios, (4) a coleta de dados em campo, (5) a análise e compreensão de dados e identificação de dados-chave, (6) como incidir politicamente com os dados coletados, (7) como realizar a relatoria, tanto popular quanto técnica, e (8) como comunicar os dados para os devidos fins, de incidência política e conscientização popular.
Além da formação de jovens e lideranças comunitárias em coleta, análise e divulgação de dados e tópicos de justiça energética e hídrica aplicados às realidades locais, mostramos como através da implementação de uma metodologia de co-criação e co-gestão na montagem e aplicação do questionário, pesquisas realizadas por moradores podem ser mais robustas do que as realizadas por instituições externas. Seja pela maior abertura dos vizinhos e interesse nos resultados; pela capacidade de trazer contexto e vivência prática para os dados coletados, promovendo a maior compreensão do do “por quê?” atrás dos dados; ou pela vontade de fazer valer os resultados coletados na parte dos envolvidos, para reivindicar mudanças.
Lançamento
Territórios específicos
Acesse abaixo os relatórios para territórios específicos: