Fórum Favela - Universidade: mudanças entre as edições
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Inspirados pelo tema “Ciência para redução das desigualdades sociais” da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2018, a Fiocruz, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e as organizações de base socio comunitária de Manguinhos e da [[Complexo da Maré|Maré]] propuseram uma agenda de atividades para além dos dias em que ocorre o evento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Para tanto, colocou-se em diálogo os estudantes e egressos de cursos de pós-graduação moradores dessas favelas tendo como referência os princípios da ciência cidadã. | |||
Autoria: Natália Fazzioni | |||
== Sobre o fórum == | |||
Com esse intuito, o Fórum Favela-Universidade promove rodas de conversa Universitárixs e faveladxs – Quais caminhos levam a universidade para favela e a favela para universidade? voltadas sobretudo para moradores de favelas do Rio de Janeiro que tenham cursado ou estejam cursando o ensino superior - graduação ou pós-graduação -, ou pré-vestibulares comunitários em favelas. Até hoje, foram realizadas sete edições da roda, que ocorreram alternadamente nos espaços do Museu da Maré, Espaço Casa Viva (Rede CCAP/Manguinhos), Museu da Vida (Fiocruz) e Faculdade de Letras (UFRJ). | |||
Os encontros do fórum propiciam a partilha de saberes para tratar sobre a produção acadêmica da e sobre a favela; a importância do conhecimento construído por universitários de favelas na realidade de suas comunidades; o impacto das barreiras educacionais, burocráticas e de discriminação racial na saúde mental desses estudantes, entre outras. A partir das rodas de conversas e de grupos de trabalho, o Fórum apontou ainda para construção de jornadas científicas das favelas, a serem realizadas no ano de 2020. | |||
Para além disso, durante os encontros, evidenciou-se a necessidade de criação de grupos de trabalho (GTs) para encaminhamento de propostas que atendessem às demandas discutidas. Foram então criados os seguintes grupos de trabalho: | |||
GT de Pesquisa: para mapear a trajetória dos estudantes egressos e suas produções científicas; | |||
GT de Saúde Mental: centrado na análise dos impactos psicossociais advindos das experiências dos estudantes na universidade; | |||
GT de Participação Social: com foco no fortalecimento de espaços de memória e identidade; | |||
GT de Comunicação: com objetivo de desenvolver estratégias de comunicação interna e divulgação dos encontros. | |||
== Algumas das atividades construídas a partir do encontro dos grupos foram: == | |||
Encontro Favela-Universidade: caminhos, encontros, interseções | |||
Nos dias 27, 28 e 29 de março de 2019 aconteceu o Encontro Favela-Universidade: caminhos, encontros, interseções, na Faculdade de Letras da UFRJ. O evento apresentou projetos de extensão realizados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e projetos em cooperação social desenvolvidos pela Fundação Oswaldo Cruz em Maré e Manguinhos, além de iniciativas de atores sociais desses territórios. | |||
2º Encontro de Curadoria com Participação Social | |||
O 2º Encontro de Curadoria com Participação Social aconteceu nos dias 12 e 13 de abril de 2019, com o objetivo de conhecer experiências culturais participativas realizadas por movimentos sociais das comunidades vizinhas à Fiocruz e, coletivamente, construir caminhos para que a curadoria com participação social se transforme em uma rotina em museus de ciências, como o Museu da Vida. Os assuntos discutidos foram ações educativas em exposições participativas; comunicação; metodologias participativas para a escolha de temas para exposições; criação de exposições com participação social: desafios e problemas; iniciativas culturais, participação social e garantia de direitos; e mobilização em ações culturais: construir e agir. | |||
== Compõem a rede: == | |||
Coordenação de Cooperação Social (Presidência) | |||
Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz) | |||
Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) | |||
Cooperação Social do Instituto Oswaldo Cruz(IOC) | |||
Responsabilidade Socioambiental de Bio-Manguinhos(Somar/Bio-Manguinhos) | |||
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict) | |||
Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca(Ensp) | |||
Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré(Ceasm) | |||
Museu da Maré | |||
Rede de Empreendimentos Sociais para o Desenvolvimento Socialmente Justo, Democrático e Sustentável (RedeCCAP) | |||
Redes da Maré | |||
== | ==Ver também== | ||
*[[Paulo Freire e a luta por uma universidade pública popular-revolucionária (artigo)]] | *[[Paulo Freire e a luta por uma universidade pública popular-revolucionária (artigo)]] | ||
*[[Tópicos Especiais em Organização da Educação no Brasil (disciplina acadêmica)]] | *[[Tópicos Especiais em Organização da Educação no Brasil (disciplina acadêmica)]] | ||
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Edição das 19h34min de 23 de agosto de 2023
Inspirados pelo tema “Ciência para redução das desigualdades sociais” da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2018, a Fiocruz, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e as organizações de base socio comunitária de Manguinhos e da Maré propuseram uma agenda de atividades para além dos dias em que ocorre o evento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Para tanto, colocou-se em diálogo os estudantes e egressos de cursos de pós-graduação moradores dessas favelas tendo como referência os princípios da ciência cidadã.
Autoria: Natália Fazzioni
Sobre o fórum
Com esse intuito, o Fórum Favela-Universidade promove rodas de conversa Universitárixs e faveladxs – Quais caminhos levam a universidade para favela e a favela para universidade? voltadas sobretudo para moradores de favelas do Rio de Janeiro que tenham cursado ou estejam cursando o ensino superior - graduação ou pós-graduação -, ou pré-vestibulares comunitários em favelas. Até hoje, foram realizadas sete edições da roda, que ocorreram alternadamente nos espaços do Museu da Maré, Espaço Casa Viva (Rede CCAP/Manguinhos), Museu da Vida (Fiocruz) e Faculdade de Letras (UFRJ).
Os encontros do fórum propiciam a partilha de saberes para tratar sobre a produção acadêmica da e sobre a favela; a importância do conhecimento construído por universitários de favelas na realidade de suas comunidades; o impacto das barreiras educacionais, burocráticas e de discriminação racial na saúde mental desses estudantes, entre outras. A partir das rodas de conversas e de grupos de trabalho, o Fórum apontou ainda para construção de jornadas científicas das favelas, a serem realizadas no ano de 2020.
Para além disso, durante os encontros, evidenciou-se a necessidade de criação de grupos de trabalho (GTs) para encaminhamento de propostas que atendessem às demandas discutidas. Foram então criados os seguintes grupos de trabalho:
GT de Pesquisa: para mapear a trajetória dos estudantes egressos e suas produções científicas;
GT de Saúde Mental: centrado na análise dos impactos psicossociais advindos das experiências dos estudantes na universidade;
GT de Participação Social: com foco no fortalecimento de espaços de memória e identidade;
GT de Comunicação: com objetivo de desenvolver estratégias de comunicação interna e divulgação dos encontros.
Algumas das atividades construídas a partir do encontro dos grupos foram:
Encontro Favela-Universidade: caminhos, encontros, interseções
Nos dias 27, 28 e 29 de março de 2019 aconteceu o Encontro Favela-Universidade: caminhos, encontros, interseções, na Faculdade de Letras da UFRJ. O evento apresentou projetos de extensão realizados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e projetos em cooperação social desenvolvidos pela Fundação Oswaldo Cruz em Maré e Manguinhos, além de iniciativas de atores sociais desses territórios.
2º Encontro de Curadoria com Participação Social
O 2º Encontro de Curadoria com Participação Social aconteceu nos dias 12 e 13 de abril de 2019, com o objetivo de conhecer experiências culturais participativas realizadas por movimentos sociais das comunidades vizinhas à Fiocruz e, coletivamente, construir caminhos para que a curadoria com participação social se transforme em uma rotina em museus de ciências, como o Museu da Vida. Os assuntos discutidos foram ações educativas em exposições participativas; comunicação; metodologias participativas para a escolha de temas para exposições; criação de exposições com participação social: desafios e problemas; iniciativas culturais, participação social e garantia de direitos; e mobilização em ações culturais: construir e agir.
Compõem a rede:
Coordenação de Cooperação Social (Presidência)
Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz)
Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Cooperação Social do Instituto Oswaldo Cruz(IOC)
Responsabilidade Socioambiental de Bio-Manguinhos(Somar/Bio-Manguinhos)
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict)
Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca(Ensp)
Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré(Ceasm)
Museu da Maré
Rede de Empreendimentos Sociais para o Desenvolvimento Socialmente Justo, Democrático e Sustentável (RedeCCAP)
Redes da Maré
Ver também
- Paulo Freire e a luta por uma universidade pública popular-revolucionária (artigo)
- Tópicos Especiais em Organização da Educação no Brasil (disciplina acadêmica)
- Universidade das Quebradas
- Unifavelas (projeto)
- Ações Afirmativas no acesso ao Ensino Superior
- Favela e Ciência (podcast)