54x Favelas: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir do site oficial da FIOCRUZ.[https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-apresenta-resultados-do-enfrentamento-covid-19-em-favelas-do-rio-de-janeiro]


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Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir do site oficial da FIOCRUZ.[https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-apresenta-resultados-do-enfrentamento-covid-19-em-favelas-do-rio-de-janeiro]
 
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== Sobre ==
A '''primeira chamada pública do Plano de Enfrentamento à COVID-19 nas Favelas''', intitulada "'''54x Favelas",''' foi lançada em '''24 de março de 2021''', com o objetivo de fortalecer as respostas comunitárias à pandemia nas favelas do Rio de Janeiro. O nome da chamada foi inspirado no filme '''"5X Favela - [[Favela 5x - Agora por Nós Mesmos (filme)|Agora por Nós Mesmos]],"''' que deu voz às próprias favelas para contar suas histórias. Assim, o título '''54x [[Cadu barcellos|Favela]]''' simboliza o compromisso de amplificar as narrativas e ações protagonizadas pelas favelas, permitindo que liderem suas próprias respostas à crise sanitária.


== '''Sobre''' ==
Com um aporte de '''20 milhões de reais''', a chamada teve como foco '''apoiar 54 projetos''' que promovessem a participação social e a vigilância em saúde de base territorial. As ações foram voltadas para o enfrentamento da COVID-19 em várias dimensões, incluindo '''apoio social, [[Comunicação e favelas - ontem, hoje e perspectivas para o amanhã|comunicação]], saúde mental, proteção individual e coletiva, educação e promoção de territórios saudáveis'''.
O "54x Favelas" é uma das etapas iniciais do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, lançado pela FIOCRUZ em resposta à pandemia de COVID-19. Este plano foi possibilitado pela doação de R$ 20 milhões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), que permitiu à FIOCRUZ apoiar 54 projetos em favelas de todo o estado. O objetivo central do "54x Favelas" foi mitigar os impactos da pandemia nas comunidades mais vulneráveis, promovendo ações emergenciais de saúde, segurança alimentar, e educação em saúde, enquanto fortalece a participação social e a articulação comunitária.


Através desse plano, foram realizadas iniciativas como a construção de cozinhas comunitárias, a distribuição de alimentos, e a implementação de programas de saúde mental e capacitação profissional. O "54x Favelas" marcou o início de um esforço contínuo para integrar a saúde pública e o desenvolvimento social nas favelas, estabelecendo as bases para as expansões subsequentes do plano, como o "90x Favelas" e o "146x Favelas."
Esses projetos tiveram papel essencial na mobilização de recursos e no fortalecimento das comunidades diante da pandemia, garantindo que as áreas mais vulneráveis tivessem condições de se proteger e cuidar da saúde coletiva. Além disso, o esforço foi fundamental para construir as bases de futuras fases do plano, consolidando uma estrutura comunitária de resposta à crise sanitária e reforçando o protagonismo das favelas na vigilância em saúde e nas estratégias de mitigação da [[Plano de Enfrentamento da COVID19 e Plano Integrado de Saúde nas Favelas Edital FIOCRUZ|COVID-19]].


== '''Objetivo''' ==
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[[Arquivo:Alerj fiocruz2.jpg|miniaturadaimagem|20/12/2022]]Cerca de um ano após o início das atividades do "54x Favelas," os resultados são surpreendentes. O projeto conseguiu distribuir mais de 180 toneladas de alimentos, garantindo a segurança alimentar em comunidades onde a fome se agravou com a pandemia. Além disso, foram realizados 400 acompanhamentos psicoterapêuticos, oferecendo suporte emocional crucial para aqueles que enfrentaram o isolamento e o luto durante esse período desafiador. O "54x Favelas" também foi responsável pela inserção de 450 crianças em programas de reforço escolar, ajudando a mitigar os impactos da interrupção das aulas presenciais e as desigualdades educacionais.
[[Arquivo:Alerj fiocruz2.jpg|miniaturadaimagem|20/12/2022|esquerda]]Cerca de um ano após o início das atividades do "54x Favelas," os resultados são surpreendentes. O projeto conseguiu distribuir mais de 180 toneladas de alimentos, garantindo a segurança alimentar em comunidades onde a fome se agravou com a pandemia. Além disso, foram realizados 400 acompanhamentos psicoterapêuticos, oferecendo suporte emocional crucial para aqueles que enfrentaram o isolamento e o luto durante esse período desafiador. O "54x Favelas" também foi responsável pela inserção de 450 crianças em programas de reforço escolar, ajudando a mitigar os impactos da interrupção das aulas presenciais e as desigualdades educacionais.




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O evento contou com uma recepção especial feita pelo Coral da Liga do Bem, da Vila Cruzeiro, que deu as boas-vindas aos participantes. Estiveram presentes na abertura Nísia Trindade Lima (Ministra da [https://www.gov.br/saude/pt-br/ Saúde]), na época era presidente da Fiocruz; André Ceciliano, na época presidente da Alerj; Janete Nazareth, coordenadora do projeto Mercado Solidário: Quilos Necessários, do Salgueiro, em São Gonçalo; Carlos Frederico Leão Rocha, vice-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Claudia Gonçalves, na época pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Marcelo Burgos, representante da Pontifícia Universidade Católica (PUC); e Isabela Santos, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Richarlls Martins, coordenador-executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, também esteve presente e apresentou os dados do primeiro ano de atuação dos projetos.   
O evento contou com uma recepção especial feita pelo Coral da Liga do Bem, da Vila Cruzeiro, que deu as boas-vindas aos participantes. Estiveram presentes na abertura Nísia Trindade Lima (Ministra da [https://www.gov.br/saude/pt-br/ Saúde]), na época era presidente da Fiocruz; André Ceciliano, na época presidente da Alerj; Janete Nazareth, coordenadora do projeto Mercado Solidário: Quilos Necessários, do Salgueiro, em São Gonçalo; Carlos Frederico Leão Rocha, vice-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Claudia Gonçalves, na época pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Marcelo Burgos, representante da Pontifícia Universidade Católica (PUC); e Isabela Santos, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Richarlls Martins, coordenador-executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, também esteve presente e apresentou os dados do primeiro ano de atuação dos projetos.   


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== '''Trabalho Desenvolvido''' ==
== '''Trabalho Desenvolvido''' ==
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Na ocasião, foram propostas reflexões sobre o combate a problemas estruturais no contexto da pandemia, e foi formalizada a criação de um comitê de monitoramento das atividades e ações em desenvolvimento. A  presidente da Fiocruz, naquela época, Nísia Trindade Lima, destacou que "a Fiocruz levou conhecimento científico a todos os setores sociais durante a pandemia, mas ao mesmo tempo fortaleceu ações em rede. Os projetos apresentados possibilitaram reduzir o impacto da Covid-19 numa situação de grande vulnerabilidade social. [...] A saúde, educação, ciência, tecnologia e inovação são meios de conseguir superar, com a força da sociedade, esse impacto nas favelas e periferias."
Na ocasião, foram propostas reflexões sobre o combate a problemas estruturais no contexto da pandemia, e foi formalizada a criação de um comitê de monitoramento das atividades e ações em desenvolvimento. A  presidente da Fiocruz, naquela época, Nísia Trindade Lima, destacou que "a Fiocruz levou conhecimento científico a todos os setores sociais durante a pandemia, mas ao mesmo tempo fortaleceu ações em rede. Os projetos apresentados possibilitaram reduzir o impacto da Covid-19 numa situação de grande vulnerabilidade social. [...] A saúde, educação, ciência, tecnologia e inovação são meios de conseguir superar, com a força da sociedade, esse impacto nas favelas e periferias."


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== '''Veja Também''' ==
== '''Veja Também''' ==


* 90x Favelas
* [[90x Favelas]]
* [[146x Favela]]
* [[146x Favela]]
* [[Cadu barcellos]]
* [[Cadu barcellos]]
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* [[Renata Souza (PSOL-RJ) - Maré - RJ]]
* [[Renata Souza (PSOL-RJ) - Maré - RJ]]
* [[Maré Vive]]
* [[Maré Vive]]
== Referência ==
[https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-apresenta-resultados-do-enfrentamento-covid-19-em-favelas-do-rio-de-janeiro Portal Fiocruz]
[[Categoria:Temática - Coronavírus]]
[[Categoria:Temática - Coronavírus]]
[[Categoria:Temática - Favelas e Periferias]]
[[Categoria:Temática - Favelas e Periferias]]
[[Categoria:Temática - saúde]]
[[Categoria:Temática - saúde]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]

Edição atual tal como às 10h26min de 4 de setembro de 2024

O "54x Favelas" é uma iniciativa do Plano de Enfrentamento à COVID-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, lançado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Criado como uma resposta emergencial às crescentes desigualdades sociais e sanitárias agravadas pela pandemia, o projeto se inspira no filme "5X Favela - Agora por Nós Mesmos," que celebra a voz e o protagonismo das comunidades faveladas.


Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir do site oficial da FIOCRUZ.[1]
54x.jpg




Sobre[editar | editar código-fonte]

A primeira chamada pública do Plano de Enfrentamento à COVID-19 nas Favelas, intitulada "54x Favelas", foi lançada em 24 de março de 2021, com o objetivo de fortalecer as respostas comunitárias à pandemia nas favelas do Rio de Janeiro. O nome da chamada foi inspirado no filme "5X Favela - Agora por Nós Mesmos," que deu voz às próprias favelas para contar suas histórias. Assim, o título 54x Favela simboliza o compromisso de amplificar as narrativas e ações protagonizadas pelas favelas, permitindo que liderem suas próprias respostas à crise sanitária.

Com um aporte de 20 milhões de reais, a chamada teve como foco apoiar 54 projetos que promovessem a participação social e a vigilância em saúde de base territorial. As ações foram voltadas para o enfrentamento da COVID-19 em várias dimensões, incluindo apoio social, comunicação, saúde mental, proteção individual e coletiva, educação e promoção de territórios saudáveis.

Esses projetos tiveram papel essencial na mobilização de recursos e no fortalecimento das comunidades diante da pandemia, garantindo que as áreas mais vulneráveis tivessem condições de se proteger e cuidar da saúde coletiva. Além disso, o esforço foi fundamental para construir as bases de futuras fases do plano, consolidando uma estrutura comunitária de resposta à crise sanitária e reforçando o protagonismo das favelas na vigilância em saúde e nas estratégias de mitigação da COVID-19.

Objetivo[editar | editar código-fonte]

O objetivo do "54x Favelas" foi apoiar iniciativas que promovessem a participação social e a vigilância em saúde de base territorial nas favelas do Rio de Janeiro. A chamada pública visou identificar e financiar projetos comunitários que atuassem em áreas críticas durante a pandemia, como apoio social, comunicação, saúde mental, proteção individual e coletiva, e educação. A meta era fortalecer a capacidade das favelas de responderem à pandemia de maneira autônoma e eficaz, garantindo que as ações fossem lideradas por aqueles mais diretamente impactados.

Resultado do trabalho desenvolvido[editar | editar código-fonte]

Ao todo, pelo menos 100 mil pessoas de 75 favelas em todo o Estado do Rio de Janeiro foram diretamente beneficiadas pelas ações do "54x Favelas." Esse trabalho não apenas aliviou as dificuldades imediatas impostas pela pandemia, mas também contribuiu para a redução da vulnerabilidade de inúmeras famílias, fortalecendo o tecido social dessas comunidades. O "54x Favelas" tornou-se, assim, um exemplo de como a união entre ciência, comunidade e ação política pode gerar resultados transformadores em um momento de profunda crise.


20/12/2022

Cerca de um ano após o início das atividades do "54x Favelas," os resultados são surpreendentes. O projeto conseguiu distribuir mais de 180 toneladas de alimentos, garantindo a segurança alimentar em comunidades onde a fome se agravou com a pandemia. Além disso, foram realizados 400 acompanhamentos psicoterapêuticos, oferecendo suporte emocional crucial para aqueles que enfrentaram o isolamento e o luto durante esse período desafiador. O "54x Favelas" também foi responsável pela inserção de 450 crianças em programas de reforço escolar, ajudando a mitigar os impactos da interrupção das aulas presenciais e as desigualdades educacionais.



Onde Foi o Lançamento[editar | editar código-fonte]

A cerimônia de lançamento do "54x Favelas" ocorreu na parte da manhã, na Tenda da Ciência, localizada no campus de Manguinhos.

O evento contou com uma recepção especial feita pelo Coral da Liga do Bem, da Vila Cruzeiro, que deu as boas-vindas aos participantes. Estiveram presentes na abertura Nísia Trindade Lima (Ministra da Saúde), na época era presidente da Fiocruz; André Ceciliano, na época presidente da Alerj; Janete Nazareth, coordenadora do projeto Mercado Solidário: Quilos Necessários, do Salgueiro, em São Gonçalo; Carlos Frederico Leão Rocha, vice-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Claudia Gonçalves, na época pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Marcelo Burgos, representante da Pontifícia Universidade Católica (PUC); e Isabela Santos, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Richarlls Martins, coordenador-executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, também esteve presente e apresentou os dados do primeiro ano de atuação dos projetos.

Lançamento





Trabalho Desenvolvido[editar | editar código-fonte]

Os resultados apresentados durante a cerimônia enfatizaram o impacto significativo dos projetos na redução da vulnerabilidade das famílias atendidas. Cerca de um ano após o início das atividades, pelo menos 100 mil pessoas de 75 favelas do Estado do Rio de Janeiro foram diretamente beneficiadas. As ações realizadas incluem a distribuição de mais de 180 toneladas de alimentos, 400 acompanhamentos psicoterapêuticos, e mais de 22 mil refeições para famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. Além disso, 450 crianças foram inseridas em programas de reforço escolar, demonstrando o alcance e a importância do projeto.

Na ocasião, foram propostas reflexões sobre o combate a problemas estruturais no contexto da pandemia, e foi formalizada a criação de um comitê de monitoramento das atividades e ações em desenvolvimento. A presidente da Fiocruz, naquela época, Nísia Trindade Lima, destacou que "a Fiocruz levou conhecimento científico a todos os setores sociais durante a pandemia, mas ao mesmo tempo fortaleceu ações em rede. Os projetos apresentados possibilitaram reduzir o impacto da Covid-19 numa situação de grande vulnerabilidade social. [...] A saúde, educação, ciência, tecnologia e inovação são meios de conseguir superar, com a força da sociedade, esse impacto nas favelas e periferias."


Veja Também[editar | editar código-fonte]

Referência[editar | editar código-fonte]

Portal Fiocruz