Fundação Angélica Goulart

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

A Fundação Assistencial Angelica Goulart, anteriormente chamada como Fundação Xuxa Meneghel é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos fundada em 12 de outubro de 1989, pela apresentadora de televisão, cantora e atriz brasileira Xuxa. A Instituição atua há 30 anos na promoção dos direitos da criança e do adolescente[1]. Em 2018 a fundação muda de nome para fundação Angelica Goulart[2][3]. O conteúdo a seguir foi originalmente produzido pelo Wikipedia.

Autoria: Informações do verbete reproduzidas pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes.

História[editar | editar código-fonte]

Logotipo da Fundação Angélica Goulart.

A Fundação Xuxa Meneghel foi fundada em 12 de outubro de 1989 em Pedra de Guaratiba, Rio de Janeiro, uma comunidade de tradição pesqueira, na Zona Oeste da cidade, com baixos indicadores socioeconômicos, a proposta inicial da instituição era atender crianças de 3 a 10 anos em situação de alta vulnerabilidade[4]. A Fundação atua em nível local e nacional. Em âmbito nacional a Fundação é uma referência no trabalho social, na área da infância e da juventude, comprometido com a garantia dos direitos humanos e o desenvolvimento social.

A instituição filantrópica é administrada por seu Conselho Diretor, composto pela presidente e diretores operacional e administrativo; pelo Conselho Curador e pelo Conselho Fiscal. É mantida por Xuxa, e recebe doação de pessoas físicas e jurídicas que apoiam seu custeio[5].

Em média mil pessoas atravessam os portões da Fundação Xuxa, diariamente. No ano de 2006, obteve registro no Conselho Nacional de Assistência Social. Em 2008, a Fundação prestou mais de 4 mil atendimentos semanais em diversas atividades e oficinas.

As atividades centrais são desenvolvidas em dois níveis: a nível comunitário, por meio de trabalho de atendimento às crianças, adolescentes na região de Guaratiba e suas famílias, e a nível nacional, advogando pela proteção, promoção e garantia dos direitos da infância e da adolescência. A Instituição atente na educação infantil, 70 crianças de 3 a 5 anos em horário integral, 50 crianças de 6 e 7 anos em apoio escolar para garantia da aquisição da leitura e escrita, e 230 crianças e 70 adolescentes em oficinas em horário complementar ao da escola, além de 228 famílias de crianças e adolescentes matriculados.

O trabalho da instituição está organizado em quatro programas distintos: Programa de Ações Socioeducativas, Programa de Atendimento Integrado, Programa de Organização Institucional e Programa de Comunicação e Relações Institucionais e Comunitárias.

Conta com 37 funcionários especializados e 6 voluntários. Todos são educadores sociais e recebem formação continuada para o exercício de suas atribuições. A Fundação também realiza estágio supervisionado nas áreas de educação e de assistência social. Um dado relevante: um terço dos funcionários da instituição é constituído de ex–alunos. Além disso, contribui na produção de campanhas de educação e mobilização social, de incidência política com foco nos direitos humanos dos brasileirinhos e ocupa a secretaria executiva da "Rede Não Bata, Eduque!" – uma ação nacional pelo fim dos castigos corporais e humilhantes contra crianças, que compreende também relações internacionais. A criação do Show de Natal “O Direitos das Crianças a ter Direitos Iguais” é também uma ação consolidada nessa área, pelo viés da cultura, mobilização e educação social.

Nos programas comunitários, viabilizados por meio de parcerias, atendemos adolescentes, jovens, adultos e idosos moradores da comunidade com os projetos de aumento de escolaridade, qualificação profissional, inclusão digital, ensino de novos idiomas, geração de renda, além de atividades culturais e esportivas[6].

Com a crise do país e a diminuição de empresas parceiras que colaboravam com a fundação, Xuxa disse não ter mais como arcar sozinha com os custos que gira em torno de um milhão e oitocentos reais por ano, em 2018 entrega a fundação[7][8][3][2].

Custos[editar | editar código-fonte]

Em 2015, durante uma entrevista no 12º Fórum Empresarial de Comandatuba na Bahia, Xuxa declarou que gasta anualmente R$ 1,5 milhão para manter a fundação, o valor é desembolsado por ela há cerca de 22 anos, fazendo a soma chegar a R$ 33 milhões. Ela ainda declarou que "se não tivesse a fundação não estaria legal, estaria faltando como artista, como ser humano, como pessoa"[9].

Em 2017, a apresentadora falou sobre a situação de sua entidade e contou que pretende fechá-la em 2018. O custo anual passava de R$ 1,8 milhão[10].

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 1998/1999: Prêmio Lions de Educação AL
  • 2001/2002: Prêmio Lions de Educação AL
  • 2004: Prêmio Funlar - Paceira Eficiente
  • Prêmio Beija Flor
  • Prêmio da Ordem Associativa de Mônaco
  • Homenagem da OPAS
  • Medalha Pedro Ernesto[11]
  • Prêmio Ajude Seu Mundo - Meus Prêmios Nick 2016

Vídeos sobre a Fundação[editar | editar código-fonte]

Fundação Angélica Goulart: Participação no Plano Integrado de Saúde nas Favelas[editar | editar código-fonte]

Slide do Plano

A Fundação Angélica Goulart desempenhou um papel significativo nas duas chamadas do Plano Integrado de Saúde nas Favelas, parte do Edital Fiocruz, com projetos que uniram sustentabilidade, saúde e práticas de bem-estar para comunidades em situação de vulnerabilidade.

Primeira Chamada: "Práticas e Atitudes Sustentáveis"

Na primeira chamada do edital, a Fundação desenvolveu o projeto Práticas e Atitudes Sustentáveis, com impacto direto na vida de 270 famílias atendidas. As principais ações incluíram:

Rodas Terapêuticas: Espaços para cuidado emocional e fortalecimento comunitário.

Oficina de Mudas e Curso de Jardinagem: Incentivo à sustentabilidade e ao cultivo de alimentos em pequenos espaços.

Distribuição de Alimentos Agroecológicos: Foram distribuídas 10,8 toneladas de alimentos, promovendo o acesso à alimentação saudável e sustentável.

Segunda Chamada: "Favela Agroecológica, Produz Saúde"

Na segunda chamada, a Fundação deu continuidade às iniciativas com o projeto Favela Agroecológica, Produz Saúde, focado na ampliação do acesso à alimentação saudável, sustentabilidade e práticas agroecológicas em territórios de favelas.

Com essas ações, a Fundação Angélica Goulart reforça seu compromisso com a saúde integral e o fortalecimento das comunidades faveladas, integrando práticas sustentáveis à promoção de bem-estar e inclusão social.

Redes Sociais[editar | editar código-fonte]

Instagram

Facebook

Youtube



Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

As informações sobre a fundação foram retiradas da Wikipédia.

  1. «Fundação Xuxa Meneghel completa 25 anos com mais de 200 mil jovens beneficiados» Jornal da Globo. Consultado em 2 de fevereiro de 2015.
  2. 2,0 2,1 Ana. «A Fundação Xuxa Meneghel agora é Fundação Angelica Goulart» naobataeduque.org.br. Consultado em 27 de abril de 2019.
  3. 3,0 3,1 «Placa da Fundação Xuxa Meneghel é retirada e seu fechamento é confirmado». O Fato. Consultado em 27 de abril de 2019
  4. Maria da Graça Xuxa Meneghel. «Fundação Xuxa Meneghel -25 Anos Transformando Histórias». Consultado em 8 de janeiro de 2018.
  5. Fábio Grellet. «Fundação Xuxa Meneghel é invadida na zona oeste do Rio». O Estado de S. Paulo. Consultado em 8 de janeiro de 2018.
  6. «Fundação Xuxa Meneghel: O que fazemos». Fundação Xuxa Meneghel. Consultado em 2 de fevereiro de 2015.
  7. «Fundação Angelica Goulart». www.facebook.com. Consultado em 27 de abril de 2019.
  8. «Xuxa sobre fim de fundação: cada criança custa R$ 11 por dia». Terra. Consultado em 27 de abril de 2019.
  9. «Xuxa diz apoiar parcialmente a redução da maioridade penal». Terra. 29 de abril de 2013. Consultado em 2 de fevereiro de 2015.
  10. «Com problemas financeiros, Xuxa cogita fechar sua fundação: "Não estou conseguindo levar a FXM sozinha"». R7.com. 31 de março de 2017. Consultado em 8 de janeiro de 2018.
  11. «Fundação Xuxa Meneghel: Premiações». Fundação Xuxa Meneghel. Consultado em 2 de fevereiro de 2015.