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A Ocupação Chiquinha Gonzaga foi fundada em 2004 na Rua Barão de São Felix, Central, e por sua resistência e atuação já foi considerada uma "ocupação-mãe" por estimular outras ocupações na área central. Apoiou as antigas ocupações Zumbi dos Palmares, Machado de Assis, Flor do Asfalto, dentre outras. Diferindo de outros movimentos de moradia, a Ocupação Chiquinha Gonzaga fazia parte de uma rede de ocupações que tinha como preceito democrático a auto-organização e a assembléia de moradores como instância máxima decisória, sem passar por coordenações fechadas.
A [[Ocupação Chiquinha Gonzaga]] foi fundada em 2004 na Rua Barão de São Felix, no Centro do município do Rio de Janeiro, e, por sua resistência e atuação, já foi considerada uma "ocupação-mãe" ao estimular outras ocupações na mesma área central.  
Autoria: <bdi>Clara Chequetti</bdi>


A ocupação foi fundada por uma congregação de movimentos e individualidades ligados à FLP (Frente de Luta Popular) e ao CMP (Central dos Movimentos Populares). O prédio de 12 andares pertencia ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e estava abandonado há mais de 20 anos. A eclosão da ocupação participava de uma conjuntura de crescentes ocupações e "invasões" no centro da cidade pela proliferação de imóveis sem uso no início dos anos 2000.
== História ==
A Ocupação Chiquinha Gonzaga foi fundada em 2004 na Rua Barão de São Felix, Central, e, por sua resistência e atuação já foi considerada uma "ocupação-mãe", por estimular outras [[Território e ocupação: afinal, de que regime se trata? (artigo)|ocupações]] na área central. Apoiou as antigas ocupações [[Ocupação Aldeia Zumbi dos Palmares|Zumbi dos Palmares]], Machado de Assis, Flor do Asfalto, dentre outras. Diferindo de outros movimentos de [[moradia]], a Ocupação Chiquinha Gonzaga fazia parte de uma rede de ocupações que tinha como preceito democrático a auto-organização e a assembleia de moradores como instância máxima decisória, sem passar por coordenações fechadas.


Desde 2008 aguardam a verba do Fundo Nacional para Habitação de Interesse Social (FNHIS) aprovada em edital do Ministério das Cidades para a reforma do prédio. Embora lute com problemas infraestruturais e com o assédio da violência urbana que cresceu nos arredores da Central pós-pacificação, sua história, sua proposta e sua existência continuam a inspirar ideias de uma cidade mais justa e o direito à moradia no centro da cidade para os trabalhadores.
A ocupação foi fundada por uma congregação de [[Movimentos sociais no Rio de Janeiro (2007-2022)|movimentos]] e individualidades ligados à FLP (Frente de Luta Popular) e ao CMP (Central dos Movimentos Populares). O prédio de 12 andares pertencia ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e estava abandonado há mais de 20 anos. A eclosão da ocupação participava de uma conjuntura de crescentes ocupações e "invasões" no centro da cidade pela proliferação de imóveis sem uso no início dos anos 2000.


Trabalhos acadêmicos sobre a Ocupação Chiquinha Gonzaga
Desde 2008, aguardam a verba do Fundo Nacional para Habitação de Interesse Social (FNHIS), aprovada em edital do Ministério das Cidades, para a reforma do prédio. Embora lute com problemas infraestruturais e com o assédio da violência urbana que cresceu nos arredores da Central pós-[[Vamos falar de Pacificação (artigo)|pacificação]], sua história, sua proposta e sua existência continuam a inspirar ideias de uma cidade mais justa e o [[Direito à moradia - episódio 15 (programa)|direito à moradia]] no centro da cidade para os trabalhadores.


Azevedo, Larissa Lima. Ocupação sem-teto Chiquinha Gonzaga: do conflito social à efetivação do direito à moradia. Monografia (Graduação em Direito) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009.
== Trabalhos acadêmicos sobre a Ocupação Chiquinha Gonzaga ==
FREIRE, Pedro. Porto dos Desterros. Dissertação de Mestrado. UFF, 2011.
 
MAMARI, Fernando. Se morar é um direito, ocupar é um dever! As ocupações de sem-teto na metrópole do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
* AZEVEDO, Larissa Lima. Ocupação sem-teto Chiquinha Gonzaga: do conflito social à efetivação do direito à moradia. Monografia (Graduação em Direito) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009.
TEIXEIRA, Eduardo Tomazine. GRANDI, Matheus da Silveira. O agir comunicativo e sua espacialidade: Reflexões a partir do exemplo da ocupação Chiquinha Gonzaga, no Centro do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.geografia.ufrj.br/nuped/textos/agircomunicativo_e_espacialidade.pdf>. Acesso em: 21 de nov. 2009.
* FREIRE, Pedro. Porto dos Desterros. Dissertação de Mestrado. UFF, 2011.
* MAMARI, Fernando. Se morar é um direito, ocupar é um dever! As ocupações de sem-teto na metrópole do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
* TEIXEIRA, Eduardo Tomazine. GRANDI, Matheus da Silveira. O agir comunicativo e sua espacialidade: Reflexões a partir do exemplo da ocupação Chiquinha Gonzaga, no Centro do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.geografia.ufrj.br/nuped/textos/agircomunicativo_e_espacialidade.pdf>. Acesso em: 21 de nov. 2009.
 
== Ver também ==
[[Ocupação Gamboa]]
 
[[Ocupação Vira-Lata]]
 
[[A habitação não pode estar sujeita à lógica financeira (entrevista)]]
 
[[Regularização Urbanística e Fundiária]]
[[Categoria:Temática - Habitação]]
[[Categoria:Moradia]]
[[Categoria:Habitação]]
[[Categoria:Ocupações]]
[[Categoria:Direito à moradia]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]

Edição atual tal como às 13h12min de 9 de abril de 2024

A Ocupação Chiquinha Gonzaga foi fundada em 2004 na Rua Barão de São Felix, no Centro do município do Rio de Janeiro, e, por sua resistência e atuação, já foi considerada uma "ocupação-mãe" ao estimular outras ocupações na mesma área central.

Autoria: Clara Chequetti

História[editar | editar código-fonte]

A Ocupação Chiquinha Gonzaga foi fundada em 2004 na Rua Barão de São Felix, Central, e, por sua resistência e atuação já foi considerada uma "ocupação-mãe", por estimular outras ocupações na área central. Apoiou as antigas ocupações Zumbi dos Palmares, Machado de Assis, Flor do Asfalto, dentre outras. Diferindo de outros movimentos de moradia, a Ocupação Chiquinha Gonzaga fazia parte de uma rede de ocupações que tinha como preceito democrático a auto-organização e a assembleia de moradores como instância máxima decisória, sem passar por coordenações fechadas.

A ocupação foi fundada por uma congregação de movimentos e individualidades ligados à FLP (Frente de Luta Popular) e ao CMP (Central dos Movimentos Populares). O prédio de 12 andares pertencia ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e estava abandonado há mais de 20 anos. A eclosão da ocupação participava de uma conjuntura de crescentes ocupações e "invasões" no centro da cidade pela proliferação de imóveis sem uso no início dos anos 2000.

Desde 2008, aguardam a verba do Fundo Nacional para Habitação de Interesse Social (FNHIS), aprovada em edital do Ministério das Cidades, para a reforma do prédio. Embora lute com problemas infraestruturais e com o assédio da violência urbana que cresceu nos arredores da Central pós-pacificação, sua história, sua proposta e sua existência continuam a inspirar ideias de uma cidade mais justa e o direito à moradia no centro da cidade para os trabalhadores.

Trabalhos acadêmicos sobre a Ocupação Chiquinha Gonzaga[editar | editar código-fonte]

  • AZEVEDO, Larissa Lima. Ocupação sem-teto Chiquinha Gonzaga: do conflito social à efetivação do direito à moradia. Monografia (Graduação em Direito) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009.
  • FREIRE, Pedro. Porto dos Desterros. Dissertação de Mestrado. UFF, 2011.
  • MAMARI, Fernando. Se morar é um direito, ocupar é um dever! As ocupações de sem-teto na metrópole do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
  • TEIXEIRA, Eduardo Tomazine. GRANDI, Matheus da Silveira. O agir comunicativo e sua espacialidade: Reflexões a partir do exemplo da ocupação Chiquinha Gonzaga, no Centro do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.geografia.ufrj.br/nuped/textos/agircomunicativo_e_espacialidade.pdf>. Acesso em: 21 de nov. 2009.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ocupação Gamboa

Ocupação Vira-Lata

A habitação não pode estar sujeita à lógica financeira (entrevista)

Regularização Urbanística e Fundiária