Metral (Bangu)
A origem da favela Metral está ligada ao processo de urbanização acelerada do Rio de Janeiro no século XX. Muitos migrantes, em busca de moradia, estabeleceram-se em áreas periféricas como Bangu, formando a favela da Metral.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco[1] [2] [3]
História[editar | editar código-fonte]
A favela da Metral, localizada no bairro de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, começou a ser ocupada em 1978. Seu crescimento se deu ao longo das décadas seguintes, impulsionado pela migração de famílias em busca de moradia acessível e melhores condições de vida. Como muitas comunidades periféricas do Rio, a Metral se estruturou por meio da organização de seus moradores, que construíram um território de resistência e pertencimento, enfrentando desafios como a falta de infraestrutura e o reconhecimento oficial.
Lazer[editar | editar código-fonte]
O Metral Futebol Clube (Metral FC)[editar | editar código-fonte]
é um dos principais símbolos do lazer e do esporte na favela da Metral. Conhecido como o "Time do Povo", o clube representa a paixão dos moradores pelo futebol e a importância do esporte como ferramenta de integração e fortalecimento da comunidade.
Com o lema "Doutrinados pelo certo", o Metral FC vai além das partidas de futebol, promovendo a união entre os jovens e incentivando valores como disciplina, coletividade e respeito. O time se tornou um ponto de referência na favela, trazendo orgulho aos moradores e fortalecendo a identidade local através do esporte.
"Baile da Metral"[editar | editar código-fonte]
Marcado pela energia e pelo som potente do funk carioca, o evento reunia moradores e visitantes, sendo um espaço de lazer e sociabilidade. Entre os destaques, o grupo "As Relíquias da Vila Kennedy" mantém viva a memória desses encontros, relembrando a importância cultural do baile para a favela.
Curiosidade[editar | editar código-fonte]
Na favela da Metral, um projeto comunitário liderado pelo presidente da Associação de Moradores tem transformado a paisagem local. Com a participação dos jovens da comunidade, postes e muros estão sendo revitalizados com obras de arte inspiradas em artistas nacionais. A iniciativa não apenas embeleza os espaços, mas também fortalece o senso de pertencimento e identidade cultural dos moradores, promovendo arte e coletividade dentro da favela.
Mapa[editar | editar código-fonte]
Estudo: "A Vila Kennedy pelo Olhar dos Moradores: A (Re)Existência em um Território Periférico"[editar | editar código-fonte]
Este trabalho de conclusão de curso analisa os processos de segregação socioespacial e exclusão presentes na construção da Vila Kennedy, atualmente um bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Utilizando pesquisa bibliográfica e relatos dos moradores, o estudo traça os fatores que possibilitaram sua fundação e as consequências de um processo de ocupação em território periférico.
Relação com a Favela Metral[editar | editar código-fonte]
Embora o estudo foque na Vila Kennedy, as dinâmicas de segregação e resistência observadas podem ser semelhantes às da favela Metral, dada a proximidade geográfica e contextos históricos compartilhados. Compreender essas experiências contribui para uma visão mais ampla das lutas e estratégias de (re)existência das comunidades periféricas na zona oeste do Rio de Janeiro.
UPP na Metral[editar | editar código-fonte]
Em 13 de março de 2014, a favela da Metral foi alvo de uma operação policial liderada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), em conjunto com a ocupação da Vila Kennedy, também na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com o jornalista Hanrrikson de Andrade, do UOL[4] a operação durou cerca de 20 minutos, com os policiais iniciando a entrada na comunidade às 5h30 da manhã e confirmando o controle total do território por volta das 6h50. Durante a ocupação, foram encontradas barricadas erguidas pelo tráfico de drogas em alguns acessos da favela. O episódio marcou um momento de intensificação da presença do Estado na região, no contexto das estratégias de segurança pública adotadas na época.
Veja Matéria sobre no Link:
