Geração cidadã de dados - cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde: mudanças entre as edições
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[[Geração cidadã de dados - cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde|Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde]] é um projeto de pesquisa | [[Geração cidadã de dados - cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde|Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde]] é um projeto de pesquisa realizado em 2024 por pesquisadores da Fiocruz em parceria com comunicadores comunitários da Frente de Mobilização da Maré, do Instituto Raízes em Movimento, do jornal Fala Manguinhos e do Instituto Decodifica, com o objetivo de de mapear as ações comunicacionais de coletivos populares e avaliar o possível impacto destas iniciativas na promoção da saúde. | ||
Autoria: Cristiane d'Avila | Autoria: Cristiane d'Avila | ||
== | == Apresentação == | ||
O projeto "Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde" é coordenado por pesquisadoras e pesquisadores da [https://coc.fiocruz.br/ Casa de Oswaldo Cruz] (COC/Fiocruz), da [https://portal.fiocruz.br/coordenacao-de-cooperacao-social Cooperação Social da Presidência da Fiocruz] e do [https://www.icict.fiocruz.br/ Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde] (ICICT/Fiocruz), com apoio do [[Dicionário de Favelas Marielle Franco - reflexões|Dicionário de Favelas Marielle Franco]] e desenvolvido em articulação com comunicadores comunitários de quatro coletivos localizadas na Área Programática 3.1 (AP 3.1) do município do Rio de Janeiro, a saber, [[Instituto Raízes em Movimento]] ([[Complexo do Alemão]]); [[Frente de Mobilização Maré|Frente de Mobilização da Maré]] (conjunto de favelas da [[Complexo da Maré|Maré]]); Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos ([[Favela de Manguinhos|Jornal Fala Manguinhos]]); Instituto Decodifica (antigo [[Labjaca|LabJaca]]) ([[Jacarezinho, Rio de Janeiro|Jacarezinho]]). | O projeto "Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde" é coordenado por pesquisadoras e pesquisadores da [https://coc.fiocruz.br/ Casa de Oswaldo Cruz] (COC/Fiocruz), da [https://portal.fiocruz.br/coordenacao-de-cooperacao-social Cooperação Social da Presidência da Fiocruz] e do [https://www.icict.fiocruz.br/ Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde] (ICICT/Fiocruz), com apoio do [[Dicionário de Favelas Marielle Franco - reflexões|Dicionário de Favelas Marielle Franco]] e desenvolvido em articulação com comunicadores comunitários de quatro coletivos localizadas na Área Programática 3.1 (AP 3.1) do município do Rio de Janeiro, a saber, [[Instituto Raízes em Movimento]] ([[Complexo do Alemão]]); [[Frente de Mobilização Maré|Frente de Mobilização da Maré]] (conjunto de favelas da [[Complexo da Maré|Maré]]); Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos ([[Favela de Manguinhos|Jornal Fala Manguinhos]]); Instituto Decodifica (antigo [[Labjaca|LabJaca]]) ([[Jacarezinho, Rio de Janeiro|Jacarezinho]]). | ||
A iniciativa busca respostas para a seguinte pergunta: <blockquote>é possível construir coletivamente soluções comunicacionais que possam vir a favorecer o fortalecimento e a estruturação da [[Comunicação Comunitária e Midiativismo - conceitos métodos e experiências de pesquisa em dialogia (livro)|comunicação comunitária]] e contribuir para a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), em alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da [[Agenda Rio 2030|Agenda 2030]], da Organização Mundial da Saúde (OMS)? </blockquote>Partimos da concepção que orienta a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) do Ministério da Saúde (MS), cuja finalidade é “promover a melhoria das condições (...), reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes (...)” | A iniciativa busca respostas para a seguinte pergunta: <blockquote>é possível construir coletivamente soluções comunicacionais que possam vir a favorecer o fortalecimento e a estruturação da [[Comunicação Comunitária e Midiativismo - conceitos métodos e experiências de pesquisa em dialogia (livro)|comunicação comunitária]] e contribuir para a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), em alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da [[Agenda Rio 2030|Agenda 2030]], da Organização Mundial da Saúde (OMS)? </blockquote>Partimos da concepção que orienta a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) do Ministério da Saúde (MS), cuja finalidade é “promover a melhoria das condições (...), reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes (...)”<ref>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde: PNPS: revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância à Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. p.13</ref> e da comunicação comunitária como “proposta social, objetivo claro de mobilização vinculado ao exercício da cidadania” (p. 140)<ref>PAIVA, Raquel. O espírito comum: comunidade, mídia e globalismo. Prefácio à 1ª edição: Muniz Sodré; prefácio à 2ª edição: Gianni Vattimo - 2ª ed. rev. e ampl. - Rio de Janeiro: Mauad, 2003. </ref> para elaborar, em conjunto com os coletivos de comunicação comunitária de bairros da AP 3.1 do município do Rio de Janeiro, soluções que promovam sua estruturação, deem visibilidade às suas ações e contribuam para a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS, em alinhamento com os ODS 3 e ODS 16 da Agenda 2030. | ||
Nossa premissa é que esses coletivos são historicamente fragilizados pela violência, têm pouca visibilidade e carecem de infraestrutura e de recursos humanos. Um projeto que mapeie essas organizações civis pode vir a: | Nossa premissa é que esses coletivos são historicamente fragilizados pela violência, têm pouca visibilidade e carecem de infraestrutura e de recursos humanos. Um projeto que mapeie essas organizações civis pode vir a: | ||
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3. promover oportunidades para eventual captação de recursos por meio de leis de incentivo e por parte de entes públicos e/ou privados. | 3. promover oportunidades para eventual captação de recursos por meio de leis de incentivo e por parte de entes públicos e/ou privados. | ||
A metodologia foi baseada na realização de entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionário online e pesquisa documental tomando como referência quatro organizações localizadas em bairros da AP 3.1 do Rio de Janeiro. Compreendemos que o projeto, que visa ao fortalecimento e à estruturação da comunicação comunitária em saúde nos territórios, em alinhamento com a Agenda 2030, tem potencial de favorecer a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS e consolidar a visão de uma comunicação dialógica e participativa, para além da saúde, promovendo a coesão do tecido social e o fortalecimento da cidadania. | == Metodologia == | ||
A metodologia foi baseada na realização de entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionário online e pesquisa documental, tomando como referência as quatro organizações localizadas em bairros da AP 3.1 do Rio de Janeiro citadas. Compreendemos que o projeto, que visa ao fortalecimento e à estruturação da comunicação comunitária em saúde nos territórios, em alinhamento com a Agenda 2030, tem potencial de favorecer a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS e consolidar a visão de uma comunicação dialógica e participativa, para além da saúde, promovendo a coesão do tecido social e o fortalecimento da cidadania. | |||
== Motivações da pesquisa == | |||
Começamos a pensar nesta proposta a partir da provocação do próprio [https://portal.fiocruz.br/edital-fiopromos edital FioPromos], lançado em 2023 para reunir pesquisadores de diferentes unidades da Fundação e movimentos sociais que buscam, de forma polifônica, enfrentar colaborativamente problemas e/ou temas específicos do campo da Promoção da Saúde, aqui reconhecida como “campo que almeja, desde uma perspectiva crítica, potencializar processos de mudança, fortalecer a autonomia dos sujeitos, a participação, a valorização de movimentos instituintes, os processos de subjetivação e atribuir significados e sentidos para as experiências”<ref>MENDES, Rosilda; PEZZATO, Luciane Maria; SACARDO, Daniele Pompei. “Pesquisa-intervenção em promoção da saúde: desafios metodológicos de pesquisar ‘com’”. '''Ciência & Saúde Coletiva''', 21(6):1737-1745, 2016. p.1738.</ref>. Motivados pela pergunta inicial, nosso objetivo foi identificar coletivos de comunicação de uma determinada localidade e, a partir desse recorte, conhecer as ações de comunicação comunitária em territórios vulnerabilizados pela violência, carentes de apoio do Estado e estigmatizados pela sociedade e a mídia comercial, que em geral os retratam nas páginas policiais. | |||
Para tal, adotamos a metodologia de pesquisa-intervenção participativa <ref>CHASSOT, C. S. & Silva, R. A. N. “A pesquisa-intervenção participativa como estratégia metodológica”. Psicologia & Sociedade, 30, e181737, 2018. </ref>, que rompe a fronteira entre pesquisadores e objetos de estudo, o que geralmente caracteriza as pesquisas científicas. Baseamos nossa argumentação nos conceitos de promoção da saúde, cartografia, geração cidadã de dados e comunicação comunitária, considerada “instrumento político das classes subalternas para externar sua concepção de mundo, seu anseio e compromisso na construção de uma sociedade igualitária e socialmente justa” (pp.49-50)<ref>PERUZZO, Cicilia M. “Conceitos de comunicação popular, alternativa e comunitária revisitados e as reelaborações no setor”. ECO-Pós, v.12, n.2, mai/ago 2009, p.46-61.</ref>. A escolha da Área Programática 3.1 do Rio, que abrange 28 bairros da Zona Norte<ref>São bairros da AP 3.1: Jardim Guanabara; Tauá; Jardim Carioca; Portuguesa; Galeão; Freguesia-Ilha; Bancários; Pitangueiras; Cacuia; Moneró; Praia da Bandeira; Cocotá; Ribeira; Zumbi; Cidade Universitária; Penha; Brás de Pina; Olaria; Penha Circular; Cordovil; Vigário Geral; Jardim América; Parada de Lucas; Maré; Complexo do Alemão; Ramos; Manguinhos; e Bonsucesso. O campus da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro está em Manguinhos. </ref>, deu-se porque é uma região com a qual a Cooperação Social da Fiocruz atua por meio de vários projetos em parceria com coletivos populares. | |||
Partia-se, portanto, de uma base referencial, até porque teríamos um ano para entregar os produtos que nos propusemos a desenvolver, a saber: 1. Mapas digital e impresso com dados georreferenciados dos coletivos da AP 3.1. 2. Episódios do podcast Radar Saúde Favela contendo informações do projeto e entrevistas; 3. Verbetes do Dicionário de Favelas Marielle Franco; 5. Áudios e transcrições das entrevistas depositados no acervo de história oral da Casa de Oswaldo Cruz, de acesso online e gratuito; 6. Artigo científico submetido; 7. Evento de entrega dos resultados em sede de coletivo parceiro. O projeto foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fiocruz (Processo CAAE Nº 73730523.8.0000.5241). | |||
== Objetivo geral == | |||
Elaborar, em conjunto com os coletivos de comunicação comunitária de bairros da AP 3.1 do município do Rio de Janeiro, soluções que promovam sua estruturação, deem visibilidade às suas ações e contribuam para a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS, em alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 (Saúde e Bem-Estar) e 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes) da Agenda 2030 da Organização Mundial da Saúde (OMS). | |||
== Equipe do projeto == | |||
Cristiane d’Avila, (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz), Luiza Gomes Henriques (Coordenação de Cooperação Social/Fiocruz), Fábio Alves Araújo (Coordenação de Cooperação Social/Fiocruz), Nathalia Mendonça (Cooperação Social/Fiocruz), Renata Silva Borges (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz), Patrícia Castro Ferreira (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde/Fiocruz), Palloma Menezes (Dicionário de Favelas Marielle Franco), Heitor Mathias da Silva (Coordenação de Cooperação Social/Fiocruz), Fábio Falcão Monteiro (Jornal Fala Manguinhos), David da Silva das Graças (Instituto Raízes em Movimento), Gizele de Oliveira Martins (Frente de Mobilização da Maré), Marcos Vinicius Morais de Oliveira (Instituto Decodifica). | |||
== Resultados == | |||
Entre os dias 2 de abril e 5 de maio de 2024 aplicamos o questionário eletrônico (produzido em formulário do Office 365) “Cartografia dos coletivos de comunicação comunitária da AP 3.1”, com o objetivo de identificar possíveis coletivos de comunicação comunitária em atuação na AP 3.1, suas ações, potências e fragilidades. Listamos, previamente, a partir da base de dados do Dicionário Marielle Franco, os coletivos da Área Programática 3.1 da cidade do Rio de Janeiro a serem contactados para o recebimento do questionário. | |||
A distribuição do questionário foi realizada pelos canais de comunicação digitais da Cooperação Social da Fiocruz, do ICICT, do Dicionário de Favelas Marielle Franco, do Instituto Raízes em Movimento (Complexo do Alemão), da Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos (Jornal Fala Manguinhos), do Instituto Decodifica, antigo LabJaca (Jacarezinho) e da Frente de Mobilização da Maré (Conjunto de Favelas da Maré), localizados em bairros da Área Programática 3.1. | |||
As entrevistas presenciais foram realizadas em julho de 2024 com as seguintes fontes: Gizele Martins (Frente de Mobilização da Maré); David Amen (Instituto Raízes em Movimento); Fábio Monteiro (Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos/Jornal Fala Manguinhos) e Vinícius Morais (Instituto Decodifica, antigo LabJaca). Trechos das entrevistas foram incluídas em quatro episódios do podcast [https://radarsaudefavela.com.br Radar Saúde Favela] e as versões completas (áudio e transcrição) foram doadas ao acervo de história oral sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz e estão disponíveis em [https://www.basearch.coc.fiocruz.br www.basearch.coc.fiocruz.br]. | |||
Em 30 de novembro de 2024, a convite do Instituto Raízes em Movimento, realizamos a oficina “Comunicação é Saúde”, como parte da programação do Circulando – Memória e Comunicação na Favela, evento anual do Instituto realizado no Complexo do Alemão. Na ocasião, a equipe apresentou os resultados do projeto e entregou o mapa impresso contendo os Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde aos respondentes do questionário. | |||
=== Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde === | |||
{| class="wikitable" | |||
|+Tabela descritiva do questionário | |||
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!Indicadores | |||
!Descrição | |||
!Perguntas do questionário | |||
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|1 | |||
|Autoidentificação do coletivo | |||
|Como eles se identificam quanto à atuação | |||
|Na AP 3.1 existem coletivos de comunicação comunitária, mas também iniciativas de comunicação que são parte de projetos ou organizações populares. Como você define a atuação do projeto/coletivo em que participa, segundo as opções abaixo? | |||
* Somos um coletivo de Comunicação Comunitária; | |||
* Somos uma iniciativa de Comunicação Comunitária dentro de um projeto ou organização; | |||
* Somos um coletivo de Jornalismo Comunitário (site, blog, rede social, jornal impresso, jornal online, rádio e TV); | |||
* Somos uma iniciativa de Jornalismo Comunitário (site, blog, rede social, jornal impresso, jornal online, rádio e TV) dentro de um projeto ou organização; | |||
* Somos uma organização popular que atua com comunicação para divulgar suas ações; | |||
* Não se aplica. | |||
|- | |||
|2 | |||
|Infraestrutura material disponível | |||
|Tipos e quantidade de infraestrutura material disponível para a organização realizar seu trabalho | |||
|Qual a infraestrutura que a organização dispõe para o trabalho de comunicação? Exemplo: possui espaço físico, veículos e equipamentos para a realização do trabalho? | |||
|- | |||
|3 | |||
|Recursos humanos | |||
|Número de profissionais e percepção da adequação do número de colaboradores em relação ao trabalho realizado | |||
|Quantos profissionais atuam no coletivo? Na sua visão, a quantidade de profissionais e colaboradores é adequada ao trabalho realizado? | |||
|- | |||
|4 | |||
|Mídias Sociais | |||
|Número e plataformas de mídia social em que o coletivo está ativo | |||
|Em quais mídias sociais o coletivo está presente? Se possível, relacione abaixo os links delas e do site. | |||
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|5 | |||
|Impacto na promoção da saúde | |||
|Percepção do impacto das ações de comunicação nas condições de vida e saúde da comunidade atendida | |||
|Na sua percepção, as ações de comunicação da organização impactam as condições de vida e saúde do bairro onde atua? Se sim, pode dar algum exemplo? Agradecemos sua participação! Gostaria de adicionar mais algum comentário? | |||
|- | |||
|6 | |||
|Promoção do acesso e da participação comunitária | |||
|Eficácia dos modelos de comunicação em promover o acesso à informação e estimular a participação da comunidade | |||
|Você acha que os modelos de comunicação adotados pelo coletivo/projeto promovem o acesso e estimulam a participação da sua comunidade? Por quê? | |||
|- | |||
|7 | |||
|Conexões com outros coletivos | |||
|Conhecimento e interconexão com outros coletivos de comunicação | |||
|Conhece outro(s) coletivo(s) de comunicação na sua região? Se sim, cite o(s) nome(s) abaixo: | |||
|} | |||
=== Mapa de Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde === | |||
[[Arquivo:Mapa-AP3.png|alt=Mapa de localização AP3.1|thumb|center|Mapa de localização AP3.1]] | |||
Os '''27 coletivos''' (23 localizados na AP 3.1 e quatro fora desta área, incluídos pois responderam às perguntas voluntariamente) foram georreferenciados e a respostas completas ao questionário estão organizadas por Indicador na plataforma digital Vicon Saga. | |||
O mapa digital Plataforma Vicon Saga | |||
*[https://viconsaga.com.br/comunicacaocomunitaria Mapa dos Indicadores da Comunicação Comunitária para Promoção da Saúde.] | |||
=== As entrevistas === | |||
No mês de julho de 2024 foram realizadas as entrevistas com os quatro representantes dos coletivos participantes do projeto. Os encontros seguiram roteiro semiestruturado contendo nove (9) perguntas para identificação da(o) entrevistada(o) e do coletivo onde atua, e oito (8) perguntas sobre comunicação, memória e documentação e promoção da saúde, de forma que entrevistada e entrevistados discorressem sobre o tema proposto de maneira espontânea, e as entrevistadoras da Fiocruz pudessem incluir questões ajustadas aos perfis dos sujeitos da pesquisa. Nossas fontes: Gizele Martins (Frente de Mobilização da Maré); David Amen (Instituto Raízes em Movimento); Fábio Monteiro (Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos/Jornal Fala Manguinhos) e Vinícius Morais (Instituto Decodifica, antigo LabJaca). | |||
Trechos das entrevistas foram incluídas em quatro episódios do podcast Radar Saúde Favela (https://radarsaudefavela.com.br/) e as versões completas (áudio e transcrição) foram doadas ao acervo de história oral sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz e estão disponíveis em www.basearch.coc.fiocruz.br. O projeto de pesquisa e os perfis dos quatro entrevistados são verbetes do Dicionário de Favelas Marielle Franco. | |||
<div class="row"> | |||
{{CardEntrevistados|Imagem=Foto da entrevista com David Amen.jpg|Legenda=David Amen|Nome=David Amen|Descricao=Cria do Complexo do Alemão, é jornalista, grafiteiro, filmmaker e ativista por uma comunicação antirracista. Co-fundador do Coletivo Classe-D e do Instituto Raízes em Movimento.|Link=David Amen|BotaoTexto=Entrevista com David Amen}} | |||
{{CardEntrevistados|Imagem=Foto da entrevista cm Gizele Martins.jpg|Legenda=Gizele Martins|Nome=Gizele Martins|Descricao=Mareense, Jornalista, comunicadora comunitária e pesquisadora, mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas pela Universidade do Estdo do Rio de Janeiro (UERJ) e doutoranda na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ).|Link=Gizele de Oliveira Martins|BotaoTexto=Entrevista com Gizele Martins}} | |||
{{CardEntrevistados|Imagem=Foto da entrevista com Fabio Monteiro.jpg|Legenda=Fábio Monteiro|Nome=Fábio Monteiro|Descricao=Engenheiro Ambiental Sanitarista atuante na área de pesquisa, ensino e assistência à saúde, direitos socioambientais e humanos. |Link=Fábio Falcão Monteiro|BotaoTexto=Entrevista com Fábio Monteiro}} | |||
{{CardEntrevistados|Imagem=Foto da entrevista com Vinicius Morais.jpg|Legenda=Vinicius Morais|Nome=Vinicius Morais|Descricao=Vinicius Morais é co-fundador do Instituto Decodifica, onde é responsável pela área de Mobilização. Integra a Coalizão 'O Clima é de Mudança" e a Rede "Confluência das Favelas".|Link=Vinicius Morais|BotaoTexto=Entrevista com Vinicius Morais}} | |||
</div> | |||
=== Roda de diálogo === | |||
[[Arquivo:Roda de Diálogo Comunicação comunitária é saúde.jpg|thumb|Roda de Diálogo "Comunicação Comunitária é Saúde" realizada na Escola Quilombista Dandara de Palmares, no Complexo do Alemão, em 30 de novembro de 2024|direita]] | |||
Em 30 de novembro de 2024, a convite do Instituto Raízes em Movimento, realizamos a oficina “Comunicação é Saúde”, como parte da programação do Circulando – Memória e Comunicação na Favela, evento anual do Instituto realizado no Complexo do Alemão. Na ocasião, a equipe apresentou os resultados do projeto e entregou o mapa impresso contendo os Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde aos respondentes do questionário. | |||
{{Clear}} | |||
<references /> | |||
== Ver também == | == Ver também == |
Edição atual tal como às 19h20min de 13 de dezembro de 2024
Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde é um projeto de pesquisa realizado em 2024 por pesquisadores da Fiocruz em parceria com comunicadores comunitários da Frente de Mobilização da Maré, do Instituto Raízes em Movimento, do jornal Fala Manguinhos e do Instituto Decodifica, com o objetivo de de mapear as ações comunicacionais de coletivos populares e avaliar o possível impacto destas iniciativas na promoção da saúde.
Autoria: Cristiane d'Avila
Apresentação[editar | editar código-fonte]
O projeto "Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde" é coordenado por pesquisadoras e pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), com apoio do Dicionário de Favelas Marielle Franco e desenvolvido em articulação com comunicadores comunitários de quatro coletivos localizadas na Área Programática 3.1 (AP 3.1) do município do Rio de Janeiro, a saber, Instituto Raízes em Movimento (Complexo do Alemão); Frente de Mobilização da Maré (conjunto de favelas da Maré); Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos (Jornal Fala Manguinhos); Instituto Decodifica (antigo LabJaca) (Jacarezinho).
A iniciativa busca respostas para a seguinte pergunta:
é possível construir coletivamente soluções comunicacionais que possam vir a favorecer o fortalecimento e a estruturação da comunicação comunitária e contribuir para a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), em alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS)?
Partimos da concepção que orienta a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) do Ministério da Saúde (MS), cuja finalidade é “promover a melhoria das condições (...), reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes (...)”[1] e da comunicação comunitária como “proposta social, objetivo claro de mobilização vinculado ao exercício da cidadania” (p. 140)[2] para elaborar, em conjunto com os coletivos de comunicação comunitária de bairros da AP 3.1 do município do Rio de Janeiro, soluções que promovam sua estruturação, deem visibilidade às suas ações e contribuam para a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS, em alinhamento com os ODS 3 e ODS 16 da Agenda 2030.
Nossa premissa é que esses coletivos são historicamente fragilizados pela violência, têm pouca visibilidade e carecem de infraestrutura e de recursos humanos. Um projeto que mapeie essas organizações civis pode vir a:
1. favorecer a capacidade coletiva de compreensão e controle sobre os determinantes da saúde que impactam a promoção da saúde dessas populações;
2. contribuir para a construção conjunta de mecanismos que promovam os coletivos e as pautas de cultura, arte e lazer por eles produzidas, fortalecendo o conceito ampliado de saúde;
3. promover oportunidades para eventual captação de recursos por meio de leis de incentivo e por parte de entes públicos e/ou privados.
Metodologia[editar | editar código-fonte]
A metodologia foi baseada na realização de entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionário online e pesquisa documental, tomando como referência as quatro organizações localizadas em bairros da AP 3.1 do Rio de Janeiro citadas. Compreendemos que o projeto, que visa ao fortalecimento e à estruturação da comunicação comunitária em saúde nos territórios, em alinhamento com a Agenda 2030, tem potencial de favorecer a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS e consolidar a visão de uma comunicação dialógica e participativa, para além da saúde, promovendo a coesão do tecido social e o fortalecimento da cidadania.
Motivações da pesquisa[editar | editar código-fonte]
Começamos a pensar nesta proposta a partir da provocação do próprio edital FioPromos, lançado em 2023 para reunir pesquisadores de diferentes unidades da Fundação e movimentos sociais que buscam, de forma polifônica, enfrentar colaborativamente problemas e/ou temas específicos do campo da Promoção da Saúde, aqui reconhecida como “campo que almeja, desde uma perspectiva crítica, potencializar processos de mudança, fortalecer a autonomia dos sujeitos, a participação, a valorização de movimentos instituintes, os processos de subjetivação e atribuir significados e sentidos para as experiências”[3]. Motivados pela pergunta inicial, nosso objetivo foi identificar coletivos de comunicação de uma determinada localidade e, a partir desse recorte, conhecer as ações de comunicação comunitária em territórios vulnerabilizados pela violência, carentes de apoio do Estado e estigmatizados pela sociedade e a mídia comercial, que em geral os retratam nas páginas policiais.
Para tal, adotamos a metodologia de pesquisa-intervenção participativa [4], que rompe a fronteira entre pesquisadores e objetos de estudo, o que geralmente caracteriza as pesquisas científicas. Baseamos nossa argumentação nos conceitos de promoção da saúde, cartografia, geração cidadã de dados e comunicação comunitária, considerada “instrumento político das classes subalternas para externar sua concepção de mundo, seu anseio e compromisso na construção de uma sociedade igualitária e socialmente justa” (pp.49-50)[5]. A escolha da Área Programática 3.1 do Rio, que abrange 28 bairros da Zona Norte[6], deu-se porque é uma região com a qual a Cooperação Social da Fiocruz atua por meio de vários projetos em parceria com coletivos populares.
Partia-se, portanto, de uma base referencial, até porque teríamos um ano para entregar os produtos que nos propusemos a desenvolver, a saber: 1. Mapas digital e impresso com dados georreferenciados dos coletivos da AP 3.1. 2. Episódios do podcast Radar Saúde Favela contendo informações do projeto e entrevistas; 3. Verbetes do Dicionário de Favelas Marielle Franco; 5. Áudios e transcrições das entrevistas depositados no acervo de história oral da Casa de Oswaldo Cruz, de acesso online e gratuito; 6. Artigo científico submetido; 7. Evento de entrega dos resultados em sede de coletivo parceiro. O projeto foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fiocruz (Processo CAAE Nº 73730523.8.0000.5241).
Objetivo geral[editar | editar código-fonte]
Elaborar, em conjunto com os coletivos de comunicação comunitária de bairros da AP 3.1 do município do Rio de Janeiro, soluções que promovam sua estruturação, deem visibilidade às suas ações e contribuam para a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS, em alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 (Saúde e Bem-Estar) e 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes) da Agenda 2030 da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Equipe do projeto[editar | editar código-fonte]
Cristiane d’Avila, (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz), Luiza Gomes Henriques (Coordenação de Cooperação Social/Fiocruz), Fábio Alves Araújo (Coordenação de Cooperação Social/Fiocruz), Nathalia Mendonça (Cooperação Social/Fiocruz), Renata Silva Borges (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz), Patrícia Castro Ferreira (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde/Fiocruz), Palloma Menezes (Dicionário de Favelas Marielle Franco), Heitor Mathias da Silva (Coordenação de Cooperação Social/Fiocruz), Fábio Falcão Monteiro (Jornal Fala Manguinhos), David da Silva das Graças (Instituto Raízes em Movimento), Gizele de Oliveira Martins (Frente de Mobilização da Maré), Marcos Vinicius Morais de Oliveira (Instituto Decodifica).
Resultados[editar | editar código-fonte]
Entre os dias 2 de abril e 5 de maio de 2024 aplicamos o questionário eletrônico (produzido em formulário do Office 365) “Cartografia dos coletivos de comunicação comunitária da AP 3.1”, com o objetivo de identificar possíveis coletivos de comunicação comunitária em atuação na AP 3.1, suas ações, potências e fragilidades. Listamos, previamente, a partir da base de dados do Dicionário Marielle Franco, os coletivos da Área Programática 3.1 da cidade do Rio de Janeiro a serem contactados para o recebimento do questionário.
A distribuição do questionário foi realizada pelos canais de comunicação digitais da Cooperação Social da Fiocruz, do ICICT, do Dicionário de Favelas Marielle Franco, do Instituto Raízes em Movimento (Complexo do Alemão), da Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos (Jornal Fala Manguinhos), do Instituto Decodifica, antigo LabJaca (Jacarezinho) e da Frente de Mobilização da Maré (Conjunto de Favelas da Maré), localizados em bairros da Área Programática 3.1.
As entrevistas presenciais foram realizadas em julho de 2024 com as seguintes fontes: Gizele Martins (Frente de Mobilização da Maré); David Amen (Instituto Raízes em Movimento); Fábio Monteiro (Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos/Jornal Fala Manguinhos) e Vinícius Morais (Instituto Decodifica, antigo LabJaca). Trechos das entrevistas foram incluídas em quatro episódios do podcast Radar Saúde Favela e as versões completas (áudio e transcrição) foram doadas ao acervo de história oral sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz e estão disponíveis em www.basearch.coc.fiocruz.br.
Em 30 de novembro de 2024, a convite do Instituto Raízes em Movimento, realizamos a oficina “Comunicação é Saúde”, como parte da programação do Circulando – Memória e Comunicação na Favela, evento anual do Instituto realizado no Complexo do Alemão. Na ocasião, a equipe apresentou os resultados do projeto e entregou o mapa impresso contendo os Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde aos respondentes do questionário.
Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde[editar | editar código-fonte]
Indicadores | Descrição | Perguntas do questionário | |
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1 | Autoidentificação do coletivo | Como eles se identificam quanto à atuação | Na AP 3.1 existem coletivos de comunicação comunitária, mas também iniciativas de comunicação que são parte de projetos ou organizações populares. Como você define a atuação do projeto/coletivo em que participa, segundo as opções abaixo?
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2 | Infraestrutura material disponível | Tipos e quantidade de infraestrutura material disponível para a organização realizar seu trabalho | Qual a infraestrutura que a organização dispõe para o trabalho de comunicação? Exemplo: possui espaço físico, veículos e equipamentos para a realização do trabalho? |
3 | Recursos humanos | Número de profissionais e percepção da adequação do número de colaboradores em relação ao trabalho realizado | Quantos profissionais atuam no coletivo? Na sua visão, a quantidade de profissionais e colaboradores é adequada ao trabalho realizado? |
4 | Mídias Sociais | Número e plataformas de mídia social em que o coletivo está ativo | Em quais mídias sociais o coletivo está presente? Se possível, relacione abaixo os links delas e do site. |
5 | Impacto na promoção da saúde | Percepção do impacto das ações de comunicação nas condições de vida e saúde da comunidade atendida | Na sua percepção, as ações de comunicação da organização impactam as condições de vida e saúde do bairro onde atua? Se sim, pode dar algum exemplo? Agradecemos sua participação! Gostaria de adicionar mais algum comentário? |
6 | Promoção do acesso e da participação comunitária | Eficácia dos modelos de comunicação em promover o acesso à informação e estimular a participação da comunidade | Você acha que os modelos de comunicação adotados pelo coletivo/projeto promovem o acesso e estimulam a participação da sua comunidade? Por quê? |
7 | Conexões com outros coletivos | Conhecimento e interconexão com outros coletivos de comunicação | Conhece outro(s) coletivo(s) de comunicação na sua região? Se sim, cite o(s) nome(s) abaixo: |
Mapa de Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde[editar | editar código-fonte]
Os 27 coletivos (23 localizados na AP 3.1 e quatro fora desta área, incluídos pois responderam às perguntas voluntariamente) foram georreferenciados e a respostas completas ao questionário estão organizadas por Indicador na plataforma digital Vicon Saga.
O mapa digital Plataforma Vicon Saga
As entrevistas[editar | editar código-fonte]
No mês de julho de 2024 foram realizadas as entrevistas com os quatro representantes dos coletivos participantes do projeto. Os encontros seguiram roteiro semiestruturado contendo nove (9) perguntas para identificação da(o) entrevistada(o) e do coletivo onde atua, e oito (8) perguntas sobre comunicação, memória e documentação e promoção da saúde, de forma que entrevistada e entrevistados discorressem sobre o tema proposto de maneira espontânea, e as entrevistadoras da Fiocruz pudessem incluir questões ajustadas aos perfis dos sujeitos da pesquisa. Nossas fontes: Gizele Martins (Frente de Mobilização da Maré); David Amen (Instituto Raízes em Movimento); Fábio Monteiro (Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos/Jornal Fala Manguinhos) e Vinícius Morais (Instituto Decodifica, antigo LabJaca).
Trechos das entrevistas foram incluídas em quatro episódios do podcast Radar Saúde Favela (https://radarsaudefavela.com.br/) e as versões completas (áudio e transcrição) foram doadas ao acervo de história oral sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz e estão disponíveis em www.basearch.coc.fiocruz.br. O projeto de pesquisa e os perfis dos quatro entrevistados são verbetes do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
David Amen
Cria do Complexo do Alemão, é jornalista, grafiteiro, filmmaker e ativista por uma comunicação antirracista. Co-fundador do Coletivo Classe-D e do Instituto Raízes em Movimento.
Gizele Martins
Mareense, Jornalista, comunicadora comunitária e pesquisadora, mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas pela Universidade do Estdo do Rio de Janeiro (UERJ) e doutoranda na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ).
Fábio Monteiro
Engenheiro Ambiental Sanitarista atuante na área de pesquisa, ensino e assistência à saúde, direitos socioambientais e humanos.
Vinicius Morais
Vinicius Morais é co-fundador do Instituto Decodifica, onde é responsável pela área de Mobilização. Integra a Coalizão 'O Clima é de Mudança" e a Rede "Confluência das Favelas".
Roda de diálogo[editar | editar código-fonte]
Em 30 de novembro de 2024, a convite do Instituto Raízes em Movimento, realizamos a oficina “Comunicação é Saúde”, como parte da programação do Circulando – Memória e Comunicação na Favela, evento anual do Instituto realizado no Complexo do Alemão. Na ocasião, a equipe apresentou os resultados do projeto e entregou o mapa impresso contendo os Indicadores da Comunicação Comunitária e Saúde aos respondentes do questionário.
- ↑ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde: PNPS: revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância à Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. p.13
- ↑ PAIVA, Raquel. O espírito comum: comunidade, mídia e globalismo. Prefácio à 1ª edição: Muniz Sodré; prefácio à 2ª edição: Gianni Vattimo - 2ª ed. rev. e ampl. - Rio de Janeiro: Mauad, 2003.
- ↑ MENDES, Rosilda; PEZZATO, Luciane Maria; SACARDO, Daniele Pompei. “Pesquisa-intervenção em promoção da saúde: desafios metodológicos de pesquisar ‘com’”. Ciência & Saúde Coletiva, 21(6):1737-1745, 2016. p.1738.
- ↑ CHASSOT, C. S. & Silva, R. A. N. “A pesquisa-intervenção participativa como estratégia metodológica”. Psicologia & Sociedade, 30, e181737, 2018.
- ↑ PERUZZO, Cicilia M. “Conceitos de comunicação popular, alternativa e comunitária revisitados e as reelaborações no setor”. ECO-Pós, v.12, n.2, mai/ago 2009, p.46-61.
- ↑ São bairros da AP 3.1: Jardim Guanabara; Tauá; Jardim Carioca; Portuguesa; Galeão; Freguesia-Ilha; Bancários; Pitangueiras; Cacuia; Moneró; Praia da Bandeira; Cocotá; Ribeira; Zumbi; Cidade Universitária; Penha; Brás de Pina; Olaria; Penha Circular; Cordovil; Vigário Geral; Jardim América; Parada de Lucas; Maré; Complexo do Alemão; Ramos; Manguinhos; e Bonsucesso. O campus da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro está em Manguinhos.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Agenda Rio 2030
- Geração Cidadã de Dados
- Comunicação nas favelas - episódio 10 (programa)
- Teia de Comunicação Popular do Brasil