100 mulheres negras brasileiras importantes: mudanças entre as edições
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O presente verbete apresenta uma lista (em construção e expansão) feita pela artista Zilá Lima, que reúne 100 mulheres negras importantes na história, como forma de resgatar, por meio da arte e cultura, a memória e história das mulheres. Essa lista se chama "lista de Mães Áfricas", organizada pela artista Zilá Lima para seu show, contando sobre mulheres negras de todos os tempos e de várias áreas que permanecem unidas na luta por um mundo melhor e mais justo. O show em que a lista é apresentada se chama "Cantando Memórias". A lista está em expansão, tanto no tocante aos nomes quanto em relação à descrição sobre o trabalho de cada uma. O objetivo nas apresentações, além de discutir um pouco dessas mulheres com o público e estimular a busca por mais informações a respeito delas, é receber mais nomes de mulheres inspiradoras. | O presente verbete apresenta uma lista (em construção e expansão) feita pela artista Zilá Lima, que reúne 100 mulheres negras importantes na história, como forma de resgatar, por meio da arte e cultura, a memória e história das mulheres. Essa lista se chama "lista de Mães Áfricas", organizada pela artista Zilá Lima para seu show, contando sobre mulheres negras de todos os tempos e de várias áreas que permanecem unidas na luta por um mundo melhor e mais justo. O show em que a lista é apresentada se chama "Cantando Memórias". A lista está em expansão, tanto no tocante aos nomes quanto em relação à descrição sobre o trabalho de cada uma. O objetivo nas apresentações, além de discutir um pouco dessas mulheres com o público e estimular a busca por mais informações a respeito delas, é receber mais nomes de mulheres inspiradoras. | ||
Autoria: Zilá Lima. | Autoria: Zilá Lima. | ||
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== Sobre == | == Sobre == | ||
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'''[[Marielle Franco|Marielle Francisco da Silva]]''' (Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 – Rio de Janeiro, 14 de março de 2018) - conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga, ativista e política brasileira. | '''[[Marielle Franco|Marielle Francisco da Silva]]''' (Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 – Rio de Janeiro, 14 de março de 2018) - conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga, ativista e política brasileira. | ||
'''Teresa de Benguela''' (Reino de Benguela, c. 1700 - Capitania de Mato Grosso, 1770) - foi uma líder quilombola que viveu em lugar incerto, mas sabe-se que o Quilombo do Piolho ou Quariterê –, no qual liderou, estava às margens do rio Guaporé, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso | '''Teresa de Benguela''' (Reino de Benguela, c. 1700 - Capitania de Mato Grosso, 1770) - foi uma líder quilombola que viveu em lugar incerto, mas sabe-se que o Quilombo do Piolho ou Quariterê –, no qual liderou, estava às margens do rio Guaporé, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso | ||
'''Adelina, a charuteira''' (São Luís do Maranhão, século XIX) - foi uma mulher escravizada e abolicionista brasileira. | '''Adelina, a charuteira''' (São Luís do Maranhão, século XIX) - foi uma mulher escravizada e abolicionista brasileira. | ||
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'''Marcelina''' - uma das três mulheres que fizeram a história do Campinho da Independência, em Paraty. | '''Marcelina''' - uma das três mulheres que fizeram a história do Campinho da Independência, em Paraty. | ||
'''Carolina Maria de Jesus''' (Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977) - foi uma escritora, compositora, cantora e poetisa brasileira. | '''[[Carolina Maria de Jesus]]''' (Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977) - foi uma escritora, compositora, cantora e poetisa brasileira. | ||
'''Anajá Caetano''' - nasceu em São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, região cafeeira próxima à divisa com São Paulo. Sua data de nascimento, assim como fotos e demais dados biográficos, permanecem até hoje envoltos em mistério. As poucas informações impressas a que se tem acesso constam dos paratextos presentes no único romance de sua autoria encontrado até o momento: Negra Efigênia, paixão do senhor branco, publicado em São Paulo, em 1966, e hoje fora de circulação. | '''Anajá Caetano''' - nasceu em São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, região cafeeira próxima à divisa com São Paulo. Sua data de nascimento, assim como fotos e demais dados biográficos, permanecem até hoje envoltos em mistério. As poucas informações impressas a que se tem acesso constam dos paratextos presentes no único romance de sua autoria encontrado até o momento: Negra Efigênia, paixão do senhor branco, publicado em São Paulo, em 1966, e hoje fora de circulação. | ||
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'''Antonieta de Barros''' (Florianópolis, 11 de julho de 1901 — Florianópolis, 28 de março de 1952) - foi uma jornalista, professora e política brasileira. Foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos. | '''Antonieta de Barros''' (Florianópolis, 11 de julho de 1901 — Florianópolis, 28 de março de 1952) - foi uma jornalista, professora e política brasileira. Foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos. | ||
'''Aparecida Sueli Carneiro''' (São Paulo, 24 de junho de 1950) - filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil. Possui doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Ela foi a primeira mulher negra a receber o título de doutora honoris causa da Universidade de Brasília. | '''[[Sueli Carneiro (pesquisadora)|Aparecida Sueli Carneiro]]''' (São Paulo, 24 de junho de 1950) - filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil. Possui doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Ela foi a primeira mulher negra a receber o título de doutora honoris causa da Universidade de Brasília. | ||
'''Luislinda Dias de Valois Santos''' - nasceu em Salvador, foi a primeira juíza negra do Brasil e a primeira a sentenciar uma condenação por crime de racismo no Brasil; foi professora do Colégio Militar no Paraná, advogada na Bahia. | '''Luislinda Dias de Valois Santos''' - nasceu em Salvador, foi a primeira juíza negra do Brasil e a primeira a sentenciar uma condenação por crime de racismo no Brasil; foi professora do Colégio Militar no Paraná, advogada na Bahia. | ||
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'''Ialorixá Wanda d’Omolú''' - líder religiosa e coordenadora de projetos sociais como o [[Se Essa Rua Fosse Minha]]. | '''Ialorixá Wanda d’Omolú''' - líder religiosa e coordenadora de projetos sociais como o [[Se Essa Rua Fosse Minha]]. | ||
'''Jurema Werneck''' - feminista negra, médica, autora e doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ativista do movimento de mulheres negras brasileiro e dos direitos humanos, assumiu a Direção Executiva da Anistia Internacional Brasil em fevereiro de 2017. Em 2006, publicou o livro “Saúde das Mulheres Negras: Nossos Passos Vêm de Longe”. | '''[[Jurema Werneck]]''' - feminista negra, médica, autora e doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ativista do movimento de mulheres negras brasileiro e dos direitos humanos, assumiu a Direção Executiva da Anistia Internacional Brasil em fevereiro de 2017. Em 2006, publicou o livro “Saúde das Mulheres Negras: Nossos Passos Vêm de Longe”. | ||
'''Tereza Cristina''' - Teresa Cristina Macedo Gomes (Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1968) é uma cantora e compositora brasileira. | '''Tereza Cristina''' - Teresa Cristina Macedo Gomes (Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1968) é uma cantora e compositora brasileira. | ||
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'''Zezé Motta''' - Maria José Motta de Oliveira OMC (Campos dos Goytacazes, 27 de junho de 1944), mais conhecida como Zezé Motta, é uma atriz e cantora brasileira, considerada uma das maiores artistas do país, expoente da cultura afro-brasileira. Zezé já ganhou inúmeros prêmios, incluindo um Troféu Candango pelo Festival de Brasília, e um Prêmio Air France, além de ter recebido indicações para três prêmios Grande Otelo e um Prêmio Guarani. Em 2019, ela recebeu um Grande Otelo Honorário. | '''Zezé Motta''' - Maria José Motta de Oliveira OMC (Campos dos Goytacazes, 27 de junho de 1944), mais conhecida como Zezé Motta, é uma atriz e cantora brasileira, considerada uma das maiores artistas do país, expoente da cultura afro-brasileira. Zezé já ganhou inúmeros prêmios, incluindo um Troféu Candango pelo Festival de Brasília, e um Prêmio Air France, além de ter recebido indicações para três prêmios Grande Otelo e um Prêmio Guarani. Em 2019, ela recebeu um Grande Otelo Honorário. | ||
'''Tainá de Paula''' - atual Secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro, vereadora da capital fluminense, arquiteta e urbanista, mulher preta e mãe. | '''[[Tainá de Paula (PT-RJ) - Comunidade do Loteamento - RJ|Tainá de Paula]]''' - atual Secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro, vereadora da capital fluminense, arquiteta e urbanista, mulher preta e mãe. | ||
'''Chica Xavier''', nome artístico de Francisca Xavier Queiroz de Jesus, (Salvador, 22 de janeiro de 1932 — Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2020) - foi uma ialorixá, produtora teatral e atriz de teatro, cinema e televisão brasileira. | '''Chica Xavier''', nome artístico de Francisca Xavier Queiroz de Jesus, (Salvador, 22 de janeiro de 1932 — Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2020) - foi uma ialorixá, produtora teatral e atriz de teatro, cinema e televisão brasileira. | ||
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'''Maria Soares''' - Maria Soares nasceu em 19 de abril de 1924 em Além Paraíba, Minas Gerais, terra onde passou boa parte da infância. Uma notícia sobre ela: Dezenas de mulheres cantavam contra o estupro em um ato na Cinelândia, Centro do Rio, na noite de 3 de dezembro 2019. “E a culpa não era minha, nem onde estava, nem como me vestia”, diziam, em uníssono. Em meio ao coro, no entanto, um rosto chamava atenção: Maria dos Santos Soares, a Dona Santinha, como é chamada pela família. Aos 95 anos, ela entoava a letra e executava a coreografia que aprendera horas antes ao lado de pelo menos outras quatro gerações de mulheres. eu rosto se tornou símbolo de resistência durante as manifestações por justiça após a morte de Marielle Franco, em 2018, quando subiu no caminhão usado por manifestantes, na mesma Cinelândia, e disse: “Eu sei quem matou Marielle. Quem matou Marielle foi o sistema. Alguém que armou a mão daquele atirador para calar uma voz que defendia minorias”. Embora Santinha já militasse nos encontros políticos e manifestações desde 1984, foi a partir daí que se tornou uma influencer do mundo real, celebrada e parada para selfies em passeatas. O reconhecimento nas ruas também ganhou caráter oficial com homenagens, entre elas a Medalha de Honra ao Mérito Desembargadora Ivone Caetano, concedida pela OAB-RJ, e a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro; e da Alerj, a Medalha Tiradentes. | '''Maria Soares''' - Maria Soares nasceu em 19 de abril de 1924 em Além Paraíba, Minas Gerais, terra onde passou boa parte da infância. Uma notícia sobre ela: Dezenas de mulheres cantavam contra o estupro em um ato na Cinelândia, Centro do Rio, na noite de 3 de dezembro 2019. “E a culpa não era minha, nem onde estava, nem como me vestia”, diziam, em uníssono. Em meio ao coro, no entanto, um rosto chamava atenção: Maria dos Santos Soares, a Dona Santinha, como é chamada pela família. Aos 95 anos, ela entoava a letra e executava a coreografia que aprendera horas antes ao lado de pelo menos outras quatro gerações de mulheres. eu rosto se tornou símbolo de resistência durante as manifestações por justiça após a morte de Marielle Franco, em 2018, quando subiu no caminhão usado por manifestantes, na mesma Cinelândia, e disse: “Eu sei quem matou Marielle. Quem matou Marielle foi o sistema. Alguém que armou a mão daquele atirador para calar uma voz que defendia minorias”. Embora Santinha já militasse nos encontros políticos e manifestações desde 1984, foi a partir daí que se tornou uma influencer do mundo real, celebrada e parada para selfies em passeatas. O reconhecimento nas ruas também ganhou caráter oficial com homenagens, entre elas a Medalha de Honra ao Mérito Desembargadora Ivone Caetano, concedida pela OAB-RJ, e a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro; e da Alerj, a Medalha Tiradentes. | ||
== Ver também == | |||
[[Sementes - Mulheres Pretas no Poder (filme)]] | |||
[[A radical imaginação política das mulheres negras brasileiras (livro)]] | |||
[[Direitos humanos e mulheres pretas]] | |||
[[Pretinhas Leitoras]] | |||
[[Categoria:Temática - Cultura]] | [[Categoria:Temática - Cultura]] | ||
[[Categoria:Cultura]] | [[Categoria:Cultura]] |
Edição atual tal como às 15h54min de 8 de fevereiro de 2024
O presente verbete apresenta uma lista (em construção e expansão) feita pela artista Zilá Lima, que reúne 100 mulheres negras importantes na história, como forma de resgatar, por meio da arte e cultura, a memória e história das mulheres. Essa lista se chama "lista de Mães Áfricas", organizada pela artista Zilá Lima para seu show, contando sobre mulheres negras de todos os tempos e de várias áreas que permanecem unidas na luta por um mundo melhor e mais justo. O show em que a lista é apresentada se chama "Cantando Memórias". A lista está em expansão, tanto no tocante aos nomes quanto em relação à descrição sobre o trabalho de cada uma. O objetivo nas apresentações, além de discutir um pouco dessas mulheres com o público e estimular a busca por mais informações a respeito delas, é receber mais nomes de mulheres inspiradoras.
Autoria: Zilá Lima.
Sobre[editar | editar código-fonte]
Cantando Memórias enaltece as manifestações culturais de identidade nacional. Através das canções de autoria de Zilá Lima, são contados fatos da história, conscientizando sobre a importância da herança cultural africana na construção da identidade brasileira, apresentando um trabalho inédito. Com uma poética feminina, o espetáculo segue uma narrativa onde a poesia, aliada à suavidade melódica e lúdica se comunica com o público. O espetáculo tem 70 minutos, com as 13 canções do álbum lançado em 12 de outubro de 2023 pela gravadora Kuarup, com capa assinada por Elifas Andreato, e músicas de domínio público. O espetáculo acontecerá na semana em que se completam 02 anos da inauguração do Teatro Ruth de Souza e será dedicado à artista, tendo no repertório uma composição especialmente criada para a ocasião. Dia 21/11, às 19h, Teatro Ruth de Souza.
Ficha Técnica[editar | editar código-fonte]
Zilá Lima – voz e berimbau
Participações especiais: Ana Paula Cruz - Flautista e Yza Diordi - bailarina Afro
Pedro Lima – percussões
Marcelo Aragão – violão
Coro: Alcides Sodré, Cida Santana e Michele Agra
Produção Executiva: Cély Leal - Singra Produções
100 Mulheres negras brasileiras importantes[editar | editar código-fonte]
Luíza Mahin - Nascida em Costa Mina, na África, no início do século XIX, Luísa Mahin foi trazida para o Brasil como escrava. Pertencente à tribo Mahi, da nação africana Nagô, Luísa esteve envolvida na articulação de todas as revoltas e levantes de escravos que sacudiram a então Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX.
Lélia Gonzalez - intelectual, autora, ativista, professora, filósofa e antropóloga brasileira. É uma referência nos estudos e debates de gênero, raça e classe no Brasil, América Latina e pelo mundo, sendo considerada uma das principais autoras do feminismo negro no país.
Marielle Francisco da Silva (Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 – Rio de Janeiro, 14 de março de 2018) - conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga, ativista e política brasileira.
Teresa de Benguela (Reino de Benguela, c. 1700 - Capitania de Mato Grosso, 1770) - foi uma líder quilombola que viveu em lugar incerto, mas sabe-se que o Quilombo do Piolho ou Quariterê –, no qual liderou, estava às margens do rio Guaporé, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso
Adelina, a charuteira (São Luís do Maranhão, século XIX) - foi uma mulher escravizada e abolicionista brasileira.
Hilária Batista de Almeida (Santo Amaro da Purificação, 13 de janeiro de 1854 – Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1924) - conhecida como Tia Ciata, foi uma sambista, mãe de santo brasileira e curandeira, considerada por muitos como uma das figuras mais influentes para o surgimento do samba carioca. Foi iniciada no candomblé em Salvador por Bamboxê Obiticô e era filha de Oxum.
Maria Felipa de Oliveira (Ilha de Itaparica, data incerta — 4 de julho de 1873) - foi uma mulher marisqueira, pescadora e trabalhadora braçal. Teria participado da luta da Independência da Bahia.
Maria Firmina dos Reis (Ilha de São Luís (MA), em 11 de outubro de 1825) - considerada uma das primeiras mulheres brasileiras a escrever um romance e também a primeira escritora negra de nosso país. Seu romance, Úrsula, publicado pela primeira vez em 1859, é também um precursor da literatura antiescravista e da produção literária negra no Brasil.
Acotirene ou Arotirene (registrado em diversos documentos) - deu nome a um importante mocambo situado no Quilombo dos Palmares, instalado no litoral dos Estados de Pernambuco e Alagoas, em homenagem a uma das primeiras mulheres que habitou o Quilombo dos Palmares e que exerceu grande influência na vida dos negros quilombolas.
Rainha Marta dos Quilombolas de Iguaçu - A Rainha Marta foi identificada como uma das líderes dos quilombos de Iguaçu, localizados no Recôncavo da Guanabara. Às margens de rios e riachos, principalmente Iguaçu e Sarapuí, se instalaram quilombos desde o começo do século xix, que permaneceram ativos até as vésperas da abolição em 1888.
Aqualtune (Reino do Congo, ? - Capitania de Pernambuco, c. 1650) - foi uma princesa congolesa escravizada no Brasil e líder quilombola à frente de um dos 11 mocambos do Quilombo dos Palmares, que resistiu ao regime colonial por cerca de 130 anos. Ela foi, segundo a tradição, a mãe de Ganga Zumba e avó materna de Zumbi dos Palmares. De acordo com uma lenda ela teria dado à luz a Ganga Zumba e seus irmãos após ter chegado ao Brasil no fim dos anos 1620, sendo líder do Quilombo dos Palmares por cerca de vinte anos.
Mariana Crioula (1744, Brasil - Morte não datada) - foi uma mulher negra escravizada durante o século XVIII, que se tornou símbolo da resistência negra à escravidão no Brasil.
Antonica - uma das três mulheres que fizeram a história do Campinho da Independência, em Paraty.
Luiza - uma das três mulheres que fizeram a história do Campinho da Independência, em Paraty.
Marcelina - uma das três mulheres que fizeram a história do Campinho da Independência, em Paraty.
Carolina Maria de Jesus (Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977) - foi uma escritora, compositora, cantora e poetisa brasileira.
Anajá Caetano - nasceu em São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, região cafeeira próxima à divisa com São Paulo. Sua data de nascimento, assim como fotos e demais dados biográficos, permanecem até hoje envoltos em mistério. As poucas informações impressas a que se tem acesso constam dos paratextos presentes no único romance de sua autoria encontrado até o momento: Negra Efigênia, paixão do senhor branco, publicado em São Paulo, em 1966, e hoje fora de circulação.
Liberata – escravizada, aos 23 anos, (1813) Liberata daria início a longo processo judicial até conquistar sua alforria por um surpreendente caminho: a justiça assumidamente escravocrata que considerava os cativos “persona e alieni júris” e que sempre tinha um sentido único, o de opressão aos escravos.
Preta Simoa - mulher preta que viveu durante o período colonial, dentro do sistema escravista, mas que lutou pela liberdade, que se autodefiniu, se impôs, ultrapassou os limites impostos pelo sistema, mobilizou mais de 1.500 pessoas e interrompeu o sistema, o funcionamento sistemático de uma opressão que era destinada institucionalmente contra pessoas pretas. Então esses são os principais pontos que enaltecem a importância dela em toda essa luta.
Antonieta de Barros (Florianópolis, 11 de julho de 1901 — Florianópolis, 28 de março de 1952) - foi uma jornalista, professora e política brasileira. Foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos.
Aparecida Sueli Carneiro (São Paulo, 24 de junho de 1950) - filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil. Possui doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Ela foi a primeira mulher negra a receber o título de doutora honoris causa da Universidade de Brasília.
Luislinda Dias de Valois Santos - nasceu em Salvador, foi a primeira juíza negra do Brasil e a primeira a sentenciar uma condenação por crime de racismo no Brasil; foi professora do Colégio Militar no Paraná, advogada na Bahia.
Viviane dos Santos Barbosa - desenvolveu um produto que reduz as emissões de gases poluentes. Em 2010, recebeu um prêmio por seu trabalho.
Maria Ferreira - mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo.
Ana Maria Gonçalves - escritora, nasceu em Ibiá, no estado de Minas Gerais, em 1970. Começou a escrever contos e poemas desde a adolescência, sem chegar a publicar. A paixão pela leitura nasceu durante a infância, e desde criança lia jornais, revistas e livros. Trabalhou como publicitária em São Paulo, mas abandonou a profissão em 2002 para morar em Itaparica e escrever seu primeiro livro, Ao lado e à margem do que sentes por mim. O romance foi lançado de forma independente em 2002, e vendeu praticamente toda a edição de mil exemplares através da divulgação pela internet. A autora trabalhou durante 5 anos para escrever seu segundo romance, Um defeito de cor, dos quais a autora utilizou dois anos para uma pesquisa rigorosa, um ano para escrita e mais dois anos para reescrita, sendo lançado em 2006, pela editora Record. A obra conquistou o Prêmio Casa de las Américas na categoria literatura brasileira, em 2007, sendo considerado por Millôr Fernandes o livro mais importante da literatura brasileira do século XXI. A obra, inspirada na vida de Luísa Mahin, celebrada heroína da Revolta dos Malês, conta a trajetória de uma menina nascida no Reino do Daomé e capturada como escrava aos 8 anos de idade, até a sua volta à terra natal como mulher livre.
Dona Dalva Damiana de Freitas (Cachoeira-BA, 27 de setembro de 1927) - compositora e cantora brasileira, líder do Grupo de Samba de Roda Suerdieck e integrante da Irmandade da Boa Morte. Sua mãe era operária da fábrica de charutos Danemman e o pai, sapateiro e guarda em Feira de Santana. Porém, Dona Dalva foi criada pela avó, que era lavadeira. Mãe de cinco filhos, começou a trabalhar aos 14 anos, nas fábricas de charutos da região de Cachoeira. Foi enquanto trabalhava na Fábrica de Charutos Suerdieck que começou a compor e organizar seus primeiros grupos de samba de roda. Fundou em 1961 o Grupo de Samba de Roda Suerdieck.Seu grupo teve papel importante para que o Samba de Roda do Recôncavo da Bahia fosse tombado pelo IPHAN como Patrimônio Imaterial Nacional e posteriormente reconhecido pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Em 2012, recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Anastácia - ajudou escravos quando eram castigados, ou facilitando a fuga. Certa vez, lutou contra a violência física e sexual de um homem branco, por isso, recebeu o castigo de usar um mordaça de folha de flandres e uma gargantilha de ferro. Apesar de viver na Bahia e em Minas Gerais foi levada para o Rio de Janeiro no fim da vida, lá atribuíram vários milagres durante sua estadia.
Zeferina - líder no quilombo de Urubu, na Bahia. Era angolana e foi trazida ainda criança para o Brasil. As histórias relatam que ela confrontava os capitães do mato com arco e flecha.
Rainha Tereza do Quariterê - foi guerreira no Quilombo do Quariterê, em Cuiabá. Comandou toda a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo. Mantinha até um sistema de defesa com armas trocadas com homens brancos ou resgatadas pelos escravizados.
Mariana Crioula - era mucama em Vila das Vassouras, Rio de Janeiro. Se juntou com escravizados na maior fuga de escravos da história fluminense em 5 de novembro de 1838. Liderou a fuga e um quilombo com Manuel Congo.
Esperança Garcia - ousou a escrever uma carta para o presidente da Província de São José do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus-tratos físicos de que era vítima, ela e seu filho, por parte do feitor da Fazenda Algodões.
Eva Maria de Bonsucesso - era uma escrava alforriada que vendia frutas e verduras no Rio de Janeiro. Foi agredida por um homem branco e conseguiu que ele fosse preso, e condenado pela agressão.
Maria Aranha - foi líder do Quilombo de Mola, no Tocantins. Venceu todos os ataques escravistas e organizou toda a sociedade do local.
Zacimba Gaba - era princesa angolana e acabou no Espírito Santo. Provocou uma revolta das pessoas escravizadas contra a Casa Grande e liderou um quilombo onde foi rainha. Comandou durante anos ataques aos navios, surgindo no meio da noite em canos precárias para resgatar os negros escravos, a referência à sua morte seja em um desses enfrentamentos.
Laudelina de Campos Melo - foi uma brasileira militante do Partido Comunista Brasileiro, defensora dos direitos das mulheres e das empregadas domésticas, fundadora do primeiro sindicato daquela ocupação no Brasil.
Ana Flávia Magalhães Pinto - primeira mulher negra Diretora-Geral do Arquivo Nacional Proveniente da escola pública, Ana Flávia é historiadora, com formação interdisciplinar em Comunicação e Literatura, e professora do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Universidade de Brasília (UnB). Em sua obra, tem trabalhado pelo reconhecimento das trajetórias de sujeitas e sujeitos que foram cruciais para a construção do país, e os arquivos públicos brasileiros foram fundamentais na sua pesquisa sobre a produção política e cultural de intelectuais negras e negros, imprensa negra e cidadania.
Maria da Conceição Evaristo de Brito - linguista e escritora afro-brasileira. Agora aposentada, teve uma prolífica carreira como pesquisadora-docente universitária. É uma das mais influentes literatas do movimento pós-modernista no Brasil, escrevendo nos gêneros da poesia, romance, conto e ensaio.
Vilma Piedade - graduada em Letras pela UFRJ e Pós-Graduada em Ciência da Literatura pela mesma instituição. É professora, escritora e autora do livro-conceito “Dororidade”. Antirracista, mulher preta, feminista, é relatora da Revisão da Conferência de Durban e palestrante.
Helena Theodoro Lopes - nasceu no dia 12 de junho de 1943, sua formação acadêmica inclui, além do doutorado em Filosofia na Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro (1985), mestrado em Educação na UFRJ (1978); pós-graduação em Tecnologia Educacional na Alemanha (Fundação Konrad Adenauer, 1973); e cursos de graduação em Pedagogia (UFRJ, 1970), e em Ciências Jurídicas e Sociais (UFRJ, 1967). Concluiu Pós-doutorado no IFCS/UFRJ/PPGHC (Programa de Pós Graduação em História Comparada). Atualmente é professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada, leciona em uma turma de Graduação de História, e integra a Coordenadoria de Experiências Religiosas Tradicionais Africanas, Afro-brasileiras, Racismo e Intolerâncias Religiosas (ERARIR), do Laboratório de Histórias das Experiências Religiosas da UFRJ. É Conselheira do FUNDO ELAS, o único fundo brasileiro de investimento social voltado exclusivamente para a promoção do protagonismo das mulheres.
Angélia Guimarães Joana - primeira mulher negra a comandar uma universidade federal no Brasil.
Erika Hilton - mulher periférica, negra e trans, foi eleita vereadora em São Paulo com votação recorde.
Érica Malunguinho - educadora, idealizadora e gestora da Aparelha Luzia, centro cultural e espeço de resistência negra no centro de São Paulo.
Ivone Ferreira Caetano - primeira mulher negra a se tornar juíza do Tribunal de Justiça do Rio.
Lia Vieira - nasceu no Rio de Janeiro, onde reside. É graduada em Economia, Turismo e Letras. Cursou doutorado em Educação na Universidade de La Habana (Cuba)/Universidade Estácio de Sá (RJ). É pesquisadora, artista plástica, dirigente da Associação de Pesquisa da Cultura Afro-brasileira e militante do Movimento Negro e do Movimento de Mulheres. Nos últimos anos, Lia Vieira vem participando de congressos nacionais e internacionais como conferencista, onde ressalta seus pontos de vista sobre o papel dos professores, agentes multiplicadores de um ensino transformador de responsabilidade, e sobre o ensino da cultura afro-brasileira.
Lia de Itamaracá - cantora. Cirandeira de Itamaracá, ilha perto de Recife, Maria Madalena Correia do Nascimento ficou conhecida como Lia de Itamaracá desde os anos 60, quando a compositora e cantora Teca Calazans registrou a quadra "Esta ciranda quem me deu foi Lia/ que mora na ilha de Itamaracá". Lia canta e compõe desde a infância, e em 1977 gravou seu primeiro disco, o LP "A Rainha da Ciranda".
Elza Soares - nome artístico de Elza Gomes da Conceição (Rio de Janeiro, 23 de junho de 1930 – Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2022), foi uma cantora, compositora musical e intérprete de samba-enredo brasileira, que flertou com vários gêneros musicais como samba, jazz, samba-jazz, sambalanço, bossa nova, mpb, soul, rock e música eletrônica.
Wania Sant'anna - integrante do Conselho Deliberativo. Historiadora e pesquisadora de relações raciais e de gênero.
Maria do Nascimento - conhecida como Mãe Meninazinha de Oxum, é uma Ialorixá do Candomblé.
Neusa Santos Souza (Cachoeira, 1948 ou 1951 - Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2008) - foi uma psiquiatra, psicanalista e escritora brasileira. Sua obra é referência sobre os aspectos sociológicos e psicanalíticos da negritude. inaugurando o debate contemporâneo e analítico sobre o racismo no Brasil.
Neusa das Dores Pereira - ativista, professora e diretora da organização Coisa de Mulher.
Tainá Lima - mais conhecida colo Criola, nascida em Belo Horizonte, MG, é uma artista visual que tem o graffiti como principal suporte artístico.
Aurea Martins - Áldima Pereira dos Santos é uma das grandes cantoras do Brasil. Nascida em 13 de junho de 1940 no bairro carioca de Campo Grande, situado em zona rural da cidade do Rio de Janeiro (RJ), Áldima se transformou em Áurea Martins na primeira metade da década de 1960, por iniciativa de Mário Lago (1911 – 2002) e de Paulo Gracindo (1911 – 1995), ator e radialista que levou a então emergente crooner para a Rádio Nacional.
Alaíde Costa Silveira Mondin Gomide - mais conhecida como Alaíde Costa, (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1935) é uma cantora e compositora brasileira.
Azoilda Loretto da Trindade - professora Azô, grande ativista da luta antirracista.
Ialorixá Wanda d’Oxum - sacerdotisa do candomblé e ativista da liberdade religiosa.
Ialorixá Wanda d’Omolú - líder religiosa e coordenadora de projetos sociais como o Se Essa Rua Fosse Minha.
Jurema Werneck - feminista negra, médica, autora e doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ativista do movimento de mulheres negras brasileiro e dos direitos humanos, assumiu a Direção Executiva da Anistia Internacional Brasil em fevereiro de 2017. Em 2006, publicou o livro “Saúde das Mulheres Negras: Nossos Passos Vêm de Longe”.
Tereza Cristina - Teresa Cristina Macedo Gomes (Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1968) é uma cantora e compositora brasileira.
Carol Dandara – Dandara Suburbana Mulher preta, escritora, professora e ativista carioca. Faz palestras por todo Brasil dialogando sobre racismo, memória, ancestralidade, escrita, literatura negra e espiritualidade de matriz africana.
Janete Santos Ribeiro - mestre em educação pela UFF no Campo Cotidiano das Classes Populares. Bacharela e Licenciada em História pela mesma universidade.
Carla Lima – Carla Luciene Lima da Silva - ativista e advogada pelos direitos civis de pretos e pretas, professora e escritora , integrante da Advocacia Preta Carioca e a frente do Projeto Letramento Constitucional.
Claudia Vitalino - historiadora, escritora,ativista do movimento negro e de mulheres negras.
Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, Odê Caiodê (Odé Kayode; Salvador, 2 de maio de 1925 – Santo Antônio de Jesus, 27 de dezembro de 2018) - foi a quinta Ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, Bahia.
Anielle Franco - Anielle Francisco da Silva, mais conhecida como Anielle Franco, é professora, jornalista e ativista brasileira, diretora do Instituto Marielle Franco, colunista do Ecoa UOL, e ministra da Igualdade Racial do Brasil.
Margareth Menezes - Margareth Menezes da Purificação Costa[3][4] (Salvador, 13 de outubro de 1962) é uma cantora, compositora, atriz e política brasileira. Em 2023, tornou-se ministra da Cultura do Brasil no governo Lula. É ganhadora de dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ter sido indicada para o GRAMMY Awards e GRAMMY Latino. Contabiliza 21 turnês mundiais, e foi considerada pelo jornal Los Angeles Times, como a "Aretha Franklin brasileira".
Leila Maria – cantora, diva do Jazz no Brasil.
Zezé Motta - Maria José Motta de Oliveira OMC (Campos dos Goytacazes, 27 de junho de 1944), mais conhecida como Zezé Motta, é uma atriz e cantora brasileira, considerada uma das maiores artistas do país, expoente da cultura afro-brasileira. Zezé já ganhou inúmeros prêmios, incluindo um Troféu Candango pelo Festival de Brasília, e um Prêmio Air France, além de ter recebido indicações para três prêmios Grande Otelo e um Prêmio Guarani. Em 2019, ela recebeu um Grande Otelo Honorário.
Tainá de Paula - atual Secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro, vereadora da capital fluminense, arquiteta e urbanista, mulher preta e mãe.
Chica Xavier, nome artístico de Francisca Xavier Queiroz de Jesus, (Salvador, 22 de janeiro de 1932 — Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2020) - foi uma ialorixá, produtora teatral e atriz de teatro, cinema e televisão brasileira.
Luana Xavier – atriz Apresentadora Colunista Vogue Brasil. Criadora de conteúdo.
Christina Xavier – artesã, filha da atriz Chica Xavier e mãe da atriz Luana Xavier.
Cida Santana – cantora popular, mãe, professora.
Bia Ferreira - cantora, compositora e multi-instrumentista, tendo se destacado com a música “Cota não é esmola”, em que fala sobre a importância das cotas raciais para que a população negra tenha acesso à universidade. Em suas músicas, a artista aborda questões raciais, de gênero e LGBTfobia, trazendo também suas vivências pessoais.
Drik Barbosa - a cantora, compositora e rapper Drik Barbosa tem um álbum de estúdio, que leva seu nome, além de diversos singles e parcerias com outros artistas. “Herança”, primeira música do álbum, traz lembranças de sua infância, enquanto “Rosas” aborda o machismo e preconceito existentes em nossa sociedade.
Ellen Oléria - a cantora, compositora e atriz Ellen Oléria tem três álbuns solo lançados. O disco “Afrofuturista” é inspirado no movimento afrofuturismo, que a própria artista descreve em seu site: “[…] o afrofuturismo explora um novo futuro para a raça negra, focando produções já presentes no imaginário negro no grafite, na arte gráfica, na música, principalmente eletrônica. Mas não é essa música eletrônica como produto que me interessa, mas sim como poderemos utilizar os recursos tecnológicos de produção de som sem abandonar os elementos mais orgânicos da nossa música tradicional. Ao ressignificar esse som (timbres, interferir nos grooves…), ressignificamos o mundo”.
Graça Cunha - possui mais de 30 anos de carreira, tendo iniciado em 1993 como solista no musical “Noturno”, de Oswaldo Montenegro. Participou de álbuns de artistas nacionais e coletâneas lançadas no Brasil e exterior, esteve em trilhas de documentários e integrou, entre setembro de 2005 a janeiro de 2016, a banda do Programa “Altas Horas”, esteve em musicais, entre outros. Lançou seu primeiro CD solo, “De Virada”, em 2007, tendo sido indicada a duas categorias do Grammy Latino. “Tiro de letra”, seu segundo álbum, foi lançado em 2011.
IZA - lançou seu primeiro álbum, “Dona de Mim”, em 2018. Em 2020, entrou na lista de 100 pessoas negras mais influentes do mundo, em premiação reconhecida pela ONU, aparecendo na categoria de mídia e cultura. Também foi eleita, em 2021, como uma das “líderes da próxima geração” pela revista “Time”, e no mesmo ano foi apontada como a celebridade mais influente do Brasil pelo Instituto Ipsos. No Instituto Aurora, já usamos a música “Quem sabe sou eu” como parte de uma atividade realizada com mulheres.
Larissa Luz - a cantora, compositora e atriz Larissa Luz já foi indicada ao Grammy Latino, em 2016, na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, com “Território Conquistado”. A artista aborda temas de representatividade negra em suas músicas, como em “Bonecas Pretas”, “Trança” e “Letras Negras”.
Luciane Dom - a cantora e compositora Luciane Dom lançou seu primeiro álbum, “Liberte esse Banzo”, em 2018. Suas músicas falam sobre justiça racial, reconhecimento da identidade negra e empoderamento. Seu mais recente single é “Pode ser às 10”, em que fala sobre amor e afeto.
Luedji Luna - a cantora e compositora Luedji Luna tem dois álbuns de estúdio lançados: “Um corpo no mundo” e “Bom mesmo é estar debaixo d’água”. Em novembro de 2022, a artista lança uma versão deluxe do último projeto, com dez músicas inéditas. Luedji Luna fala sobre temas como questões raciais e de gênero e empoderamento feminino.
MC Soffia - a jovem cantora, compositora e rapper MC Soffia sempre trouxe em suas letras temas que passam pelo machismo, racismo e desigualdade social. No single “Menina Pretinha”, de 2016, ela já trazia mensagens de empoderamento: “Menina pretinha, exótica não é linda / Você não é bonitinha / Você é uma rainha”.
Nara Couto - a cantora, compositora e dançarina Nara Couto tem dois álbuns lançados: “Contipurânia” e “Retinta”. Enquanto “Contipurânia” remete mais à ancestralidade e traz, em seu próprio nome, uma provocação de resistência linguística de línguas africanas, “Retinta” traz o afeto como uma ferramenta política.
Tássia Reis - a cantora e compositora Tássia Reis lançou seu primeiro álbum, “Próspera”, apoiada pelo Natura Musical, em 2019. Sua vivência como uma mulher negra aparece em músicas como “Preta D+” em que diz “Vocês me disseram que não poderiam me contratar / Porque minha aparência divergia do padrão” e finaliza com “Eu sou preta, preta e também sou demais”.
Luciana Barreto - jornalista e apresentadora de televisão brasileira. É formada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e mestre em relações étnico-raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca.
Mariene Castro - Mariene Bezerra de Castro, é uma cantora, compositora e atriz brasileira, notória por exaltar a cultura afro-brasileira em sua obra musical. Nascida em Salvador, Mariene de Castro despontou no cenário musical brasileiro identificada como uma força da natureza.
Eliana Alves Cruz - escritora Eliana Alves dos Santos Cruz (Rio de Janeiro, 1966) é uma jornalista e escritora brasileira. Eliana nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1966. Graduou-se em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade em 1989. Fez pós-graduação em Comunicação Empresarial na Universidade Cândido Mendes. Trabalhou como gerente de imprensa da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos e cobriu 15 campeonatos mundiais, seis Jogos Pan-Americanos e seis Jogos Olímpicos. Estreou na literatura com o romance Água de Barrela, baseado na trajetória da sua família desde o século XIX, na África. Foi a vencedora da primeira edição do Prêmio Literário Oliveira Silveira, oferecido pela Fundação Cultural Palmares em 2015.
Maria da Glória Bomfim dos Santos, ou simplesmente Glória Bomfim (Areal, 3 de novembro de 1957) - cantora e ialorixá brasileira. Sua música é ligada à espiritualidade afro-brasileira, com a grande maioria das letras das canções de seus discos fazendo referência aos orixás, entre sambas de capoeira, sambas de roda e cantigas de santo. Gravou em seus discos diversas canções inéditas do compositor Paulo César Pinheiro.
Criss Massa - cantora, Produtora de Eventos, Professora e redatora freelancer.
Lizza Dias - cantora gaúcha radicada no Rio reúne jongos, cocos, maracatus e ijexás, compostos por DJ MAM, Gegê de Itaboraí e Laercio Lino, dentre outros, cultuando a ancestralidade, a luta da mulher negra e a diversidade rítmica popular brasileira.
Flávia Diniz – ativista Flávia é uma ativista independente e periférica, cuja voz ecoa em defesa dos direitos dos negros e das PCDs. Como influencer ativista, ela usa suas plataformas para conscientizar e inspirar outras pessoas a lutar por igualdade, inclusão e justiça social. Sua atuação como produtora cultural e modelo PCD também contribui para a representatividade desses grupos nas esferas artísticas e midiáticas.
Fabíola Machado – cantora e compositora abíola Machado é cantora, compositora e escritora carioca. Faz parte do grupo Moça Prosa e do grupo Awurê. Faz parte da geração de mulheres que cantam e pesquisam ritmos brasileiros, seus compositores, influências e suas raízes. Desde 2012 canta e produz o grupo Moça Prosa, um movimento de mulheres sambistas que nasceu na Pedra do Sal.
Geiza Carvalho – percussionista acharel em Percussão e Licenciatura em Música - UFRJ Professora da graduação do @cbm.musica.
Laila Aurore – Educadora, instrumentista, arranjadora e compositora. Como cavaquinista, toca em diversos grupos de samba, choro e música popular, acompanhando artistas como Nilze Carvalho e Teresa Cristina. Desenvolve, ainda, trabalho autoral com o regional de música instrumental “Chora Quarteto”, tendo participado de programas como “Cena Instrumental”. É cofundadora e coordenadora pedagógica do programa MARES – Mulheres Artistas em Residência, parceria entre o Movimento das Mulheres Sambistas e Oi futuro: programa formativo em música e mercado da música, a partir de uma perspectiva afro-referenciada, voltado a mulheres cisgêneras e pessoas trans/travestis que atuam na cena das músicas populares. É cofundadora, organizadora e educadora do projeto Chora-Mulheres na Roda: uma roda-oficina de aprendizado na linguagem do Choro, que visa à multiplicação de mulheres na cena musical. O projeto recebeu, em 2022, Moção de Congratulações e Aplausos da Câmara Municipal de Niterói, “como forma de reconhecimento por sua inegável contribuição para cultura popular”.
Nina Rosa - cantora e representa a geração de novos talentos do samba, despontando no cenário carioca, nas rodas e palcos, por toda cidade, com altivez, voz marcante, timbre diferenciado e interpretação forte. Começou a cantar em Vila Isabel, Rio de Janeiro com seu grupo Samba de Maria. Participou de vários festivais de música e em 2014, foi finalista no concurso Novos Bambas do Velho Samba, promovido pela famosa casa de samba da cidade do Rio de Janeiro, o Bar Carioca da Gema, e passou a ser uma das cantoras oficiais da casa.
Ruth Pinto de Souza (Rio de Janeiro, 12 de maio de 1921 — Rio de Janeiro, 28 de julho de 2019) - foi uma atriz brasileira. Considerada uma das grandes damas da dramaturgia brasileira e a primeira grande referência para artistas negros na televisão por seus papéis notáveis. Ruth destacou-se por ser a primeira atriz negra a protagonizar uma telenovela na Rede Globo em A Cabana do Pai Tomás (1969) — e a segunda na televisão brasileira, após Yolanda Braga, em A Cor da Sua Pele (1965) na TV Tupi — além da primeira artista brasileira indicada ao prêmio de melhor atriz em um festival internacional de cinema, por seu trabalho em Sinhá Moça (1954) no Festival de Veneza.
Léa Lucas Garcia de Aguiar (Rio de Janeiro, 11 de março de 1933 – Gramado, 15 de agosto de 2023) - foi uma atriz brasileira. Internacionalmente conhecida como indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro. Nascida na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, no ano de 1933, Léa Lucas Garcia de Aguiar tornou-se atriz em um momento da história em que esse não era um trabalho comum para mulheres negras. Filha de Stela Lucas Garcia e José dos Santos Garcia, passou a morar com sua avó aos 11 anos, quando sua mãe morreu. Desde jovem, demonstrou o desejo de se envolver com o universo artístico, mas em outro campo. Queria cursar Letras para ser escritora. Seu destino mudou ao conhecer Abdias Nascimento, com quem teve dois filhos, Henrique Christovão Garcia do Nascimento e Abdias do Nascimento Filho. O dramaturgo e ativista apresentou a ela a sua estante de livros e sugeriu a leitura das tragédias gregas. Depois, a convenceu a subir no palco pela primeira vez, na peça Rapsódia Negra (1952), do próprio Abdias, encenada pelo Teatro Experimental do Negro. A partir de então, a paixão pelas artes cênicas se impôs. Mais tarde teve seu terceiro filho, Marcelo Garcia de Aguiar conhecido como Marcelão Garcia (1965), com Armando Aguiar.
Danielle Anatólio – Danielle Anatólio é uma atriz e pesquisadora nascida em Minas Gerais, mestra em Artes Cênicas pela UNIRIO, pesquisadora de performances de mulheres negras. Sua pesquisa aprofunda as questões relativas ao corpo negro feminino, a mulher negra como protagonista da cena e o corpo como vetor artístico.
Danieli Balbi - Primeira deputada transexual da ALERJ construindo uma mandata popular, Doutora pela UFRJ, professora e roteirista.
Maria Beatriz Nascimento - foi uma historiadora pioneira do modo de pensar a História a partir dos saberes africanos. A mestra em educação nasceu em Aracaju, Sergipe, em 1942 e faleceu em 28 de março de 1995 e se dedicou a sua formação na luta pelos direitos dos afro-brasileiros e para estudar a cultura africana e afro-brasileira. Também é conhecida por ser a fundadora do Movimento Negro Unificado (MNU), que ocorreu no ano de 1978 com o objetivo de combater o racismo e promover a igualdade racial no Brasil. Beatriz concluiu o seu mestrado em Comunicação e Cultura na UFRJ, tendo o seu trabalho considerado pioneiro ao abordar o Candomblé como uma expressão cultural, importante para a história e identidade do povo negro no Brasil.
Albenise de Carvalho Ricardo, conhecida como Nilze Carvalho, (Nova Iguaçu, 28 de julho de 1969) - cantora, compositora e bandolinista brasileira de choro que iniciou a carreira ainda na infância. Ao ser flagrada pelo irmão mais velho tocando "Acorda Maria Bonita" no cavaquinho, Nilze, então com 5 anos, começou ser incentivada a se dedicar à música. Aos 6, já se apresentava em público, na Rádio Solimões, na extinta TV Rio com João Roberto Kelly e no Fantástico, da TV Globo. Gravou seu primeiro disco, "Choro de Menina", em 1981, com apenas 12 anos de idade. Até os 14 anos, gravou, como bandolinista, a série de LPs “Choro de Menina” em quatro volumes, sendo o primeiro e o quarto acompanhada pelo conjunto Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim.
Maria Bernadete Pacífico, mais conhecida como Mãe Bernadete - foi uma ialorixá, ativista e líder quilombola brasileira, assassinada. Era coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos e líder do Quilombo Pitanga, em Simões Filho.
Glória Maria Matta da Silva (Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1949 – Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2023) - foi uma jornalista, repórter e apresentadora de televisão brasileira. Considerada um dos maiores símbolos do jornalismo brasileiro, foi a primeira repórter a realizar matérias ao vivo e a cores na televisão no Brasil. Glória Maria nasceu no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Graduada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na década de 1960 foi princesa do bloco carnavalesco Cacique de Ramos. De acordo com Bira Presidente, ela conseguiu seu primeiro emprego quando foi, junto com o bloco, apresentar-se no programa do Chacrinha, na TV Globo.
Ana Cristina Madureira - cria de Santa Cruz, Duque de Caxias, mulher preta, ativista, mãe de 5 filhos e filhas, companheira de China, apoiadora da Cufa , recém eleita conselho tutelar de Santa Cruz - Duque de Caxias , e fundadora da Mulheres de Cabeça Erguida- Mucabe.
Ângela Borges Kimbangu - advogada, ativista direitos das crianças e adolescentes, direitos população negra , Presidente da Advocacia Preta Carioca - APC - Umoja, Corregedora do Tribunal de Ética da OAB RJ, assessora especial direitos criança e adolescentes Diretoria da Criança e Adolescente.
Beatriz Moreira Costa, conhecida como Mãe Beata de Iemanjá - foi uma mãe-de-santo, escritora e artesã brasileira, que desenvolveu trabalhos relacionados à defesa e preservação do meio ambiente, aos direitos humanos, à educação, saúde, combate ao sexismo e ao racismo.
Alessandra Moreira Dos Santos - advogada, Presidente da ABMCJ/RJ – Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica do Estado do Rio de Janeiro 2017-2020 e reeleita 2020-2023, participante da CSW 67 na ONU/ NY março 2023, o maior evento sobre a condição da mulher no mundo, Conselheira Estadual dos Direitos da Mulher- CEDIM RJ, integrou a da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade do Conselho Federal da OAB, Vice-Presidente da CEVENB da OAB-RJ - Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB, engajada na defesa dos direitos das mulheres e meninas, da pessoa idosa e das questões raciais, Diretora da CAARJ/ OAB-RJ Caixa de Assistência da Advocacia do Estado do Rio de Janeiro, membro efetivo do IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros, escritora e palestrante.
Ro Araujo - cantora e compositora nascida em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Estudou na Escola de Música Villa-Lobos, Escola de Choro e CAL. Iniciou sua trajetória musical em 2015 como percussionista em blocos de carnaval e, no ano seguinte, já tinha assumido os vocais e cantava suas próprias composições. Desde então já se apresentou em diversas casas como Renascença Clube, Teatro Rival, Teatro João Caetano, entre outros. Em 2022 participou da residência artística Programa MARES, do Movimento das Mulheres Sambistas, o que resultou em um álbum autoral coletivo onde assina cinco composições. Ainda em 2022, foi selecionada para o Festival SONORA - Mulheres Artistas Compositoras. Em 2023 foi uma das artistas selecionadas para o MIAAU - Mostra de Integração Artística Autoral no Teatro CesgranRio. A artista lançou em julho deste ano seu primeiro single autoral "Mulher negra", tema do Festival D'Benguela no MUHCAB - Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira. Lançou em seguida os singles "Força ancestral" e "Amado bem querer". Além do trabalho autoral, Ro Araújo também fez coro no disco da banda Jazz das Minas, liderada por Maíra Freitas e participou do álbum "Mulheres na Independência" de Zélia Duncan e Ana Costa. Atualmente integra o bloco Piratas Ordinários em homenagem à música baiana além de se apresentar com sua roda de samba inteiramente composta por mulheres.
Sol de Paula - natural de Niterói, Rio de Janeiro, psicóloga por formação, produtora cultural, militante do movimento negro, escritora e poeta por inspiração. Autora do livro Sol em Pequenas Doses, onde apresenta sua poesia feminina negra e temas relacionados ao cotidiano. Coautora de Antologias Poéticas nacionais e internacionais. Atua como Membro Correspondente da Academia de Letras do Brasil/Suíça, Academia de Letras do Brasil seccional Campos dos Goytacases, Coletivo Poetas em Ação e Coletivo de Mulheres Poetas de Niterói. Sol de Paula espalha o pólen da poesia por todos os lugares que tenham pessoas interessadas em ressignificar seus lugares de fala e escuta. Realiza em seu perfil no Instagram o Programa Sextou Cultural, onde recebe convidadxs para um escambo poético. Em seu canal no YouTube Ocupação AfroPoética, realiza os programas Diálogos Sankofa e Revisitando o Baú. É curadora do Sarau Ocupação AfroPoética e Sarau Horto Poético. A sua navalha são as palavras cuspidas durante o gozo da vida.
Jurema Agostinho - mestre em teoria da comunicação e cultura pela UFRJ e tem dedicado-se a dar visibilidade às tradições afro-brasileiras como processo civilizatório pleno de saberes nas diversas áreas do conhecimento. Trabalhou como coordenadora do Projeto 'A Cor da Cultura' (Canal Futura/ Fundação Roberto Marinho) sendo responsável pela formação de professores ao redor do Brasil para propiciar a igualdade nas relações étnico raciais. Além disso, foi diretora adjunta do Centro Cultural Municipal José Bonifácio nas gestões de Hilton Cobra e Sandra Henrique. Recentemente colaborou em dois projetos da Valkyria Filmes, sendo o primeiro como consultora para o documentário "Fremd, o ESTRANGEIRO" de 2022 e, o segundo, como colaboradora de pesquisa para o E-Book “Retratos do Brasil pelos pintores coloniais” de 2023.
Rosane Romão - filha de D. Aurore e Seu Romão, é Psicóloga, Doutoranda em Comunicação pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense. Pesquisadora no LIDD - Laboratório de Identidades Digitais e Diversidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e no MIDICom - Mídias Digitais, Identidade e Comunicação da UFF. Especialista em RH e Mestra em Administração pela UFF. Sempre na luta contra o racismo e por direitos humanos, foi Consultora do SOS Racismo Brasil (2014 – 2018); compõe entre outros coletivos, o Coletivo Negro Marcos Romão; a Articulação Nacional de Psicólogas (os) Negras (os) e Pesquisadoras (es) - ANPSINEP/RJ; o Fórum de Mulheres Negras; o Coletivo Pretas Baobab; e, o Coletivo Afrodivas de Niterói, Brasileiras e Cia. É coautora no livro “Saúde Mental da População Preta Importa”, capítulo: “Abolição quer dizer Libertação?”, coordenação editorial de Marcele Oliver & Flavio Barros, Ed. Conquista, RJ, 2022.
Darlene Costa - nascida no Rio de Janeiro, na comunidade de Cidade de Deus, iniciou seus passos na capoeira aos 4 anos de idade através de seu pai Mestre Derli Ariri um dos Mestres mais antigos do RJ na atualidade , em 2014 aos 30 anos foi reconhecida como MESTRA de capoeira no RJ,integrante do Grupo Aliança Ariri Capoeira ,é mãe preta , professora de Educação Fisica . Criadora de movimentos importantes como roda de emponderamento Feminino Eleko , o I Seminário Interestadual de capoeira só com mulheres chamado Tem mulher na roda (RJ/SP/BA ), ativista , educadora social , co Criadora do Coletivo Mestras e Contramestras do RJ ,diretora técnica do Grupo Aliança Ariri Capoeira , participante do fórum de capoeira do Estado do Rio de Janeiro , do coletivo feminino Mulheres na capoeira do RJ, apresentadora do programa Vem Jogar Mais Eu na Rádio Capoeira.
Moto tai (Taiane Ribeiro) - poeta e também motofrete. Participante do movimento de slam, usa esse espaço para discutir e abordar em seus movimentos e criações questões político-sociais, como matriarcado negro, afetos e atravessamentos de seu corpo e de outros corpos e questões ligadas ao seu local de origem: A Região Portuária do centro do Rio de janeiro.
Luciana Andréia Pereira de Oliveira - diretora, produtora artística e cultural, professora da educação básica, moradora de Duque de Caxias. Atua desde 2007 em projetos culturais como idealizadora, coprodutora e produtora, objetivando não só promover o ensino e aprendizagem, como também a reflexão crítica dos sujeitos no/do município, a partir da produção de eventos ligados às principais linguagens artísticas existentes, tais como: as artes visuais, o teatro, a música e a dança. Há cerca de quatorze anos atuando no ramo da produção cultural de eventos, vem empreendendo esforços para difusão de uma cultura que reflita sobre e a partir do empoderamento feminino, das origens do povo preto e o movimento LGBT que em alguma medida, compõem um percentual significativo dos munícipes deste estado Essa motivação advém não só de suas origens como mulher e preta, nascida no município, como emerge de seu olhar como profissional da educação pública, atuando nos espaços em que transitam sujeitos com trajetórias muito similares às minhas. É também uma motivação acompanhada de sua inquietude ao perceber o quanto é relevante debater, promover, ensinar-aprender-praticar-refletir, também a partir e sobre as nossas origens, dentro desse espaço-território amplamente rico de possibilidades, que é o estado do Rio de Janeiro. Formada no extinto Educandário Maria Tenório como professora das séries iniciais em 2000, e em 2003 como Licenciada em Matemática pela UNIGRANRIO, sua percepção sobre a relevância do ensino e aprendizagem da nossa história, a partir da legitimação da nossa memória, só se acentuam desde então. Desta forma, deu continuidade aos estudos em uma Pós- Graduação em Matemática para a Educação Básica, na Universidade Castelo Branco, concluindo-a em 2008. Compreendendo o quão importante é o embasamento teórico para o desempenho de suas funções como produtora, bem como a realização de práticas fundamentadas em pesquisas e discussões apontadas nos espaços acadêmicos, também cursou e concluiu cursos de extensão na área de projetos e desenvolvimento cultural, cultura popular e técnicas de jornalismo carnavalesco, nas seguintes instituições/espaços respectivamente: Universidade das Quebradas – UFRJ; Saber Comunitário SESI e Centro de Artes Calouste Gulbenkian, entre os anos de 2007 e 2018. O Empodera Samba é criado em junho de 2018, não só legitimando os meus trabalhos já realizados como produtora, como também, é criado para publicizar e legitimar as ações culturais realizadas não só no município, como no estado do Rio de Janeiro. Através das principais redes sociais, como: Canal no youtube, Facebook, Whatsapp, Instagram e Twitter, replicam as notícias e as ações veiculadas no site Empodera Samba. O site tem por objetivo dar visibilidade e voz a artistas, produtores e demais profissionais ligados direta e indiretamente ao universo do samba, carnaval, meio artístico e cultural.
Lívea Danielle Alves Ribeiro, ou Lívea Mattos (24 de setembro de 1979) - filha de Nadir Alves e Ubirajara Dias Ribeiro. Neta de Maria Herminia Alves, Carlinda Ribeiro, Manoel Dias Ribeiro e Ethevaldo Alves. Diretora de produção cultural e artística credenciada ao SATED-RJ, sócia diretora da produtora Conexão Social Produções e responsável pela coordenação de produção; Bacharelado e formação em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Educadora Griô formada pela Escola de Formação em Pedagogia Griô e pelo Programa Diversitas da Universidade de São Paulo (USP). Frequentou a pós graduação em Produção Cultural pela Universidade Cândido Mendes. Formada em educação: elementos do mundo reinventado, pela mBrac (Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea).
Nilze Benedicto - cantora e compositora uma mulher preta de 57 anos, Mãe, graduada em Ciências Físicas e Biológicas e Pós-graduada em Gestão Ambiental (UERJ). Suas músicas expressam temas em prol das minorias, ancestralidades, empoderamento feminino, ambiental e de inclusão. Fez parte do programa MARES - Mulheres artistas em Residência e culminou com o lançamento no Teatro Rival fit /RJ. A música "A aqui, a de lá" (Em parcerias) abre o show. Seu álbum totalmente autoral, MULHERES POTENTES e seus singles mais recentes são: MUDANÇAS e FILHA DO VENTO podem ser encontrados nas plataformas digitais.
Maria Soares - Maria Soares nasceu em 19 de abril de 1924 em Além Paraíba, Minas Gerais, terra onde passou boa parte da infância. Uma notícia sobre ela: Dezenas de mulheres cantavam contra o estupro em um ato na Cinelândia, Centro do Rio, na noite de 3 de dezembro 2019. “E a culpa não era minha, nem onde estava, nem como me vestia”, diziam, em uníssono. Em meio ao coro, no entanto, um rosto chamava atenção: Maria dos Santos Soares, a Dona Santinha, como é chamada pela família. Aos 95 anos, ela entoava a letra e executava a coreografia que aprendera horas antes ao lado de pelo menos outras quatro gerações de mulheres. eu rosto se tornou símbolo de resistência durante as manifestações por justiça após a morte de Marielle Franco, em 2018, quando subiu no caminhão usado por manifestantes, na mesma Cinelândia, e disse: “Eu sei quem matou Marielle. Quem matou Marielle foi o sistema. Alguém que armou a mão daquele atirador para calar uma voz que defendia minorias”. Embora Santinha já militasse nos encontros políticos e manifestações desde 1984, foi a partir daí que se tornou uma influencer do mundo real, celebrada e parada para selfies em passeatas. O reconhecimento nas ruas também ganhou caráter oficial com homenagens, entre elas a Medalha de Honra ao Mérito Desembargadora Ivone Caetano, concedida pela OAB-RJ, e a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro; e da Alerj, a Medalha Tiradentes.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Sementes - Mulheres Pretas no Poder (filme)
A radical imaginação política das mulheres negras brasileiras (livro)