Festa Literária das Periferias - FLUP: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Sem resumo de edição
(revisão)
 
(7 revisões intermediárias por 3 usuários não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
 
A Flup – Festa Literária das Periferias - é uma festa literária internacional que nasceu em 2012, no Rio de Janeiro, voltada para fomentar a cultura literária e diversos tipos de atividade relacionadas aos livros e à leitura. Ao longo do tempo, passou a movimentar, cada vez mais, atividades artísticas, em geral, em favelas e periferias brasileiras, além de promover intercâmbios regionais e internacionais entre autores e artistas com características indentitárias diversas. Acontece há mais de dez anos, principalmente, nesses territórios tradicionalmente excluídos da cena literária e cultural das grandes cidades.
Informações retiradas das redes oficiais do projeto  
Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais da FLUP.
 
 
 


[[File:FLUP (1).jpg|thumb|center|500px]][[File:FLUP (2).jpg|thumb|center|500px]][[File:FLUP (3).jpg|thumb|center|500px]]
[[File:FLUP (1).jpg|thumb|center|321x321px|FLUP.|alt=FLUP.]] 
 
 


== Sobre ==
== Sobre ==
O evento foi idealizado pelos escritores Julio Ludemir e Écio Salles, inspirada na Flip e outras similares. A primeira edição foi chamada de "Festa Literária das UPPs", mas em seguida os dois idealizadores decidiram se desvincular da política pública de segurança do governo do Estado Rio de Janeiro, centralizada nas [[UPP: a falência de um programa para mudar a polícia|Unidades de Polícia Pacificadora]], estendendo a programação para comunidades que não tinham sido ocupadas por UPPs.


A Flup – Festa Literária das Periferias é uma festa literária internacional cuja principal característica é acontecer em territórios tradicionalmente excluídos dos programas literários, na cidade do Rio de Janeiro.
A partir de 2014, comunidades de outras cidades do Brasil, como Alagados e Cidade Industrial de Curitiba, passaram a receber parte da programação da FLUP. No mesmo ano foi criada a Rio Poetry [[Batalha de Slam|Slam]], uma competição de poesia falada.
[[Arquivo:Crianças da comunidade escolhem livros na abertura da quarta edição da Festa Literária das Periferias (Flup) (Tomaz Silva, Agência Brasil).jpg|centro|miniaturadaimagem|356x356px|Crianças da comunidade escolhem livros na abertura da quarta edição da Festa Literária das Periferias (Flup) (Tomaz Silva, Agência Brasil)]]
O evento passou pelas favelas [[Morro dos Prazeres]], Vigário Geral, [[Cidade de Deus (favela)|Cidade de Deus]], [[Mangueira]], [[Morro da Babilônia|Babilônia]] e [[Vidigal (bairro)|Vidigal]], até chegarmos ao centro da cidade, abraçando a região que o sambista Heitor dos Prazeres batizou de “Pequena África”. A edição de 2018 foi realizada na Biblioteca Parque Estadual e a de 2019 no Museu de Arte do Rio de Janeiro.


​Passamos pelo Morro dos Prazeres, Vigário Geral, Mangueira, Babilônia, Mangueira e Vidigal, até chegarmos ao centro da cidade, abraçando a região que o sambista Heitor dos Prazeres batizou de “Pequena África”. Fizemos a edição de 2018 na Biblioteca Parque Estadual e a de 2019 no Museu de Arte do Rio de Janeiro.
​Outra característica que torna a Flup única é que a festa é precedida por um processo formativo, que já resultou na publicação de 21 livros com autores de periferias. Alguns autores que passaram por essas formações são Ana Paula Lisboa, Jessé Andarilho, Rodrigo Santos e o fenômeno Geovani Martins, jovem que morou na [[Rocinha]], cujo livro de estreia, 'O sol na cabeça' foi publicado em mais de 10 países. A Flup tem papel  importante na contribuição para o surgimento dessa nova geração de escritores oriundos das favelas cariocas.


​Outra característica que nos torna únicos é que a Flup é precedida por um processo formativo, que já resultou na publicação de 21 livros com autores das nossas periferias. Alguns autores que passaram por essas formações são Ana Paula Lisboa, Jessé Andarilho, Rodrigo Santos e o fenômeno Geovani Martins, jovem morador da Rocinha cujo livro de estreia foi traduzido para mais de 10 países. Pode-se atribuir à Flup a emergência da primeira geração de escritores oriundos das favelas cariocas.
​Ao longo de suas edições, a Flup ganhou alguns prêmios importantes, como o Prêmio Faz Diferença de 2012, o Awards Excellence de 2016, o Retratos da Leitura de 2016 e o Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura, respectivamente outogardos pelo jornal O Globo, a London Book Fair, o Instituto Pró-Livro e a Câmara Brasileira do Livro (CBL).


​Em oito edições, a Flup ganhou alguns prêmios importantes, como o Faz diferença de 2012, o Awards Excellence de 2016 e o Retratos da Leitura de 2016, respectivamente outogardos pelo jornal O Globo, a London Book Fair e o Instituto Pró-Livro.
== FLUP 10 anos (vídeo) ==
Conheça mais sobre a história da esta Literária das Periferias:
{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=fgy0dlwODIE}}


== Edições ==
== Edições ==


{| style="width: 1241px;"
{| class="wikitable" style="width: 1241px;"
|-
|-
! Ano
! Ano
Linha 61: Linha 63:
| style="width: 185px;" | Maria Firmina dos Reis e Martinho da Vila
| style="width: 185px;" | Maria Firmina dos Reis e Martinho da Vila
| style="width: 845px;" | Gilberto Gil, Liniker, Geovani Martins, Heloísa Buarque de Hollanda, Giovana Xavier, Felwine Sarr, Paola Anacoana
| style="width: 845px;" | Gilberto Gil, Liniker, Geovani Martins, Heloísa Buarque de Hollanda, Giovana Xavier, Felwine Sarr, Paola Anacoana
|-
|2019
|Praça Mauá
|Solano Trindade
|Ana Maria Gonçalves, Bruno Black, Isabela Aquino,  Leda Maria Martins, Patricia Hill Collins, entre outros.
|-
|2020
|Virtual
|Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez
|Achille Mbembe, Andréia Coutinho, Boaventura de Sousa Santos, Célia Xakriabá, Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, entre outros.
|-
|2021
|Babilônia
|Esperança Garcia
|Alessandra Makkeda, Edith Azam, Elenilda Amaral, Emicida, Jaime Lauriano, Ondjaki, Telma Tvon, entre outros.
|-
|2022
|Praça Mauá e Gamboa.
|Lima Barreto, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e Josephine Baker.
|Alain Mabanckou, Antonio Bispo dos Santos, Camilla Rocha Campos, Jeffrey Ogbar, entre outros.
|}
|}
== Reportagens ==
* [https://www.vozdascomunidades.com.br/destaques/com-campeonatos-de-slam-e-lancamentos-literarios-mare-recebe-a-12a-edicao-da-flup/ Complexo da Maré recebe a 12º edição da Flup, a maior Festa Literária das Periferias]
* [https://mareonline.com.br/primeira-flup-na-mare-se-encerra-com-final-do-slam-br/ Primeira Flup na Maré se encerra com final do Slam BR]
* [https://vejario.abril.com.br/programe-se/flup-10-anos-emicida-djamila-ribeiro/ Flup 10 anos: Emicida e Djamila Ribeiro estão entre os destaques]
* [https://www.vozdascomunidades.com.br/destaques/festa-literaria-das-periferias-de-2022-celebra-os-100-anos-do-modernismo-negro/ Festa Literária das Periferias de 2022 celebra os 100 anos do Modernismo Negro]
* [https://www.estadao.com.br/cultura/p-de-pop/tem-flup-na-area-10-anos-de-poeticas-perifericas/ Tem FLUP na área: 10 anos de poéticas periféricas]
* [https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2022/02/15/festa-literaria-das-periferias-discute-semana-de-1922-e-modernismo-negro.htm?cmpid=copiaecola Festa Literária das Periferias discute Semana de 1922 e modernismo negro]
* [https://mobilidade.estadao.com.br/na-perifa/flip-2022-destaca-escritora-negra-maria-firmina-dos-reis-autora-do-romance-abolicionista-ursula/ Flip 2022 destaca escritora negra Maria Firmina dos Reis, autora do romance abolicionista ‘Úrsula’]
* [https://mareonline.com.br/flup-traz-ao-rio-de-janeiro-um-mundo-de-culturas-e-vivencias/ Flup traz ao Rio de Janeiro um mundo de culturas e vivências]


== Redes Sociais ==
== Redes Sociais ==
Linha 69: Linha 102:
*Instagram: [https://www.instagram.com/fluprj/?hl=pt-br https://www.instagram.com/fluprj/?hl=pt-br]  
*Instagram: [https://www.instagram.com/fluprj/?hl=pt-br https://www.instagram.com/fluprj/?hl=pt-br]  
*Twitter: [https://twitter.com/FlupRJ https://twitter.com/FlupRJ]  
*Twitter: [https://twitter.com/FlupRJ https://twitter.com/FlupRJ]  
*Facebook: [https://web.facebook.com/FlupRJ/?_rdc=1&_rdr https://web.facebook.com/FlupRJ/?_rdc=1&_rdr]  
*Facebook: [https://web.facebook.com/FlupRJ/?_rdc=1&_rdr https://web.facebook.com/FlupRJ/?_rdc=1&_rdr] 


 
== Ver também ==
*[[Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias]]
*[[Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares (Recife)]]
*[[Barracoteca Hans Christian Andersen (Complexo do Alemão)]]
*[[Literatura Marginal Periférica]]
*[[Literatura de Favela]]
*[[Viaduto Literário]]
*[[Poesia de Esquina]]
*[[Pretinhas Leitoras]]


[[Category:Literatura]] [[Category:Literatura marginal]] [[Category:Literatura de favela]] [[Category:Temática - Cultura]]
[[Category:Literatura]][[Category:Literatura marginal]][[Category:Literatura de favela]][[Category:Temática - Cultura]][[Category:Temática - Economia e Mercado]][[Category:Arte]][[Category:Arte Urbana]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]

Edição atual tal como às 19h47min de 28 de agosto de 2023

A Flup – Festa Literária das Periferias - é uma festa literária internacional que nasceu em 2012, no Rio de Janeiro, voltada para fomentar a cultura literária e diversos tipos de atividade relacionadas aos livros e à leitura. Ao longo do tempo, passou a movimentar, cada vez mais, atividades artísticas, em geral, em favelas e periferias brasileiras, além de promover intercâmbios regionais e internacionais entre autores e artistas com características indentitárias diversas. Acontece há mais de dez anos, principalmente, nesses territórios tradicionalmente excluídos da cena literária e cultural das grandes cidades.

Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais da FLUP.

 

FLUP.
FLUP.

 

Sobre[editar | editar código-fonte]

O evento foi idealizado pelos escritores Julio Ludemir e Écio Salles, inspirada na Flip e outras similares. A primeira edição foi chamada de "Festa Literária das UPPs", mas em seguida os dois idealizadores decidiram se desvincular da política pública de segurança do governo do Estado Rio de Janeiro, centralizada nas Unidades de Polícia Pacificadora, estendendo a programação para comunidades que não tinham sido ocupadas por UPPs.

A partir de 2014, comunidades de outras cidades do Brasil, como Alagados e Cidade Industrial de Curitiba, passaram a receber parte da programação da FLUP. No mesmo ano foi criada a Rio Poetry Slam, uma competição de poesia falada.

Crianças da comunidade escolhem livros na abertura da quarta edição da Festa Literária das Periferias (Flup) (Tomaz Silva, Agência Brasil)

O evento passou pelas favelas Morro dos Prazeres, Vigário Geral, Cidade de Deus, Mangueira, Babilônia e Vidigal, até chegarmos ao centro da cidade, abraçando a região que o sambista Heitor dos Prazeres batizou de “Pequena África”. A edição de 2018 foi realizada na Biblioteca Parque Estadual e a de 2019 no Museu de Arte do Rio de Janeiro.

​Outra característica que torna a Flup única é que a festa é precedida por um processo formativo, que já resultou na publicação de 21 livros com autores de periferias. Alguns autores que passaram por essas formações são Ana Paula Lisboa, Jessé Andarilho, Rodrigo Santos e o fenômeno Geovani Martins, jovem que morou na Rocinha, cujo livro de estreia, 'O sol na cabeça' foi publicado em mais de 10 países. A Flup tem papel importante na contribuição para o surgimento dessa nova geração de escritores oriundos das favelas cariocas.

​Ao longo de suas edições, a Flup ganhou alguns prêmios importantes, como o Prêmio Faz Diferença de 2012, o Awards Excellence de 2016, o Retratos da Leitura de 2016 e o Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura, respectivamente outogardos pelo jornal O Globo, a London Book Fair, o Instituto Pró-Livro e a Câmara Brasileira do Livro (CBL).

FLUP 10 anos (vídeo)[editar | editar código-fonte]

Conheça mais sobre a história da esta Literária das Periferias:

Edições[editar | editar código-fonte]

Ano Local Homenageado Convidados
2012 Morro dos Prazeres Lima Barreto Ariano Suassuna, Ferreira Gullar, João Ubaldo Ribeiro, Ana Maria Machado, Juan Pablo Villalobos, Najwan Darwish, MC Swat
2013 Vigário Geral Waly Salomão Omar Salomão, Antonio Cícero, Jards Macalé, Jorge Mautner, João Máximo, Muniz Sodré, Paradise Sorouri, Diverse Suhrab Sirat, Toni Marques
2014 Mangueira Abdias Nascimento Rodrigo Lacerda, Toni Blackman, Joel Rufino dos Santos, Koffi Kwahulé, Nuria Barrios, Anna Dantes, Jessé Andarilho, Denis Merklen
2015 Chapéu Mangueira Nise da Silveira Alan Campbell, Caryl Férey, Uwe Timm, Amyr Klink, Jean Wyllys, Rogério Rosenfeld
2016 Cidade de Deus Caio Fernando Abreu Akwaeke Emezi, Pamela Lightsey, Conceição Evaristo, Patrick Chamoiseau, Nadifa Mohamed, Ana Maria Gonçalves
2017 Vidigal Oduvaldo Vianna Filho Sam Bourcier, Saul Williams, Paolo Gerbaudo, Renato Aragão
2018 Cais do Valongo Maria Firmina dos Reis e Martinho da Vila Gilberto Gil, Liniker, Geovani Martins, Heloísa Buarque de Hollanda, Giovana Xavier, Felwine Sarr, Paola Anacoana
2019 Praça Mauá Solano Trindade Ana Maria Gonçalves, Bruno Black, Isabela Aquino,  Leda Maria Martins, Patricia Hill Collins, entre outros.
2020 Virtual Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez Achille Mbembe, Andréia Coutinho, Boaventura de Sousa Santos, Célia Xakriabá, Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, entre outros.
2021 Babilônia Esperança Garcia Alessandra Makkeda, Edith Azam, Elenilda Amaral, Emicida, Jaime Lauriano, Ondjaki, Telma Tvon, entre outros.
2022 Praça Mauá e Gamboa. Lima Barreto, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e Josephine Baker. Alain Mabanckou, Antonio Bispo dos Santos, Camilla Rocha Campos, Jeffrey Ogbar, entre outros.

Reportagens[editar | editar código-fonte]

Redes Sociais[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]