Grupos que produzem conhecimentos em favelas e periferias: mudanças entre as edições
Sem resumo de edição |
|||
(5 revisões intermediárias pelo mesmo usuário não estão sendo mostradas) | |||
Linha 4: | Linha 4: | ||
== Mapa dos grupos == | == Mapa dos grupos == | ||
<iframe key="google" path="maps/d/ | <iframe key="google" path="maps/d/embed?mid=1A1wJOKxAjCRsP5Yc-BkJg1lrEXSBLaI&ll=-22.84958990770544%2C-43.38174254999999&z=10"></iframe> | ||
| | ||
== | == Linha do tempo dos grupos == | ||
<itimeline> | <itimeline> |
Edição atual tal como às 09h43min de 23 de outubro de 2024
O presente verbete tem como objetivo sistematizar alguns dos grupos e coletivos que produzem conhecimentos em favelas e periferias no estado do Rio de Janeiro. Essas iniciativas fizeram parte do ciclo de debates "Produção de conhecimentos e memórias em favelas e periferias" realizado em 2023, e a ideia de sistematizá-las temporalmente é contribuir para a promoção de uma rede de articulação e diálogo que atua em diversas localidades com um propósito em comum.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Mapa dos grupos[editar | editar código-fonte]
Linha do tempo dos grupos[editar | editar código-fonte]
Grupo ECO (Santa Marta) - 1976[editar | editar código-fonte]
O Grupo Eco é uma organização que atua no Morro Santa Marta, Rio de Janeiro, desde 1976. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativo de caráter educacional e cultural e destinada a promover e apoiar na Favela Santa Marta e, eventualmente, fora dela, atividades e iniciativas que visem o desenvolvimento humano integral das pessoas e da comunidade, com atenção especial às crianças, adolescentes e jovens, em busca da afirmação da dignidade da pessoa humana; do pleno exercício da cidadania; do fortalecimento da solidariedade comunitária participativa; contribuindo, assim, para a construção de uma sociedade justa, livre e participativa.
Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) - 1997[editar | editar código-fonte]
O Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré - CEASM está localizado no Conjunto de Favelas da Maré, que fica às margens da Baía de Guanabara, entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. A Maré tem aproximadamente 140.000 moradores e se constitui no maior conjunto de comunidades do Rio de Janeiro, com 16 favelas. O CEASM é formado por um grupo de moradores e ex-moradores que acessaram formação universitária. Há 24 anos, o CEASM disponibiliza acesso a cultura, educação, pesquisa, comunicação e memória para moradores do conjunto de favelas da Maré.
Observatório de Favelas - 2001[editar | editar código-fonte]
O Observatório de Favelas, fundado em 2001, é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público sediada no Conjunto de Favelas da Maré, dedicada à produção de conhecimento para incidir em políticas públicas, atuando proativamente em áreas como políticas urbanas, educação, comunicação, cultura e direitos humanos. Com uma visão de fortalecimento de favelas e periferias, busca construir experiências que superem desigualdades e promovam a democracia, enfatizando ética, justiça, solidariedade, transparência, diversidade, generosidade e coletividade como valores. O Observatório realiza projetos culturais, como "Elã" e "Arena Carioca Dicró", e mantém parcerias para impactar positivamente as comunidades que atende.
Museu Maré - 2006[editar | editar código-fonte]
Em 1996, um grupo de moradores da Maré se reuniu para pensar uma alternativa de projeto político, cultural e pedagógico a ser desenvolvido no território, mas com abrangência e impacto amplos, pensando a cidade a partir da realidade local. Em agosto de 1997, esses moradores criaram a organização não governamental denominada Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM). Desde então, o CEASM vem atuando de forma a constituir memórias coletivas em torno do bairro, como estratégia de construção de sentidos de pertencimentos e criação de alternativas democráticas à realidade social vigente.
Redes da Maré - 2007[editar | editar código-fonte]
A Redes da Maré é uma organização da sociedade civil, que nasceu da mobilização comunitária a partir dos anos 80, nas favelas da Maré. Formalizada em 2007, tem como missão tecer as redes necessárias para efetivar os direitos da população do conjunto de 16 favelas da Maré, onde residem mais de 140 mil pessoas.
Fórum Grita Baixada - 2012[editar | editar código-fonte]
Fórum Grita Baixada (FGB) é um movimento social, constituído por uma rede de organizações e pessoas da sociedade civil articuladas em prol de iniciativas voltadas aos direitos humanos, justiça e a uma política de segurança pública cidadã para a Baixada Fluminense.
Conexões Periféricas - 2013[editar | editar código-fonte]
Conexões Periféricas é um coletivo formado a partir das manifestações de 2013 em Rio das Pedras, Rio de Janeiro, no qual se discute temas como política e sociedade, além de divulgação de atividades e formações políticas e ter como base o grafite, teatro e áudio visual, elementos de transformação levados aos jovens.
Coletivo Papo-reto - 2014[editar | editar código-fonte]
O Papo Reto é um coletivo de comunicação independente composto por jovens ativistas moradores dos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
Fala Akari - 2015[editar | editar código-fonte]
O Fala Akari é um coletivo de militantes defensores de direitos da Favela de Acari, no Rio de Janeiro.
Mulheres em Ação no Alemão - 2015[editar | editar código-fonte]
O Mulheres em Ação no Alemão (MEAA) é um coletivo formado por mulheres da Favela da Galinha, Complexo da Penha e Complexo do Alemão. Unidas desde 2015, temos o público feminino como nosso principal foco. Atuamos colhendo mulheres chefes de família, vítimas ou não de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Data Labe - 2016[editar | editar código-fonte]
O data_labe é um laboratório de dados e narrativas na favela da Maré – Rio de Janeiro. A equipe é composta por jovens moradores de territórios populares que produzem novas narrativas por meio de dados.
CEPEDOCA - Centro de Pesquisa, Documentação e Memória do Complexo do Alemão - 2016[editar | editar código-fonte]
O Centro de Estudos, Pesquisa, Documentação e Memória do Complexo do Alemão (CEPEDOCA) é um programa do Instituto Raízes em Movimento, organização sem fins lucrativos sediada no Complexo do Alemão. Criada por moradores locais, em 2001, desenvolve ações socioculturais. Em tempos recentes, passou a se concentrar nas áreas estratégicas de Produção de Conhecimento e Comunicação e Cultura, das quais fazem parte, respectivamente, os programas CEPEDOCA e CIRCULANDO: Diálogo e Comunicação na Favela.
Galeria Providência - 2017[editar | editar código-fonte]
Galeria Providência é um projeto que objetiva o reconhecimento da favela do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, como parte integrante da cidade. O projeto estimula a economia local e a melhoraria das condições de vida de quem vive no morro.
Movimenta Caxias - 2017[editar | editar código-fonte]
O Movimenta Caxias é uma articulação comunitária, fundada em 2017, com objetivo de analisar a sociedade e buscar melhorias para cidade, com atuação espalhadas em diversos bairros e favelas da cidade de Duque de Caxias, município da baixada fluminense, no estado do Rio de Janeiro.
IDMJR - Iniciativa de Direito a Memória e Justiça Racial - 2019[editar | editar código-fonte]
A Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial é uma organização que atua com ações de enfrentamento à violência de Estado. Buscamos debater Segurança Pública na Baixada Fluminense a partir da centralidade do racismo. A estrutura racista do Estado define as diferentes faces do genocídio para populações negras de periferias, subúrbios e favelas.
PerifaConnection - 2020[editar | editar código-fonte]
PerifaConnection é uma plataforma de disputa de narrativa sobre as periferias presentes nas cinco regiões do Brasil.
LabJaca - 2020[editar | editar código-fonte]
Labjaca um laboratório de pesquisa, formação e produção de dados e narrativas sobre as favelas e periferias, localizado na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro.
Visão Coop - 2020[editar | editar código-fonte]
Visão Coop é um laboratório de inovação cívica, que organiza redes de cooperação e trabalha tecnologias sociais, digitais e verdes para a Baixada Fluminense. Atualmente estamos trabalhando em projeto monitoramento ambiental, produção cultural e ensino de tecnologia. Nosso compromisso é como desenvolvimento sustentável, participativo e o aumento de eficiência, utilizando e construindo ferramentas digitais.
Frente de Mobilização Maré - 2020[editar | editar código-fonte]
A Frente de Mobilização da Maré é um coletivo que tinha como objetivo inicial fomentar ações de comunicação que levassem o máximo de informações sobre sintomas, medidas de prevenção, cuidados acerca COVID-19, saúde, higiene e proteção, para as favelas e periferias de todas as regiões do Brasil. A Frente Maré continua lutando contra a Covid e a fome. Em dois anos, atenderam mais de 4.500 famílias com cestas básicas, impactando mais de 16 mil pessoas. Em 2021, construíram uma Cozinha Solidária dentro da favela da Maré, em parceria com a Fiocruz. Hoje, só com a Cozinha Solidária da Frente, continuam atendendo cerca de 200 pessoas por semana.
A Rocinha Resiste - 2020[editar | editar código-fonte]
A Rocinha Resiste é um coletivo que atua na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, e desenvolveu trabalhos durante coronavírus, além procurar abrir diálogos com outros movimentos periféricos da cidade.
Agenda Realengo 2030 - 2022[editar | editar código-fonte]
A Agenda Realengo 2030 é uma das 18 Agendas Locais fomentadas pela Casa Fluminense. Lançada em 2022, com apoio do Instituto Clima e Sociedade em parceria com o IFRJ e o Lata Doida. A Agenda é um grupo de pesquisa sobre dados, propostas, sonhos e incidência na Zona Oeste.
Dados Marginais - 2022[editar | editar código-fonte]
Dados Marginais é um projeto criado por um grupo de jovens das periferias do Rio de Janeiro que tem como objetivo compartilhar informações relevantes e acessíveis para a sociedade.