Desenvolvimento Territorial Perverso - A Precariedade do Saneamento Básico na Favela Jardim Nova Esperança em São José dos Campos-SP: mudanças entre as edições

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Este verbete apresenta uma análise crítica do desenvolvimento territorial de São José dos [[São Paulo - onde nossas crianças estarão seguras do machismo?|Campos-SP]], destacando a evolução da favela Jardim Nova Esperança e sua vulnerabilidade em relação ao saneamento básico. Apesar de estar localizada em um dos municípios mais desenvolvidos do Brasil, a comunidade enfrenta desafios como irregularidade fundiária e precariedade dos serviços de esgotamento sanitário, refletindo uma realidade de exclusão e segregação socioespacial.
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O [[Desenvolvimento Territorial Perverso - A Precariedade do Saneamento Básico na Favela Jardim Nova Esperança em São José dos Campos-SP|artigo apresentado neste verbete]] que desenvolve uma análise crítica do desenvolvimento territorial de São José dos Campos-SP, destacando a evolução da favela Jardim Nova Esperança e sua vulnerabilidade em relação ao saneamento básico. Apesar de estar localizada em um dos municípios mais desenvolvidos do Brasil, a comunidade enfrenta desafios como irregularidade fundiária e precariedade dos serviços de esgotamento sanitário, refletindo uma realidade de exclusão e segregação socioespacial.
<br />Autoria do artigo: José Moacir de Sousa Vieira, Mario Valério Filho; Rodolfo Moreda Mendes, Cilene Gomes, Luana Braz Villanova. Autor do verbete: Reprodução


Autoria: [https://www.researchgate.net/publication/387662644_DESENVOLVIMENTO_TERRITORIAL_PERVERSO_A_PRECARIEDADE_DO_SANEAMENTO_BASICO_NA_FAVELA_JARDIM_NOVA_ESPERANCA_EM_SAO_JOSE_DOS_CAMPOS-SP Reprodução do artigo]
== Sobre a autoria do verbete ==
Conteúdo do artigo reproduzido pelo Dicionário de Favelas Marielle Franco<ref>VIEIRA, José Moacir de Sousa; VALÉRIO FILHO, Mario; MENDES, Rodolfo Moreda; GOMES, Cilene; VILLANOVA, Luana Braz. Desenvolvimento territorial perverso: A precariedade do saneamento básico na Favela Jardim Nova Esperança em São José dos Campos-SP. ''Desenvolvimento em Questão'', ''[S. l.]'', v. 23, n. 62, p. e16040, 2025. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao/article/view/16040. Acesso em: 10 mar. 2025.</ref>
 
== Artigo ==


== 1. Introdução ==
== 1. Introdução ==
O estudo aborda as desigualdades do desenvolvimento territorial em São José dos Campos-SP.
O estudo aborda as desigualdades do desenvolvimento territorial em São José dos Campos-SP.


Destaca a precariedade do saneamento básico na favela Jardim Nova Esperança.
Destaca a precariedade do [[Água não é mercadoria - Como a privatização pode impactar ainda mais as vidas nas favelas e periferias (artigo)|saneamento básico]] na favela [[Protagonismo das Periferias na Construção de São Paulo|Jardim Nova Esperança]].


São José dos Campos é reconhecida como uma das cidades mais desenvolvidas do Brasil, mas abriga desigualdades estruturais profundas.
São José dos Campos é reconhecida como uma das cidades mais desenvolvidas do Brasil, mas abriga desigualdades estruturais profundas.
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== 2. Referencial Teórico ==
== 2. Referencial Teórico ==


=== 2.1. Desenvolvimento [[Favela 5x - Agora por Nós Mesmos (filme)|Territorial]] ===
=== 2.1. Desenvolvimento Territorial ===
O conceito de território inclui relações de poder, identidade territorial e processos de apropriação do espaço.
O conceito de território inclui relações de poder, [[Favela como margem, território da violência e território de negócios|identidade territorial]] e processos de apropriação do espaço.


O desenvolvimento territorial deve considerar aspectos históricos, políticos e sociais que impactam a população.
O desenvolvimento territorial deve considerar aspectos históricos, políticos e sociais que impactam a população.


A cidade é um reflexo das contradições sociais e econômicas.
A cidade é um [[Pesquisa revela a segregação econômica nas favelas brasileiras|reflexo]] das contradições sociais e econômicas.


=== 2.2. Saneamento Básico como Direito ===
=== 2.2. Saneamento Básico como Direito ===
Acesso ao saneamento é um direito humano essencial para qualidade de vida e saúde pública.
Acesso ao saneamento é um [[Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos (CESPDH)|direito humano]] essencial para qualidade de vida e [[Moradia e Saúde Pública (debate)|saúde pública]].


A Constituição Federal e o Plano Nacional de Saneamento [[Saúde na Favela numa Perspectiva Antirracista (cartilha)|Básico]] determinam o acesso universal aos serviços de esgoto e água tratada.
A Constituição Federal e o [https://www.gov.br/cidades/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/saneamento/plano-nacional-de-saneamento-basico-plansab Plano Nacional de Saneamento Básico] determinam o acesso universal aos serviços de esgoto e água tratada.


As favelas são frequentemente excluídas das políticas públicas de saneamento, reforçando desigualdades.
As favelas são frequentemente excluídas das políticas públicas de saneamento, reforçando desigualdades.
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Abordagem dialética baseada em revisão bibliográfica e análise de dados governamentais.
Abordagem dialética baseada em revisão bibliográfica e análise de dados governamentais.


Pesquisa documental indireta com estatísticas do IBGE e do Instituto Trata Brasil.
Pesquisa documental indireta com estatísticas do IBGE e do [https://tratabrasil.org.br/ Instituto Trata Brasil].


Dados coletados sobre o saneamento e histórico populacional da favela Jardim Nova Esperança.
Dados coletados sobre o saneamento e histórico populacional da favela Jardim Nova Esperança.
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== 6. Referências ==
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DALLABRIDA, V. R. Teoria como Desenvolvimento: Aproximações Teóricas que tentam explicar possibilidades e desafios quanto ao desenvolvimento de lugares, regiões, territórios ou países. Curitiba: CRV, 2017.
DALLABRIDA, V. R. Território e Governança Territorial, Patrimônio e Desenvolvimento Territorial: Estrutura, processo, forma e extensão numa dinâmica territorial do desenvolvimento. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 16, n. 2, p. 63-78, 2020. Disponível em: <nowiki>https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/5395</nowiki>. Acesso em: 23 maio 2024.
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FUINI, L. L. Território, Territorialização e Territorialidade: O uso da música para uma compreensão de conceitos geográficos. Terr@Plural, v. 8, n. 1, p. 225-249, 2014. Disponível em: <nowiki>https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/6155</nowiki>. Acesso em: 28 maio 2024.
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SANTOS, M. O Espaço Dividido: Os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. 2ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: EDUSP, 2002.
SANTOS, M. Pensando o Espaço do Homem. São Paulo: EDUSP, 2012.
SANTOS, M. Técnica, Espaço, Tempo. São Paulo: EDUSP, 2013.
SANTOS, M. Metamorfose do Espaço Habitado. São Paulo: EDUSP, 2014.
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== Ver também ==
== Ver também ==
[[Marielle Franco]]
[[Inteligência bandida (artigo)]]
[[Ainda posso falar (artigo)]]


[[Escutemos Marielle (artigo)]]
* [[Água e saneamento básico na Rocinha]]
* [[Programa de Saneamento para Populações em Áreas de Baixa Renda (Prosanear) - Dione Maria Nichols (entrevista)]]
* [[Vivendo com os pés no esgoto]]
* [[Cocôzap]]
* [[Biossistema de saneamento ecológico do Vale Encantado]]
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Edição atual tal como às 15h36min de 14 de março de 2025


O artigo apresentado neste verbete que desenvolve uma análise crítica do desenvolvimento territorial de São José dos Campos-SP, destacando a evolução da favela Jardim Nova Esperança e sua vulnerabilidade em relação ao saneamento básico. Apesar de estar localizada em um dos municípios mais desenvolvidos do Brasil, a comunidade enfrenta desafios como irregularidade fundiária e precariedade dos serviços de esgotamento sanitário, refletindo uma realidade de exclusão e segregação socioespacial.


Autoria do artigo: José Moacir de Sousa Vieira, Mario Valério Filho; Rodolfo Moreda Mendes, Cilene Gomes, Luana Braz Villanova. Autor do verbete: Reprodução

Sobre a autoria do verbete[editar | editar código-fonte]

Conteúdo do artigo reproduzido pelo Dicionário de Favelas Marielle Franco[1]

Artigo[editar | editar código-fonte]

1. Introdução[editar | editar código-fonte]

O estudo aborda as desigualdades do desenvolvimento territorial em São José dos Campos-SP.

Destaca a precariedade do saneamento básico na favela Jardim Nova Esperança.

São José dos Campos é reconhecida como uma das cidades mais desenvolvidas do Brasil, mas abriga desigualdades estruturais profundas.

A pesquisa utiliza a Abordagem Territorial do Desenvolvimento para analisar o impacto da vulnerabilidade do saneamento.

2. Referencial Teórico[editar | editar código-fonte]

2.1. Desenvolvimento Territorial[editar | editar código-fonte]

O conceito de território inclui relações de poder, identidade territorial e processos de apropriação do espaço.

O desenvolvimento territorial deve considerar aspectos históricos, políticos e sociais que impactam a população.

A cidade é um reflexo das contradições sociais e econômicas.

2.2. Saneamento Básico como Direito[editar | editar código-fonte]

Acesso ao saneamento é um direito humano essencial para qualidade de vida e saúde pública.

A Constituição Federal e o Plano Nacional de Saneamento Básico determinam o acesso universal aos serviços de esgoto e água tratada.

As favelas são frequentemente excluídas das políticas públicas de saneamento, reforçando desigualdades.

3. Metodologia[editar | editar código-fonte]

Abordagem dialética baseada em revisão bibliográfica e análise de dados governamentais.

Pesquisa documental indireta com estatísticas do IBGE e do Instituto Trata Brasil.

Dados coletados sobre o saneamento e histórico populacional da favela Jardim Nova Esperança.

4. Resultados e Discussões[editar | editar código-fonte]

4.1. São José dos Campos e as Contradições do Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

A cidade possui uma das maiores taxas de saneamento do Brasil, mas há desigualdade na distribuição dos serviços.

100% de coleta de esgoto no município, mas apenas 94,63% de tratamento em 2022.

A favela Jardim Nova Esperança é marginalizada e sofre com a falta de infraestrutura adequada.

4.2. Histórico da Favela Jardim Nova Esperança[editar | editar código-fonte]

Criada há mais de 100 anos, é também conhecida como Banhado.

Sofre com ameaças de remoção por estar em uma área valorizada da cidade.

Economia local baseada no trabalho informal e comércio de rua.

Falta de regularização fundiária impede melhorias na infraestrutura.

4.3. A Precariedade do Saneamento Básico[editar | editar código-fonte]

A favela tem redes de esgoto improvisadas, expondo moradores a doenças.

Relatos de esgoto a céu aberto e descarte inadequado de resíduos sólidos.

A falta de saneamento impacta diretamente a saúde da população, aumentando casos de diarreia, infecções e doenças respiratórias.

4.4. Governança Territorial e Exclusão[editar | editar código-fonte]

O município adota um modelo de desenvolvimento que favorece áreas nobres e ignora as periferias.

Políticas de saneamento não incluem a favela Jardim Nova Esperança, reforçando segregação socioespacial.

Pressões imobiliárias impulsionam remoções de comunidades vulneráveis.

5. Considerações Finais[editar | editar código-fonte]

A favela Jardim Nova Esperança evidencia o desenvolvimento territorial perverso e as falhas na distribuição dos serviços públicos.

Há uma contradição entre o status de São José dos Campos como cidade desenvolvida e a exclusão de certas áreas.

Acesso ao saneamento é uma questão de direito e cidadania.

Políticas públicas precisam ser mais inclusivas e participativas para garantir justiça social.

Recomenda-se maior investimento em infraestrutura e regularização fundiária da favela.

PDF do artigo Completo[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

  1. VIEIRA, José Moacir de Sousa; VALÉRIO FILHO, Mario; MENDES, Rodolfo Moreda; GOMES, Cilene; VILLANOVA, Luana Braz. Desenvolvimento territorial perverso: A precariedade do saneamento básico na Favela Jardim Nova Esperança em São José dos Campos-SP. Desenvolvimento em Questão, [S. l.], v. 23, n. 62, p. e16040, 2025. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao/article/view/16040. Acesso em: 10 mar. 2025.