Clássicos e contemporâneos sobre favelas Curso IESP-UERJ: mudanças entre as edições
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Pelas palavras de Marcia Jacintho (...) | Pelas palavras de Marcia Jacintho (...) | ||
Márcia Jacinto é uma mãe negra, moradora de uma favela, que teve um filho em 2002, aos 16 anos, executado — não apenas pela polícia, mas pelo estado. | Márcia Jacinto é uma mãe negra, moradora de uma favela, que teve um filho em 2002, aos 16 anos, executado — não apenas pela polícia, mas pelo estado. | ||
A partir desse momento, me tornei militante. Foi extremamente difícil descer da favela e dizer que não foi como disseram, desmantelando todo um álibi de um sistema que já está estruturado a nível nacional. Só mudam as comunidades, os nomes e os estados, porque os álibis são sempre os mesmos.<blockquote>Hoje, mais do que nunca, participando de encontros nacionais e visitando vários estados, como fiz neste ano, posso afirmar que esse álibi de extermínio da nossa população negra no Brasil é uma realidade. E não falo apenas do Rio de Janeiro ou de São Paulo — é o Brasil inteiro. O racismo existe, assim como o extermínio dos pobres, especialmente os da favela.</blockquote>Nós, mães, somos obrigadas a descer do morro e lutar. Eu voltei a estudar justamente para poder quebrar esses álibis e, assim, buscar justiça. Mas, para mim, justiça hoje tem um significado muito mais profundo. Ao estudar um pouco de direito, percebi que o direito do meu filho também estava em jogo. Ele estaria aqui hoje, ao lado da família, se a Constituição realmente valesse para nós, pobres, negros e moradores de favelas. Se nossas leis fossem aplicadas igualmente, muitos de nossos filhos estariam vivos. | A partir desse momento, me tornei militante. Foi extremamente difícil descer da favela e dizer que não foi como disseram, desmantelando todo um álibi de um sistema que já está estruturado a nível nacional. Só mudam as comunidades, os nomes e os estados, porque os álibis são sempre os mesmos.<blockquote>Hoje, mais do que nunca, participando de encontros nacionais e visitando vários estados, como fiz neste ano, posso afirmar que esse álibi de extermínio da nossa população negra no Brasil é uma realidade. E não falo apenas do Rio de Janeiro ou de São Paulo — é o Brasil inteiro. O racismo existe, assim como o extermínio dos pobres, especialmente os da favela.</blockquote>Nós, mães, somos obrigadas a descer do morro e lutar. Eu voltei a estudar justamente para poder quebrar esses álibis e, assim, buscar justiça. Mas, para mim, justiça hoje tem um significado muito mais profundo. Ao estudar um pouco de direito, percebi que o direito do meu filho também estava em jogo. Ele estaria aqui hoje, ao lado da família, se a Constituição realmente valesse para nós, pobres, negros e moradores de favelas. Se nossas leis fossem aplicadas igualmente, muitos de nossos filhos estariam vivos. | ||
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==== | ==== Bibliografia ==== | ||
* [https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0921374012452811 Rocha, Luciane. Black mothers' experiences of violence in Rio de Janeiro. Cultural Dynamics, v. 24, p. 59-73, 2012.] | * [https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0921374012452811 Rocha, Luciane. Black mothers' experiences of violence in Rio de Janeiro. Cultural Dynamics, v. 24, p. 59-73, 2012.] | ||
Edição das 17h47min de 19 de setembro de 2024
Visando debater o lugar das favelas no Rio de Janeiro, o presente curso - aplicado no ano de 2024 - estabelece diálogos entre estudos clássicos e contemporâneos produzidos sobre esses territórios, suas populações, sociabilidades, infraestruturas, mobilidades, formas de organização, histórias, memórias, potências, assim como seus problemas e dilemas.
Autoria: Palloma Menezes
Para cada bibliografia utilizada como base, acesse o material completo em cada verbete!
Objetivo
O objetivo do curso é debater como as favelas vêm sendo pensadas e repensadas ao longo do último século a partir da leitura de autoras e autores que vêm refletindo sobre esses territórios em diferentes décadas e a partir de variados enquadramentos. Mapearemos e analisaremos temas, enquadramentos teóricos, abordagens metodológicas, dilemas éticos e questões políticas envolvidas no processo de transformação das favelas em objeto de pesquisa.
Apoio Técnico
Pesquisadores: Norma Miranda e Gabriel Nunes
Coordenação: Palloma Menezes
Temas trabalhados
Amar na Maré: a revolta de uma multidão
Aula aberta com participação de Wallace Lino
Bibliografia:
- Andrade, J.; Lino, W. G.; Affonso, M. ; Lino, P. V. Amar na maré. Espaço Público Periódico: Piseagrama, v. 1, p. 10, 2021.
- Lino, Wallace. Noite das Estrelas: uma explosão de amor das grafias cosmopoéticas negras LGBT+ faveladas. Revista Museologia & Interdisciplinaridade, v. 1, p. 149-163, 2022.
A história sociojurídica das favelas cariocas
Aula aberta com participação de Rafael Gonçalves
Bibliografia complementar:
Política nas favelas
Bibliografia:
- Leeds, Anthony e Leeds, Elizabeth. A sociologia do Brasil urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
- Machado da Silva, Luiz Antonio. “A política na favela”, Cadernos Brasileiros, Ano IX, nº41, maio/junho de 1967, pp. 35-47.
- Machado da Silva, Luiz Antonio (org.). Vida sob cerco – violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Faperj, 2008.
Bibliografia complementar:
- Machado da Silva, Luiz Antonio; Cavalcanti, Mariana; Motta, Eugênia; Araújo, Marcella (Orgs.). O mundo popular: trabalho e condições de vida. 1. ed. Rio de Janeiro: Papeis Selvagens, 2018.
- Machado da Silva, Luiz Antonio. Fazendo a cidade: trabalho, moradia e vida local entre as camadas populares urbanas. Mórula Editorial, 2020.
- Vianna, Rachel de Almeida. O encontro da antropologia com a favela: Anthony e Elizabeth Leeds no Jacarezinho. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2023.
Espaço urbano e a questão étnico racial no Rio de Janeiro
Aula aberta com Mario Brum
Bibliografia:
Bibliografia complementar:
- Brum, Mario Sergio. Cidade Alta: Histórias e memórias da remoção e a construção do estigma de favela num conjunto habitacional. 1. ed. Rio de Janeiro: Ponteio Edições, 2012.
- Campos, Andrelino. Do quilombo à Favela: a produção de “espaços criminalizados” no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
Entre remoção, urbanização e lutas nas favelas
Bibliografia:
- Valladares, Lícia do Prado. A invenção da favela. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
- Chalhoub, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial. Editora Companhia das Letras, 2018.
- Lima, Nísia Trindade. O Movimento de favelados do Rio de Janeiro: políticas do Estado e lutas sociais (1954-1973). Tese de Doutorado. IUPERJ, 1989.
- Denaldi, Rosana, Ferrara, Luciana. A dimensão ambiental da urbanização em favelas. Ambiente e Sociedade, 21. 2018.
Bibliografia complementar:
- Valladares, Lícia do Prado. Passa-se uma casa. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
- Freire-Medeiros, Bianca. Gringo na Laje: Produção, circulação e consumo da favela turística. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2009.
Economia no cotidiano das favelas
Bibliografia:
- Motta, Eugênia. Neiburg, Federico. Misalignments: House money and inflationary experiences. International Sociology, 38 (6), 2023.
- Silva, Luiz Antonio Machado da. Estratégias de vida e jornada de trabalho. In:__. Araujo, Marcella. Cavalcanti Mariana. Motta Eugênia (org.). O mundo popular: trabalho e condições de vida. Rio de Janeiro: Papeis Selvagens, 2018 [1984].
Bibliografia complementar:
- Motta, Eugênia. Economia cotidiana na favela. In:_. LEAL, Claudio Figueiredo Coelho et al. (Org.). Um olhar territorial para o desenvolvimento: Sudeste. Rio de Janeiro : Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, 2015. p. [436]-461.
- Motta, Eugênia. Casas e economia cotidiana. In: _. Rodrigues, Rute Imanishi (org.). Vida social e política nas favelas: pesquisas de campo no Complexo do Alemão. Rio de Janeiro: Ipea, 2016.
- Motta, Eugênia. O que faz o dinheiro da casa. Horizontes Antropológicos [Online], 66, 2023.
A História vista da laje: as favelas e suas possibilidades de análise pelo olhar historiográfico
Aula aberta com participação de Mauro Amoroso
Bibliografia:
- Amoroso, Mauro. Memória, propriedade e resistência: a trajetória da moradia como acesso ao direito à cidade na favela de Vila Operária. O Social em Questão, v. ano 21, p. 169-188, 2018.
- Amoroso, Mauro.; Peralta, D. E. . Sobre "periferias urbanas" e "favelas": análise da produção acadêmica sobre os espaços urbanos de moradia popular no Rio de Janeiro e em São Paulo. Acervo: Revista do Arquivo Nacional, v. 36, p. 1-30, 2023.
Acumulação social da violência
Bibliografia:
- Misse, Michel. Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Civitas (Porto Alegre), v. 8, p. 371-385, 2008.
- Zaluar, Alba. A máquina e a revolta. São Paulo: Brasiliense, 1985.
- Alves J. C. Dos Barões ao Extermínio: Uma História da Violência na Baixada Fluminense. Rio de Janeiro: Apph - Clio, 2003.
Bibliografia complementar:
- Zaluar, Alba e Alvito, Marcos (orgs.). Um século de favela. Rio de Janeiro: FGV, 1998.
- Perlman, Janice. O mito da marginalidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
- Perlman, Janice. Favela – four decades of living on the edge in Rio de Janeiro. New York: Oxford University Press, 2010.
- Misse, Michel. Malandros, Marginais e Vagabundos. A Acumulação Social da Violência no Rio de Janeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: Lamparina/Faperj, 2022.
- Teixeira, Cesar Pinheiro. Matar, converter, incluir: a trama da violência urbana no Rio de Janeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2023.
Guerra, “pacificação” e militarização
Bibliografia:
- Leite, Márcia. Entre o individualismo e a solidariedade: dilemas da política e da cidadania no Rio de Janeiro. RBCS, São Paulo, v. 15, n. 44, 2000.
- Menezes, Palloma. Monitorar, negociar e confrontar: as (re)definições na gestão dos ilegalismos em favelas “pacificadas”. Tempo Social, 30(3), 191–216, 2018.
- Cavalcanti, Mariana. For a war yet to end: Shootouts and the production of tranquillity in massive Rio de Janeiro. The Geographical Journal, p. geoj.12565, 11 dez. 2023.
- GENI; Observatório das Metrópoles. Da Militarização à Milicialização das cidades. Le Monde Diplomatique. 2022.
Bibliografia complementar:
- Cavalcanti, Mariana. “Tiroteios, Legibilidade e Espaço Urbano: Notas Etnográficas de uma Favela Consolidada”. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, vol. 1, no 1, pp. 35-59, 2008.
- Menezes, Palloma. Entre o fogo cruzado e o campo minado: a “pacificação” das favelas cariocas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2023.
- Hirata, Daniel; Couto, Maria Isabel. Mapa Histórico dos Grupos Armados no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fundação Henrich Böll, 2022.
- Carvalho, M. B. ; Rocha, Lia de Mattos ; Motta, J. W. B. . Milícias, facções e precariedade: um estudo comparativo sobre as condições de vida nos territórios periféricos do Rio de Janeiro frente ao controle de grupos armados. Rio de Janeiro: Fundação Heirich Böll, 2023.
- Motta, Jonathan William Bazoni da. A atuação do tráfico de drogas no pós-pacificação: notas etnográficas de uma favela do Rio de Janeiro. Revista Campo Minado. Niterói, v. 3, n. 4, 2023.
Maternidade Negra como ação política
Aula aberta com participação de Luciane Rocha.
Sobre Luciane Rocha
No dia 6 de junho de 2024, o Coletivo de pesquisa sobre violências, sociabilidades e mobilidades urbanas (BONDE), em parceria com o Dicionário de Favelas Marielle Franco, promoveu a aula aberta "Maternidade negra como ação política", ministrada pela docente convidada Luciane Rocha (Kennesaw State University - EUA).
Oferecida na Sala Olavo Brasil, na sede do Instituto, atividade fez parte do programa da disciplina "Clássicos e contemporâneos sobre favelas", lecionada pela Prof. Palloma Valle Menezes no Programa de Pós-Graduação em Sociologia do IESP-UERJ. Doutora em Antropologia Social pela Universidade do Texas em Austin (UT-Austin - EUA), com especialização em Antropologia da Diáspora Africana e certificação em Estudos de Gênero e da Mulher, Luciane de Oliveira Rocha é professora adjunta de Estudos Negros no Departamento de Estudos Interdisciplinares (ISD) na Universidade Estadual de Kennesaw.
Realizou estágio de Pós-Doutorado no Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (Nepp-DH/UFRJ), e é pesquisadora associada à Rede Transnacional de pesquisas sobre Maternidades destituídas, violadas e violentadas (REMA). Sua pesquisa se dedica aos seguintes tema: Teoria e Práxis dos Estudos Negros, Maternidade Negra, Violência do Estado e Antropologia das Emoções.
Sobre Marcia Jacintho
(Trecho transcrito)
Pelas palavras de Marcia Jacintho (...)
Márcia Jacinto é uma mãe negra, moradora de uma favela, que teve um filho em 2002, aos 16 anos, executado — não apenas pela polícia, mas pelo estado.
A partir desse momento, me tornei militante. Foi extremamente difícil descer da favela e dizer que não foi como disseram, desmantelando todo um álibi de um sistema que já está estruturado a nível nacional. Só mudam as comunidades, os nomes e os estados, porque os álibis são sempre os mesmos.
Hoje, mais do que nunca, participando de encontros nacionais e visitando vários estados, como fiz neste ano, posso afirmar que esse álibi de extermínio da nossa população negra no Brasil é uma realidade. E não falo apenas do Rio de Janeiro ou de São Paulo — é o Brasil inteiro. O racismo existe, assim como o extermínio dos pobres, especialmente os da favela.
Nós, mães, somos obrigadas a descer do morro e lutar. Eu voltei a estudar justamente para poder quebrar esses álibis e, assim, buscar justiça. Mas, para mim, justiça hoje tem um significado muito mais profundo. Ao estudar um pouco de direito, percebi que o direito do meu filho também estava em jogo. Ele estaria aqui hoje, ao lado da família, se a Constituição realmente valesse para nós, pobres, negros e moradores de favelas. Se nossas leis fossem aplicadas igualmente, muitos de nossos filhos estariam vivos. Por isso, não posso dizer que houve justiça, mas ao menos o caso não ficou completamente impune. Meu filho não foi simplesmente tachado como traficante, jogado à margem para garantir a impunidade dos responsáveis. Eles continuam matando, mas hoje nós, mulheres negras, estamos descendo e dizendo: "Não foi assim." Estamos mostrando à justiça, que afirma ser cega, que ela escolhe ser cega para os nossos casos, para nos fazer acreditar que a impunidade é a única realidade possível.
Eles tentam nos matar também emocionalmente. Muitas mães já morreram, outras desistiram, e algumas não conseguiram vir para a luta. Por isso, agradeço muito, Lu, pelo convite. Será uma oportunidade maravilhosa para compartilhar um pouco da dor que carregamos e da nossa luta constante para provar que a história não aconteceu do jeito que tentaram nos fazer acreditar.
Hoje, minha luta não é apenas por um filho inocente ou não. O que importa é: como essa morte aconteceu? Não importa de quem se trata. A verdade precisa ser revelada. Porque, se eu insisto em dizer que meu filho era inocente, acabo concordando que alguém envolvido merecia morrer. Para isso, existem a perícia, a polícia civil e a investigação. Mas sabemos que basta ser um negro da favela, morto ou "socorrido" envolto em um lençol, para que tudo seja arquivado sem questionamentos.
Eu, junto com outras mães, estamos aqui para dizer que lutamos pela vida. E a vida negra importa.
Clique aqui e assista a aula na íntegra!
Bibliografia
Bibliografia complementar:
- Leite, Márcia; Birman, Patrícia (Org.). Um mural para a dor: movimentos cívico-religiosos por justiça e paz. Porto Alegre: UFRGS/Pronex-CNPq, 2004.
- Araújo, Fábio Araújo. Das "técnicas" de fazer desaparecer corpos: desaparecimentos, violência, sofrimento e política. 1. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, FAPERJ, 2014. 224p
- Decothé, Marcelle. "Baixada Cruel": a violência urbana na Baixada Fluminense sob a ótica do conceito de genocídio. Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em Defesa e Gestão Estratégica Internacional, UFF, 2016.
Documentário como ferramenta de luta - Etnografando violações de estado para fora da academia
Aula aberta com participação de Gizele Martins, Juliana Farias e Natasha Neri
Bibliografia:
- Martins, Gizele. Militarização e censura. A luta por liberdade de expressão na favela da Maré. Rio de Janeiro: Núcleo Piratininga de Comunicação, 2020.
- Barros, Rachel; Oliveira, A. B. (Org.); Gutterres, A. S. (Org.); Barros, J. S. (Org.) . Cartografia Social Urbana: impactos do desenvolvimento e da violência institucional na vida das mulheres moradoras do Caju e de Manguinhos/Rio de Janeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: FASE, 2015. v. 1. 36p .
- Farias, Juliana. Governo de mortes: Uma etnografia da gestão de populações de favelas no Rio de Janeiro. 1.ed. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens Edições, 2020.
- Leite, Márcia Pereira; Rocha, Lia M; Farias, Juliana; Carvalho, M. B. (Org.). Militarização no Rio de Janeiro: da pacificação à intervenção. 1. ed. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2018.
Outras Referências Bibliográficas
Araujo, Marcella; Cavalcanti, Mariana. Autoconstrução e produção da cidade: outra genealogia dos estudos das infraestruturas urbanas. Estudos Avançados, v. 37, p. 7-24, 2023.
Araujo, Marcella. Obras, casas e contas: uma etnografia de problemas domésticos de trabalhadores urbanos, no Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
Barbosa, Antonio Rafael; RENOLDI, Brígida (Org.) ; Veríssimo, Marcos (Org.) . (I)legal: etnografias em uma fronteira difusa. 1. ed. Niterói: Eduff, 2013. v. 1000.
Barros, Rachel; Oliveira, A. B. (Org.); Gutterres, A. S. (Org.); Barros, J. S. (Org.) . Cartografia Social Urbana: impactos do desenvolvimento e da violência institucional na vida das mulheres moradoras do Caju e de Manguinhos/Rio de Janeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: FASE, 2015. v. 1.
Brum, Mario Sergio. Cidade Alta: Histórias e memórias da remoção e a construção do estigma de favela num conjunto habitacional. 1. ed. Rio de Janeiro: Ponteio Edições, 2012.
Corrêa, Diogo. Anjos de Fuzil: uma etnografia das relações entre pentecostalismo e vida do crime na favela Cidade de Deus. Rio de Janeiro: EdUerj, 2022.
De Jesus, Carolina Maria; Dantas, Audálio; Teixeira, Alberto. Quarto de despejo: diário de uma favelada. Livraria F. Alves, 1960.
Franco, Marielle. UPP: a redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. São Paulo: n-1 edições, 2018.
Gonçalves, Rafael. Favelas do Rio de Janeiro: história e direito. Rio de Janeiro: Editora Pallas, 2013.
Gonçalves, Rafael; Brum, Mário; Amoroso, Mauro (Orgs.). Pensando as favelas cariocas: memória e outras abordagens teóricas. 1. ed. Rio de Janeiro: PALLAS/PUC-Rio, 2022.
Gonçalves, Rafael; Brum, Mário; Amoroso, Mauro (Orgs.) . Pensando as favelas cariocas: História e questões urbanas. 1. ed. Rio de Janeiro: PALLAS/PUC-Rio, 2021.
Grillo, Carolina. Coisas da vida no crime: tráfico e roubo em favelas cariocas. Tese (Doutorado em Antropologia Cultural), PPGSA/IFCS/UFRJ, 2013.
Hirata, Daniel veloso; Grillo, Carolina ; Telles, Vera. Guerra urbana e expansão de mercados no Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 38, p. 1-17, 2023.
Larkins, Erika Robb. The spectacular favela: Violence in modern Brazil. Univ of California Press, 2015.
Leite, Márcia; Birman, Patrícia (Org.); Carneiro, Sandra de Sá (Org.); Machado, Carly (Org.) . Dispositivos Urbanos e Trama dos Viventes: ordens e resistências. 1. ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2015.
Lopes, Paulo Victor Leite. Corpos, gêneros e subjetividades em disputa: reflexões a partir de um caso de violência em uma favela do Rio de Janeiro. CADERNOS PAGU, p. 1-32, 2019.
Loretti, Pricila. Críticas ao ‘gato’ e o ‘gato’ como crítica: um estudo etnográfico das insinuações realizado a partir da eletricidade na Favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. Dilemas, vol. 16, n. 3, 2023.
Machado, Carly. Samba gospel: sobre pentecostalismo, cultura, política e práticas de mediação nas periferias urbanas do Rio de Janeiro. Novos Estudos. CEBRAP, v. 39, p. 81- 101, 2020.
Magalhães, Aalexandre. Remoções de favelas no Rio Janeiro: entre formas de controle e resistências. 1. ed. Curitiba: Appris, 2019.
Mano, Apoena.; Menezes, Palloma. Alerta Santa Marta: Dispositivos de (Contra) Vigilância em Favelas no Rio de Janeiro. Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia, 2021.
Medina, Carlos Alberto de. A favela e o demagogo. Coleção Leituras do Povo no 3. São Paulo: Livraria Martins, 1964.
Mello, Marco Antonio; Machado da Silva, Luiz Antonio ; Simões, Soraya (org.) ; Freire, Letícia Luna (org.) . Favelas cariocas: ontem e hoje. 1. ed. Rio de Janeiro: Garamond; FAPERJ; LeMetro/IFCS-UFRJ, 2012. v. 1. 520p .
Miagusko, Edson. Esperando a UPP: Circulação, violência e mercado político na Baixada Fluminense. Revista Brasileira De Ciências Sociais, v. 31, p. 1.
Motta, Eugênia. Resistência aos números: a favela como realidade (in)quantificável. MANAv. 25, p. 72-94, 2019.
Motta, Jonathan William Bazoni da. A atuação do tráfico de drogas no pós-pacificação: notas etnográficas de uma favela do Rio de Janeiro. Revista Campo Minado. Niterói, v. 3, n. 4, 2023.
Nunes, Pablo. Fala morador!? A periferia na esfera pública e a violência urbana nas páginas hiperlocais. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Parisse, L. Favelas do Rio de Janeiro: evolução-sentido. Rio de Janeiro: Caderno do CENPHA, n.5, 1969.
Pandolfi, Dulce e Grynspan, Mario. Fala favela: depoimentos ao CPDOC. Rio de Janeiro: FGV, 2002.
Pereira da Silva, Maria Laís. Favelas Cariocas – 1930-1964. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.
Perlman, Janice. O mito da marginalidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
Perlman, Janice. Favela – four decades of living on the edge in Rio de Janeiro. New York: Oxford University Press, 2010.
Pilo, Francesca. A socio‐technical perspective to the right to the city: Regularizing electricity access in Rio de Janeiro's Favelas. International Journal of Urban and Regional Research 41.3 (2017): 396-413.
Rios, José Arthur (coord.). “Aspectos humanos da favela carioca – estudo sócio- econômico elaborado por SAGMACS”. Suplemento especial I e II. O Estado de São Paulo, São Paulo, 13 e 15/04/1960.
Rocha, Lia. Santos, Carlos Nelson Ferreira dos. Movimentos urbanos no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1981.
Silva, Carolina Rocha. A culpa é do Diabo: as políticas de existência na encruzilhada entre neopentecostalismo, varejo de drogas ilícitas e terreiros em favelas do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Silva, Maria Laís Favelas Cariocas (1930-1964). 1. ed. Rio de Janeiro: Contraponto Editora Ltda, 2005. v. 1. 239p .
Sousa e Silva, Jailson de e Barbosa, Jorge Luiz. Favela – alegria e dor na cidade. Rio de Janeiro: Editora SENAC/Rio, 2005.
Teixeira, Cesar Pinheiro. Matar, converter, incluir: a trama da violência urbana no Rio de Janeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2023.
Valladares, Lícia do Prado. A invenção da favela. Rio de Janeiro: FGV, 2005. Valladares, Lícia do Prado. Passa-se uma casa. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
Vianna, Rachel de Almeida. O encontro da antropologia com a favela: Anthony e Elizabeth Leeds no Jacarezinho. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2023.
Vital, Christina. Oração de Traficante: uma etnografia. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2015.
Zaluar, Alba. A máquina e a revolta. São Paulo: Brasiliense, 1985. Zaluar, Alba e Alvito, Marcos (orgs.). Um século de favela. Rio de Janeiro: FGV, 1998.