Memória Viva - Marcelo Dias (série de entrevistas): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
(Criou página com 'O projeto “Memória Viva” está baseado no registro de memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro. Neste episódio, temos a participação de Marcelo Dias. Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Marcelo Dias (Filiado ao IPCN (Instituto de Pesquisas das Culturas Negras) desde 1987, sendo membro do Conselho Diretor, e mi...')
 
Sem resumo de edição
Linha 4: Linha 4:


== Apresentação do projeto ==
== Apresentação do projeto ==
[[Arquivo:Monica Francisco - Memoria Viva.png|esquerda|miniaturadaimagem|Monica Francisco - Memoria]]
O Memória Viva é apresentado por [[Mônica Francisco (PSOL/RJ) - Borel - RJ|Mônica Francisco]], liderança histórica do Morro do Borel, cientista social e ex-deputada estadual, que a cada episódio bate um papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas.
O Memória Viva é apresentado por [[Mônica Francisco (PSOL/RJ) - Borel - RJ|Mônica Francisco]], liderança histórica do Morro do Borel, cientista social e ex-deputada estadual, que a cada episódio bate um papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas.


Linha 14: Linha 15:


== Surgimento do MNU (Movimento Negro Unificado) ==
== Surgimento do MNU (Movimento Negro Unificado) ==
[[Arquivo:MNU.png|miniaturadaimagem|MNU]]
Em 18 de junho de 1978 representantes de várias grupos se reuniram, em resposta à discriminação racial sofrida por quatro garotos do time infantil de voleibol do Clube de Regatas Tietê e a prisão, tortura e morte de Robison Silveira da Luz, trabalhador, pai de família, acusado de roubar frutas numa feira, sendo torturado no 44 Distrito Policial de Guaianases, vindo a falecer em consequência às torturas.
Em 18 de junho de 1978 representantes de várias grupos se reuniram, em resposta à discriminação racial sofrida por quatro garotos do time infantil de voleibol do Clube de Regatas Tietê e a prisão, tortura e morte de Robison Silveira da Luz, trabalhador, pai de família, acusado de roubar frutas numa feira, sendo torturado no 44 Distrito Policial de Guaianases, vindo a falecer em consequência às torturas.


Linha 20: Linha 22:
O lançamento público aconteceu numa manifestação no dia 7 de julho, do mesmo ano, nas escadarias do Teatro Municipal da Cidade de São Paulo, reunindo duas mil pessoas, segundo o jornal "Folha de São Paulo", em plena Ditadura Militar.
O lançamento público aconteceu numa manifestação no dia 7 de julho, do mesmo ano, nas escadarias do Teatro Municipal da Cidade de São Paulo, reunindo duas mil pessoas, segundo o jornal "Folha de São Paulo", em plena Ditadura Militar.


'''Depoimento sobre o nascimento do MNU:'''{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=BV_bKpM6j_Y}}Com a criação do Movimento e seu lançamento público, mudamos a forma de enfrentar o racismo e a discriminação racial no país. Já no dia 7 de julho, participaram entidades do estado do Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa das Culturas Negras – IPCN, Centro de Estudos Brasil África – CEBA, Escola de Samba Quilombos, Renascença Clube, Núcleo Negro Socialista, Olorum Baba Min, Sociedade de Intercâmbio Brasil África – SINBA.
'''Sobre o nascimento do MNU:'''{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=BV_bKpM6j_Y}}Com a criação do Movimento e seu lançamento público, mudamos a forma de enfrentar o racismo e a discriminação racial no país. Já no dia 7 de julho, participaram entidades do estado do Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa das Culturas Negras – IPCN, Centro de Estudos Brasil África – CEBA, Escola de Samba Quilombos, Renascença Clube, Núcleo Negro Socialista, Olorum Baba Min, Sociedade de Intercâmbio Brasil África – SINBA.


Cinco entidades da Bahia nos enviaram moções de apoio à manifestação.
Cinco entidades da Bahia nos enviaram moções de apoio à manifestação.
Linha 29: Linha 31:


== Fotos ==
== Fotos ==
[[Arquivo:MNU - Luta 2.jpg|centro|miniaturadaimagem|Marcelo Dias e Marielle Franco, na Portela]]
[[Arquivo:MNU - Luta.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|MNU - Luta]]
[[Arquivo:Secretário da Associação da Vila Cruzeiro - 1981.jpg|miniaturadaimagem|Secretário da Associação da Vila Cruzeiro - 1981]]
[[Arquivo:Marcelo Dias e o Presidente Lula - 1990.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Marcelo Dias e o Presidente Lula - 1990]]
[[Arquivo:Winnie Mandela e Nelson Mandela, juntos com Marcelo Dias - Copacabana, 1991.jpg|alt=1995 - Encontro Internacional dos Trabalhadores em Cuba - Marcelo Dias, entregou a Fidel Castro a Medalha Tiradentes|centro|miniaturadaimagem|300x300px|1995 - Encontro Internacional dos Trabalhadores em Cuba - Marcelo Dias, entregou a Fidel Castro a Medalha Tiradentes]]
[[Arquivo:Marcelo Dias .jpg|miniaturadaimagem|Violência Racial]]
[[Arquivo:Marcelo Dias e o Ministro Lewandowski.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Marcelo Dias e o Ministro Lewandowski]]
[[Arquivo:Marcelo Dias 3.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Presidente da CEVENB OAB /RJ]]
[[Arquivo:Mrcelo Dias 4.jpg|centro|miniaturadaimagem|Marcelo Dias e Elinda Lucinda - OAB/RJ]]
[[Arquivo:Conceição Evaristo e Marcelo Dias.jpg|centro|miniaturadaimagem|Conceição Evaristo e Marcelo Dias]]
[[Arquivo:Marcelo Dias 5.jpg|miniaturadaimagem]]
[[Arquivo:Marcelo Dias 6.jpg|centro|miniaturadaimagem|Marcelo Dias 6]]





Edição das 12h22min de 6 de junho de 2024

O projeto “Memória Viva” está baseado no registro de memórias de lideranças moradoras de diferentes favelas do estado do Rio de Janeiro. Neste episódio, temos a participação de Marcelo Dias.

Autoria - Entrevistadora: Mônica Francisco / Entrevistado: Marcelo Dias (Filiado ao IPCN (Instituto de Pesquisas das Culturas Negras) desde 1987, sendo membro do Conselho Diretor, e militante do MNU (Movimento Negro Unificado).
Marcelo Dias

Apresentação do projeto

Monica Francisco - Memoria

O Memória Viva é apresentado por Mônica Francisco, liderança histórica do Morro do Borel, cientista social e ex-deputada estadual, que a cada episódio bate um papo sobre as trajetórias de lideranças de favelas do Rio de Janeiro. A ideia do projeto é criar um espaço de conversa no qual moradores possam reviver lembranças do passado, fazer análises da presente conjuntura e debater perspectivas sobre o futuro das favelas.

As gravações foram realizadas em diferentes locações com apoio da equipe da VideoSaúde e a série se inspira em alguns projetos que já trabalharam o registro de memórias, como o "A favela fala" (CPDOC/FGV), o "Espelho" (Canal Brasil), o "Conexões Urbanas" (Multishow),a série "Memórias" (Bom Dia Rio) e o programa Papo na Laje (TVC Rio).

A previsão de lançamento do projeto é novembro de 2024, sendo lançado primeiramente os vídeos que ficarão disponíveis para acesso virtual e gratuito na plataforma da wikiFavelas e, além disso, os episódios serão transformados em podcasts.

Minibiografia - Marcelo Dias

Advogado com pós-graduação em Direitos Humanos pela Cândido Mendes, membro da Frente Democrática da Advocacia e da Frente de Juristas Negras e Negros. É filiado ao IPCN (Instituto de Pesquisas das Culturas Negras) desde 1987, sendo membro do Conselho Diretor, e militante do MNU (Movimento Negro Unificado).

Surgimento do MNU (Movimento Negro Unificado)

MNU

Em 18 de junho de 1978 representantes de várias grupos se reuniram, em resposta à discriminação racial sofrida por quatro garotos do time infantil de voleibol do Clube de Regatas Tietê e a prisão, tortura e morte de Robison Silveira da Luz, trabalhador, pai de família, acusado de roubar frutas numa feira, sendo torturado no 44 Distrito Policial de Guaianases, vindo a falecer em consequência às torturas.

Representantes de atletas e artistas negros, entidades do movimento negro: Centro de Cultura e Arte Negra – CECAN, Grupo Afro-Latino América, Associação Cultural Brasil Jovem, Instituto Brasileiro de Estudos Africanistas – IBEA e Câmara de Comércio Afro-Brasileiro, representada pelo filho do Deputado Adalberto Camargo, decidiram pela criação de um Movimento Unificado Contra a Discriminação Racial.

O lançamento público aconteceu numa manifestação no dia 7 de julho, do mesmo ano, nas escadarias do Teatro Municipal da Cidade de São Paulo, reunindo duas mil pessoas, segundo o jornal "Folha de São Paulo", em plena Ditadura Militar.

Sobre o nascimento do MNU:

Com a criação do Movimento e seu lançamento público, mudamos a forma de enfrentar o racismo e a discriminação racial no país. Já no dia 7 de julho, participaram entidades do estado do Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa das Culturas Negras – IPCN, Centro de Estudos Brasil África – CEBA, Escola de Samba Quilombos, Renascença Clube, Núcleo Negro Socialista, Olorum Baba Min, Sociedade de Intercâmbio Brasil África – SINBA.

Cinco entidades da Bahia nos enviaram moções de apoio à manifestação.

Prisioneiros da Casa de Detenção do Carandinru, enviaram um documento se integrando ao movimento, denunciando as condições desumanas em que viviam os presos e o racismo do sistema judiciário e do sistema prisional – Centro de Luta Netos de Zumbi.

Participaram do Ato, também, Lélia Gonzales e o professor Abdias do Nascimento.

Clique aqui, leia tudo sobre o assunto!

Fotos

Marcelo Dias e Marielle Franco, na Portela
MNU - Luta
Secretário da Associação da Vila Cruzeiro - 1981
Marcelo Dias e o Presidente Lula - 1990
1995 - Encontro Internacional dos Trabalhadores em Cuba - Marcelo Dias, entregou a Fidel Castro a Medalha Tiradentes
1995 - Encontro Internacional dos Trabalhadores em Cuba - Marcelo Dias, entregou a Fidel Castro a Medalha Tiradentes
Violência Racial
Marcelo Dias e o Ministro Lewandowski
Presidente da CEVENB OAB /RJ


Marcelo Dias e Elinda Lucinda - OAB/RJ


Conceição Evaristo e Marcelo Dias
Marcelo Dias 5.jpg


Marcelo Dias 6



Ver também